Stronger 🥊 Jikook

By Park_Jhessuk

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[CONCLUÍDA] O Pugilismo é um ato antinatural, tudo nele é às avessas, algumas vezes é melhor recuar antes de... More

゚・:*✿ɴᴏᴛᴀs ᴅᴏ ᴀᴜᴛᴏʀ✿*:・゚
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By Park_Jhessuk

"Senhores passageiros, com destino a Seul! Favor comparecer ao terminal de embarque".

A voz no auto falante anuncia que é hora de partir e como se tivesse despertado de um transe, afasto meu corpo de Jungkook para dessa maneira assumir uma posição menos acuada. E de cabeça bem erguida enlacei nossos dedos, deixando claro para ele que está tudo bem.

A princípio Jungkook parece confuso, mas ao perceber meu semblante tranquilo sorri para mim ignorando a situação que estamos, enquanto Hoseok sinaliza em direção ao box de embarque. Estou cansado de me esconder, tudo que quero é transformar situações desconfortáveos como essa em um momento de glória, só meu, por isso ousei fazer pose para as fotos na expectativa de sermos esquecidos por esses miseráveis.

— E então, Jungkook, o que tem a dizer sobre o beijo?

— O que eu tenho a dizer? — perguntou de volta sorrindo sinico. — Filmem melhor da próxima vez, somos quentes, vai bombar!

E essa foi nossa deixa para deixarmos àqueles malditos reportes no saguão, e seguirmos risonhos rumo a nosso destino. Já dentro do avião me sinto muito cansado, afinal por conta da adrenalina não me permiti descansar desde o fim da luta.  

— Durma um pouco, querido! — sussurou Jungkook após a decolagem, eu neguei. — Por favor ou vou me sentir culpado. 

— Culpado, pelo que?

— Mesmo com a cara toda quebrada, você fez amor comigo, acordou cedo, preparou meu café e ainda penteou meu cabelos — explicou me fazendo rir. — Sem falar que me carregou nos braços, eu quem deveria estar cuidando de você, mas sou um mimado e a culpa é sua.

— Nada disso é um sacrifício para mim, você sabe — garanto tocando em suas mãos, quase me rendendo ao cansaço.

— Jimin! — repreendeu de cenho franzido, me soltando para inclinar meu banco.

— Uh, isso é confortável — confesso, sentindo algumas vibrações abaixo de mim. 

— Primeira classe para meu campeão, aproveite a massagem enquanto tira uma sonequinha até Seul.

Rendido concordei bocejando inconscientemente, Jungkook sorriu doce colocando-se na mesma posição que eu. E de frente para mim beija em cima do curativo em meu rosto, sorri também deixando minhas  pálpebras cansadas fecharem, posso sentir o toque suave de Jeon em meus cabelos, só assim pude finalmente dormir.

웃🥊유

Minha vida nunca foi tão agitada como a de Jungkook no auge de sua carreira, entretanto desde que voltamos de viagem a 4 dias não se fala de outra coisa além de Park Jimin e Jeon Jungkook. Infelizmente ninguém parece se lembrar dos meus meritos como pugilista, já que quando meu nome é citado a respeito de ter sido classificado para representar a Coreia na copa mundial de pugilismo, geralmente está associado a alguma matéria sensacionalista a respeito do "suposto affair" de Jeon Jungkook.

— Ei, você é o Jimin? — escutei uma voz perguntar, enquanto permaneço parado em frente a uma banca de jornal, que exibe uma imagem de Jungkook e eu nos beijando na primeira página. — Assisti sua luta, você é legal.

Meus olhos lentamente seguiram em direção ao balcão onde um rapaz sorri acenando para mim, sem jeito tentei acenar de volta com um sorriso forçado estampado em meu rosto. Ao ter minha atenção sobre si, o homem virou em minha direção a revista que tinha em suas mãos.

— Esse cara não se toca, não é? Sabe, ele ainda nem se recuperou do nocaute e já fala em revanche — comentou apotando para a parte em destaque da matéria que dizia: "Seria Park Jimin, o responsável pelo final da carreira de Kim Seokjin?". — Vai aceitar lutar com ele outra vez?

— Talvez quando não tiver nada melhor para fazer — dei de ombros ao exclamar sentindo a brisa fresca da manhã soprar meu rosto, parecendo achar graça o rapaz gargalhou, sem jeito acabei por rir também.

— Escute Jimin, gosto de você — concluiu o homem. — Sabe? — chamou minha atenção outra vez, encarei-o para incentivar que desse continuidade. — vejo você correr por aqui a uns 4 anos, me lembro de te vender todas as revistas que Jungkook era manchete, pensei que fosse um fã obececado.

Acabei rindo de seu comentário tentando me recordar do rosto do rapaz, que embora seja familiar não me lembro de ter visto antes. Rapidamente confiro o horário na tela do meu celular, aproveitando para desativar o aplicativo de música e guardar o aparelho no bolso, só então olho para homem novamente.

— Eu não deixo de ser — falei então. — Realmente você não é estranho, mas não me recordo de já ter te visto antes.

— Digamos que eu me parecia uma mulher tempos atrás, sabe? — sorriu sem jeito ajeitando alguns livros apoiados a seu balcão, concordei compreendendo o que ele quis dizer. — Enfim, vai levar alguma coisa hoje? Você parece com pressa.

— Aé, pareço? Por que? — indaguei em um mesclado de curiosidade e deboche.

—  Já olhou para o relógio umas 7 vezes desde que chegou aqui — respondeu dando continuidade a nossa conversa, e para ser sincero não consigo entender o por que de estarmos tendo essa conversa. — Espero que leve alguma coisa, sabe, poucas pessoas compram revistas físicas nos dias de hoje. Meus clientes sempre foram mais velhos mas estes deixaram de vir aqui desde que comecei a transicionar — desabafou sorrindo triste. — Meu pai amava essa banca, não posso fechar.

— Se sente confortável me contando isso? — dessa vez dediquei minha total atenção a ele.

— Sim, você é como eu, sabe, não conheço muitas pessoas como nós.

— Como nós? — questionei confuso de sombracelhas arqueadas.

— É, somos da mesma família — permaneci confuso, ele revirou os olhos. — Lgbtqia+, fazemos parte da mesma comunidade "a minoria". Você sabe, o terror da família tradicional  — gargalhei com sua resposta incapaz de conter os espasmos em meu corpo, achando muito fofo como ele fala "sabe", a todo tempo. — Sei que não vai me julgar, ambos somos vítimas da sociedade conservadora embora, mesmo gay, você ainda é um homem cis, tem seus privilégios.

Levantei às mãos em rendimento por concordar totalmente com suas palavras, nos últimos dias Jungkook e eu sofremos diversos ataques, mas também nos deparamos com pessoas que nos apoiam, e até mesmo se identificam com nossa causa. Essa sensação de liberdade é totalmente nova, de certo modo consigo entender porque mesmo com o acidente Jeon ainda sente alívio.

Eu diria algo em resposta ao moço entretanto uma ligação interrompeu nossa conversa, era Jungkook manhando com voz de sono, o como odeia acordar e não me encontrar na cama. Prometi não demorar e encerrei a ligação, com aquele quentinho no coração que só quem sabe que é amado sente.

— Tenho que ir, o belo adormecido despertou — contei, ele concordou sorrindo gentil. — Vou levar tudo que tiver sobre mim e o Jungkook aceita cartão, né?

— Aceito claro, já vou logo avisando... Tem muita coisa vou poder levar minha namorada ao shopping com a fortuna que vai me pagar — exagerou pegando 4 revistas e 5 jornais.

— É... A fama chega para todos — falei me aproximando do balcão para pegar as revistas e efetuar o pagamento.

— Quer sua via? — neguei. — Certo, muito obrigado pela preferência volte sempre.

— Imagina... Posso saber seu nome? — questionei me preparando para partir.

— Park Jimin quer saber meu nome? Realmente, a fama chega para todos. — Nabi, eu me chamo Nabi.

— Nabi — repeti. — belo nome, foi um prazer Nabi até a próxima.

웃🥊유

— Querido, cheguei! — anunciei ao adentrar em meu apartamento.

Jungkook não demorou a aparecer de pijama e todo descabelado com uma escova de dentes na boca, fofo, nego com a cabeça lhe assistindo coçar os olhos. Ainda que seja quase dois anos mais velho que eu, para mim, Jeon é apenas um bebê.

— Pê icho? — questionou algo que não consegui entender.

— Talvez se você tirar a escova da boca consigo entender a pergunta — avisei caminhando até ele para beijar seus cabelos, aproveitando-se da proximidade, Jungkook me abraça todo manhoso.

— Perguntei o que é isso? — explicou acomodando a cabeça na curvatura do meu pescoço.

— Ah, são revistas e jornais.

Sinto o corpo de Jungkook tencionar com as pontas dos dedos, suavemente se afastou quebrando nosso contato. Sua expressão está apreensiva quando ele estende a mão, sabendo exatamente o que ele queria entreguei a sacola a ele.

— Vamos jogar isso fora — anunciou, peguei a sacola de volta e neguei com a cabeça.

— Nós não vamos fazer isso — rebato antes de sair andando em direção a cozinha.

Consigo ouvir os passos de Jungkook atrás de mim, mesmo assim retiro tudo da sacola e espalho pela mesa da cozinha, então puxo uma cadeira e me sento começando a folear a primeira revista que vi pela frente. Jeon não diz nada apenas vai em direção ao lixo da cozinha e então apoia o objeto na mesa.

E ainda sem dizer sequer uma palavra começa a recolher o material e jogar no cesto, aborrecido desfiro um tapa no lixinho fazendo tudo cair na mesa outra vez. Novamente Jungkook recolhe tudo e joga no lixo outra vez, cansado de sua atitude dessa vez desfiro um soco no objeto fazendo voar para longe até bater na parede e se quebrar ao chão.

— Qual é o seu problema, Jimin?

— Qual é o "seu" problema? Por que está se comportando desta maneira? — me exaltei falando mais alto que deveria, Jungkook desvia o olhar e se senta também.

— Eu só estou tentando te proteger da toxidade da mídia é difícil entender? — tentou justificar seus atos tocando suavemente sobre minha mão que ainda segurava a revista escolhida por mim.

— Pensei que já tivéssemos passado dessa fase, onde você me priva de algo para me "proteger" — retruquei incapaz de conter meu tom amargo, Jungkook paralisou. — Eu já mostrei mais de uma vez que sou tão bom atleta quanto você, já chega, querer me prender no armário ou me esconder do mundo não é proteção.

Não era minha intenção mas minha fala acertou Jungkook em cheio, rapidamente seus olhos brilham com o excesso de lágrimas que tenta conter. Mesmo assim não voltei atrás com minha postura, ignorando a cena para me concentrar a revista em minhas mãos.

— Eu entendo completamente suas motivações, Jeon — falei sem voltar encarar seu rosto, concentrado em folear o objeto em minhas mãos. — Mas eu sou diferente de você, não tenho medo de me expôr, não me importo com o que estão a dizer de mim pois não tenho nada a perder. Foda-se se não quiserem me patrocinar o importante é crescer dentro da federação, somos uma ótima equipe e eu estou seguro.

— Você me acha um covarde, não é? — vociferou entredentes completamente destruído, vagarosamente levanto a cabeça para explicar que ele entendeu errado, porém sua face irada faz eu me calar imediatamente. — Sim você acha, pois diferente de você eu não me expus inicialmente escondi minha sexualidade para não perder patrocínio, escondi nosso namoro. Eu não me orgulho disso Jimin e já pedi perdão milhares de vezes por ter escondido nosso relacionamento, mas não se esqueça de uma coisa, foi isso que garantiu que tivéssemos condições de ter a estrutura que temos hoje. Se hoje não dependemos de patrocínio foi porque protegi minha carreira com unhas e dentes, nunca se esqueça que esse é o motivo para sermos independentes.

Suas palavras vieram como um tapa de realidade na minha cara, eu só estava irritado nunca me importei com esse lance dele querer me proteger, por isso fui infeliz em minhas palavras. Principalmente tendo em vista que Jungkook iniciou sua carreira ainda na adolescência, começamos a morar juntos muito cedo quando minha mãe me expulsou de casa, ele trabalhou duro para cuidar de mim.

Infelizmente ele não teve a mesma sorte que eu, com uma equipe que apoiava suas decisões e faria o possível para que ficasse confortável. Pelo contrário, tudo era sobre como ele jogaria tudo fora, caso descobrissem nosso relacionamento. Se hoje posso me expôr sem medo de perder o emprego, foi porque Jungkook pavimentou todo caminho primeiro.

Ele se tornou poderoso o suficiente, para trabalharmos com a equipe que quiséssemos.

— Eu não quis dizer isso querido, me perdoe, por favor — peço sinceramente, largando a revista de lado para tentar alcançar suas mãos.

Jungkook recuou, seus olhos estão embargados enquanto suas bochechas vermelhas. Ele apenas se levanta e vai em direção ao nosso quarto me deixando sozinho, arrependido levo as mãos até as temporas massageando ao mesmo tempo que penso em como fui babaca.

Sinto vontade de ir atrás mas Jeon precisa de espaço, por isso tudo que faço e caminhar até o banheiro e tomar uma ducha gelada para relaxar meus músculos após a caminhada diária. Decidi não entrar no quarto para trocar de roupa permanecendo de roupão pela casa, volto a cozinha para pegar o pivor de nossa discussão e atirar na pia.

No armário peguei um litro de álcool 70 e uma caixa de fósforo colocando fogo em tudo, alí mesmo dentro da pia de inox. O sistema de incêndio que nem mesmo eu sabia que tínhamos estalado, acionou imediatamente ao que a fumaça se espalhou por toda cozinha, jorrando água por todos os cantos.

— Mas que merda! — proferi correndo para ária de serviços em busca de um balde, para tentar aparar a água.

Sem saber o que fazer arrastei uma cadeira até o detector de fumaça e subi em cima dela com o balde em mãos, desse modo levantei o mesmo até acima da minha cabeça cessando a água de cair no chão por um momento. Não demora muito para que o balde encha, transbordando tudo em cima de mim.

— VAI SE FODER, INFERNO! — berrei tão alto quanto o som do alerta de incêndio.

Não demora muito para que Jungkook apareça em meu campo de visão, que está completamente comprometido por conta da água. Atordoado e aparentemente confuso, ele imediatamente vem em minha direção e me toma nos braços para me colocar no chão de volta, para minha sorte em contato com o piso escorreguei no assoalho molhado enquanto Jeon tomou meu lugar em cima da cadeira.

A queda me fez derramar toda água que segurava pelo chão, Jungkook assiste a cena com as mãos para cima tocando o dispositivo aparentemente para desativar. Tendo em vista que após seu gesto o alarme enfim para e água também, deixando de jorrar.

— Mas que merda estava fazendo? — questionou descendo do móvel enquanto eu tento me sentar. — Droga, me dá aqui sua mão — ordenou ao estender a destra para me ajudar.

Completamente molhado e dolorido aceitei a ajuda quase trazendo ele para o chão também, com um pouco mais de força Jeon conseguiu me levantar.

— Eu não lembrava que tínhamos um detector de fumaça coloquei fogo na pia — explico massageando meu bumbum dolorido.

Jeon arqueia as sombracelhas desviando o olhar de mim para a pia, seus lábios se afastam indicando que ele gostaria de dizer alguma coisa, mas não faz. Apenas nega com a cabeça e caminha até a ária de serviços, enquanto eu fico parado tentando entender o que ele está fazendo.

Menos de 30 segundos depois ele volta carregando alguns panos de chão e dois rodos, sem graça vou até ele para ajudá-lo, entretanto parei no meio do caminho quando a campainha começou a tocar sem parar.

— Eu v-vou... — gaguejei apontando com os dedões atrás de mim. — E já volto. — Ele concordou.

Caminhei em passos apressados até a sala já que seja lá quem estivesse atrás da porta, tinha certa urgência em ser atendido. Irritado gritei um "já vai porra", destrancando a porta atrapalhadamente.

— Senhor Park, está tudo bem? Recebemos um alerta de incêndio do seu apartamento — era o síndico segurando um extintor, levo a destra até minhas temporas antes de responder.

— Está sim foi apenas um acidente — justifiquei assistindo seu olhar curioso pairar por cima de meus ombros.

— Posso verificar o que aconteceu?

— Não é necessário, relaxa — falei segurando a barra do meu roupão molhado, sorrindo simpático para tranquilizá-lo. — Eu só tentei queimar meu lixo na pia.

— Não me leve a mau mas será que eu posso falar com o proprietário da casa?

Chocado, eu não soube como respondê-lo.

— Já está falando com ele senhor, Choi! — Jungkook respondeu, olhei para trás o encontrando parado na sala de estar nos encarando com um rodo na mão.

— Oh Jungkook, bom dia! Recebi um alerta de incêndio e vim verificar se estão bem.

— Aham, meu marido já disse que sim certo? — indagou com cara de poucos amigos.

— Sim — respondeu quase sussurrando.

— Então se nos dê licença temos uma cozinha para secar antes que os vizinhos reclamem da água caindo em seus tetos.

Paralisado o homem apenas concordou enquanto eu que não fiz questão de nenhuma despedida, fechei a porta antes mesmo que ele se retirasse. Suspirei pesadamente escorado na porta, me sentindo um completo idiota pela forma que falei com Jungkook.

Lentamente virei para onde sabia que ele ainda estava, encontrando-o atento a minha reação com seu jeitinho preocupado de ser porém por motivos óbvios não faz nenhuma pergunta. Seu cabelo permanece bagunçado e sua face vermelha, revelando que estava chorando.

— Meu amor, eu sinto muito — peço sinceramente juntando as mãos suplicando por seu perdão.

Um pequeno sorriso nasceu no canto de seus lábios bonitos — porém não responde — na verdade sai correndo para cozinha, como uma criança travessa quase tropeçando no rodo que ele mesmo deixou no caminho. Fui atrás dele em passos atrapalhados devido o peso que meu roupão encharcado está fazendo, entretando a dificuldade de correr de Jungkook, me permite alcançar-lo rapidamente abraçando seu corpo por trás.

— Eu te amo meu amor me perdoa — falei rente a seu ouvido.

— Droga Jimin, você está todo molhado — resmunga tentando se soltar sem fazer força realmente.

— Me perdoe meu amor, não soube me expressar. Fui um babaca e sei que você sabe que não foi a minha intenção, olha para mim vai, deixa eu te dar um beijo. 

Jungkook suspira porém não tarda a se virar de frente para mim, agora encarando seus olhos negros sorrio apaixonado contemplando cada detalhe de sua beleza. Delicadamente levo minhas mãos a seu rosto e me aproximo vagarosamente para beijar seus lábios, ainda que exitante, Jeon me recebe com amor.

Ficamos assim por 20 ou 30 segundos até que Jungkook se afasta, e olha para nosso entorno.

— Jimin olha só o que você fez como vou te perdoar?

— Eu vou arrumar tudo e prometo nunca mais falar algo ass-...

— Jimin não é disso que estou falando — explicou revirando os olhos.

— Sobre o que é, então? — questiono completamente confuso.

— Olha só a bagunça que você fez como vamos fazer sexo de reconciliação? Qual é o sentindo de uma briga de casal sem sexo no final?

Totalmente chocado com sua fala procurei em sua face algum traço de brincadeira, mas não, ele estava falando sério e pior, ele está a indignado. Eu amo esse cara.

— Eu sou só um corpo nessa relação — dramatizei.

— Um corpo gostoso.

— Jungkook, eu te amo!

Ele me encara com seus olhões negros e sorri gentilmente, baixinho repete a declaração e volta a se aproximar para um abraço carinhoso. Eu que estava pronto para jogá-lo na mesa e fazer amor aqui mesmo, no meio do caos sou interrompido pelo interfone que começa a tocar.

— O que será agora? — Jungkook resmungou quebrando o contato.

— Deve ser aquele síndico insuportável de novo — falei me abaixando para pegar o rodo caído ao chão para começar a limpeza, esperando que Jungkook atenda a ligação.

— É pode ser que sim, já volto!

Concordo com a cabeça concentrado em empurrar toda água até o ralo mais próximo, enquanto canto alguma música aleatória na mente. Destruído acabei me assustando quando Jungkook passou rapidamente por mim, mancando mais que o convencional em direção a nosso quarto.

Por isso abandono o objeto que está em minhas mãos, para ir até ele e entender o que está acontecendo. Chegando no quarto me deparo com ele tirando seu pijama totalmente desajeitado, ao mesmo tenta prender os fios do seu cabelo.

— O que está acontecendo quem era no interfone? — pergunto impaciente.

— É um oficial de justiça, acho que meu processo chegou.

Continua... 🥊

Ai meu Deus, ainda tem alguém aí? Estou até esquecendo o bordão mas enfim, voltei! 🤪

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97% Concluído. Park Jimin, jovem de 26 anos que vive atualmente em Seul, se mudou muito novo após terminar o ensino médio em Busan, sua cidade natal...