Duo, o caça vampiros!

By tooyahikaru

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Ação, ficção, yaoi! More

Capítulo 1- PRÓLOGO
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15

Capítulo 5

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By tooyahikaru

Duo rolou na cama e gemeu, tentando ignorar os raios de sol que entravam pela janela do quarto. A sua volta, alguns meninos já se remexiam para começar mais um dia, enquanto outros, como ele, tentavam ignorar o sol ao máximo. Porém, por mais que pudessem ignorar o amanhecer, nunca pode ignorar a voz firme do Padre Maxwell veio da porta e exigindo que os preguiçosos se levantassem.

-Só mais cinco minutos, Padre.- Um dos garotos pediu, cobrindo a cabeça com as cobertas para evitar a luz forte que entrou no quarto quando o Padre abriu de vez como cortinas.

-Nem mais cinco minutos. Levantem todos! Andem! - Disse o reverendo de maneira divertida. Aquelas crianças eram umas preguiçosas. -Duo! Levante-se! Dê o exemplo aos mais novos. –O homem tentou fazer o sobrinho se levantar, mas esse apenas se encolheu mais debaixo das cobertas.

-Eu não sirvo de exemplo nem para mim mesmo, quanto mais para os outros. Por favor tio, apenas mais alguns minutos. Eu estive até tarde ontem patrulhando.-Resignado e soltando um suspiro, Padre Maxwell resolveu deixar o garoto dormir mais um pouco. Afinal, diferente dos outros, ele tinha uma justificativa por ter ficado acordado até tarde.

-Certo, meu filho, mas não vá perder a hora.

-OK. –Resmungou o garoto, sumindo debaixo das cobertas.

Um hora depois um Duo Maxwell poderia ser visto correndo pelas ruas de Sunnydale a alta velocidade, com uma trança chicoteando atrás de si como se fosse alguma coisa viva, indo direto para a escola, entrando no prédio rapidamente e quase alcançando a sala de aula, se não fosse um porém:

-Lady Une! - Abriu um grande sorriso inocente quando divisou a mulher no meio do corredor, com os braços cruzados e batendo o bico fino do salto alto no chão encerado.

-Sr. Maxwell. Esse é… -A mulher impor ponderar um pouco sobre o que dizer iria. -… o sexto atraso só esse mês.- Concluiu a diretora.

-Eu sei, senhora, e eu sinto muito.

-Qual é a justificativa dessa vez, sr. Maxwell?

-Eu… bem eu… fiquei até tarde ajudando meu tio com as contas do orfanato?! - Disse, franzindo o cenho. Seria meio difícil a mulher engolir essa. Se não se enganava, já tinha usado a mesma desculpa no segundo atraso.

-Foi o que eu penso. Detenção depois da aula na biblioteca, sr. Maxwell. Agora vá para a sua sala.

-Sim senhora.- Retrucou, voltando a correr desembalado para a sua classe.

A porta da classe de química abriu abruptamente, fazendo todos que estavam dentro dela calarem-se e olharem para a entrada da sala, para ver quem era o aluno tardio. Muitos não se surpreenderam ao ver que era Duo Maxwell que entrava pela porta, dando um brilhante sorriso inocente ao professor e procurando seu lugar pela sala. De sua cadeira, Quatre escondeu um sorriso por detrás de seu livro enquanto Trowa, ao seu lado, sacudia a cabeça levemente de um lado para o outro.

Duo divisou os amigos dentro da sala de aula e deu um leve aceno para eles, rodando os olhos violetas dentro do aposento para ver se havia algum lugar vago. Porém, infelizmente, o único lugar que parecia vazio, um ao lado de Relena Peacecraft.

Engolindo um gemido, o jovem caminhou até a garota e sentou-se ao seu lado, não se prezando a olhar a menina. Sabia que com certeza deveria estar debaixo de um certo olhar arrogante e de desdém. E ele sabia que, se virasse para ela, receberia uma piada de mau gosto de boas vindas e não conseguiria controlar a vontade de quebrar o pescoço dela em retorno.

-Já que o sr. Maxwell nos deu a graça de sua presença, vamos retornar a aula.- O professor voltou a falar, tirando da cabeça de todos o que tinha acabado de acontecer.

-Perdeu a hora novamente? - Quatre perguntou enquanto eles caminhavam para seus armários na hora do lanche.

-Como é que você não perdeu a hora? - Perguntou ao amigo. Afinal, Quatre estava na noite passada com ele na patrulha. Ambos tinha uma prova de matemática essa manhã e como Duo não teria tempo para estudar por causa da patrulha, o loirinho se ofereceu de ir com ele e assim eles estudavam durante a ronda.

-Bem, eu dou atenção ao meu despertador quando ele toca, diferente de algumas pessoas… - Deixou uma frase vagando pelo ar enquanto alcançava o seu armário.

-Hah! Muito engraçado.- Duo resmungou, também chegando ao seu armário e quase dando um grito e um pulo de susto. –Mas que merda é essa? –Praguejou o garoto e o árabe ao seu lado arregalou os olhos. Duo não era de xingar muito devido ao fato de que vivia em um orfanato católico. Mas quando ele fez isso era apenas um motivo: estava irritado.

-O que foi? - Quatre perguntou, virando-se para o armário do amigo. Assim que fez isso, deu uma careta de desagrado, entendendo perfeitamente o motivo de Duo ter xingado.

Na porta no armário estava um pôster de Relena, com aquele infeliz vestido rosa dela, sorrindo para ambos os garotos e na parte inferior do pôster estava escrito: Vote em Relena para Rainha do Baile da Primavera.

-Ela que vá sonhando rosado… -Duo começou, arrancando com força aquele pôster de seu armário e o partindo em pedaços de pedaços, o jogando na lixeira mais próxima. -… pois eu não desperdiçaria um voto com ela.

-Nem eu.- Quatre murmurou.

-Sobre o que estamos falando? - A voz sussurrada de Trowa chegou dentro do grupo, enquanto o mesmo passava um braço pela cintura de Quatre e depositava um beijo na testa do loirinho. Duo escondeu um sorriso quando viu Quatre avermelhar. Ele sempre reagia assim com essas pequenas contas de carinho do namorado, embora já estivessem juntos a mais de um ano, e parecia que a cada dia se apaixonavam mais e mais. Ficava feliz pelo amigo, mas também se sente triste às vezes. Ser um caçador exigia apenas a solidão como companhia. Seria difícil ele encontrar alguém com quem poderia conciliar como suas duas vidas.

-Relena e a sua candidatura a Rainha do Baile da Primavera.

-Ah, eu vi um adeus colado na porta do meu armário.

-Levou um susto também e praguejou como o Duo? - Trowa apenas ergueu uma sobrancelha para o namorado. –Foi o que eu penso.

Treize olhava com interesse para o homem a sua frente, dentro de sua saleta na biblioteca. Tinha certeza que tinha ouvido mal, mas a expressão séria do homem apenas lhe confirmava que tinha ouvido com todas as letras.

-Odin Lowe está na cidade? –Perguntou o ex-sentinela, levantando-se da mesa e caminhando até uma temperatura térmica onde havia água quente para seu chá habitual.

-Sim. E ele precisa de ajuda. Não pôde encontrar o restante da profecia e muito menos sabre como ela irá se realizar. Algumas pessoas locais onde uma pessoa na posição dele não pode entrar…

-E por que o senhor não faz essas buscas?

-Porque a maioria do material está sob posse e conhecimento do Conselho…

-Não faço mais parte do Conselho senhor Chang.

-Mas ainda tem os livros que esse disponibilizou para o seu trabalho. Investiguei a sua ficha, Sr. Khushrenada, era considerado um dos melhores sentinelas antes daquele incidente. Tem grandes conhecimentos e sempre sabe onde procurar.

-Então, o sr. Lowe ...

-Yuy, por favor. Meu amigo não usa esse nome a mais de um século.

-Então o senhor quer a minha ajuda para encontrar a restante da profecia.

-E a ajuda do seu caça vampiros.

-O que o Duo tem a ver com isso? Pensei que precisavam dos meus conhecimentos e apenas isso.

-Acontece que a história é muito mais complicada do que parece. Creio que Heero explicará isso melhor do que eu. A não ser, é claro, que o senhor não queira esse encontro.

Treize voltou a sua cadeira e sentou-se nela, tomando um gole de seu chá e encarando o homem que estava parado a sua frente. Depois de minutos de silêncio, ele tomou a sua decisão.

-Fale para ele vir depois do pôr-do-sol, hoje mesmo. Confesso que estou curioso. Deve ser algo bem grande para o seu amigo estar tão convencido a encontrar-lo.

-Sim senhor. Obrigado pela sua atenção. Estaremos aqui depois do pôr-do-sol.- Wufei fez uma leve reverência ao homem e saiu da sala. Heero adoraria ouvir as boas novas.

-E aí ela me colocou em detenção. Ao menos eu tenho que ficar na biblioteca, o que é muito melhor do que uma sala de aula chata, encarando um professor chato.- Duo resmungava enquanto balançava uma cadeira onde estava sentado em apenas duas pernas, com as suas pernas cruzadas sobre a mesa da biblioteca. –Quero dizer, foram só uns minutinhos de atraso e nada mais. Acho que eu deveria ter dito a ela que fiquei acordado até tarde estudando. O que você acha Treize?

-Eu acho que já que você está aqui poderia treinar um pouco.- Falou o homem, ajeitando um boneco de pano no centro da biblioteca.

-Ah, agora sim você está falando a minha língua! - Duo deu um salto da cadeira, parando em frente ao boneco. –Tem certeza que esse boneco de pano vai agüentar o tranco? Quero dizer… eu bato forte.

-Dessa vez que você não vai bater deliberadamente, como você sempre faz. Você terá que atingir os pontos certos. Mesmo sendo vampiros, eles também têm pontos sensíveis como os humanos. Pontos que se atingidos, podem levar a uma inconsciência, no caso dos vampiros um breve atordoamento, instantânea.

-Não quero eles inconsciente, quero eles mortos.

-Você disse o que eu disse em relação aos vampiros?

-Hum… não?

-Por que eu não estou surpreso? Pois bem. Você terá que atingir esses pontos e cada ponto certo atingido os olhos do boneco produzirá um piscar… -Com uma longa régua Treize começou a indicar os pontos que o Duo teria que atingir. –Pois bem, pode começar.

Duo deu um forte soco no boneco, em um dos pontos indicados por Treize, e esse voou uns bons metros antes de cair no chão com um baque surdo. O homem apenas ergueu seus olhos do livro que estava lendo, mirando paciente o rapaz que deu um sorriso sem graça e balançou os ombros, indo recolher o boneco.

-Preciso lembrá-lo de que é para bater nos pontos com suavidade? Não precisa empregar tanta força.

-Você não tinha dito isso.

-Estou dizendo agora. Volte ao treinamento. –Ordenou, enquanto o rapaz posicionava o boneco de volta no lugar.

Duas horas e muitos golpes depois um Duo entediado encontrava-se no centro da biblioteca, já cansado de tanto fazer os olhos daquele boneco infeliz piscarem. Com um acesso de raiva, ele deu um chute forte no boneco, o fazendo voar novamente e chocar-se contra a parede do outro lado da biblioteca, fazendo a sua cabeça de espuma soltar-se do restante do corpo. Treize seus olhos dos livros ao rapaz, erguendo uma sobrancelha diante do boneco semi destruído.

-Vejo que já aprendeu todos os pontos.- Retrucou com uma voz calma.

-Terei pesadelos com aqueles olhos vermelhos piscando para mim.- Rebateu, olhando seu relógio de pulso e vendo que faltava apenas alguns minutos para escurecer. –Bem, se eu quero estar pronto para a minha patrulha, melhor ir para casa e tomar um banho primeiro.

-Hoje você não vai patrulhar.- Comentou o homem calmamente e Duo franziu o cenho.

-Não vou?

-Hoje à noite receberei uma visita… -Um sorriso extremamente malicioso começou a surgir na face do jovem americano.

-Sr. Khushrenada, eu sempre soube que o senhor deveria ter uma vida além dos livros e das armas. Diga para mim, qual é nome dela, heim, heim, heim?

-Uma visita de trabalho.

-Eca, o que foi, um congresso de bibliotecários aqui em Sunnydale? Meu Deus, onde estão os demônios para eu matá-los? Prefiro encarar mil bestas do que isso.

-Não é sobre bibliotecários, é sobre o Conselho… o Conselho do qual eu faço parte. Uma pessoa necessita da nossa colaboração em uma coisa que ela ainda vai explicar para nós…

Nossa colaboração? Isso me inclui no meio?

-Sim, Duo. Não sou mais o seu sentinela mas, enquanto o novo não chega ainda está sob a minha supervisão. Claro que agora não poderei te ordenar a fazer nada contra sua vontade…

-Quando essa pessoa chega? Quando começaremos a trabalhar?

-Ela deve chegar ao pôr-do-sol, por isso eu conselho e usar os chuveiros dos vestiários para se refrescar. Não quero você desse jeito na reunião.- E apontou para o rapaz que tinha fios de cabelos soltos da longa trança e suor escorrendo pelo rosto e braços.

-Uma vez inglês, sempre inglês. Quer que eu lave atrás das orelhas também, mamãe? –Ironizou, pegando a sua bolsa onde sempre guardava umas roupas reservas para essas ocasiões.

-Vá Duo! –Treize ordenou e o garoto fez uma careta, saindo da sala saltitando e com um grande sorriso. O homem apenas balançou a cabeça de um lado para o outro. Aquele menino parecia que nunca iria crescer.

-Sr. Khushrenada.- A voz de Wufei divergiu a atenção de Treize dos livros para os dois recém chegados. Um era o chinês que havia anteriormente visitado. Ou outro era o conhecido vampiro Odin Lowe que em épocas passadas aterrorizou muitos lugares e se tornou a dor de cabeça do Conselho.

-Sr. Chang. –Treize estendeu a mão para ele o cumprimentando, lançando olhares furtivos para o homem ao lado dele, de cabelos castanhos rebeldes e frios olhos azul cobalto.

-Heero Yuy.- Wufei apresentou quando reparou nos olhares de Treize para uma figura toda em negro ao seu lado. - Heero, sr. Treize Khushrenada.

-Eu sei quem ele é, Wufei. –Respondeu Heero sem emoções na voz.

-Apenas estava fazendo como formalidades.

-Heero Yuy. –Treize repetiu o nome. –Posso saber o porquê da mudança de nome?

-Sr. Khushrenada, um ex-sentinela com uma ficha como a sua deve saber sobre a minha história.

-Sim, eu sei.

-Então não seria difícil de entender que um nome pode causar mais temor do que a pessoa em si. Depois que recebi a maldição dos ciganos e recuperei a minha alma, achei que o primeiro passo para me livrar das minhas sinas do passado passado o passado literalmente para trás. Claro que as mortes ainda me atormentam e eu tento compensar todo o mal que fiz. Mas ficar carregando o nome Lowe para cima e para baixo não ajudava muito. Tive que… variar um pouco. –Disse, percorrendo a biblioteca e observando os livros que nela tinha.

-Entendo. Em que posso ajudá-lo então sr. Yuy?

-Primeiro de tudo… -Wufei os interrompeu. -… Nós gostaríamos de conhecer esse garoto, esse caça vampiros, que é tão conhecido no submundo. Ele realmente faz jus ao apelido que ganhou? –O chinês virou-se para Treize, direcionando a pergunta para ele.

-Shinigami… Uma vez um demônio de origem oriental passou por Sunnydale. Não era do tipo perigoso, mas fez algumas traquinagens durante a sua estadia. Por isso arrumou problemas com outros demônios mais irritadiços e Duo teve que salvar a pele escamosa dele. O vendo batalhar, com a sua arma preferida, o demônio disse que Duo parecia o Deus da Morte. Ó Shinigami. Parece que esse apelido percorreu o submundo. Como Odin Lowe, ele causa um certo impacto em alguns lugares.

-Deve ser um grande guerreiro esse garoto.- Heero comentou, quando sinto que algo estava errado. Uma mudança brusca no ar e uma determinada entrada no ambiente e seus sentidos definidos a gritar: perigo! O barulho de elos de correntes chocando-se uma contra as outras se foi ouvido, assim como algo afiado cortando o ar. O homem apenas teve o tempo de se desviar da foice que veio em sua direção, fazendo um talho em seu braço e enrolando a corrente no mesmo, o aprisionando.

-Mas o que é isso? - Wufei rosnou, sacando uma espada da bainha em sua cintura. Na porta da biblioteca estava o que parecia ser uma garota de cabelos longos castanhos dourados, que desciam molhados pelas costas, usando umas roupas negras e segurando com firmeza o outro extremo da corrente que ainda prendia o braço de Heero.

-Treize, você está bem? - A garota perguntou e pelo tom de voz, Wufei redefiniu seus conceitos. O que estava parado na porta era um menino.

Heero estava ainda em estado de choque para poder perceber o olhar mortal que os olhos violetas direcionavam a si ou a corrente com a foice presa em seu braço. O seu anjo de cabelos longos castanhos estava parado na porta com uma face séria e nada feliz dirigida a si. Pensou que nunca mais o veria depois do incidente daquele dia no parque, mas parecia que a sorte estava ao seu lado. Somente quando apareça um forte tranco em seu braço, o derrubando no chão, é que Heero voltou à realidade. O seu anjo também o estava atacando.

O japonês ergueu-se rapidamente, desvencilhando-se da corrente, mas essa mal soltou de seu braço e já estava girando sem perigosamente. A sua frente, o rapaz o mirava em uma postura deensiva e com uma foice cortando o ar. Heero também se colocou em uma postura ofensiva antes que aquela coisa afiada cortasse a sua cabeça. O garoto parecia saber o que estava fazendo empunhando aquela arma. Então isso só poderia significar uma coisa: aquele era o Shinigami.

-Duo! - Treize chamou com uma voz firme, porém Duo não desviou o olhar de seu adversário, embora sua atenção esteja voltada para o homem, também.

-Ele é um vampiro, Treize. O que ele está fazendo aqui? - Sibilou entre dentes, dando mais corrente a foice para essa cobertura maior território enquanto a girava por cima de sua cabeça.

-Eu sei que ele é um vampiro, Duo. Ele é a visita da qual eu lhe falei.

-Pois a sua visita vai virar pó. Esse sujeito me abordou durante a época do meu teste, com certeza me salvou daquele vampiro apenas para se fazer de bom moço para ganhar a minha confiança e depois me fazer de jantar.

Jantar? Heero tradução alarmado. Nunca que faria aquele garoto de jantar. O preferia na cama, gemendo debaixo do seu corpo, do que em qualquer outro lugar. Sacudiu a cabeça para afastar esse pensamento. O menino ainda estava consistindo a retalhá-lo.

-DUO! - Treize foi enfático dessa vez, o chamando com um tom extremamente irritado e isso chamou a atenção de Duo. –Abaixe a deathcythe… AGORA! - Rilhando os dentes e frustrado, o garoto fez que lhe foi ordenado, abaixando a foice. Caminhou a passos hesitantes até o seu ex-sentinela, não tirando seus olhos de Heero. Esse por outro lado relaxou visivelmente e só nesse momento a ardência em seu braço.

-Então… -Wufei sussurrou ao amigo depois de embainhar a espada, parado ao lado desse. -… esse é o misterioso garoto dos cabelos longos e olhos violetas? Um pouco esquentado ele, não? Aposto que você não esperava que o seu terceiro encontro fosse assim.

-Cala a boca.- Heero sibilou, passando pelo amigo e segurando o braço ferido com a mão, tentando estancar o sangue, ainda sob o olhar desconfiado de Duo.

Displicente, Duo postou-se ao lado de sua sentinela e jogou-se na cadeira mais próxima de qualquer maneira, a inclinando e cruzando as pernas sobre a mesa. Deathscythe ainda pendia ao lado do seu corpo, com as mãos delgadas e pálidas brincando com a corrente.

-Bem, creio que vocês tiveram o prazer de conhecer Duo Maxwell.- Treize falou calmamente, indicando o garoto que ainda tinha os cabelos longos descendo em cascata pelas costas. Wufei fez uma pequena reverência ao rapaz, que estreitou os olhos e deu um aceno de cabeça. Heero, por outro lado, estava muito ocupado observando a beleza que estava a sua frente. De cabelos soltos ele ficava mais belo do que já era e no momento em que estava batalhando, o modo como os olhos violetas brilharam diante do perigo, a excitação da batalha, fez todos os pêlos do corpo do japonês se arrepiarem. Havia algo de selvagem e sedutor garoto que o escolher ao mesmo tempo combater com ele para saber o quanto era forte e por outro lado beijá-lo com sofreguidão até tirar-lhe o ar.

-Peço que perdoem a imprudência dele, mas Duo é assim mesmo.- Explicou-se o ex-sentinela e o soltou um bufo, cruzando os braços sobre o peito e fechando os olhos, fazendo uma morte no pender mais ainda ao lado de seu corpo .

-Não o culpo, na verdade acho que ele foi muito prudente pondo-se em guarda diante de uma possível ameaça, uma coisa boa para um caçador.- Heero defendeu uma atitude de Duo, ainda embevecido pela beleza do rapaz. Esse apenas abriu um dos olhos violetas e olhou de esguelha para ele, fechando os olhos rapidamente quando sentir estar sobre o olhar avaliado do japonês. Mesmo que soubesse, agora, a verdadeira identidade dele, ainda não podia evitar as sensações que esse despertava em si. Sensações essas que estão em seu corpo desde o primeiro encontro naquele local. Talvez fosse bom ele rezar umas Aves Maria só por precaução

-Bem, senhor Yuy, agora que você está aqui, poderia nos explicar melhor o que deseja.- Treize indicou as cadeiras da biblioteca para as suas próprias e essas se acomodaram. –Senhor Chang-me explicou algumas coisas mas não deixou tudo totalmente claro. Parece que o senhor está atrás de uma profecia. O que poderia ter nessa profecia que lhe interessaria tanto?

-Ela apresenta uma certa cura para o meu problema recente… -Heero começou e viu Duo ao seu lado abrir ambos os belos olhos, voltando a sua atenção para si. -… ao mesmo tempo em que… -O homem hesitou um pouco, apertando o braço ferido contra o peito, seus olhos azuis frios viajaram pela sala, pelo rosto impassível de Wufei até as expressões curiosas dos dois humanos que agora integrado toda a sua atenção voltada para si.

-… traz a profecia do fim do mundo.

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