I'll be there: uma segunda ch...

By jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... More

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

32. É tudo culpa do Rang

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By jakesumoon

[ 6 MESES DEPOIS]

Yeon olhava surpreso para o contato que aparecia na tela do seu celular. Depois de tudo que havia acontecido, ele não tinha mais recebido notícia alguma do submundo, e pensava que não teria, agora que havia se transformado em humano pensou tal gesto não aconteceria mais.

— Vovó!

— YA! — Taluipa grita no telefone. — É PRECISO EU TER QUE LIGAR PARA OUVIR NOTÍCIAS SUAS, SEU MOLEQUE?

— Mas humanos não...

— Eu fiz a regras desse lugar, Yeon. Preciso que você venha aqui, até o fim da tarde.

Antes mesmo de dar uma resposta a anciã, ouviu ela desligar. Ele olhou para a tela do celular e deu de ombros, se perguntando o que aquela senhora mal-humorada tinha para dizer.

Lee Yeon havia se recuperado de todas as suas lesões, e agora estava tentando se habituar a sua nova vida. De cara algumas coisas mudaram drasticamente: sentia mais fome que o comum, e seu estômago já não era tão tolerante a receber sorvete de menta com chocolate logo pela manhã, mas ás vezes ele ainda encarava, mesmo se sentindo enjoado depois. Além disso, tinha dias que não tinha pique para acompanhar o ritmo frenético de Mi-rae, e a noite já não conseguia ler com tanta clareza.

Mas para ele o mais difícil não era ter que lidar com as mudanças nele mesmo, e sim ter que aceitar a regra humana de que "as coisas acontecem e não há nada que você possa fazer". Um grande exemplo disso foi a filha que levou uma queda espetacular no parquinho, ele não foi rápido o suficiente para impedir que ela batesse no chão. Sabia que esse tipo de coisa aconteceria e não teria nada que ele poderia fazer, ele já não poderia mais salvar o mundo.

Agora ele estava aprendendo a ser mais cuidadoso, e isso era um grande desafio também, principalmente com Ji-ah, estava na reta final da gravidez e poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento. A ex raposa estava sempre por perto e não a deixava sozinha, ficava atento a cada expressão diferente dela.

— Você precisa de alguma coisa, amor? — Yeon perguntou pela milésima vez naquela tarde.

— Não, querido... Talvez só colocar mais um travesseiro nas minhas costas.

Nam Ji-ah estava levando a gravidez bem, na medida do possível, não teve mais sustos ao ponto de ter que ir ao hospital, grande parte disso era culpa de Mi-rae que todo mês dava um pouquinho de energia a mãe e a irmã com a supervisão do pai. Ainda assim, ela ficava grande parte do tempo na cama. Ela e Yeon estavam se preparando para ver um filme quando o celular dele toca.

— Alô? Sim, é ele. Ah... — a voz dele foi sumindo ao ouvir a senhora falando do outro lado da linha. — Eu estarei aí sim, não se preocupe.

— O que foi?

— Era da creche da Mi-rae, parece que vai ter uma apresentação e a professora quer falar algo sobre isso comigo. O filme vai ter que ficar para outra hora. Você quer que eu traga alguma coisa?

— Sim! Pés de galinhas apimentados. — Yeon assentiu ao ouvir o que a esposa disse e se despediu dando um beijo na testa dela.

Por sorte, tinha recebido o telefonema de Taluipa antes, e já tinha avisado a Yu-ri que precisaria dela. Assim, não tardou muito para que a raposa chegasse cheia de sacolas nas mãos.

— Yu-ri, desse jeito vamos precisar de mais um bebê para conseguir usar todas essas roupas. — Yeon disse antes de sair.

Ele dirigiu até a escola pensando no cenário que encontraria. A diretora foi bem específica ao dizer que a Mi-rae tinha causado problemas. Se perguntava o que poderia ter acontecido para que a filha fizesse algo na escola, teria ela usado seus poderes? E se tivesse, o que ele faria? Teria que convencer a diretora apenas com desculpas. Como ele ia contar isso para a Ji-ah...

— Senhor Lee, fico contente que não tenha demorado. — a jovem senhora disse passando a mão nos cabelos e desamassando a blusa. "Então vou ter que usar do meu maior talento", Yeon pensou ao se dar conta do gesto da diretora.

— O que houve exatamente?

— A turma estava brincando no parquinho, as professoras não souberam dizer como começou, mas a sua filha deu um soco num coleguinha.

— Ufa... — o homem deixou escapar.

— Desculpe?

— Nossa! Eu estou muito surpreso, a Mi-rae nunca foi de bater.

— Sim, por isso o chamei aqui. Ela disse que foi ensinada, como sei que o senhor não faria algo do tipo... Talvez alguém que ela tenha tido contato recente?

Rang... Yeon pensou.

— Ah, deve ter sido nosso novo vizinho, eles brincaram juntos algumas vezes. O garotinho se machucou muito? Quebrou alguma coisa?

— Por Deus, senhor Lee! O que pensa que a sua filha é? O garotinho não quebrou nada, mas ganhou um hematoma.

— ENTÃO ESSE É O PAI DAQUELA... — uma mulher extremamente nervosa entra na sala, no entanto, assim que o ruivo se vira para encará-la ela perde a voz. Fica olhando admirada para ele por alguns minutos.

— Senhora Kwon, este é o senhor Lee, pai da Mi-rae.

— O-Olá. — ela disse estendendo a mão a ele. — Perdoe meu jeito ainda pouco, o sol está muito quente acabei sendo indelicada.

— Sem problemas, eu que tenho que pedir desculpas pelo comportamento da minha filha. — Yeon disse com o seu sorriso mais encantador.

— Ah, tudo bem, eles são crianças, acontece.

— Vou conversar com ela e isso não se repetirá mais, eu garanto.

Aigoo, fico feliz que tenham se entendido logo de cara, geralmente tenho problemas com os pais. Suas crianças estão na secretaria, podem ir pegá-los.

Lee Yeon encontrou Mi-rae sentada num banquinho de frente para o colega agredido, ela conversava com o garotinho chateada, quando o pai se aproximou conseguiu pegar apenas o final da conversa.

— Eu disse que posso sarar o seu dodói.

— Não. — o garotinho disse colocando a mão pequenina perto do olho.

— Você é bobo.

Antes que os dois voltassem a brigar Yeon resolveu interferir.

— Filha?

— Papai, não conta para a mamãe por favor. — Mi-rae disse se jogando nos braços dele.

— Vamos conversar sobre isso no caminho.

No carro, ele olhou para o relógio, não daria tempo de deixar a filha em casa para ir se encontrar com Taluipa.

— Princesa, vamos passar em um lugar antes de ir para casa, ok?

— Onde?

— Preciso falar com a vovó.

— Você também está com problemas papai?

— Não, ela só quer ver o papai. Agora me conte, o que foi que aconteceu?

Mi-rae se endireitou na cadeirinha e contou como foi todo o caso. Yeon precisou se controlar muito para que não risse na frente da filha.

— Aí ele me empurrou duas vezes papai. O tio Rang disse que era para eu fazer isso se tivesse que me defender. Ele tem TRÊS anos é mais velho do que eu.

— Querida, mas ainda assim você sabe que é mais forte que ele não sabe? Não podia só ter empurrado de volta? Mas foi um belo soco, ele não vai mais mexer com você. — Lee Yeon piscou para a filha, que deu um grande sorriso. — No entanto, você não pode mais fazer isso na creche ok? Se não, a mamãe vai ficar sabendo de tudo.

— Tudo bem papai, eu pro...

— Não precisa prometer não, o papai sabe que você não vai fazer mais. — sabia que isso era algo que aconteceria outras vezes e não teria como fazer a filha prometer algo assim.

Chegaram no Escrito de Imigração de Vida após a Morte no tempo limite. Como Taluipa falou, Yeon não teve problemas para passar pela porta com a filha.

— Yeon! Nossa, como a baixinha tá enorme! — Hyun Eui-ong disse se abaixando para que Mi-rae o desse um abraço.

— Vovô!

— Fica com ela enquanto eu vou conversar com a anciã?

— Claro! — o senhor colocou Mi-rae nos ombros. — Vamos dar uma volta por aqui?

Yeon observou por uns instantes Hyun Eui-ong sair correndo brincando com a filha enquanto ela dava pequenos gritinhos se segurando pelos cabelos do senhor. Assim que sumiram pelo corredor ele entrou na sala de Taluipa.

— Pensei que não viesse. — disse Taluipa fingindo estar concentrada demais no computador para olhar para ele.

— Jamais recusaria uma ordem sua. — Yeon disse sentando na poltrona de frente para a mesa de trabalho dela. Fazia tanto tempo que não ia naquele lugar, ficou olhando paras as longas prateleiras e quase sentiu falta de quando frequentava aquela sala quase diariamente.

— Trouxe aquela pestinha?

— Sim, ela teve um problema na escola e me atrasaria se ainda fosse deixa-la em casa. E a Mi-rae não é uma pestinha.

— Vamos ver até quando você vai dizer isso... Bom, o chamei aqui para dar um recado de Yeomra.

O sangue de Yeon gelou. Estaria ele agora querendo cobrar pelo que fez a meses atrás?

— Você e Rang tem que parar de se sacrificarem um pelo outro. Extrapolaram todos os limites possíveis da ordem no submundo. — ela parou de mexer no computador e olhou para ele. —Você permanecerá humano, envelhecerá e morrerá como qualquer um e como sempre quis, não tem mais os seus poderes de raposa, mas você já foi um espírito da montanha e a sua conexão com os seres ainda está aí. E quanto ao Rang, o submundo decidiu que ele pagará por tudo que fez na terra, viverá bem, e, por ter se redimido ficará perto daqueles que gosta. No entanto, a terra será o seu purgatório, logo, nem tudo será um mar de rosas.

Yeon entendeu o que ela quis dizer, e de certa forma, Rang já estava pagando com a perda dos pais adotivos.

— Bom, isso é tudo. Pode ir.

— Já, ficou esse tempo todo sem me ver e não vai me dar um abraço? — Yeon deu a volta na mesa e parou de braços abertos para ela. — Vem cá, pare de ser uma velha ranzinza.

Taluipa se levantou prendendo o riso quando Yeon a puxou pelo braço.

— Tenha uma boa vida, seu moleque.

— Obrigado, vovó.

— Agora vá! Eu tenho mais o que fazer!

Na verdade, ela estava prestes a ficar emocionada, e não queria que o homem a visse daquele jeito. Yeon se despediu e andou em direção a porta, quando estava fechando a porta ela o chamou:

— Yeon. — ela não se conteve. — Caso um dia precise, seu acesso e da pirralha serão livres aqui.

— Obrigado. Vou mandar presentes no natal.

Foi preciso Yeon prometer um bolo de chocolate para fazer com que Mi-rae saísse do colo de Hyun Eui-ong.

— Yeon, ela é um doce de criança. Vou visitar vocês mais vezes.

— Vem vovô, a minha irmãzinha vai nascer logo.

— Quem diria, hein? Você pai de duas meninas...

— Eu vou indo antes que você comece a ficar emotivo.

O antigo espírito da montanha se despediu do guia das almas do submundo e voltou para o carro com a sua cópia em miniatura. Ele se sentia bem quando diziam que a garotinha era a cara dele, e era verdade. Os dois eram extremamente parecidos não só fisicamente. A personalidade também parecia muito, além da teimosia, essa ele dizia que Mi-rae havia puxado de Ji-ah.

Enquanto eles dirigiam para casa, Yeon pensava sobre o que Taluipa havia dito, tinha deixado claro que as portas estavam abertas para ele e a filha, se perguntava se ela cruzaria aquelas portas algum dia, como ele fez.

______֎______

Lee Rang teve muito trabalho durante os meses que se passaram, foram necessários muitos encontros e contatos visuais com todos que estavam no círculo de amizade de Yu-na e Jihoon. O casal agora que podia desfrutar de um encontro ao ar livre sem preocupações de encontrar algum conhecido e saber do relacionamento deles.

Foram reconstruindo um relacionamento praticamente do zero, a humana foi conhecendo um pouco mais sobre os gostos da raposa, e ele tendo pela primeira vez uma relação amorosa saudável e duradoura. Já não via os humanos como brinquedo ou refeição, e sabia que existia outros meios de resolver seus problemas sem precisar mostrar as garras. Em relação aos pais de Yu-na tudo ia na mais perfeita harmonia, participava de almoços e jantares em família e todos o receberam muito bem. Já havia conseguido dormir uma noite na casa de Yu-na, que segundo ela foi o maior nível alcançado por nenhum dos seus namorados.

Yu-na estava nervosa, estava num café com Oh Yeon Seo quando Rang ligou perguntando onde ela estava, pois precisava conversar com ela algo importantíssimo. Por mais que a amiga tentasse dizer palavras de conforto, depois do que eles passaram, e por ele ser quem ele é já pensou que algo teria acontecido e que os momentos de paz entre os dois haviam acabado. O celular dela toca e era ele novamente.

— Yu-na-ssi, você pode me esperar na porta? Eu estou dobrando a rua.

— Ele... — Yu-na se levantou e correu depressa até a porta. Yeon Seo preferiu espera-la na mesa do café, mas de onde estava pode observar toda a cena do casal.

Rang vinha andando devagar, trazia algo por debaixo da jaqueta branca, a humana não conseguia ver o que era, mas fazia um volume.

— Rang? O que houve? Você me assustou, o que você está escondendo aí?

— Eu trouxe um presente. — Rang soltou a gola da jaqueta e o que saiu dela fez com que Yu-na desse dois passos para trás, uma bola de pelo preta colocou a cabeça para fora e deu uma lambida no queixo do homem. — Ei, ei, não precisa ter medo, confia em mim, ela não vai te machucar. Vem. — a raposa estendeu a mão a ela.

Yu-na olhava cheia de desconfiança para o filhote de cachorro no colo dele, com a mão tremula segurou a do namorado, tentou puxar de volta quando o arrependimento bateu, mas ele já tinha pego.

— Calma, você primeiro coloca a mão assim na frente dela, para que ela sinta seu cheiro. — Yu-na fechou os olhos quando sentiu o focinho gelado encostar na mão dela. — Eu queria muito que você superasse o seu medo de cães e pensei que talvez um filhote por perto amenizasse as coisas.

— Você não vai me dar não é? — a garota se afastou novamente. — Okay, ela é muito fofa, e eu deixei que me cheirasse, mas cuidar dela assim...

— Ela é sua, mas vai ficar lá em casa, dando um passo de cada vez sei que você vai conseguir superar isso.

A cachorrinha olhou para Yu-na como se dissesse para ela confiar no rapaz e dar uma chance, em seguida, deu um espirro e escondeu a cabeça dentro da jaqueta, Rang fez carinho no corpo gordo e felpudo. A jovem ao olhar os dois até conseguiu sorrir e achar a cena fofa, talvez muito aos poucos e com cuidado ela conseguisse pelo menos conviver bem com a bola de pelo.

— Ela já tem nome?

— Claro que não, como eu falei, você é a dona. — Rang observou a humana. Conseguia sentir que ela ainda tinha muito receio de estar perto do animal assim, mas aquele terror que tinha no dia que estavam no parque não estava lá. — Quer passar a mão nela de novo? Aproveita que ela está dormindo.

Yu-na esticou a mão e sentiu o pelo e a quentura do filhote por alguns segundos, mas logo a retraiu.

— Acho que já sei como ela pode se chamar. Bo Mi.

— Bo Mi. Gostei. Bom, eu não posso entrar com ela no café, então eu já vou, mais tarde eu passo na sua casa, okay? — Rang roubou um beijo de Yu-na e saiu embalando a mascote nos braços. Ele realmente sentia muita falta de ter um cachorro, e agora ele poderia dizer que estava completo.

______֎______

— Finalmente consegui fazer a Mi-rae dormir e pude tomar um banho. — Yeon disse com uma toalha de rosto no pescoço. Deitou na cama ainda com o cabelo molhado. — Ji-ah?

A humana estava sem cor e suando frio, estava deitada e era difícil dizer se ela estava tendo um pesadelo ou perdendo a consciência. Yeon correu até ela e sentiu o seu pulso, e o que ouviu fez com que ele se assustasse. Seus batimentos estavam quase inaudíveis, ele sem pensar duas vezes a carregou no colo.

— Sogra! Sogra! Acorde, a Ji-ah não está bem, preciso levá-la ao hospital agora. — gritou Yeon na porta do quarto de hóspedes.

Omo! — a senhora disse enrolada num robe ao abrir a porta. — Yeon, ela está sangrando! Vá depressa, vá.

Yeon nunca havia se arrependido tanto de ser um humano como agora, se ainda fosse uma raposa, conseguiria carrega-la com mais agilidade e rapidez, e poderia chegar no carro rápido como gostaria.

— Amor, fique comigo, okay? — Yeon disse colocando a humana quase desfalecida no carro. — Fique acordada, sim? — ele verificou o estado dela mais uma vez, seu sangramento já não era muito, o que deixou o homem agradecido.

Lee Yeon desde que se tornara humano, adquiriu o hábito de ser mais cuidadoso, no trânsito também, no entanto, àquela hora ele não podia esperar muito, ultrapassou o limite de velocidade, e todos os sinais vermelhos que encontrou pelo caminho.

— Yu-ri-ah. — ele disse ao telefone. — Estou indo com a Ji-ah para o hospital, você pode organizar as coisas com o Shin-joo?

— Como ela está?

— Eu não sei...

— Vá para o hospital, eu não demoro.

No caminho ligou para o médico dela, o que facilitou, ao chegar já tinha uma equipe médica esperando. Assim que o médico a viu e mediu seus sinais vitais disse:

— Levem ela imediatamente para a sala de cirurgia.

— Ela vai ficar bem não vai?

— O quadro dela não é bom, a pressão está muito baixa. Teremos que fazer uma cesárea de emergência. — o médico disse antes de fechar a porta da ala grande emergência para salvar a vida de mãe e filha.

Yeon sentou no chão do corredor, olhou para as mãos que ainda estavam sujas do sangue de Ji-ah. Estava preocupado, tudo havia acontecido tão de repente, em um minuto havia deixado Ji-ah confortável e ido tomar banho, no instante em que saiu, ela já não estava bem. E não poder fazer nada além de esperar o deixava ainda mais angustiado.

"Ji-ah, seja forte, meu amor. " Ele pensou, tentava pensar que se fosse acontecer algo de grave, Mi-rae provavelmente teria falado algo, ou a própria Taluipa quando o encontrou mais cedo. Então o silêncio das duas poderia significar que tudo acabaria bem, ele tinha que acreditar nisso.

Hyung. — Rang disse sentando ao lado dele no chão. —Yu-ri foi na sua casa pegar as coisas, ela já deve estar a caminho daqui. Tome, limpe isso. — entregou um lenço ao irmão.

O tempo parecia se arrastar, Lee Yeon não conseguia mensurar quanto tempo ficou a espera de que alguém saísse de dentro daquela sala, estava com a cabeça apoiada nas mãos quando viu os sapatos brancos chegando perto dele.

— Terminamos a cirurgia, ela estava com a pressão muito baixa e perdeu um pouco de sangue, mas não foi necessária transfusão. Foi um parto difícil...

— Doutor, o senhor pode pular os termos técnicos e só dizer se as duas estão bem? — Rang disse perdendo a paciência.

— Desculpe. Sim, as duas estão bem. A criança precisará ficar ainda uns dias na UTIN para ganhar força necessária para ir para casa. A mãe, em torno de três dias vai poder ir para casa.

Yeon teve que se controlar para não cair no choro de tão aliviado.

— Eu já posso vê-las?

— Assim, que os enfermeiros levarem a Ji-ah para o quarto você pode ir falar com ela. Enquanto sua filha, pode vê-la na UTIN ali no outro corredor, uma enfermeira vai te auxiliar.

— Vá, vá, eu espero a Yu-ri aqui. — Rang disse sentando num banquinho.

Yeon quase correu na direção que o médico havia dito, uma enfermeira o esperava na porta, para entrar ele colocou a roupa de proteção, luvas, máscara e touca. A sala era bastante limpa, e junto com Ma-rin haviam mais três bebês.

— Aqui. — a enfermeira mostrou o berço em que o pequeno bebê estava. — Ela está bastante saudável, só precisa ganhar o peso exigido para sair do hospital. Coloque seu braço aí se quiser segurar a mãozinha.

Lee Yeon fez o que a enfermeira disse. A pequena Ma-rin era a cara da mãe, com exceção da boca, o cantinho que se formava quando ela estava com a boca levemente aberta era igual à do pai. O resto, como cabelo, cor da pele, formato dos dedinhos da mão, tudo era parecido com Ji-ah.

— Ela é tão pequena... — Yeon segurou a mão pequenina com o dedo indicador.

Ma-rin se mexeu assim que sentiu o toque do seu pai na sua mão. Bem devagar ela começou a abrir os olhos, o pai ficou ansioso, lembrou de Mi-rae quando nasceu, a primeira coisa que fez foi mostrar os seus olhos de raposa. Mas quando a sua caçula abriu os olhos não tinha nada de anormal, seus olhinhos permaneciam negros e bem humanos. Ainda estaria cedo para filha mostrar os seus poderes, ou ela simplesmente não os tinha? Era possível ela ter nascido completamente humana?

***

Já era madrugada quando Ji-ah foi transferida para um quarto e os três puderam vê-la. A humana estava com a aparência cansada, mas já não estava extremamente pálida, como havia chegado no hospital. Yeon sentou na beira da cama e passou a mão nos seus cabelos, ela abriu os olhos.

— Como você está?

— Agora estou bem. E a nossa filha?

— Ela é linda.

Os dois ouviram um suspiro vindo do canto do quarto, Rang estava encostado com os braços cruzados olhando tediosamente para a cena.

— Bom, agora que já está tudo bem, eu vou embora.

— Obrigada pela visita, Rang.

— Não me agradeça. — ele disse já fechando a porta.

Yu-ri se aproximou dos dois.

— Ji-ah, eu trouxe as duas bolsas que estavam prontas, e também coloquei mais algumas coisas, porque não tinha previsão de você sair ainda.

— Obrigada, tia Yu. — Ji-ah brincou falando como a Mi-rae gosta de chama-la.

— Você não quer ir para casa Yeon? Eu posso ficar com ela a noite.

— Não, eu fico. Amanhã eu vou cedo para casa, antes da Mi-rae acordar.

— Tudo bem. A senhora Nam mandou algumas coisas para você naquela sacola. Eu já vou indo então, amanhã cedo estou aqui para ver a mais nova princesa.

— E então, tem um espaço para mim aí? — Yeon perguntou dando um sorriso terno para Ji-ah. — Eu vou arrastar essa poltrona aqui. — disse ele arrastando a poltrona para o lado da cama. — E não desgrudar de você.

______֎______

Quando Rang chegou em seu quarto, Bo Mi dormia profundamente no meio de sua cama, foi inevitável não deixar de sorrir. Deitou ao lado da cachorrinha e enviou uma foto para Yu-na.

03h55

Rang:

-Foto

Pelo visto você não é a única que gosta de tomar conta da cama toda.

Para a sua surpresa, instantes depois ouve um bip como resposta.

03h56

Yu-na :

Estava estudando. Agora estou com inveja de uma cachorrinha. :(

Rang riu. Deitou na cama mais confortavelmente para responder a garota.

03h57

Rang:

É só dizer sim e eu vou te buscar. ;)

Não obteve resposta, dessa vez viu o nome dela aparecer na tela.

— Rang, já já vai amanhecer, eu não posso sair assim.

— É só você deixar um bilhete dizendo que saiu cedo para faculdade, quando eles acordarem, vão ver.

Silêncio.

— Não demora.

Rang calçou os sapatos rapidamente e saiu. Não esperava que ela fosse topar, e nem que ficaria tão animado por isso.

— Bo Mi, o papai já volta.

***

Yu-na estava extremamente desconfiada ao entrar dentro do apartamento de Rang, não queria ser vista por Yu-ri ou Shin-joo chegando em casa no meio da noite.

— Relaxa, o dono desse apartamento sou eu.

A humana parou em frente a porta do quarto.

— Hey, vamos.

— A Bo Mi... — ela tinha esquecido que teria que lidar com o cachorro caso fosse lá.

— Ela está dormindo, não vai nem notar que você chegou. Veja.

Rang tinha razão, a filhotinha dormia com a barriga para cima. Ele foi até a cama e carregou a bolinha de pelo e a colocou na caminha que havia comprado, a cachorra não acordou, apenas reclamou e se acomodou confortavelmente em sua própria cama.

— Prontinho, a cama é toda sua. — Rang disse chegando perto de Yu-na e a segurou pela cintura. Yu-na o olhou travessa brincando com os botões da camisa dele.

Ele terminou de desabotoar a camisa e os dois caíram na cama.

Yu-na dormia profundamente nos braços de Rang quando a raposa acordou com o choramingo de Bo Mi. O sol já começava a raiar.

— O que foi? — ele esticou o pescoço para ver a cachorrinha que chorava sentadinha do seu lado da cama. — Não chora, sua mãe tá dormindo.

Bo Mi respondeu com um pequeno latido que quase a fez cambalear. Yu-na se remexeu debaixo dos lençóis.

— O que foi? — a humana perguntou sem abrir os olhos, passou o braço pela cintura de Rang, alisando distraidamente a cicatriz que ele tinha em seu abdômen.

— A Bo Mi quer vir para a cama.

— Chega mais pra cá e coloca ela aí do seu lado. — a humana disse já chegando mais para o lado direito e puxando ele pela cintura.

Rang não sabia dizer se ela estava apenas sonolenta, por isso que disse isso, ou se realmente estava ciente do que havia falado. Mas ele obedeceu e pegou o filhote do chão. Deu as costas para Yu-na e ficou observando a cachorra se ajeitar no espaço que lhe foi concedido. A raposa era a única coisa que separava Bo Mi de Yu-na e ele precisava ficar atento caso a bolinha de pelo quisesse mais espaço na cama.

Sentiu Yu-na lhe abraçar por trás e lhe dar um beijo nas costas, Rang logo sentiu ela respirar pesado novamente, a mão que lhe apertava pendeu e acabou caindo em cima de Bo Mi. A humana apenas afagou a cachorrinha inconscientemente e continuou dormindo.

Rang ainda tinha muita coisa a aprender sobre a capacidade humana de superar medos, ou, como no caso de Yu-na, tentar superá-los. Ele ficou ali, observando a condição que estava até pegar no sono novamente. 

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