Baila Conmigo - JJK + PJM

By moviis_0

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- Quando eu penso em como você me olha, sinto que poderia cair em tentação... Então, apenas, dance comigo. O... More

Parte 1.
Parte 2.
Parte 3.
Parte 4.
Parte 5.
Parte 6.
Parte 7.
Parte 8.
Parte 10.
Parte 11.
Parte. 12

Parte 9.

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By moviis_0

É isso, é agora, definitivamente eu vou ter um faniquito, eu vou cair duro no chão e passar dessa para melhor. Pai, mãe, obrigado por tudo, eu vivi uma boa vida até agora.

Um arrepio percorreu sua espinha no momento em que o senhor havia entrado gritando na sala, novamente, Jungkook não estava completamente habituado à língua nativa, mas, hijo de puta era definitivamente um termo que ele já havia aprendido muito bem. Ele havia passado uma tarde inteira aprendendo possíveis ofensas para usar com Jin, sem que este soubesse, é claro. Infelizmente, o vocabulário de Jin parecia muito mais extenso que o seu. Por que ele não veio para Puerto Rico então já que se acha o sabichão?

Mas a grande questão no momento não era essa, a questão era, que o provável avô de Jimin havia aparecido gritando hijo de puta, em uma conduta absolutamente ameaçadora. Tudo bem que ele parecia ser pelo menos 15 cm menor que Jungkook, mas ainda assim, ele tinha uma colher de pau em mãos, e uma cara de quem estava muito, mas muito bravo. Se Jungkook tinha certeza de algo, era que ou ele ia morrer, ou ele ia ser morto. Mas vivo dali ele não iria sair.

Seus olhos confusos e assustados encararam Jimin em um pedido de socorro, suas pernas quase tremendo com o nervosismo, ele engoliu em seco ao mesmo tempo em que sentiu o suor escorrer pela lateral de seu rosto. Eu não vou aguentar, não vou. Céus! E se eu me borrar? Não, que vergonha! Jungkook você não pode, você definitivamente não pode! Instintivamente ele levou as duas mãos à própria bunda, como se pudesse conter qualquer coisa que ameaçasse sair de dentro de si.

Uma gargalhada estridente o tirou de algum possível transe, e então ele percebeu que Jamile não só havia se aproximado, mas agora parecia rir de seu desespero e tormento. Como pode alguém tirar sarro da sentença de morte de outra pessoa dessa forma? Ainda mais alguém tão baixinho assim. Seus mirantes, tão arregalados, o denunciando como o projeto de emocionado que ele era.

Jimin deu um passo à frente cutucando o braço de Jamile, que prontamente quase lhe arrancou o dedo com uma dentada. – La bendición mi abuelito, ¿de verdad vas a gritar así a tu nieto? Sólo fui brevemente a la playa. No seas así, mi hermoso abuelito. – Jimin passou o braço ao redor do pescoço do avô, sua voz em um timbre tão doce que lembrava um domador tentando acalmar uma fera selvagem.

- Cállate descarado! Voy a hacer que te tragues cada uno de tus dientes. – A colher de pau zuniu no ar e acertou em cheio no braço de Jimin, fazendo-o se afastar enquanto alisava o local da pancada. Jungkook inspirou profundamente sentindo seus joelhos dobrarem e as pontas dos seus dedos congelarem.

- Ay, abuelo! Dame eso. – Jimin arrancou a colher de pau da mão do avô, impedindo-o de atacar novamente. - Tenemos una visita abuelito, saluda. – Ele se inclinou deixando a colher em cima de uma estante mediana, onde haviam uma televisão pequena, alguns porta-retratos e bugigangas.

Pela primeira vez o avô de Jimin olhou diretamente para Jungkook, finalmente o notando desde que chegaram. Jamile sorria divertida jogada em um sofá de estampa florida, ela parecia esperar por um caos ainda maior do que havia sido presenciado até então, fazendo Jungkook começar a acreditar que de fato ele não deveria se enganar com a garota. Como Jimin a chamou mesmo? Diabla? Acho que vou ter que concordar.

- ¿Quién es ese? – O avô analisou Jungkook dos pés à cabeça, por fim parando o olhar no rosto pálido para então franzir a testa e entortando a boca. - ¿Un gringo agrio?

- ¡No digas eso, abuelo! Este es Jungkook. ­– Jimin se inclinou para sussurrar próximo ao ouvido do avô, mas ainda assim sendo audível. - Me gusta el. Sea amable con él. – Ele abraçou seu avô deixando um beijo na bochecha enrugada, enquanto Jungkook assistia prestes a chorar de tão nervoso. - ¿Por favor, abuelo?

- ¿Quieres decir que hoy no has ido a trabajar para quedar con un gringo? – O tapa foi tão forte que o estalo podia muito bem ter sido escutado do lado de fora. - Búscate la vida, chico! Mira lo que haces.

- Ai abuelo, no es eso. – Jimin choramingou massageando agora o outro braço, que ardia pelo tapa, afinal seu avô estava velho, mas não estava morto. - He cambiado mi horario en el trabajo, voy a ir mañana. Carlos fue en mi lugar hoy, no te molestes.

­- ¡Ah, sí! Si es así, entonces bien. – O corpo franzino pareceu relaxar, e então um sorriso amarelo se abriu, onde Jungkook percebeu faltar dois ou três dentes. - ¿Por qué no avisó entonces? Si te quedas sin hacer nada, o te drogas, te daré una paliza. – O avô ergueu o braço mole em ameaça, e Jimin se encolheu rindo.

- No lo haré abuelito, lo prometo. – Jimin deixou um beijou o topo da cabeça do idoso para selar o acordo. - Ahora saluda a Jungkook. Todavía no entiende bien el español, así que háblale en inglés.

- ¿Por qué tengo que hablar en inglés con alguien en mi casa? – O avô cruzou os braços e começou a bater o pé direito no chão.

- Porque es el novio de Jimin.- Jamile gritou do sofá, onde agora estava toda esparramada observando todo o desenrolar. - Es un gatito con estilo.

Jungkook se encolheu percebendo que falavam sobre ele, seu olhar estava voltado para o chão e suas mãos agora cruzadas em frente ao corpo. Meu coração vai explodir, eu estou tendo um ataque cardíaco! Eu não posso morrer ainda, não quero morrer virgem.

- Neno, esse é meu avô, ele se chama Juan. – Jimin direcionou o avô à se aproximar mais de Jungkook que ergueu o olhar.

- Hola señor, mi nombre es Jungkook, encantado de conocerlo. – Certo, acho que falei direitinho. Jimin sorriu para Jungkook, um olhar de orgulho em seu rosto que incentivou um pequeno sorriso tímido em retorno.

- Hola, chico, pode me chamar de avô se é o namorado do meu neto. – O sotaque era ainda mais carregado que o de Jimin, e a fala foi arrastada com uma dicção duvidosa pela falta dos dentes incisivos.

- O que? – Jungkook falou estupefato. – Como? Eu? Eu... Eu... Namorado? Não... É que... Eu... – Ele trocou o apoio da perna, gaguejando, o calor em seu rosto crescendo cada vez mais conforme ele enrubescia.

- Está tudo bem neno, não pense demais nisso. – Jimin deu uma piscadela que fez Jungkook querer enfiar a cabeça em um buraco na terra. Alerta de faniquito, alerta de faniquito.

- Abuelitoooooo, ¿no vamos a comer? Jimin está aquí, quiero comeeeer. – Jamile lamuriou esperneando no sofá.

- ¿Mi pequeño bebé tiene hambre? Ven aquí, pongamos la mesa. - A postura do avô se tornou imediatamente mais gentil, e ele acenou para Jamile levantar. – Jungkook, você está com fome? – O avô caminhou para pegar a colher de pau ao lado da televisão, retornando para parar ao lado de Jungkook onde apoiou uma mão no ombro do maior. O corpo de Jungkook se retraindo automaticamente com o toque. – Vamos chico, vamos almoçar. – Sorriu afável, a gengiva superior amostra no espaço onde os incisivos deveriam estar, as rugas em seus olhos ficando ainda mais perceptíveis, ainda que sua pele negra escondesse bem o efeito do tempo sobre seu corpo.

- Gatito ¿has comido alguna vez Mofongo? – Jamile segurou o braço de Jungkook com as duas mãos, saltitando serelepe.

- O que? – Jungkook se dirigiu à Jimin, buscando por uma resposta.

- Mofongo, neno, já comeu? – Jimin empurrou Jamile para o lado, e está beliscou sua bunda em protesto. Ignorando sua irmã mais nova que agora corria para seu avô, Jimin abraçou Jungkook pela cintura fazendo-o relaxar em seu aperto.

- O que é isso? – Perguntou sentindo-se envergonhado por ainda não saber tanto quanto gostaria sobre as tradições porto-riquenhas.

- É comida! Dónde has visto... É comida chico, se nunca viu, verás hoy. – O avô respondeu prontamente, antes que Jimin pudesse dizer algo. Como se fosse possível, Jungkook corou ainda mais, e mordeu o lábio inferior assentindo com a cabeça.

- Desculpe, eu não conheço. – Seus dedos apertaram a parte de trás da camisa de Jimin como se isso fosse uma segurança para si.

- No pasa nada neno, você pode provar. – Jimin olhou de soslaio para seu avô e encostou os lábios no ouvido de Jungkook para que apenas ele escutasse. – Se você não gostar, eu te arrumo outra coisa para comer, okay? – Jungkook assentiu e Jimin deixou um beijo na ponta de sua orelha, entrelaçando a mão à de Jungkook e o puxando em direção à cozinha.

A casa era tão simples por dentro quanto por fora, não era tão grande, mas ainda assim era aconchegante. Diferente de onde Jungkook morava, o bairro tinha casas mais antigas e maltratadas pelo tempo. Ele podia ver as rachaduras e tinta descascada nas paredes, o chão era de cimento queimado e encerado no tom vermelho, e cada cômodo parecia ter sido pintado de uma cor. Os móveis apesar de em bom estado eram claramente antigos ou de segunda mão, majoritariamente feitos de madeira envernizada. Não era um antigo vintage como os móveis na casa atual de Jungkook, mas era um antigo de velho, gasto, ultrapassado.

A cozinha era tão grande quanto a sala de entrada, em um dos cantos havia uma mesa com quatro lugares, mas apenas três cadeiras, e um banco. O fogão e a geladeira tinham pontos de ferrugem visíveis, mas estavam limpos. A pia era de aço inox e não de granito como em sua casa, e embaixo desta havia uma cortina escondendo o que provavelmente deveria ser o espaço em que o cano da pia estava.

O avô foi direto para o fogão onde destampou uma panela e analisou seu conteúdo. Jimin agora estava pegando pratos e copos na parte alta de um armário de madeira, enquanto Jamile pegava talheres na gaveta da parte baixa. Jungkook esperou parado próximo à porta da cozinha enquanto a pequena família aprontava a mesa em conjunto.

A na parede oposta à entrada em que ele estava havia uma porta aberta que dava para um quintal minúsculo, mas bem distribuído. Ele podia ver um pequeno barranco ao fundo que dava em uma outra casa, e no espaço aberto algumas galinhas passavam de um lado para o outro cacarejando alegremente, ele contou 10 galinhas, 1 galo e 3 pintinhos ao todo, e tem quase certeza absoluta de que reconheceu Maria entre elas. De alguma forma, em meio aos cacarejos, sons de panelas, arrastar de cadeiras e provocações entre os dois irmãos, ele se sentiu acolhido.

- Venha chico! – O avô chamou se sentando em uma das cadeiras. Jimin sorriu e chamou Jungkook com a mão. Jamile correu passando por Jungkook em direção à última cadeira, deixando o banco como opção para Jungkook.

- Ei, Jungkook se sentará ahí, tú te sentarás en el banco. – Jimin deu um peteleco leve no braço de Jamile, que virou o rosto e fingiu não ouvir. - Abuelito, el pequeña diabla está siendo traviesa! – Jamile encarou Jimin com olhos perfurantes, fazendo uma careta.

- Jamile Lohane, ¿dónde está la educación que te di? Ve a sentarte en el banco y deja que el visitante se siente en la silla. – Com um resmungo a menina se levantou e sentou no banco, chutando a perna de Jimin que estava sentado agora em sua frente.

- Plaga! – Jimin rilhou alisando a canela onde havia sido atingido.

- ¡Tú! – Jamile revidou.

- Es la hora de la comida, ya es suficiente. - O avô falou alto, assustando os irmãos que se encaravam feio, e Jungkook não pode deixar de rir, se acomodando à mesa, e finalmente sentindo-se à vontade. – Jamile, agradece la comida.

- Sí, abuelito. – Jungkook observou todos fecharem os olhos ao redor da mesa e darem as mãos, ficando surpreso quando a mão pequena envolveu a sua. Foi estranho por um momento, ele se sentiu como um intruso participando de um ato intimo e terno. Ainda que a língua fosse uma barreira, ele sabia reconhecer um ato de fé quando via algum. Sua família nunca fora religiosa, e ele mesmo não se interessava por qualquer religião ou manifestação de fé. Mas de alguma forma, parecia certo participar, então ele apenas fechou os olhos e apertou a mão pequenina em retorno. - Señor, gracias por la comida que tenemos ante nosotros, la familia y amigos a nuestro lado y el amor entre nosotros. Amén.

- Ahora vamos a comer! – O avô se serviu, e em seguida Jamile e Jimin compartilharam do mesmo ato, deixando um Jungkook tímido se servindo por último.

Na mesa havia uma panela com arroz, uma outra panela com o que parecia ser ensopado de frango, e então uma pequena tigela de madeira com algo amarelo dentro. Inicialmente haviam quatro tigelas separadas ao lado do prato de cada um, que foram dispensadas conforme cada um deles foi se servindo. Jungkook assistiu atentamente o avô girar a tigela no prato vazio fazendo a massa amarela cair, ele então usou as mãos para vira-la de cabeça para baixo, formando o que parecia ser uma cestinha de comida.

Em seguida, utilizando uma concha grande, o avô pegou o ensopado de frango e despejou dentro da estranha cesta orgânica, finalizando o empratamento com uma quantidade de arroz ao lado. Jungkook não fazia ideia do que era aquilo, mas ele viu Jimin e Jamile fazerem o mesmo, dando seus toques pessoais no empratamento, então ele apenas seguiu o fluxo.

Jungkook encarou o prato por longos segundos, buscando entender o que estava prestes a comer, mas quando seu estômago reclamou mais uma vez com o cheiro inebriante de comida caseira o envolvendo, ele apenas deu uma garfada e fechou os olhos torcendo para não parecer rude, ou acabar cuspindo a comida. E por incrível que pareça, tudo correu maravilhosamente bem. O sabor apesar de diferente, não era nada ruim, na verdade, a comida do avô estava muito boa.

Quando Jungkook levou a primeira garfada à boca, todos na mesa pareciam o encarar com curiosidade, aguardando por algo. Ele então deixou o sabor se espalhar por sua língua, absorvendo a nova sensação. Seus olhos cresceram e ele girou para encarar Jimin. - Hum... Isso está muito bom.

- Isso é mofongo neno, é banana da terra frita e amassada com carne. – Jimin falou entre uma garfada e outra, sorrindo satisfeito, apoiando a mão direita na coxa de Jungkook e deixando ali um aperto.

- A comida está muito boa, avô. – Jungkook elogiou encabulado, tirando um sorriso enorme do idoso que agradeceu, e logo tornou a comer.

O almoço seguiu tranquilo, Jamile comeu balançando as pernas no banco, e o avô encheu Jungkook de histórias sobre sua vida em La Perla. Jungkook estava ciente da mão de Jimin massageando a sua coxa o tempo inteiro, como um conforto sútil e presente. Foi uma companhia agradável, e uma conversa prazerosa e enriquecedora, algo que ele não havia pensado que poderia vir a ser com a primeira impressão.

Agora ajudando Jimin a lavar e secar a louça, ele podia escutar as risadas de Jamile no quintal brincando com as galinhas, em contraste com o som alto da televisão da sala, onde o avô assistia algum desses programas aleatórios que passam a tarde nos canais populares. Era notório de onde vinha a gentileza e simpatia de Jimin, estava claro em cada pedaço daquela casa que a humildade e alegria não só podiam caminhar juntas, mas também podiam formar pessoas espetaculares.

Jimin estendeu o pano de prato úmido sobre o encosto de uma das cadeiras e então enlaçou Jungkook por trás, deixando o nariz roçar na nuca exposta, inspirando o cheiro de suor e mar que se misturavam magnificamente na pele queimada. Jungkook relaxou no aperto deixando suas costas pressionarem contra o peito de Jimin, sua cabeça inclinando-se para a frente automaticamente para melhorar o acesso.

- Você comeu bem bebé? Está satisfeito? – A voz se dissipou contra a pele arrepiada, e Jungkook pode sentir cada alteração da vibração do ar enquanto o som se propagava contra si.

- Hum... Sim... A comida estava mesmo muito boa. – A resposta foi arrastada e suave, enquanto ele se derretia na sensação calmante do contato. Isso é tão bom, ele me tocando é tão bom. – Eu... Eu também gostei do seu avô e da sua irmã. – Jungkook sentiu a face queimar, sua mão se fechando em volta do pulso de Jimin para mantê-lo perto.

- ¿En serio? – Jimin sorriu largo, deixando um beijo na nuca de Jungkook. – Meu abuelito também gostou de você neno.

Jungkook girou no abraço para encarar Jimin de frente, sentindo seu peito aquecer. Ele olhou rapidamente ao redor verificando se ainda estavam sozinhos, e então avançou deixando um selar nos lábios de Jimin. O gesto foi desengonçado e muito rápido, fazendo Jimin olhar com olhos travessos, suas mãos agora firmando-se nos braços de Jungkook.

- Escucha, neno, você quer que eu te leve para casa agora? Ou você quer ficar mais um pouco?

Jungkook pensou e repensou, ele poderia ir para casa e tomar um banho para tirar o cheiro de mar e a areia do corpo, quem sabe passar o resto do feriado em sua cama, ou assistindo televisão com seus pais. Por outro lado, ele também poderia ficar mais tempo com Jimin, conhecer mais sobre Jimin, beijar mais Jimin. Beijar mais Jimin é com certeza uma coisa que quero muito, quem se importa se estou grudento.

- Eu quero ficar! – Foi claro e determinado, de modo que Jimin deixou os ombros caírem e olhou para o teto como se agradecesse aos céus por algo. E isso acendeu ainda mais a chama que já queimava dentro de Jungkook. Ele apertou a barra da camisa de Jimin puxando-o para mais perto de si, seus corpos grudados um no outro. – Você... Hum... vai me mostrar o seu quarto?

Jimin estudou a expressão no rosto de Jungkook, sua língua passando brevemente por seus lábios para umedecê-los. Se alguém tivesse escutado a pergunta, não iria perceber nada demais no tom inocente com o qual está havia sido feita, mas olhar fundo nos olhos incendiados diante de si fazia Jimin cogitar sobre inúmeras significâncias para tais palavras. E de certa forma, o corpo de Jungkook no seu, parecia incitar um fogo avassalador, mas ainda assim ingênuo.

- Dios mío.- Jimin suspirou. - Me gusta todo de ti neno.- Ele abraçou Jungkook deixando seus lábios roçarem juntos. – Venha, vamos lá em cima. – Tomando Jungkook pela mão, ele seguiu para uma escada de alvenaria no canto da sala. - Abuelo, estaré en mi cuarto.

- Está bien. – O avô respondeu sem tirar os olhos da televisão.

O andar de cima estruturalmente era muito semelhante ao resto da casa. Haviam exatamente três portas distribuídas no corredor minúsculo, uma delas no final do corredor mostrando parte de uma pia de cerâmica e um espelho, provavelmente o banheiro. Jimin abriu a porta à esquerda e puxou Jungkook para dentro, fechando o cômodo logo em seguida.

Era um quarto simples, com duas camas de madeira em cada um dos cantos, e um grande guarda-roupas ao lado da porta. Na parede em frente entre as camas havia uma janela, na qual podia-se ver o mar brilhando no horizonte. Não havia cômoda de cabeceira ou mesa de estudos como havia no quarto de Jungkook, nem nenhuma decoração ou pintura diferenciada. Entretanto, ele pensou, que ainda assim, não deixava de parecer confortável.

- Bienvenido a mi rinconcito! – Jimin sorriu e sentou na cama do lado esquerdo. – Fique à vontade bebé.

Jungkook observou ao redor, caminhando até a janela para olhar a vista do lado de fora, algumas pessoas caminhavam pela rua a qual eles vieram, outras seguiam para algum lugar em frente, onde havia um cercado que dividia o bairro das pedras e do oceano. O som de música alta e risadas ecoavam lá fora, sobressaindo o barulho das ondas.

Girando nos calcanhares, Jungkook se afastou da janela e se juntou à Jimin na cama. Seus dedos se tocando com a aproximação de ambos. – Você e Jamile dormem aqui?

- No, meu primo Carlinhos dorme aqui comigo. – Jimin deslizou as pontas dos dedos sobre a mão de Jungkook, sentindo a pele aquecer sob o toque. Ele se arrastou sobre o colchão, ficando ainda mais próximo, sua outra mão agora deslizando sobre a coxa à vista. – Ele está na oficina trabalhando hoje.

Jungkook estremeceu ao sentir os lábios de Jimin percorrendo sua mandíbula, e então descendo para seu pescoço, o toque atrevido deixando um rastro em sua pele. As lembranças dos amassos de mais cedo vieram à tona quando a mão de Jimin apertou sua coxa. Jungkook gemeu baixinho quando sentiu a pressão dos lábios de Jimin próximo à sua carótida, sugando com força a pele salgada. Eu vou explodir.

Em um sopro de bravura, Jungkook se lançou sobre Jimin montando em seu colo. Seus olhos se encontrando por um instante, presos um no outro como se suas vidas pudessem depender de toda e qualquer intimidade ali crescente. O desejo aflorando sobre o atrito de seus corpos. E assim, Jimin puxou-o para um beijo, diferente de todos que haviam compartilhado até então.

Jungkook enlaçou o pescoço de Jimin devorando-o, suas línguas se entrelaçando em uma dança afoita e sedenta. As mãos de Jimin desceram pela cintura de Jungkook, os dedos pressionando firmemente a carne, deslizando por cada curva até parar sobre a bunda macia. O aperto ali deixado foi tão forte e cheio de vontade que fez com que Jungkook impulsionasse o quadril para frente, pressionando-se no colo de Jimin.

Havia uma atmosfera de aventura e descoberta no que estava acontecendo entre eles, Jungkook já havia ficado com algumas meninas, e a experiência que ele estava tendo com Jimin até então havia sido diferente de tantas formas, tudo era completamente novo e instigante. Dessa vez ele não tocava sozinho, ele não ousava sozinho, não havia uma imposição unicamente sua em cada um dos gestos. Ele guiava, mas também era guiado, havia uma intensidade mútua entre eles que não o fazia se sentir o único com a mão na direção.

As mãos calejadas tinham um toque áspero, forte, quente, e elas penetravam por baixo de sua camisa, subindo por sua barriga de um jeito que o fazia estremecer por inteiro. O polegar de Jimin deslizou por suas costelas indo em direção a seu mamilo, onde roçou suavemente. Um gemido ficou preso no fundo de sua garganta, fazendo-o se afastar em busca de ar.

Jimin mordiscou o lábio inferior de Jungkook, deixando suas testas repousarem uma na outra, as respirações se misturando conforme ambos ofegavam. Jungkook mantinha os olhos fechados, sentindo sua pulsação soando em seus ouvidos. O sangue fluía em seu baixo ventre, fazendo com que seu pau começasse a dar sinal de vida pela terceira vez naquele dia.

As unhas de Jungkook se cravaram nos ombros de Jimin quando este apertou ainda mais sua bunda, a mão travessa afastando uma das nádegas para uma exposição imperceptível. - Dime corazón, alguém já te tocou? – Jungkook apoiou a cabeça sobre o ombro de Jimin, sua mente vagando em outra dimensão sobre cada toque. O polegar e indicador se fecharam ao redor do mamilo eriçado fazendo com que Jungkook cravasse seus dentes no tecido da camisa alheia para evitar que outro gemido involuntário escapasse. – Dime bebé.

- O que? – O jovem ofegava contra o pescoço de Jimin, sua voz quase sendo perdida em meio ao tesão que crescia dentro de si.

- Alguém já te tocou? – O sussurro em seu ouvido tinha um timbre rouco, era um novo tom, uma nova parte de Jimin a qual ele estava conhecendo, que não havia se apresentado até agora, e da mesma forma, ele estava conhecendo algo novo de si. Uma parte excepcional que nem ele mesmo sabia que possuía.

- Não... – Jungkook murmurou, deitando a cabeça no ombro de Jimin, seu quadril se movendo para melhor se ajustar na posição, e quando seu pênis duro tocou o de Jimin, ele sentiu cada centímetro de sua pele arrepiar.

- Joder. – Jimin se moveu fazendo Jungkook cair de costas na cama com um som de surpresa, ele então enfiou uma das pernas entre as coxas de Jungkook para separá-las e se encaixar ali. Uma de suas mãos empurrando os fios desbotados para longe do rosto ansioso. Jungkook parecia tão fofo olhando para ele com aqueles olhos brilhantes e arregalados, as bochechas coradas e a boca inchada e vermelha, ainda úmida de saliva. – Posso te tocar?

O sotaque de Jimin parecia mais carregado que nunca, e isso estava mexendo ainda mais com a cabeça de Jungkook, seu corpo clamava por mais, ele queria mais. E quando a resposta escapou de sim, soou como um clamor e não uma afirmação. – Sim, você pode.

Jimin se apoiou sobre os joelhos, a cama rangendo sobre o movimento brusco e apressando. Ele tirou a própria camisa, seu piercing reluzindo com a luz que entrava pela janela. Jungkook se sentiu tonto com a visão, e como se tivesse sido tragado para o centro de massa Terra, nada mais ao seu redor importava.

- Levante um pouco bebé. – Jungkook se sentou atendendo ao pedido, as mãos de Jimin avançaram sobre sua camisa arrancando-a com agilidade. Ele observou cada detalhe do tronco agora exposto, engolindo em seco, sem acreditar que poderia provar cada pedacinho do que estava diante de si.

Jungkook se sentiu tímido sobre o olhar cobiçoso de Jimin, os dedos apertando o lençol para ajudá-lo a se segurar na realidade antes que pudesse sucumbir sobre o intuito perverso que pesava na atmosfera. Os dedos calejados resvalaram pelo seu tórax, desenhando um caminho que descia do seu peito, passando pelo seu externo, e então barriga, parando logo abaixo de seu umbigo.

E quando mais uma vez, os olhos de Jimin encontraram os seus, ele se sentiu impetuoso, sem vergonha, completamente ébrio. Então, ele retribui o gesto, repetindo cada detalhe do toque que Jimin lhe dera, e ao invés de parar o contato, ele circundou o piercing com o dedo indicado, arrancando uma risada baixa do mais velho. – Doeu colocar isso?

Jimin colocou a mão sobre a de Jungkook fazendo-a se espalmar sobre seu umbigo. – No. Não tenha medo de tocar, você pode fazer o que quiser.

Essa sentença soou como uma brasa viva para Jungkook, fazendo-o se inclinar para frente apoiando-se nos cotovelos da forma mais confortável possível, e então deslizar a língua sobre o piercing. Ele sentiu o abdômen de Jimin se contrair sobre seu toque, e no mesmo instante foi como se ambos tivessem perdido todo o oxigênio.

- Madre de Dios. – Jimin enfiou os dedos entre os fios vermelhos, sua sobrancelha franzindo enquanto ele mordia o lábio inferior, a saliva quente escorrendo para dentro do seu umbigo. – Você vai me matar assim corazón.

Jungkook se afastou, seu rosto completamente vermelho pela timidez, e o coração frenético em seu peito. Ambos bagunçados pelo querer, e tão dispostos um pelo outro. Os dedos de Jungkook encontraram a barra da bermuda de Jimin, raspando a pele escura com um pedido implícito. - Você quer ver? – Jimin perguntou travesso, recebendo um aceno de cabeça encabulado.

Apoiando-se sobre os joelhos novamente, Jimin abaixou sua bermuda e sunga juntos, expondo seu pênis duro, as veias saltando pelo fluxo sanguíneo, e a excitação crescendo pela sensação de ser observado, ser apreciado. Jungkook engoliu em seco com a visão, ao mesmo tempo que parecia com seu próprio pênis, era diferente, um pouco mais grosso talvez.

Ele tem um pênis, e já viu muitos outros por aí, afinal em sua antiga escola, eles tinham um vestiário. Ele já havia inclusive tomado banho nu com Jin em um dos acampamentos de verão quando ainda morava em Oregon. Acontece, que ele não havia visto nenhum outro homem excitado, muito menos excitado em sua intenção, e aquilo foi surpreendentemente bom, tão bom que ele sentiu seu próprio pênis latejar.

- Eu posso tocar? – Os lumes curiosos se direcionaram para o rosto de Jimin, e ele mordeu o interior da própria bochecha sentindo-se nervoso.

Não foi preciso uma resposta falada, Jimin apenas pegou a mão de Jungkook e colocou sobre seu próprio pênis, arrepiando-se quando os dedos longos se fecharam ao redor de seu comprimento. A mão de Jungkook era mais macia que a sua, seu toque foi cálido e cuidadoso, como se estivesse pegando algo frágil. - Madre mía.

Jimin inspirou fundo, e então empurrou Jungkook contra o colchão novamente, suas mãos se livrando das roupas no caminho. E quando o pênis de Jungkook foi exposto, o pré-semen já escorria, se espalhando pela glade inchada e avermelhada. Jimin mergulhou para beijar o pescoço de Jungkook, pressionando seu membro sobre o do mais novo e arrancando-lhe um gemido.

Jungkook estava desnorteado, sentindo-se incendiar mais e mais embaixo de Jimin. Ninguém nunca tinha chegado a uma intimidade tão grande com ele, ninguém além dele mesmo havia tocado em seu pênis. E agora a mão de Jimin o apertava e o bombeava, ao mesmo tempo em que os lábios voluptuosos marcavam sua clavícula.

- Jimin... Jimin... Espere. – Jungkook gemeu e se contorceu, chamando a atenção de Jimin para si, que lher deu um olhar preocupado.

- ¿Qué pasa neno? Fiz algo errado? – Jimin se afastou apoiando-se em um dos braços.

- Não... é que... – Jungkook cobriu o rosto com as mãos querendo desaparecer. Merda, porque isso é tão difícil? Que vergonha. – É que... – Ele inspirou e deu uma pausa, para apenas atropelar as palavras. - Eununcafizsexo.

- O que? – Jimin ergueu uma das sobrancelhas confuso. – Não entendi.

- Eu nunca fiz sexo. – Dessa vez a sentença foi dita devagar, mas ainda abafada pelas mãos que o escondiam.

Jimin riu de como Jungkook poderia ser encantador quando ficava envergonhado. - Cálmate, no pasa nada. Não vamos fazer sexo, okay? – Ele se aproximou afastando as mãos de Jungkook o suficiente apenas para expor os lábios maltratados, deixando os dentes arranharem a superfície inchada. – Não vou fazer nada que você não queira.

Jungkook então relaxou e afastou as mãos do rosto para olhar Jimin mais uma vez. – Mesmo?

- , eu só quero fazer você se sentir bem. Você quer isso? – Sua boca roçou sobre o queixo de Jungkook, descendo pela garganta para deixar um beijo sobre o pomo de adão disposto. Jungkook enroscou as pernas na cintura de Jimin e assentiu, seu quadril se movimentando para fazer atrito em ambos os pênis, pele contra pele, em uma sensação tão gostosa que ele sentiu que iria desfalecer. – Carajo.

Jimin deixou o corpo cair sobre Jungkook, pressionando-se com força contra ele, e quando Jungkook gemeu manhoso em seu ouvido, ele não podia mais controlar toda aquela vontade dentro de si. Sentando-se sobre as coxas de Jungkook, ele se posicionou apropriadamente, o suficiente para que seu pênis ficasse sobre o de Jungkook.

Ele então cuspiu na mão direita, espalhando saliva por seu comprimento, e em seguida no do garoto mais novo, lambuzando-os de saliva e pré-semen. A cabeça de Jungkook caiu sobre o travesseiro quando Jimin os envolveu com ambas as mãos em um movimento de vai-e-vem rítmico, bombeando com afinco.

As pernas de Jungkook se fecharam ainda mais ao redor de Jimin, e um gemido arrastado cortou por sua garganta, e então ele bateu seus lábios ao de Jimin em um beijo eufórico e desajeitado, abraçando-o contra si ainda mais, enquanto o ouvia balbuciar algo em espanhol. Ele estava sendo tocado por alguém, alguém pelo qual estava se apaixonando mais e mais, e era uma sensação extasiante.

Jimin havia aumentado o ritmo do movimento, fazendo Jungkook sentir-se ensandecido. Foi então que aquela sensação intensa se fez presente, puxando por trás de suas bolas, se concentrando em seu ventre, como se fosse explodir. Ele podia sentir seu pau extremamente duro, assim como o de Jimin, ambos quentes e úmidos, latejando um contra o outro. E quando ele se deu conta de que estava perto, era tarde demais. A sensação chegou ao ápice e então explodiu no momento em que o sémen jorrou de seu pau, sujando sua barriga e as mãos de Jimin.

Seu pau estava sensível ao toque e ele se remexeu enquanto Jimin continuava bombeando por mais um tempo, buscando o seu próprio prazer agora. Jungkook sentiu o corpo de Jimin de contrair sobre o seu, e então ele gozou, ainda mais do que o próprio Jungkook a apenas poucos minutos atrás. As pernas e braços de Jungkook despencaram sobre a cama, enquanto ele buscava por ar.

Parecia que toda a sua força havia sido sugada para fora de seu corpo, e que ele ainda estava boiando na calmaria da maré baixa. Havia sido indescritível, e se não fosse pela respiração pesada de Jimin em seu pescoço, ele teria pensado estar alucinando. Quando Jimin se afastou e olhou em seus olhos com um sorriso doce nos lábios, ele soube que podia amar desesperadamente esse homem.

🕺

Meu bebê iniciou a vida sexual dele, eu to muito triste, ninguém me toca. 😩

10 galinhas: Ana Carolina, Ana Cristina, Ilma, Isabela, Jamile, Lais, Maria Clara, Natacha, Thamires e Vanessa.

1 Galo: Carine vulgo alfão. 

3 pintinhos:  *****, *** ***** e *****. 

Esse capitulo além de dedicado pra minha amiga Ilma, também é para uma pessoinha que mora no meu coração e que disse estar triste essa semana. Que você possa rir o tanto que eu ri escrevendo isso. 

Beijinhos e me deixem saber se vocês tão gostando dessa porra bando de arrombadinhes lindes.

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