Quem É Ela | Livro 1 | Conclu...

Por Quarta-usamos_verde

44K 3.9K 837

|Livro um da duologia Eles| {É preciso realizar a leitura na ordem para um entendimento melhor da história} ... Más

Recados
Prólogo
Cast
1|Era Domingo
3|Quando nos conhecemos
4|Você não é metade do que ele dizia ser
5|Irresponsabilidade
6|Ele não me deixa dormir
7|Despedida ao Bar
8|Pizza?
9|O Jantar
10|Pobre lata de lixo
11|Dejavu com gosto de lembranças
12|O Lago
13|Uma noite longa
14|Adoradoras
15|Ele tem nós dois, nunca estará sozinho
16|Te trouxe flores
17|Sim, eu prometo
18|Se eu fechar os olhos
Epílogo

2|Isso é um erro

2.2K 242 52
Por Quarta-usamos_verde

Alguns dias já haviam se passado e Dra. Kidman achou melhor que a mulher chamada Magnólia e seu filho Timóth ficassem mais alguns dias no hospital por precaução. Tendo como resultado a ausência de ambos no enterro. Magnólia foi mantida sedada por um tempo, pois quando ela estava consciente sempre estava estérica.

Sebastian só tinha notícias da mulher e seu filho porque sua mãe sempre ia visitá-los,  mesmo que ele fosse contra, pois ele não  confiava em Magnólia, julgava que a mulher era uma golpista. E mesmo que ele quisesse ir visitá-los não poderia, pois, o homem deixou a empresa de sua família nas mãos do seu sócio, e se dedicou a resolver os assuntos que se diziam a respeito do seu falecido irmão, porém também lhe faltava interesse em saber mais da mulher.

- Ele é o seu sobrinho. - Elen disse parada no meio da sala.

- Não, ele é o filho de uma mulher que eu não conheço. Me recuso a acreditar que Christopher os escondeu de nós por tanto tempo, porque ele faria isso? - falou parado ao pé da escada. - Se ele fez isso é porque algo está errado, e se isso for um golpe? Hum? Ela pode muito bem ter armado tudo isso só para se infiltrar na família e nos roubar.

- Você consegue se ouvir Sebastian? Então você acredita que ela causou um acidente de carro, um acidente em que o seu filho estava presente, podendo correr risco de vida, você acha mesmo que uma mãe faria isso? - sua mãe questiona horrorizada. 

- EU NÃO SEI MÃE, HOJE.. Hoje em dias as pessoas são capazes de tudo para terem o controle de outras pessoas.  - se exalta, mas logo o rapaz se acalma, convencer a sua mãe de não trazer uma desconhecida e uma criança para dentro de sua casa não iria acontecer com ele gritando. 

‐ CALE A BOCA SEBASTIAN! -  exalta sua voz também.  - Eles vêm para de baixo desse teto quer você queira ou não, e eu acho bom que você os trate bem.

- Mãe, você não pode suprir a falta que sente dele em cima de pessoas na qual não conhecê.

- Christopher escolheu dividir a sua vida com aquela mulher, foi com ela que ele teve um filho, e eu não vou me permitir perder o  bem mais precioso que ele deixou nesse mundo. - Elen disse com os olhos marejados. 

- Isso é um erro.  - Sebastian concluiu que não adiantaria discutir com sua Mãe, ela  parecia não querer ouvi-lo, o que deixava o rapaz ainda mais intrigado.

A total fatal de conhecimento sobre Magnólia deixava o homem desorientado, perdido, ele não cansava de se perguntar  por qual motivo Chris havia a escondido deles pôr todo esse tempo? Porque ele havia escondido ter um filho? Isso não era do feitio de seu irmão. Antes que Sebastian pudesse subir para o seu quarto ouviu Nick, o motorista de sua mãe abrindo a porta, a sua chegada dizia que ele trazia consigo justamente quem o homem não queria que colocasse os pés dentro daquela casa, por tanto ele olhou para sua mãe uma última vez e a mesma limpou a lágrima que desceu por seu rosto.

Ele tinha certeza que a mesma havia se precipitado.

- Essa discussão acabou aqui e agora. - decretou sua mãe o olhando e por fim caminhando até a porta de entrada. 

O homem assistiu Magnólia sendo recepcionada por sua mãe e todos os empregados da casa, a mulher carregava o seu filho no colo, os seus olhos percorriam por todo o espaço como se tentasse reconhecer onde estava, ela também se encontrava atordoada. Ao olhar na direção de seu cunhado ele pode ver os seus olhos lacrimejarem iguais ao dia do hospital, mas ela não teve tempo de chorar.

Sentindo seu estômago aperta e já sem paciência para continuar ali, Sebastian subiu as escadas caminhou até o seu quarto e se trancou no mesmo como se fosse um adolescente de 16 anos fazendo birra porque os pais não o deixaram sair com os amigos, e tudo bem se esse fosse o caso,  mas existia uma grande diferença. Ele já tinha 39 anos e seus pais não estavam o proibindo de sair, mas sua mãe estava o obrigando a conviver com quem ele não engolia.

As horas haviam se passado e Sebastian continuava trancado em seu quarto, de lá ele pode ouvir quando Elen, sua mãe, subiu as escadas na companhia de Magnólia. Como se não bastasse ter que conviver com uma estranha ela também ficaria no quarto ao lado do seu, ele ouviu quando sua mãe disse que havia preparado tudo para os dois conforme as necessidades que eles tivessem.

O jovem bufou, pois, provavelmente era algum tipo de punição de sua mãe, essa era a única explicação plausível para colocarem ela dormindo ao seu lado. 

Após ouvir sua mãe se despedindo de Magnólia e se retirando do quarto, um silêncio tomou conta do espaço e era como se somente Sebastian morasse naquela enorme casa. Então ele decidiu que aquele era o momento de sair do seu quarto e ver como as coisas estavam.

Ao dar três passos pelo corredor Sebastian notou que a porta do comodo onde a mulher ficaria estava aberta, por pura curiosidade o homem ousou passar seus olhos por todo o espaço e então a viu sentada sobre a cama e  de costas para a porta.

- Vai ficar tudo bem.. - sussurrou. - Logo vamos ter a nossa própria casa. Sabe nós estávamos certos em não virmos para cá..

- Ele tem quantos anos? - o homem a interrompeu enquanto se encostava no batente da porta. Magnólia se assustou com a voz na qual nunca ouvira e logo se virou com a mão sobre o peito, seu coração pulava forte.

- Não vi você ai.. Sebastian certo? - pergunta ao se levantar da cama e passar a mão pelo vestido que usava em uma tentativa falha de desamassar o tecido enquanto ele assentiu confirmando. 

- Ele tem dois anos.  - volta a dizer olhando para o garoto que dormia serenamente. 

- Porque disse que não deveriam ter vindo? - Magnólia desviou seu olhar ao receber a perguntar e caminhou até as suas malas que estava sobre uma poltrona no canto do quarto. 

- Talvez... ele, ele ainda estivesse aqui. - se pronunciou baixinho.

- Concordo. - seu cunhado cruzou os braços sobre o peito e desencostou-se da porta. - Assim ele poderia me dizer quem é você, e, porque os escondeu de nós por pelo menos dois anos. 

- Eu sei que sou uma estranha mas... - tentou falar se aproximando com uma peça de roupa ainda em suas mãos. Mas o homem levantou uma de suas mãos como se pedisse para que ela mantese distância.

- Não preciso que tente me convencer de lhe dar uma oportunidade para nos conhecermos. Eu não gosto de você Magnólia, mas sou educado o suficiente para conviver no mesmo espaço que vocês, não quero que se esforce para tentar me convencer do contrário isso poupará o seu tempo e o meu. - falou antes de lhe dar as costas e descer pelas escadas, mas não antes de vê-la apertar o tecido que estava em suas mãos com força e ver seus olhos se enchendo de lágrimas. 

Ao descer pelas escadas Sebastian encontrou com sua mãe parada no meio da sala explicando para Luísa como as coisas funcionam agora que mais pessoas moravam na casa. Sem querer interrompê-las o homem caminhando até a mesa de canto próxima à porta buscando por suas chaves e sua carteira. 

- Filho? Não vai jantar conosco? - sua mãe perguntou. 

- Tenho que resolver algumas coisas antes de voltar para o trabalho amanhã. - respondeu evitando olhar nos olhos da mulher. 

- Vai voltar para casa?

- Acredito que vou ficar no meu apartamento, a senhora já tem companhia. - falou já saindo e não lhe dando oportunidade de responder.   

Sebastian dirigiu pelas ruas da cidade por cerca de 40 minutos, os seus pensamentos eram turbulentos e silêncios em simultâneo, e pela primeira vez após dias ele deixou que suas lágrimas rolassem sem medo de que alguém visse, sem ter alguém por perto para tentar consolá-lo.

Após estacionar em uma vaga ao lado do pub de seu amigo, o homem respirou fundo e tomou coragem de entrar no ambiente com luzes amareladas que estranhamente estava calmo naquele dia, existia ali alguns poucos clientes que estavam calmos bebendo suas cervejas enquanto conversavam ao som de I Put A Spell On You de Annie Lennox que tocava em som ambiente, impedindo que ambos ouvissem as conversas uns dos outros. 

Essa era a primeira vez que ele saia de casa para tomar algo depois da morte de Christopher, ele também pensava que ainda era cedo de mais para estar bebendo em um pub, porém era disso que o rapaz precisava. De longe Sebastian viu Sam do outro lado do balcão que ao ver seu amigo se aproximando se virou de costas, mas logo voltou a sua posição original segurando em suas mãos em garrafa de Bourbon e dois copos de whisky. Sebastian se sentou em um dos bancos e espero que o seu amigo servi-se uma dose nos copos que já estavam em cima do balcão de cor nogueira, ao estarem servidos ambos pegaram seus copos ergueram ao fazerem um brinde e viram todo o líquido de uma só vez.

- Não esperava te encontrar aqui tão cedo. - Sam diz ao servir mais uma dose.

- Não aguentava ficar em casa, Dona Elen está tentando me deixar louco, ou está me punido por algo que eu ainda não sei o que é.

- Você não tem um apartamento? - perguntou ao escorar um de seus braços sobre o balcão.

- Que obsessão é essa com meu apartamento, ultimamente parece que todo mundo me manda ficar enfurnado dentro dele. - disse ao virar mais um gole.

- O que Tia Elen fez?

- Ela colocou a tal Magnólia e o seu filho para morarem lá, e como se não bastasse ela os colocou ao lado do meu quarto.

- Compreensível, ele é neto dela e seu sobrinho, era lá que você deveria estar, e não aqui. - Sam fala o acompanhando na bebida.

- Até você? Será que sou o único que vê que aquela mulher só chegou até nós para fazer um estrago em nossas vidas?

- Você deveria dar uma chance, ela é a mãe do seu sobrinho.

- Se você está dizendo. - respondeu tomando mais uma dose do whisky.

- Sebastian, você não deveria estar aqui.  - a  irmã de Sam diz ao se aproximar de ambos.

- Sarah, é sempre um prazer em lhe ver. - falou antes de virar outra dose e abraçar a mulher que passou seus braços em volta do pescoço do homem e afagou suas costas. 

- Eu preciso ir, mas nos vemos por aí certo? - ela pergunta ao se afastar de Sebastian. - Vê se não bebe de mais.

- Só se você for a companhia. - respondeu piscando de um olho e acompanhado os passos da mulher até a saída.

- Ótimo, Sam você fecha tudo. - ela diz se despedindo com um sorriso e logo cruzar a porta.

- Não da em cima da minha irmã. - Sam disse dando um tapa na nuca do amigo. - Ou eu mato você e dou de comida pros peixes dos meus sobrinhos.

- Não.. Eu não. - o homem começou a rir e logo mudou de assunto. 

Sebastian passou horas bebendo sentado em frente ao balcão enquanto conversava com seu amigo. Sam era um amigo de longa data. Primeiro o rapaz de pele preta conheceu Christopher nos treinos de futebol no colégio, e como consequência acabou  conhecendo Sebastian e a partir dai sempre foram os três, juntos eles passaram por situações constrangedoras como o primeiro beijo de Christopher.

O rapaz sempre foi considerado o mais tímido dos três, por tanto ele foi o último a perder o famoso BV. Sebastian e Sam estavam escondidos atrás da arquibancada onde Chris e a sua garota se encontram após o intervalo, seus amigos viram quando ele deu o seu primeiro beijo e ambos comemoraram quando seu amigo e irmão finalmente conseguiu. 

As lembranças vinham e voltavam, lhe proporcionando momentos de nostalgia enquanto ficava ali parado olhando fixamente para o copo que continuava em suas mãos com aquele líquido Âmbar, ela tem os olhos dessa cor não tem? ele se perguntou, porém não obteve respostas.

- Você está parado olhando para esse copo a quase 10 minutos, acho que é hora de ir pra casa, quer que eu chame um táxi? - Sam perguntou tirando o copo das mãos do amigo. 

- Não.. Eu dou conta de voltar sozinho.  - respondeu se levantando. - Coloca na conta. - voltou a falar entre risos.

- Você disse isso da última vez.. - Sam gritou pra que ele pudesse ouvir já que estava perto da porta.

O seu plano inicial era ir para o seu apartamento. Ele deveria morar no seu apartamento, mas, alguma coisa sempre o levava de volta para aquela mansão, talvez dizer que não queria deixar sua mãe sozinha fosse só uma desculpa para não assumir que, na verdade, ele quem não conseguiu deixar aquela casa onde teve  tantos momentos bons. Pois esse era o seu verdadeiro lar e não os 50m² que ele chamava de apartamento, aquele era só onde o jovem rapaz guardava algumas coisas e tomava um banho de vez enquando. 

Ao estacionar seu carro em frente a mansão, Sebastian desceu do veículo procurando por suas chaves ele sabia que elas estavam no seu bolso só não sabia em qual dos bolsos, porem achá-las até que foi fácil, o  complicado foi conseguir descobrir que aquelas chaves eram as do seu apartamento e que as chaves da sua casa haviam ficado no porta luvas do carro.

Depois de fazer toda a troca ele finalmente conseguiu abrir a porta de entrada, a mesma parecia tão pesada que o rapaz não conseguiu segurá-la e então cair com os joelhos no chão foi inevitável.

- Mais que porra.. - xingou baixinho.

- Você tá bem? - escuto uma voz feminina e em meio a escuridão ele viu Magnólia se aproximando. Ela logo deixou algo em cima da mesa de canto e o ajudou a se levantar. - Veio dirigindo assim bêbado?

- Porque você está aqui?

- Vim esquentar o leite do Timóth. - respondeu sonsamente após se certificar de que o homem a sua frente conseguia ficar sobre os próprios pés.  - Não deveria dirigir bêbado, sua mãe não aguentaria perder você também. 

- Você não conhece minha mãe, não me conhece, não conhece essa casa. Então me diz porque tá aqui? É dinheiro? Se for você pode pegar. - falou levando uma de suas mãos até o seu bolso e tiro de lá a sua carteira, pegou a mão da mulher que tinha os dedos gelados e coloco o objeto de couro sobre ela. - Aqui leva, leva tudo.. - voltou a dizer de uma forma que parecia cansada, como se estivesse desistindo.

Com a maior paciência do mundo Magnólia segurou a carteira e a colocou de volta no bolso da frente da sua calça. Sebastian prendeu o ar ao acompanhar os seus gestos atentamente, a luz baixa do local permitiu que ele visse os olhos dela mais uma vez  marejados. Ela então esticou o seu braço até alcançar o objeto que estava em cima da mesa na qual ele identificou ser uma mamadeira e depois caminhou de volta até  as escadas. 

- Não se preocupe, não pretendo ficar por muito tempo. E até lá, eu espero que caia de cara no chão mais vezes.  - a mulher respondeu praguejando antes de voltar a subir as escadas.   

Não esquece de deixar seu voto, seu comentário e de me seguir nas redes sociais ❤

Amo vcs vil milhões ❤

Seguir leyendo

También te gustarán

134K 9.8K 30
📍Sicília - Itália Gina Pellegrine é uma menina doce e inocente criada sob educação religiosa, que conquista os olhares de todos aonde quer que pass...
422K 34.2K 49
Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai. Mas ao ingressar para uma nova universidad...
157K 17.1K 28
Camila é uma jovem que depois de terminar seu relacionamento, resolve curtir a vida sem se importar com nada e após uma louca noite de curtição, sua...
163K 9.9K 30
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...