TRÊS- Porque Ella Ama Eles (...

By EllaDOliveira

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Dois irmãos, gêmeos idênticos, que dividem tudo, inclusive o amor de uma mulher. Uma garota do interior que s... More

Já tem livro físico!!!!
TRÊS - Porque Ella ama eles
Três - Porque Ella ama eles
Nota da Autora
Sobre a História
Introdução
Introdução (parte II)
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6 (corrigido)
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Notinha da autora
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Notinha da autora
Ella & eles respondem
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Erro básico típico do Watts
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Desculpe, mas eu vou chorar!
Capítulo 54
#SalveOAlex!
Trilha Sonora
Agradecimentos
Sobre a Autora
Corre que ainda dá tempo.
CONTAGEM REGRESSIVA...
Novidades!!!!

Capítulo 10

910 76 0
By EllaDOliveira



Ella poderia dizer que esteve em "modo automático" durante toda a semana. Dormindo muito pouco e com sono conturbado por imagens que não deveriam estar lá, Ella não sabe como pode executar corretamente suas obrigações. As aulas particulares, os ensaios, a faculdade, seu trabalho no hotel nas noites de quinta, tudo passou como um borrão. A única coisa constante na mente de Ella Guido eram as mãos daqueles homens no corpo da mulher enquanto olhavam diretamente para ela. Ella teve sonhos em que os dois diziam seu no me e a chamavam para participar, e no sonho ela ia.

— Por todos os santos Ella, esqueça isso! — gritou exasperada enquanto tentava se concentrar em apenas lavar as suas partes intimas no banho, em vez de fantasiar com mãos que jamais estariam ali.

No último ensaio antes da apresentação que teria um solo de Julia na flauta e Ella no violoncelo tocando a música "Sim" de Oswaldo Montenegro. Ella adorava a música em toda a sua essência, amava o compositor, amava o filme "O Perfume da Memória". Ela viajava em cada nota enquanto ensaiavam.

— Meu Deus Ella, você parece ter sido feita para tocar essa música, aliás as duas estão simplesmente perfeitas.

— Obrigada, embora não imagino essa música como trilha sonora de uma orgia. — respondeu dando de ombros como uma simples constatação.

A simplicidade com que Ella via a vida encantava seus companheiros de banda, e deixava Pedro cada vez mais obcecado com ela.

— Você é tão adorável Ella, e tão bonita — ele disse certa vez quando a interceptou saindo da cozinha — adoraria conhecer mais de você.

— Obrigada Pedro, mas se contente em tocarmos juntos, afinal já me alertaram sobre você, não posso decepcioná-los e cair na sua lábia encantadora — ela brincou e ele sorriu, mas seu sorriso continha uma promessa que a fez sentir um calafrio.

Fred disse que nem sempre a plateia era a mesma, a não ser por um ou outro casal. Ella teve esperanças de fosse verdade, pois não sabia se poderia se manter em uma só peça se tivesse que encarar aqueles olhos sobre ela novamente.

No camarim, Ella se preparava para subir no palco, ela usava um vestido preto de renda e tule todo preto com uma fenda que ia até quase perto da virilha, e o decote era revelador demais deixando-a um pouco desconfortável. Ella escolheu uma peruca com cabelo natural ondulado e longo gradiente nas cores azul e preto. A máscara era uma discreta moldura feita em renda preta e pedraria, adornada com uma flor de seda e tule.

Ela observou o resultado na frente do espelho, ela estava irreconhecível, Ella se sentiu bela e sexy pela primeira vez em sua vida. Talvez fosse o que ela precisava para subir naquele palco e não se importar com nada mais além dela mesma e de sua música.

— Ma-ra-vi-lho-sa! — disse Julia ao entrar no camarim, Áurea atrás dela trazia três taças e só então ela percebeu que Julia trazia a garrafa de Chandon Brut Rosé.

Acho que ninguém vai para a sala espelhada hoje — brincou Áurea que estava estonteante em um vestido vermelho cheio de brilho e usava uma peruca platinada Chanel. As máscaras das três eram feitas do mesmo material.

Julia usava um longo prata que mostrava mais do que Ella achava aceitável, mas em um corpo como o de Julia, tudo ficava belo. Ela não usava peruca, como se não desse a mínima se alguém a reconhecesse fora dali. Para Ella tudo era sobre a música e sobre o cache que ela receberia no final da noite, mas para Julia os aplausos eram sempre bem vindos, dentro e fora do palco.

Quando a cortina abriu a voz forte de Júlia soou com a música "Jura Secreta" da Simone, quando os instrumentos entraram para acompanha-la Ella percebeu que seus olhos estavam fechados, ela tocou praticamente toda a música assim, salvo alguns trechos que pediu mais atenção e ela olhou para as cordas até voltar a fechar os olhos.

A primeira música acabou, e ela sentiu uma emoção desconhecida ao abrir os olhos e perceber que eles não estavam no mesmo lugar da primeira noite. Seus olhos varreram todo o salão, e nem mesmo todas as exibições para lá de eróticas dos convidados chamou sua atenção.

Ella não sabia por que, mas se sentiu estranha, decepcionada, o que não tinha lógica nenhuma, afinal eles a deixaram muito desconcertada em sua estreia.

No momento em que sua apresentação solo começou, ela fechou os olhos viajando nas notas e na música, foi então que ela sentiu o peso do olhar deles sobre ela, ela não precisou abrir os olhos para saber que eles estavam lá, e isso era sinistro, no mínimo estranho para não dizer mais.

No entanto ficou surpresa ao ver apenas um par de olhos, faltava um. — ele deve estar em uma dessas salas com uma dessas mulheres sexys e disponíveis. — pensou, mas não se importou, pois o alivio inesperado estava lá.

Quando a música acabou anunciando a pausa da banda e o início dos jogos Ella sorriu, e para seu espanto o homem olhava para ela com uma expressão fina nos lábios, como se estivesse achando tudo aquilo tão estranho quanto ela achava.

Feliz por poder deixar o palco para tomar um remédio que pudesse aliviar suas cólicas menstruais, Ella estava saindo em direção ao camarim quando um homem com uma máscara estranha, para não dizer sinistra a cercou. Não era permitido interagir com o pessoal da banda, mas esse homem parecia não se importar, ele colocou os braços na parede ao redor dela a impedindo de sair.

— Senhor, o senhor não deveria estar aqui, esta é uma área restrita de uso exclusivo dos músicos.

— Ah, mas a parte "trabalho" já acabou, e você não prefere um pouco de diversão? Afinal que graça tem trabalhar em um clube de sexo e não ter sexo — o homem disse com voz enrolada pelo excesso de álcool.

— Senhor eu estou aqui para trabalhar, então, por favor, deixe esta área e volte para o bar. — Ella tentou empurra-lo, mas não foi suficiente para movê-lo nenhum centímetro, era um homem grande, e ela pensou que estaria em apuros, pois não havia câmeras naquele trecho do corredor e mesmo se ela gritasse ninguém a ouviria. — Senhor me deixe ir, o senhor está bêbado e eu não sou uma convidada e não estou aqui para esse tipo de coisa.

— Quem se importa, pensa que eu não você me olhando lá de cima? Você me deixou duro só de olhar para essas pernas deliciosas. — o homem pôs as mãos na fenda do vestido e Ella gritou apavorada, tentando escapar, mas o aperto ficou mais forte e logo em seguida ele pareceu sair voando, pois ela estava livre novamente, mas sua máscara e sua peruca foram junto com o homem que Ella não fazia ideia de onde estava até que o viu em uma poça ensanguentada no chão. Seu nariz com certeza estava quebrado, mas ela não deu à mínima.

— Você está bem? — uma voz com forte sotaque espanhol chamou a sua atenção, e então ela viu primeiro o peito nu, depois a boca carnuda com lábios grossos e naturalmente rosados, eram quase vermelhos e então notou a máscara e só então o conjunto inteiro.

— E-eu, eu estou bem, aquele homem me assustou. — ela gaguejou.

Os seguranças tiraram o homem para fora e ele a levou para a sala mais próxima, Ella não pode evitar olhar em volta e então percebeu que estava em uma sala cheia de objetos usados na prática BDSM, ela engoliu seco ao ver a enorme cruz de Santo André, ela leu a cartilha, o que se pode dizer.

— Desculpe, eu devia ter te levado para outro lugar, não quis te constranger — o homem disse parecendo envergonhado. — beba isso, vai te ajudar a relaxar.

— Ella abaixou a cabeça e segurou firme o copo com um liquido âmbar que o homem Dragão deu a ela. O álcool pareceu queimar a garganta dela, mas depois a ajudou a relaxar.

— Diga-me, ele a machucou? — perguntou parecendo furioso tirando o copo vazio da mão dela — se ele a machucou eu vou caçá-lo e matar aquele hijo de puta com minhas próprias mãos.

Ella achou engraçado o jeito que ele falou, e foi inevitável rir. Ele parecia estar pronto a cumprir sua ameaça se ela disse que estava machucada.

— Ele só me assustou, eu não vi que estava sendo seguida.

— Ele a estava observando desde o início da apresentação, e pela quantidade de bebidas que ele estava ingerindo eu senti que haveria problemas. Na verdade, eu pensei que ele tentaria algo estúpido durante os jogos, então eu fiquei de olho nele.

— Obrigada, eu não sei o que poderia ter acontecido. — |Acho que vou ter problemas, é meu segundo dia e eu fui instruída a não interagir com os convidados.

— Você não interagiu você foi molestada por um, não se preocupe, somos nós que estamos em dívida com você. — ele riu, mas sua expressão ainda parecia mortal por trás da máscara.

— Ele tirou a minha peruca e a minha máscara, não sei onde está, e se alguém me vir assim? — perguntou assustada.

— Não se preocupe vou leva-la até o seu camarim e encontrar a sua máscara. Quer que eu chame alguém, seus amigos da banda?

— Não, não precisa, ficarei bem, meus amigos ficarão preocupados, além disso, o "show" não acabou ainda.

— Você não precisa voltar para o palco se não quiser eu posso te levar para casa, ou chamar um taxi se preferir.

— Eu agradeço, mas não precisa esse não foi o primeiro idiota que eu conheci, eu vou ficar bem, obrigada senhor Dragão e obrigada por ter vindo hoje — ela disse se levantando para sair dali o mais rápido possível batendo-se mentalmente por dito o que disse.

— Senhor Dragão? — ele riu da referência dela a sua tatuagem.

— Seu dragão tem os olhos amarelos, eu sabia que eram diferentes, — ela disse e saiu correndo da sala deixando-o para trás sem respostas a qualquer outra pergunta, e quase atropelou o dragão número dois ao sair pela porta.

— Desculpe senhor, e-eu, com licença. — gaguejou ao ver quem a impediu de levar um tombo histórico.

— Ei, cuidado! Você se machucou? — o homem perguntou preocupado, o sotaque dele era tão acentuado quanto o do outro. Ella apenas sacudiu a cabeça, não confiava em si mesma para responder, suas mãos formigavam onde tinham tocado na pele dele. Ella sentiu que poderia desmaiar a qualquer segundo ele era tão lindo e charmoso quanto o outro.

Ella desejou olhar para trás e conferir a sua teoria a respeito dos olhos do dragão, embora ela tivesse certeza de que fossem vermelhos como os seus cabelos.


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