Quem É Ela | Livro 1 | Conclu...

Quarta-usamos_verde

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|Livro um da duologia Eles| {É preciso realizar a leitura na ordem para um entendimento melhor da história} ... Еще

Recados
Prólogo
Cast
2|Isso é um erro
3|Quando nos conhecemos
4|Você não é metade do que ele dizia ser
5|Irresponsabilidade
6|Ele não me deixa dormir
7|Despedida ao Bar
8|Pizza?
9|O Jantar
10|Pobre lata de lixo
11|Dejavu com gosto de lembranças
12|O Lago
13|Uma noite longa
14|Adoradoras
15|Ele tem nós dois, nunca estará sozinho
16|Te trouxe flores
17|Sim, eu prometo
18|Se eu fechar os olhos
Epílogo

1|Era Domingo

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Quarta-usamos_verde

Era uma manhã de domingo e por algum motivo até então desconhecido, Elen, a mãe de Sebastian. O chamava do outro lado da porta de seu quarto enquanto batia na madeira constantemente. O homem que ainda estava sonolento abriu os seus olhos, e preguiçosamente olhou para os lados vendo a claridade passar por entre as cortinas do seu quarto.

Sebastian se levantou da cama tropeçando em algumas peças de roupas que estavam jogadas pelo chão. Com uma certa dificuldade ele finalmente encontrou a sua cueca e em seguinda a vestiu para destravar então a tranca da porta e a abrir recebendo sua mãe com uma felicidade extrema estampada em seu rosto.

- Mãe, são oito horas da manhã de um domingo. - ele resmungou ao bocejar e olhar a hora no relógio do seu pulso.

- Levante, se arrume e dessa para tomarmos o café. Christopher ligou, ele está voltando para casa e disse que tem novidades. - Elen disse não ligando para o fato de que seu filho estava quase nu e com marcas de batom por todo o corpo.

Sebastian ficou surpreso com a revelação de sua mãe, Chris havia se mudado para Londres a quase 4 anos e até então eles nunca mais haviam se visto. O contato que ambos tinham eram por ligações, segundo as informações que tinha do irmão um ano mais velho as coisas estavam indo bem no trabalho, que era na empresa filial da família que havia em Londres.

Christopher dizia que as garotas eram incríveis, os bares eram bons, a cidade era bonita, ele até mesmo tentava convencer o seu irmão de ir visitá-lo para saírem e se divertirem, porém, Sebastian odiava pegar voos e principalmente odiava a ideia de deixar sua mãe sozinha. Por isso ele não havia se mudado para Londres.

- O que? Mas ele não disse nada da última vez em que conversamos, e que novidades são essas? Ele não comentou nada? - questiono.

- Talvez ele queira fazer surpresa. Agora se apresse a qualquer momento ele pode chegar. - sua mãe fala se virando, mas antes que desse um passo para longe ela voltou a se virar sobre os calcanhares e olhou por cima do ombro do rapaz tendo a visão de longos cabelos ruivos jogados sobre os lençóis brancos. - E Sebastian, coloque o lixo para fora. - voltou a dizer olhando em seu filho com uma expressão de reprovação e finalmente caminhou pelo corredor rumo as escadas.

Sebastian suspirou pesadamente, pois sabia que ouviria um sermão de horas. Ele pensou que talvez se tivesse um pouquinho de sorte Christopher chegaria antes que sua mãe começasse a falar sobre as suas escolhas por mulheres.

Caminhando de volta até a cama o homem deitou-se novamente ao lado de Elizabeth alisando os seus fios de cabelos cor de fogo com as pontas dos seus dedos, ato que fez com que a mulher desperta-se do seu sono e se mexesse na cama. Logo abrindo os seus olhos e o presenteando com um sorriso encantador. Ele podia ser um mulherengo, palavras de sua própria mãe, mas se tinha algo que fazia com que Sebastian realmente se encanta-se por suas conquistas eram os seus sorrisos. O rapaz não conseguia explicar se era pela forma de como os olhos delas se fechavam quando sorriam, principalmente se as bochechas fossem grandes ou se era por sempre parecerem estar leves e apaixonadas, ele realmente não sabia dizer o porque, porém, ele reconhecia que o sorriso era o que o fazia se encantar.

- Hora de ir. - sussurrou com a voz baixa mostrando uma certa rouquidão.

- Pensei que fossemos tomar cafés juntos. - todas pensam. Elizabeth o respondeu fazendo um bico, e em seguida se sentou sobre a cama espreguiçando-se. Ato que fez com que o lençol que cobria seu corpo nu desliza-se por sua pele expondo os seus belos seios arredondados.

Sebastian se levantou e com uma de suas mãos passou os dedos pelo pescoço da mulher, fazendo um caminho até o bico do seio onde ele contornou com os dedos e logo eles se eriçaram dando o mais belo bom-dia para o homem que os observava atentamente. Logo o mesmo teve uma ideia de o que fazer com eles, pensamento que o faze morder seus lábios, Elizabeth entendeu o que o homem havia pensado e o olhou antes de inclinar-se sobre o corpo de Sebastian.

- O café fica para próxima, agora tenho uma ideia melhor. - disse contornando o corpo da mulher com seus braços e virando-se sobre ela, Sebastian começou a distribuir beijos sobre a pele da mulher que tinha cheiro de romã e um gosto doce que podia ser sentido na ponta de sua língua. Porém, ele parou ao se lembrar dê o porque sua mãe havia o acordado tão cedo em pleno domingo. As coisas não mudavam, até mesmo de longe o seu irmão o atrapalhava, pensou. - É uma pena, mas você realmente precisa ir, prometo que em outra ocasião acabamos o que estávamos prestes a começar. - concluiu ao se levantar enquanto ela suspirou frustrada também se levantando para procurar por suas roupas.

Enquanto Elizabeth se arrumava Sebastian caminho até o seu banheiro, tomou um bom banho e em pouco tempo já estava pronto para descer e encarar sua mãe que não o pouparia de um breve discurso.

Os dois desceram as escadas e Sebastian acompanho Elizabeth até a porta se despedindo com um breve beijo.

Ao fechar a porta respirou fundo e caminhou até a cozinha, antes disso passou pela sala onde viu Luísa a empregada arrumando o local, provavelmente para a chegada do irmão.

Ao chegar na cozinha encontrou sua mãe já sentada à mesa tomando uma xícara de café enquanto lia algo no jornal como de costume.

- Porque insiste em trazer essas garotas para casa sendo que você tem o seu próprio apartamento. - fala sem tirar os olhos da folha de papel, e ao passar por ela Sebastian deposita um beijo no topo da sua cabeça ato que a fez revirar os olhos.

- E deixar a senhora sozinha? Nunca. - responde com humor.

- Você sabe que não gosto dessa sua atitude Sebastian, traz elas até aqui, passam a noite juntos e no outro dia se despede prometendo ligar, mas nunca liga. Esse não foi o tipo de criação que eu e seu pai lhe demos, que Deus o tenha. - volta a falar agora deixando o jornal de lado e olhando diretamente para seu filho.

- Por favor mãe, não. Hoje não, Christopher está voltando para casa, é um dia de alegria não o vemos a quatro anos. Vamos deixar o sermão de como me divirto para uma próxima... - ele fala enquanto se serve de café.

- Já pensou que talvez uma dessas garotas na qual você dispensa diariamente possa ser o seu grande amor? - ela insiste no assunto.

- Mamãe.. - estava prestes a tentar convencê-la mais uma vez de que essa historia de amor não era para ele quando o telefone residencial começou a tocar, segundos depois Luísa se aproximou com o telefone em mãos e uma expressão assustada, ela estava trêmula.

Sebastan viu quando os olhos de sua mãe se encheram de lagrimas, a mão que até então segurava sua xícara deixou que o objeto escapasse por seus dedos fazendo um barulho de tilintar quando ele se chocou com o vidro da mesa, e em seguida ela levou a mãe até a boca enquanto as lagrimas já desciam por seu rosto.

- Christopher.

Poucos minutos após receberem uma ligação que deixou Elen em choque. Sebastian estacionou o seu carro de mau jeito em frente ao hospital e caminhou com sua mãe até a recepção. As notícias eram as piores possíveis, o seu irmão mais velho Christopher, havia sofrido um acidente de carro no caminho de volta para casa e o hospital os contactou pedindo para comparecerem o mais rápido possível.

Ao chegarem e dar o seu nome na recepção, uma das secretárias presentes no local os levou por um longo corredor de cor branca que continham portas na mesma cor e número pregados em uma plaquinha espendurado no centro de casa porta. A mulher os levou de encontro com a doutora que havia socorrido Christopher.

Antes mesmo de terem qualquer notícia Elen tinha as suas mãos trêmulas e ainda sentia dificuldades de segurar as lágrimas. Na sua casa antes de saírem foi preciso que ela tomasse água com açúcar para que seus nervos se acalmassem, e mesmo assim, durante todo o caminho ela murmurava dizendo que algo estava errado, enquanto Sebastian tentava acalmá-la dizendo para ela que tudo acabaria bem.

- Dra. Esses são os familiares de Christopher Lark. - a recepcionista disse ao aproximar-se de uma mulher loira que conversava com um enfermeiro.

- Peça outra bateria de exames, quero ter certeza de que eles estão realmente bem. - Dra. Kidman era o nome que apontava o crachá preso ao jaleco acima de seu peito.

Assim que finalizou a conversa com o enfermeiro que a acompanhava, ela deu atenção ao homem e a mulher parados ali com suas preocupações e ansiedade estampadas em seus rostos.

- Onde está meu filho? - Elen pergunta se agarrando a blusa de Sebastian, os seus gestos mostravam que ela já temia pelo pior.

- Infelizmente Sr. Christopher não resistiu. - falou com pesar e Elen mal conseguiu sustentar suas pernas - O impacto causou múltiplas fraturas seguida de uma parada cárdia. - completou cautelosamente.

- Está me dizendo que meu irmão morreu? - Sebastian perguntou o óbvio com os olhos lacrimejando enquanto sua progenitora se desmanchava em lágrimas.

- Eu sinto muito por sua perda, fizemos todo o possível, mas infelizmente ele não resistiu. Os seus ferimentos foram graves, o impacto foi forte. É um verdadeiro milagre que sua esposa e filho estejam bem. - a médica voltou ao dizer e logo a atenção de ambos voltaram para ela.

- Como? - Sebastian perguntou confuso. - Esposa? Filho?

- Magnólia Xavier Lark e Timóth Xavier Lark. Ambos foram encontrados com ele dentro do veículo, me acompanhem por favor. - a Dra. Kidman disse ao caminhar até uma das portas no vasto corredor. 22B era o número pregado a plaquinha da porta que ela abriu entrou e deu passagem aos dois, Sebastian praticamente carregava sua mãe em seu colo.

Ao entrarem os seus olhos foram tomados pela visão de uma mulher com cabelos castanhos e de pele morena clara, bochecha grandes e lábios carnudos. Aquela mulher o causou um desconforto imediato, eles nunca haviam se visto e por isso o homem não entendeu porque sentiu tal enjoo, batimentos cardíacos acelerados, uma queimação no estômago.

O corpo dela estava coberto por curativos. Ao seu lado uma maquina acompanhava os seus batimentos cardíacos e ela dormia serenamente, devido aos sedativos. A mãe de Christopher se afastou do seu outro filho e se aproximou da mulher e a observou com os olhos ainda cheios de lágrimas.

- Aqui estão alguns de seus pertences. - a médica disse ao pegar de cima de uma mesa de canto um saquinho plástico que continham duas alianças onde podia-se ver o nome do Christopher e o da mulher chamada Magnólia gravado no metal.

- Quem é ela? - o homem perguntou intercalando seu olhar entre a mulher deitada sobre a maca e a médica que estendia em sua direção o saquinho plástico, ele pensou que talvez fosse um engano ou uma pegadinha de muito mal gosto.

- Magnólia. - a mulher de jaleco respondeu olhando a ficha que estava em suas mãos. - Ela sofreu leves escoliamentos pelo corpo, pedi mais exames para saber se a alguma complicação que não estejamos vendo. O seu filho, Timóth, está na alá infantil com apenas uma esfoliação no joelho. Ambos estão sedados assim que tiver os resultados dos exames que pedi eles poderão receber alta.

Sem conseguir entender ele olha para sua mãe que segurava agora a mão da mulher desconhecida. Como acreditar que seu irmão havia esquecido de contar para eles que ele tinha uma esposa e filho? Esse não era o tipo de coisa que se esquecia.

Atordoado, passando os seus olhos pelo quarto ele sentiu que aquele ambiente não estava lhe fazendo bem, estava o sufocando.

Então com passos rápidos ele caminhou até a porta e saiu tentando puxar o ar que havia sumido instantaneamente.

Internamente ele pedia que seu irmão aparecesse no início daquele maldito corredor de cor branca e o abraçasse dizendo que tudo não passava de uma brincadeira, uma pegadinha para testar seus corações ou um teste para saber se eles realmente se importavam com ele. Mas não, ele não apareceu no final do corredor. Ele não deu uma das suas famosas risadas na qual ele sempre colocava uma mão sobre o peito e tombava seu corpo para trás. Ele havia realmente partido e nem se quer se despediu, não deu a sua família a oportunidade de dizerem que ele era amado.

Pouco tempo depois a porta atrás de Sebastian se abriu e sua mãe passou por ela acompanhada de Dra. Kidman, agora ela já parecia mais calma, enquanto Sebastian ainda se encontrava sem chão, ele não conseguia acreditar no que via e ouvia.

- E a criança Dra. Como ele esta? Quero vê-lo! - Elen disse ao respirar fundo para se manter calma.

- Ele está bem, como disse ele teve uma leve esfoliação no joelho. Me acompanhe e eu os levarei até ele.

Antes que eles pudessem dar um passo se quer, a porta do quarto onde haviam acabado de sair se abriu abruptamente e a silhueta da mulher entitulada Magnólia passou por ela enquanto murmurava algo, Sebastian teve tempo de ver os seus olhos que pareciam ser de uma cor caramelizado. Ele também podia ver que eles estavam repletos de lágrimas, ao desviar sua atenção para o braço da mulher viu sangue pingar de onde ela havia arrancado a agulha que levava o soro por sua veia.

- O meu filho, onde ele está, quero o meu filho. - tentou se segurar sobre suas próprias pernas, mas falhou miseravelmente, e antes que ela se chocasse contra o chão o rapaz levou os seus braços ao redor de seu corpo. - Christopher... - ela murmurou olhando nos olhos de Sebastian antes de apagar novamente, enquanto Sebastian continuava a segurar e observando o seu rosto arredondado e desconhecido.

Segundos depois alguns enfermeiros apareceram e a tiraram dos braços dele e a carregaram de volta para o quarto, e ele ficou ali, parado, próximo à porta vendo os médicos e enfermeiros trabalharem.

- Isso é loucura. - sussurrou passando os seus dedos por entre seus cabelos, em seguida ele limpa as lágrimas que ainda escorriam por meu rosto que ele nem se quer havia percebido. - Vamos mãe, vamos embora, agora! - falo já caminhando apressadamente para fora daquele lugar.

De longe ele ouvia sua mãe falando algo com a médica, mas logo ela já o seguia de volta ao carro.

Antes que ele pudesse entrar no veículo, o seu estômago se revirou e o forçou a jogar o seu café da manhã fora, algumas pessoas o olhavam com confusão, mas ele não ligava, logo as mãos macias de sua mãe tocaram os seus ombros e ele então virou seu rosto encontrando os olhos tristes da mesma.

- Querido... - ela tentou falar, mas foi interrompida.

- Ele não morreu mãe, isso não passa de uma piada mal feita. - disse a abraçando, o desespero tomou conta do seu corpo e sua mãe o abraçou sem forças para conseguir sustentar o meu peso, lentamente ela foi se agachado sobre o chão e ali naquele abraço ele sentiu uma dor tomando conta do meu peito.

Christopher parecia estar tão perto, mas Sebastian sentia ser impossível alcançá-lo, e doía saber que ele nunca mais veria o seu irmão.

É isso, espero que gostem deixem seu voto e comente muiito ❤

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Amo vcs mil milhões❤

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