𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽...

By ywnszgaw-

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━ "É incrível como desde que ela chegou, vem colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quand... More

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By ywnszgaw-



No dia seguinte acordei as 10h, com a ajuda do bom e velho despertador, desci, porém só encontrei Joanne sentada na sala.

- Bom dia. - cumprimentei, sorrindo.

Joanne: Bom dia, querida. - retribuiu o sorriso. - Acordou cedo.

- Ah, nem tanto. - sentei ao lado dela. - Onde está Fai?

Joanne: Já foi caminhar. - informou. - Ela sai bem cedo.

- Droga, ainda vou acordar a tempo pra essa caminhada.

Joanne perguntou se eu queria algo pra comer, decidi aceitar, tomei o café na companhia dela, ficou só ali sentada para não me deixar sozinha, meia hora depois Faith chegou esbaforida, me mandou um beijo no ar e anunciou que ia pro banho
porque se sentia nojenta e suada.

Enquanto ela subia as escadas, Payton vinha descendo com a habitual cara de poucos amigos.

Payton: Mãe, tem algum remédio? - questionou, antes mesmo de dar bom dia.

Joanne: remédio pra que agora Payton? - disse cansada.

Payton: Pra qualquer coisa, dói tudo. - se
jogou no sofá. - Que ressaca mano.

- Acredito. - murmurei baixinho, ele ergueu o olhar, como se perguntasse o que foi, fingi que não foi comigo.

Payton: Disse algo? - falou por fim,
contrariado.

- Eu não. - disse sorrindo.

Payton: Hum... - deixou por isso. - Como eu cheguei no quarto ontem? - questionou a Joanne, quando ela trouxe um remédio e um copo de água.

Joanne: Nem te vi chegar. - disse voltando a cozinha.

Payton: Você sabe? - questionou, me
encarando.

- Não, não sei. - respondi me levantando.

Payton: Tem certeza? - arqueou uma
sobrancelha, me olhando.

- Tenho. - disse saindo da sala.

Subi as escadas para me livrar desse assunto, senti o olhar de Payton em minhas costas, me acompanhando.

Cheguei no quarto e escutei o barulho do chuveiro ligado, vindo do banheiro.

- Não acaba com a água do mundo. - berrei, me jogando na cama.

Faith: Vai a merda. - respondeu, rindo.

Gargalhei sozinha e fiquei mirando o teto, então peguei o notebook e fui mandar um email a Nailea, o primeiro desde que cheguei.

---------------------

Para: Nailea <
nailea_devora@hotmail.com>

De: S/n <
stewart@hotmail.com>

Assunto: Saudade

Naileaaaaaa!!!!!

Você não tem noção de como é lindo por
aqui, estou encantada com esse local.

Minha 'irmã' é muito legal e estamos nos
dando super bem, gostaria de te apresentar a ela. Meu outro 'irmão' mais velho que é todo problemático, sério, preciso te contar isso, porém com mais calma, loooonga história.

Mas, por aqui as coisas vão indo maravilhosas, apesar da saudade imensa.

E você como está??

Manda um beijo para a Riley e diz que estou com muita saudade das loucuras dela. Essa viajem só poderia ser melhor com vocês duas comigo. Mandarei mais notícias em breve, te amo.

S/n.

---------------------

Fechei o notebook e quando passei os olhos pelo quarto, me deparei com Payton parado na porta, ou ele tem um acordo que a proíbe de entrar no quarto de Faith ou adora ficar na porta.

- Precisa de algo? - questionei, colocando
notebook dentro de minha mochila.

Payton: Onde está Faith? - me encarou.

- No banho. - indiquei a porta do banheiro com a cabeça.

Ele suspirou e se abaixou, sentando
encostada na porta do quarto, fechou os olhos e ficou assim por uns segundos, até tirar algo do bolso.

- Vai fumar aqui? - perguntei chocada.

Payton: É. - disse, pegando um isqueiro e
acendendo.

- Faith não vai gostar. - informei, trancando a respiração para não sentir o cheiro.

Payton: Eu também não gosto dela e tenho que conviver diariamente. - deu de ombros. - Ela não vai morrer.

- Não, ela vai te matar. - disse tossindo
quando senti o cheiro.

Ele negou com a cabeça, se mantendo calado, com seu cigarro entre os dedos, desviei o olhar, o passando pelo cômodo, nesse momento Faith abriu a porta do banheiro enrolada em uma toalha.

Faith: Merda, esqueci de levar a roupa pro banheiro. - resmungou, então notou Payton ali. - O que faz aqui seu idiota? - o encarou, nem um pouco desconfortável pelo fato de estar de toalha, respirou fundo e acabou por sentir o cheiro do cigarro. - Sai daqui com essa porcaria. - disse entre dentes. Payton não se moveu. - Está surdo? - Foi até ele e arrancou o cigarro de suas mãos, o apagando e jogando pela janela.

Payton: Qual o seu problema? - levantou,
bravo.

Faith: Pergunto o mesmo. - o encarou. - Se manda daqui.

Payton: Quero saber se você me trouxe pro quarto ontem. - deixou o olhar frio sobre ela.

Faith: Não, se dependesse de mim você ficaria na rua. - respondeu, o empurrando pra fora. - Agora se manda. - bateu a porta. - Eu não aguento mais isso. - desabou, sentando no chão, encostada na porta.

-As coisas vão melhorar, você vai ver. - fui até ela, me agachando ao seu lado. - Uma hora ele acorda.

Faith: O problema é que está demorando
demais. - respirou fundo, tentando conter as lágrimas. Então levantou, indo se vestir, suspirei, negando com a cabeça.

- Sabe que pode contar comigo. - sentei na cama, ao lado dela, quando já estava vestida. - Para tudo.

Faith: é bom ter você por aqui. - me olhou - É bom poder me apoiar em alguém 24 horas por dia. - sorriu de canto. - Ainda bem que te mandaram pra cá, eu precisava de uma irmã.

Acabei ficando com os olhos marejados,
então a abracei, tentando passar alguma
força.

- Não foi por acaso que me mandaram pra cá. - me soltei do abraço. - Coisas assim não são só coincidência.

Ela assentiu, secando as lágrimas que
escaparam no abraço, então sorriu.

Faith: Chega de drama. - levantou. - Depois você vai contar pras pessoas do Brasil que sou uma chorona.

- Ah, bem provável que eu fale isso... - disse brincando. - Como você descobriu?

Ela me bateu com o travesseiro, rindo.

Faith: Insuportável.

- Chorona.

Depois desse momento que foi da emoção a descontração, fomos para sala, Faith reclamando que estava com fome. Para a sorte dela o almoço já estava pronto.

De tarde uma amiga de Faith estava
chegando de viajem e iam fazer uma festa de boas vindas, mesmo que ela quisesse me levar, eu preferi não ir, é algo muito pessoal, muito dela e das amigas. Fiquei na sala, mexendo no meu notebook, quando escutei passos vindo até onde eu estava.

Payton: Achei que tinha saído com Faith. - disse, sentando ao meu lado.

- Não. - respondi simplesmente, da mesma forma monossilábica que ele usa comigo.

Payton ficou em silêncio, me senti
desconfortável com a situação, não consegui usar o notebook com ele ali parado, mesmo que não fosse entender nada que eu escrevo, já que está em português.

- Quer ligar a TV? - questionei, só para gastar saliva mesmo, afinal se ele quisesse já teria o feito.

Payton: Não. - disse, me olhando.

- Ok... - assenti uma vez, então fechei o
notebook e coloquei ao lado, para em seguida levantar. Foi ai que ele segurou meu braço.

Payton: tem tanto medo que eu faça algo, a ponto de não poder ficar dois minutos ao meu lado sem fugir? - arqueou uma
sobrancelha, me olhando.

- Não tenho medo. - respondi firme. - Só que depois de ontem, no parque, não sei se quero ficar perto de você. - disse sincera. - Você nem quis ir comigo na trilha. - acusei. - E porque eu ficaria aqui? Você nunca me tratou bem. - falei o encarando. - Tem problemas com
bipolaridade?

Payton: Nossa, quanta magoa. - falou me
encarando.

Então me puxou de volta pro sofá, porém
acabei caindo sobre seu colo, Payton foi
rápido e prendeu os braços em torno do meu corpo, impedindo que eu vá direto pro chão.

- Obrigado. - respondi, já levantando.

Ele assentiu, creio que tão assustado quanto eu.

Então se levantou, passando por mim e
disparando para o quarto, me deixando com a maior cara de interrogação, sentei novamente e fechei os olhos, apoiando minha cabeça no encosto do sofá. Menos de dez minutos depois ouvi barulhos de chaves batendo, abri os olhos e vi Payton de casaco, prestes a sair.

- Vai voltar cedo? - questionei, ele parou com a mão na maçaneta. - ... Só quero preparar sua mãe.

Payton: Não sei. - abriu a porta.

- Depois você não entende porque não fico um minuto do seu lado. - neguei com a cabeça.

Ele ignorou e saiu, batendo a porta, como se assim pudesse me provar que está nem ai para o que eu estou falando...

Anne vinha descendo as escadas correndo quando isso aconteceu.

Anne: Payton saiu? - perguntou, olhando a porta.

- Sim anjo, ele foi passear. - sorri.

Anne: Eu não posso passear junto? -
questionou, com uma carinha chateada.

- Claro que pode. - sorri pra ela. - Vem cá. - bati do meu lado, ela veio pulando e sentou. - Seu irmão foi a um lugar de gente grande.

Anne: Vai demorar muito para mim ser
grande? - me olhou.

- Não vai não - sorri, passando a mão nos
cabelos dela. - Logo você será também.

Anne: E eu vou ter um carro bem grande. - mostrou o tamanho esticando os braços.

- Nossa, tão grande assim? - ela assentiu. - Vai me levar para dar uma volta?

Anne: Vou. - sorriu. - Mas você vai ter que ir na cadeirinha, presa no cinto. - me olhou. - Como eu vou.

- Ah, ok. - disse rindo.

Anne: Pay também vai poder ir. - sorriu. - e a Fai também. - me olhou. - Todo mundo vai passear comigo.

Sorri e fiquei mais um tempo ouvindo Anne falar sobre sua escola, amigos, os desenhos...

Mais tarde Anne subiu para brincar em seu quarto, enquanto eu continuei na sala fingindo prestar a atenção na televisão, porém não conseguia me concentrar em nada concreto, porque eu seria a portadora da notícia de que Payton saiu, de novo, a Joanne.

Não demorou muito para que o momento de falar chegasse.

Joanne: Querida, você viu o Payton? -
questionou, descendo as escadarias.

- Vi sim. - disse suspirando. - Ele saiu tia. - informei. - Não disse pra onde ia.

Joanne: Ah... - respondeu pensativa. - Ok. - disse devagar.

São em momentos assim que eu tenho
vontade de socar Payton. Depois de um
tempo Faith voltou, animada, contanto tudo que ocorreu na tal festa, sorri ao vê-la melhor do que mais cedo. Payton, por sua vez, custou a retornar, porém chegou mais cedo que ontem, meia noite ele estava em casa. Os olhos profundos e pequenos, com uma cor avermelhada, a cara de cansaço, de sono. Ele estava alheio ao mundo. Quando Joanne foi dormir, Faith explodiu.

Faith: Que merda você usou hoje? - se
colocou em frente a ele.

Payton: Quer sair da frente da televisão? - perguntou, tentando ver.

Faith: Me responde. - disse séria.

Payton: sai. - disse grosso.

Faith: Está sob efeito de droga, não está? - perguntou, machucada. - Seu organismo está tão acostumado com essas merdas que nem te abala tanto.

Payton: Já acabou? - olhou fixamente para a televisão, ou pra ponta que Faith não tapava.

Faith: Não, não acabei. - segurou o rosto
dele, pelo queixo, fazendo ele a encarar. - Não vê que isso tá te matando? - disse séria. - Não vê que isso te faz mal?

Payton: E desde quando você se importa? - rebateu, com a voz baixa.

Faith: É... - soltou o rosto dele, com raiva. - isso não me importa. - Você é só meu irmão, não é importante. - disse irônica e então subiu pro quarto, me deixando sozinha com ele.

Payton: Tem algo a dizer também? - me
olhou, um olhar que realmente me deu medo.

- Não - respondi suando frio.

Então vi que Payton notou que eu estava
assustada, quando seus olhos ficaram menos intensos.

Payton: Fiz de novo, não fiz? - perguntou, em um suspiro.

- Fez o que? - eu estava cautelosa.

Payton: Te assustei. - disse por fim. - Desculpa.

Oi? ele realmente está drogado.

- É, na verdade sim. - falei sem graça. -
Tudo bem.

Payton: Está sem sono? - disse, puxando
papo.

- Um pouco. - admiti, sentando na poltrona.

Payton: Hey, eu não mordo. - colocou as mãos para cima, como quem se rende.

Pecado falar isso, mas ele drogado fica bem mais legal que sóbrio.

É, eu vou mesmo pro inferno.

- Eu sei. - arrisquei um sorriso, Payton
retribuiu, mesmo que não mostrando os
dentes, algo rápido.

Payton: Até hoje você não me respondeu. - disse de repente, me deixando confusa.

- O que? - arqueei uma sobrancelha.

Payton: Se tem nojo de saliva. - explicou. - Faith não te deixou falar.

- Isso importa? - rebati, o olhando.

Payton: Quem sabe... - deu de ombros. - Não estou perguntando se já transou. - disse, completando logo em seguida. - Não que eu me importe se quiser responder isso. - mordeu o lábio inferior. - Só se tem nojo de saliva. - fez uma cara engraçada. - Mas se você se sente desconfortável para responder, não o faça.

- Não, eu só não entendo porque quer saber. - disse sincera.

Payton: Curiosidade. - deu de ombros,
novamente. - As vezes penso que minha irmã tem, ela é toda cheia de não me toques. Falou divertido.

- Ah, entendo... - o encarei.

Na verdade eu não entendo, nunca estive tão confusa. Ele está tão drogado a ponto de manter uma conversa direita comigo?

001. vontade de socar o Payton não me falta viu amores.

002. talvez eu poste outro hoje, se quiserem:)

yas<3

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