31 junho 1997
O Hospital está em caos todos os dias desde que começou essa guerra idiota apenas por sangue.
Quando não matavam os trouxas ou bruxos nascidos trouxas eles os machucavam até a insanidade.
Sai do meu apartamento bem cedo hoje, algo me dizia que o dia seria cheio.
Cheguei no hospital com dez minutos de antecedência dando tempo para tomar um cafezinho.
— Eleanor, poderia dar essa poção para o paciente do 103 tem que trocar os curativos também – Brianna uma enfermeira de idade e muito simpática me pediu.
— claro, qual o caso dele? – pergunto percebendo ser um novo ocupante.
— você não soube? – neguei com a cabeça — teve um conflito em Hogwarts, Alvo Dumbledore foi assassinado por aquele mal encarado que só usa vestes preta.
— ugh severo.
— o paciente foi atacado por um lobisomem, não chegou a ser grave então não tem perigo de se transformar. Apenas tem desejo de carnes raras.
— Hm Okay.
Segui até o quarto indicado com uma poção curativa em mãos e bati na porta por respeito.
— pode entrar, estou acordado – uma voz rouca e com feição doente soou a voz dele.
Abri a porta rapidamente e o paciente estava deitado de lado para olhando para um quadro de flores na parede, seu rosto tava enfaixado mas seus cabelo nunca disfarçariam que é ele.
Eu obviamente me preocupei com o seu estado mas estava feliz de vê-lo novamente.
Quando ele virou o rosto pra ver quem era virou para parede novamente, raiva de mim?
— Oi
Sem resposta
— vou fazer seu curativo e dar uma poção para se curar mais rápido – tentei me aproximar mais.
— não, não quero
— desculpe é apenas o meu trabalho. – me aproximei mais ficando agora no meio do quarto as 6 passos da sua cama.
— sai de perto, eu não quero
— Guilherme você não tem 7 anos pra ter medo de enfermeira, mas se o problema é comigo eu posso chamar Brianna.
ele finalmente olhou nos meus olhos e posso jurar que vi lágrimas se formando.
— não é isso, mas não queria que me visse assim. Desculpa pela grosseria você só quer ajudar – ele baixou os olhos
— ta tudo bem, você ta mal isso nos faz estressar. – me aproximei agora ficando na beira da sua cama.
Eu sempre vou me sentir assim quando ver ele novamente? Vou sentir meu peito explodir de felicidade, ter borboletas no estômago e sorrir pra qualquer coisa que ele for falar?
— senti saudades de você – ele falou baixo com os olhos fechados
— também senti saudade de você, mas não queria ir no Gringotes e te prejudicar talvez.
— tudo bem, fomos burros de não deixar endereço – rimos e eu senti uma necessidade de segurar sua mão que ele apertou junto a minha.
— preciso dar sua poção antes que Brianna venha me caçar.
Peguei o vidro com o liquido verde vivo e virei na sua boca oque o fez fazer uma careta depois de engolir.
— eca, ruim, prefiro você – corei com as suas palavras.
Parte difícil agora.
— Guilherme eu preciso trocar seu curativo – falei rápido e o seu rosto voltou a feição irritada e triste de antes.
— ah não, deixa que eu troco. Não quero que me veja feio desse jeito – e novamente lágrimas de insegurança se formaram no seus olhos lindos.
— Amor – talvez com apelidos carinhosos eu fosse conseguir — eu preciso, tenho que atender outros pacientes depois, e se for com outro é pior porque não vai ter a mesma delicadeza que eu.
— tudo bem sua chata, mas só se me chamar de amor e me der um beijinho – ele falou tentando descontrair mas ainda estava tenso.
— tudo bem amor – me abaixei na sua altura dando um selinho nos seu lábios um pouco ressecados.
Foquei em trabalhar mesmo com os seus olhos me acompanhando a todo momento.
Tirei as suas bandagens e passei uma pomada cicatrizadora nos seus cortes, eu realmente não achei feio deu um charme.
— quer se sentar um pouco? – perguntei imaginando ser desconfortável ficar tanto tempo deitado, e ele assentiu se sentando e me puxando para ficar entre suas pernas.
Coloquei faixas novas e limpas nas suas feridas que ficariam cicatrizes mas nada doloroso.
— sabe de uma coisa?
— oque? – perguntou.
Me aproximei do seu ouvido me preparando para falar bem baixo.
— você continua um gostoso – deixei um beijo ali e me levantei rindo com ele e sendo segurada com as suas mãos em minha cintura.
— você fica tão atraente com essa roupinha de enfermeira.
— Hum hum
Escutamos alguém pigarrear atrás de nós e arregalamos os olhos pensando ser Brianna, me afastei virando em direção a porta e era uma mulher da minha altura, com vestes longas e cabelos de fogo mãe dele obviamente.
— volto para te dar remédio após o almoço – sai sem olhar pra ele, com vergonha de sua mãe — Bom dia Senhora Weasley.
Depois que me retirei do quarto e fechei a porta pude soltar o ar que não sabia que tinha prendido, mas infelizmente ou felizmente para saber com quem tava lidando escutei parte da conversa entre eles.
— que sem noção da sua parte se engraçando com estagiarias – repreendeu a velha
— nos já nos conhecemos a muito tempo e eu gosto dela – fiquei feliz pela última parte afinal, também gosto dele.
— eu não vou discutir com você aqui e nesse estado – finalizou o assunto e eu andei pelos corredores indo cuidar da parte das crianças que comeram doces demais.
Quando a senhora Weasley saiu do hospital e passou da hora do almoço me encaminhei com o remédio que deveria dar a gui.
Bati na porta e após confirmação entrei indo em direção a mesinha despejando água em um copo para ele toma junto do remédio.
— oi neném eu to aqui – ele chamou
— Boa tarde – estendi seu remédio e sua água.
Ele tomou o remédio e a água deixando o copo em cima da mesinha de ferro.
O próximo remédio é a noite, Brianna que vai dar e provavelmente amanhã você tem alta.
Me virei para ir embora, daqui a pouco acaba o meu meio turno.
— neném? Vai ir sem se despedir de mim? – droga, é impossível resistir a ele
— desculpa, sua mãe não gostou de mim né?
— ela só não conhece você.
— hum
— já que estou de alta amanhã quer ir jantar na minha casa? Só minha, não tem familiar nenhum não se preocupe.
— tudo bem, me busque em casa, tchau – me despedi com um beijo na sua bochecha e deixei meu endereço em um papel já que não Trabalho aqui aos sábados.