My Girl- JJ Maybank (Outer B...

By heyemori

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CANCELADA TEMPORARIAMENTE 1 & 2 temporada (completas ✅) 3 temporada (Andamento) "🏖 Os Outer Banks, o paraís... More

Characters and Notices
Cap um
Cap dois
Cap três
Cap quatro
cap cinco
cap seis
Cap sete
cap oito
cap dez
cap onze
Cap doze
cap treze
cap quatorze
cap quinze
Cap um. Seg Temp
Cap dois, Seg Temp
cap três, Seg Temp
Cap quatro, Seg Temp
Cap cinco, Seg Temp
cap seis, Seg Temp
cap sete, Seg temp
cap oito,Seg Temp
cap nove, Seg Temp
cap dez, Seg Temp
cap onze, Seg Temp
Cap doze, Seg Temp
Cap treze, Seg Temp
Cap catorze, Seg Temp
Cap quinze, Seg Temp
Cap dezesseis, Seg Temp
Cap zero, Terceira temp

Cap nove

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By heyemori

-Onde ele está? –Sarah perguntou sentada ao meu lado no telhado perto da janela do meu quarto enquanto eu analisava já há algum tempo a pulseira de conchas presa no meu pulso esquerdo. Eu pisquei algumas vezes engolindo em seco e mordi minhas bochechas brevemente.

-Tomando banho... O chamei para dormir comigo aqui hoje. –respondi e soltei um suspiro a olhando e negando com a cabeça. -Meus pais não podem nem sonhar que ele está aqui, sério, eles teriam um surto, mas eu não queria que o JJ ficasse na casa do John B sozinho nem que ele voltasse para a dele então...  Foi à melhor opção. –comentei e ela assentiu mostrando ter entendido. -Ele não pode continuar vivendo naquela casa, Sarah. Devia ter visto o estado dele... Foi assustador e horrível ao mesmo tempo. Ver ele daquela maneira partiu o meu coração de um jeito que eu não sabia que ele podia ser partido. E... Eu também não posso continuar vivendo aqui. Não sei mais o eu devo fazer. É como se o plástico bolha estivesse em volta de mim, me esmagando e eu não tivesse como sair. –ela sorriu sem mostrar os dentes como forma de mostrar que entendia o que eu falava e eu encarei o mar antes de dar de ombros.

-Bom, de todo jeito eu sempre vou estar por perto para te salvar do plástico bolha. –ela falou e eu sorri para mesma. -E céus Lyanna, você é uma ladra experiente... –Sarah brincou passando a olhar o par de brincos que eu havia entregado a ela enquanto eu sorria de lado assentindo com a cabeça. -Bom, é um belo par de brincos de todo jeito... E com certeza isso pagará a indenização do JJ. Mas, a pergunta que não quer calar, como vai penhorar isso? –ela me perguntou.

-Em anônimo... Barry vai nos matar se entrarmos naquele lugar novamente ou se nos ver por aí, então eu consegui uma oferta com a velha pela internet. –respondi. -Ela vai me dar 40.000. Depositou 20.000 na minha conta como entrada e amanhã quando eu entregar por correio a ela, ela vai me pagar o resto. –continuei mordendo a gominha em forma de minhoca e engoli.

-Como tem certeza que ela vai depositar o resto? –ela perguntou e eu a olhei soltando uma risadinha.

-Eu dei uma leve ameaçada para ela ficar com medo de mim, então ela não vai me decepcionar. –respondi e ela riu de olhos arregalados sem acreditar no que eu havia dito. -Foi por isso que eu chamei a você. Preciso que arranje um jeito de pagar isso para mim amanhã, se eu for à delegacia vai ficar muito obvio e se chegar ao ouvido dos meus pais eles vão querer saber como eu arranjei o dinheiro. –ela pensou um pouco e então assentiu.

-Tudo bem, eu faço isso. –ela respondeu e eu sorri para a mesma antes de abraçá-la fortemente. Sendo bem sincera, eu não sabia o que eu faria sem Sarah Cameron na minha vida. Ela retribuiu o abraço e nós duas rimos. -Preciso ir agora, me manda tudo por mensagem depois... Tenho que ajudar o John B e o meu pai arrumar as coisas para a pescaria amanhã... Eles estão bem animados. –ela disse irônica e começou a descer pela parede de plantas ao lado que a levaria até o jardim depois da área de lazer.

-Amo você caso eu morra... –eu disse e sorri para a mesma.

-Amo você caso eu morra. –ela respondeu acenando.

**

O sol começou a nascer entre as árvores às cinco horas da manhã e eu pude assistir todo o processo por estar acordada após não conseguir dormir nada durante essa noite. Eu estava com uma sensação ruim dentro de mim e eu odiava me sentir assim porque sempre algo pior acontecia em alguma parte do dia e isso chegava a assustar. Eu soltei um suspiro rolando na cama e olhei para JJ dormindo tranquilamente ao meu lado. Abri um sorrisinho de lado por ver seu cabelo bagunçado e as mechas loiras cobrindo o seu olho esquerdo e ri fraco pegando o meu celular e tirando uma foto dele. Eu me levantei prendendo o meu cabelo em um coque e fui até a janela a abrindo. Uma brisa fria entrou por ainda estar bem cedo e eu encarei por alguns instantes a vista para o mar. Eu abracei meu corpo sentindo um pouco de frio e voltei até a cama cobrindo JJ que até então estava com coberta apenas sobre os pés.

Saí do quarto fechando a porta atrás de mim e caminhei em passos calmos pelo corredor estranhando ao ouvir pessoas conversando no andar debaixo mesmo sendo tão cedo. Vi meu pai assinando algo em uma prancheta e logo o homem já saiu andando antes mesmo que eu pudesse ver de quem se tratava. Eu desci as escadas sem fazer muito barulho e então meu pai me olhou um pouco assustado com a minha aparição repentina.

-Oi pai. Com quem estava falando uma hora dessas? –eu perguntei apontando para a porta. -Aconteceu alguma coisa?

-Levantou muito cedo, não? –ele perguntou começando a subir as escadas para provavelmente voltar a dormir. Eu franzi o cenho por ele ter me ignorado e fui até a porta vendo a entrada da casa já vazia. Fiz uma cara estranha sem entender o que aconteceu e dei e ombros soltando um suspiro e indo até a cozinha. Eu peguei uma bandeja começando a organizar um café da manhã e assim que eu terminei, eu comecei a voltar para o meu quarto passando em frente ao dos meus pais que estava com a porta escorada.

-Assinou tudo? Está tudo certo agora? –eu ouvi minha mãe perguntar e parei de repente para ouvir a conversa. -Eles vão vir hoje?

-É o que parece... Acha que é o certo mesmo? Digo... Há todo tipo de pessoa naquele lugar. –meu pai falou e eu engoli em seco continuando a andar com essa história ainda na minha cabeça. De que lugar eles estavam falando, aliás?

Eu entrei no meu quarto novamente já trancando a porta e olhei para JJ sentado na cama esfregando seus olhos já que aparentava ainda estar com sono.

-Céus, você acorda muito cedo... Onde você foi? –ele perguntou com uma voz sonolenta e eu fui até ele com um sorriso no rosto.

-Fazer o café da manhã antes que minha mãe acordasse e já deixasse o meu dia pior. –respondi e ele me ajudou com a bandeja para que eu pudesse me sentar. -Meu pai estava falando com um cara lá embaixo... Não consegui ver quem era, mas eu achei bem estranho porque quando perguntei do que se tratava, ele mudou de assunto. Quem vai à casa dos outros às cinco da manhã? –eu perguntei o olhando comer uma panqueca.

-Realmente muito estranho... Seu pai tem contato com traficantes que não saibamos? –ele brincou e eu o empurrei fracamente antes de revirar os meus olhos enquanto ele ria. -Você que preparou isso? –ele perguntou.

-Foi... Por quê? Está ruim? –perguntei e ele sorriu negando e voltando a comer.

-Para uma Kook até que você se vira bem na cozinha. –ele comentou e eu sorri começando a comer o café da manhã junto com ele.

**

-Como está? –Pope perguntou a Kiara que estava sentada em um balde pendurado sobre a árvore para fazermos o teste de quanto peso agüentaria para que conseguíssemos pegar o resto do ouro hoje a noite. -Eu passei a noite inteira montando esse equipamento, espero que dê certo. Isso aqui vai nos poupar um bom tempo.

-Parece bom. –ela respondeu se balançando de um lado para o outro.

-John B está dando uma de Houdini. –JJ disse com as pernas dentro da banheira que ainda estava por aqui e eu me escorei em um tronco de árvore.

-Sim, já é quase seis da tarde e eu estou morto de fome, cadê ele? –Pope perguntou começando a descer Kiara. -Minha entrevista é depois de amanhã. Temos que fazer isso logo para dar certo. –ele continuou. -Como não estão animados com a entrevista de vocês?

-Porque passar em uma prova está longe de me fazer feliz. –eu resmunguei e vi John B vindo andando do meio da mata. -Falando no diabo... Como foi a matança de peixe, pescador?! –perguntei em um tom alto e ele apenas me olhou com uma cara nada boa.

-Ei... –JJ disse descendo da banheira. -Montei o guincho de puxar o ouro e tal. –eu franzi o cenho na sua direção igual todo mundo.

-Não foi ele, fui eu. –Pope respondeu juntando o equipamento.

-Oi John B. –Kiara disse e o garoto nos ignorou completamente continuando andando até entrar em casa. A porta bateu e eu pisquei algumas vezes voltando a olhar para o trio reunido aqui fora.

-Tá, só isso? –JJ perguntou o olhando e os outros se aproximaram de nós.

-O que foi isso? –eu perguntei sem entender absolutamente nada. -Ele parece estar bem temperamental.

-Eu ia perguntar a mesma coisa. –JJ falou começando a ir até lá e nós o seguimos para vermos o que acontecia. Quando entramos, eu parei perto da porta observando o garoto começando a revirar a casa em busca de alguma coisa. Ele parecia meio desnorteado e apavorado ao mesmo tempo e não parava para nos explicar o que acontecia nem por um segundo.

-O que está procurando? –Kiara perguntou e ele foi à outra direção, na que estava o sofá cama para ser mais exata. Ele pegou a arma escondida atrás de algumas almofadas coloridas e eu me desencostei da parede me entreolhando com os outros um pouco preocupada.

-John B por que precisa da arma, cara? –JJ perguntou indo até ele para pará-lo e o mesmo o segurou o empurrando brutalmente no sofá.

-Céus John B! –eu falei o olhando assustada e quando Pope foi tentar segurá-lo, foi empurrado contra a mesa que se arrastou no chão provocando um som chato. -John B, o que diabos está fazendo? Você é idiota? –eu perguntei indo atrás dele com Kiara quando o mesmo saiu da casa em questão de segundos. Eu olhei o garoto subindo na moto do JJ enquanto ele e Pope nos seguiam para olhar, e eu parei perto do meu carro sem entender o motivo do garoto aparentar estar tão pilhado.

-Ward sabe sobre o ouro! –ele disse e eu engoli em seco sabendo o que significava. Pelo o que eu conhecia bem, Ward era o homem mais ambicioso que existia no planeta e ele certamente iria querer pegá-lo de nós. -E ele matou o meu pai! –a moto saiu em disparada e eu respirei fundo olhando para o trio em choque por conta do que foi falado.

-Eu ouvi bem? –Pope perguntou. -O Ward matou o Big John? –eu fiquei travada por alguns instantes raciocinando tudo que o garoto havia dito em questão de curtos minutos. Se o garoto não mentiu ou se enganou, agora eu sabia bem quem Rafe havia puxado e sendo bem sincera eu não duvidaria de mais nada do que os Cameron eram capazes de fazer.

-Porra... –JJ falou retirando o boné de sua cabeça e eu respirei fundo tentando organizar os pensamentos na minha cabeça.

-O John B vai matá-lo... –eu sussurrei os encarando quando me dei conta disso. -Precisamos fazer alguma coisa, avisar a Sarah, sei lá. Se o John B for para o Figure 8 com aquela arma e dar ruim, Ward vai garantir que ele não saia da cadeia para ficar livre e pegar o ouro. E se o Ward matou mesmo o pai dele, é capaz de fazer o mesmo com o garoto sem nenhum remorso.

-O que vamos fazer então? –Kiara perguntou preocupada com a situação que agora estávamos metidos.

-Preparem tudo para irmos pegar o ouro hoje quando o John B voltar a aparecer. Eu vou para o Figure 8 tentar falar com a Sarah e tentar impedir que uma morte aconteça. –eu disse indo em direção ao meu carro balançando as chaves na minha mão e JJ me olhou.

-Olha, evite ser vista pelo Rafe ok? Aquele cara é um idiota e se ele sabe o que rolou com o Barry, é perigoso. –ele disse e eu assenti com a cabeça.

-Eu vou ficar bem, não se preocupe comigo. –respondi entrando no meu carro e me despedindo dele que fechou a porta mim. Eu sorri para ele dando a ré e logo depois acelerei para ir para casa. Eu olhei no painel do carro procurando pelo meu celular e soltei um xingamento ao me lembrar que eu havia o deixado carregando no meu quarto. Eu engoli em seco um pouco apreensiva e mantive meus olhos na direção até que eu chegasse.

**

-John B falou que o meu pai assassinou o dele. –Sarah disse chorando enquanto estávamos sentadas em sua cama no seu quarto escuro já que havia anoitecido. -Ele veio aqui com uma arma. Ele ia matá-lo, Lyanna. Céus, como ele pôde falar algo assim?

-Sarah... E se ele não mentiu? –eu perguntei e ela me encarou enxugando o seu rosto molhado por causa das lágrimas. -E se o Ward fez mesmo isso? Quer dizer... Talvez o Big John e ele procuravam o ouro juntos eu não sei. Mas se ele o fez?

-Ele não faria algo assim, Lya. Meu Deus, matar alguém? –ela perguntou sussurrando para que ninguém que estivesse passando pelo corredor conseguisse ouvir. -Isso é loucura ok? O meu pai não seria capaz de fazer isso. Estamos falando de assassinato.

-Ele não seria capaz de fazer algo assim nem por 400 milhões de dólares? –eu perguntei e ela me analisou pensando. -Contou a ele sobre o ouro, Sarah?

-Claro que não. –ela respondeu. -Eu não sei como ele descobriu ok? Provavelmente ouviu eu e o John B, eu não sei. Mas ele veio com um papo todo estranho de que meu pai tentou matá-lo também quando estavam pescando. O John B apunhalou o meu pai. –eu pensei um pouco achando essa história muito confusa e engoli em seco.

-E você tem todos os motivos para acreditar em quem? –eu perguntei em um sussurro. -Sarah seu pai não pode ficar com esse ouro. Não é justo com nenhum de nós. –ela voltou a chorar e eu respirei fundo. -Olha, eu vou ao banheiro e volto... Vamos dormir na minha casa hoje. –ela assentiu e eu saí do seu quarto caminhando pelo corredor da sua casa. O ambiente estava escuro por as luzes não estarem acesas e eu desci as escadas para ir à direção ao lavabo. Passei em frente ao escritório do Ward, mas parei de repente assim que ouvi algo de estranho.

-Propriedade dos Crain está à venda no Figure 8. –Rose, a madrasta de Sarah, disse e eu me aproximei da porta entreaberta. Eu a vi com um jornal em mãos e prendi minha respiração por alguns segundos para que eles não reparassem em mim ali.  -Imóvel exclusivo, bem localizado. O único problema foi que alguns jovens invadiram a propriedade recentemente para roubar.

-Jovens? –Ward perguntou e eu senti meu coração acelerando me lembrando de todos os acontecimentos de quando invadimos a casa da velha.

-Sim, destruíram o porão da Sra. Crain. Agora ela não se sente mais segura e quer se mudar. –Rose continuou e eu engoli em seco.

-Cacete... O ouro... –eu sussurrei indo na direção das escadas novamente para contar a Sarah que precisávamos sair para avisar aos outros que Ward provavelmente havia descoberto o local em que o ouro está escondido. Eu parei no primeiro degrau ao ouvir a voz de Rafe e Kelce se aproximando e corri até a porta de saída sabendo que os dois me atrasariam ainda mais com um interrogatório. Eu saí da casa as pressas e comecei a correr pela rua principal do Figure 8 que levaria até a minha casa.

**

Música: Train Wreck –James Arthur

Eu cheguei em casa correndo e um pouco ofegante por eu ter corrido por alguns quilômetros para que eu conseguisse pegar o meu celular para avisar aos meus amigos sobre o ouro. Eu abri a porta entrando de imediato e parei de repente no instante que vi meus pais sentados na sala conversando com uma mulher de branco e dois homens parecendo usar um tipo de uniforme. Eu parei de repente os encarando por alguns segundos me perguntando quem eram eles e fiz uma cara estranha por estar um clima estranho por aqui.

-Lyanna, que bom que você chegou... –minha mãe falou se levantando e eu engoli em seco um pouco cansada e afobada ao mesmo tempo por ter vindo correndo da casa da Sarah até aqui.

-Estou um pouco ocupada agora mãe, eu preciso subir... Nos falamos depois. –eu disse dando um aceno rápido para eles e indo na direção do lance de escadas para ir à procura do meu celular que certamente eu o deixei carregando. Um dos homens entrou na minha frente para me parar e eu franzi o cenho sem entender o motivo dele ter feito isso. -O que está acontecendo? –eu perguntei em um tom baixo voltando a olhar para os meus pais que estavam parados no meio da sala me olhando de uma maneira estranha que me trouxe até um pouco de medo por temer o que iriam me responder. -Mãe... O que está acontecendo? O que você fez?

-Eu e seu pai andamos conversando sobre algumas coisas, querida... –ela falou em um tom sério e eu engoli em seco mais uma vez não entendendo absolutamente nada. -Pensamos muito antes de tomarmos essa decisão, mas será para o seu bem. É o melhor a se fazer no momento. Prometemos a você isso.

-Do que está falando? –eu perguntei um pouco confusa.

-Eles levarão você com eles hoje... Passará um tempo numa casa de repouso. –meu pai falou e eu franzi cenho esperando eles dizerem que estavam brincando. -Você tem andado muito diferente nas últimas semanas, eu e sua mãe cremos que esse tempo para você te fará muito bem. Estamos preocupados com a sua saúde mental Lyanna, você não tomando seus medicamentos como pedimos a você.

-Casa de repouso? Do que estão falando? Vocês enlouqueceram? –eu perguntei tentando entender o que acontecia e então ri com deboche tentando entender a palhaçada que estavam fazendo nesse exato momento. -Não entende o quão absurdo isso soa? Olha, eu tenho mais o que fazer e não tenho tempo para as neuroses de vocês, então... –eu fui sair andando e o homem se colocou na minha frente novamente para me impedir o que fez as minhas vistas embaçarem de puro ódio por ver que isso era real. Eles iriam mesmo fazer isso comigo e isso foi capaz de me quebrar por dentro.

-Será melhor se você ficar longe daqueles Pogues por um tempo e quantos dias você passará lá na clínica dependerá de você e como está se comportando. Você enlouqueceu Lyanna, perdeu a cabeça... Acha que não sabemos que foi você que causou aquele incêndio na festa do Rafe? As pessoas podiam ter se machucado e você nos deixou sem opção. –minha mãe falou fazendo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto enquanto eu a olhava incrédula por estar fazer algo assim comigo. -Mas não se preocupe. Vamos te fazer melhorar... Você ficará bem melhor quando seu tratamento começar.

-Isso é ridículo! Eu não vou e não podem me obrigar a ir para esse lugar! Agora manda esse armário sair da minha frente! Eu não quero ir!  –eu falei aumentando o meu tom de voz.

-Não há o que ser discutido Lyanna... –minha mãe falou e eu a encarei de volta por um longo tempo. Travei meu maxilar rangendo meus dentes pela raiva que eu estava sentindo e respirei fundo. -Por favor, podem levá-la. Quanto mais cedo ela for, melhor para todos nós. –o homem agarrou o meu braço começando a me puxar pela sala enquanto eu a encarava ofegante tentando acreditar que estavam fazendo isso comigo.

-O que você está fazendo?! Me solta! –eu pedi tentando me soltar do cara. -Pai! Isso é maluquice, o que pensam que estão fazendo?! Me soltem! –eu gritei para que eles tirassem suas mãos de mim e quando eu consegui, eu fui até a minha mãe em passos rápidos, sendo agarrada por trás antes que eu conseguisse alcançá-la. -Você me fez ser uma garota muito má, mamãe. E nunca terá o meu amor porque você não o merece. –ela me encarou deixando suas lágrimas escorrerem e o mesmo aconteceram com as minhas. -Quando eu sair de lá você nunca mais irá me ver. Nenhum de vocês dois. –eu sussurrei.

-Então você nunca vai sair. –ela respondeu enquanto eu era puxada novamente na direção do carro.

-Está tudo bem, querida... Vai ser como tirar férias. –a mulher de branco disse nos seguindo e quando eu consegui me soltar novamente para sair correndo um dos homens me alcançou me pegando no colo enquanto eu gritava e me debatia para que eles me soltassem. A porta do que parecia ser uma ambulância foi aberta e o cara teve que se manter forte para conseguir me segurar já que eu não parava quieta por um segundo gritando tão alto até que alguém aparecesse para me ajudar a não ir para o que quer que fosse esse lugar. Eu comecei a chorar de desespero e ao olhar para os fundos da minha casa eu vi o pai de Pope nos encarando assustado com a cena enquanto fazia algumas entregas para os empregados que pareciam ter sumido. -Tudo bem, tudo bem... Você precisa se acalmar agora. Não queremos que chegue lá nesse estado... –a mulher disse pegando uma injeção em sua bolsa. -Ela só precisa descansar um pouco. Estará melhor daqui a pouco. –ela disse aos meus pais que assentiram com a cabeça.

-Sentimos muito, querida. –meu pai falou e eu o encarei deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

-Eu não sou a sua querida... –eu respondi. Eu senti uma picada no meu braço e logo o líquido quente que entrou no meu corpo começou fazer a minha cabeça pesar. Eu fiquei sem forças para continuar gritando e esperneando como se eu fosse uma criança de cinco anos que não ganhou o doce que queria e então o enfermeiro me ajeitou em seu colo me colocando na maca dentro da ambulância e fechando as portas atrás de si.

Ok eu chorei escrevendo esse ep ✋🏻

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