My Girl- JJ Maybank (Outer B...

By heyemori

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CANCELADA TEMPORARIAMENTE 1 & 2 temporada (completas ✅) 3 temporada (Andamento) "🏖 Os Outer Banks, o paraís... More

Characters and Notices
Cap um
Cap dois
Cap quatro
cap cinco
cap seis
Cap sete
cap oito
Cap nove
cap dez
cap onze
Cap doze
cap treze
cap quatorze
cap quinze
Cap um. Seg Temp
Cap dois, Seg Temp
cap três, Seg Temp
Cap quatro, Seg Temp
Cap cinco, Seg Temp
cap seis, Seg Temp
cap sete, Seg temp
cap oito,Seg Temp
cap nove, Seg Temp
cap dez, Seg Temp
cap onze, Seg Temp
Cap doze, Seg Temp
Cap treze, Seg Temp
Cap catorze, Seg Temp
Cap quinze, Seg Temp
Cap dezesseis, Seg Temp
Cap zero, Terceira temp

Cap três

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By heyemori

-Ele me chamou de vadia. –eu disse deitada na cadeira de tomar sol em frente à piscina na minha casa. Eu usava um biquíni amarelo aproveitando o sol do resto da tarde e ajeitei meus óculos de sol prata antes de olhar para Sarah que estava ao meu lado.

-Ele usou essas palavras? –ela me perguntou e eu soltei um suspiro fechando meus olhos e me concentrei no barulho que as ondas do mar faziam por não estarmos tão longe dele.

-Praticamente. Ele disse que eu sou exatamente o que as pessoas falam de mim, e se elas falam que eu sou uma vadia, foi isso que JJ quis dizer. –eu respondi e olhei quando um dos empregados veio na nossa direção com sucos de morango em uma bandeja. Eu me sentei entregando um copo para Sarah e peguei o outro com um sorriso no rosto. -Obrigada. –eu bebi um gole e olhei para Sarah que estava pensativa.

-Eu tenho um irmão psicopata... Não acredito que ele bateu no Pope com um taco de golfe. –ela falou. -Isso poderia matá-lo.

-Bom, eu acho que eu sou uma psicopata também porque fiz o mesmo com o seu irmão. –falei e ela riu fraco.

-Foi merecido. –ela comentou piscando para mim e eu sorri para a garota antes de beber mais um gole de suco. -Topper não fez nada para ajudar? –ela me perguntou e eu neguei.

-Eu sempre disse a você que ele é um covarde Sarah. –eu respondi. -Não gosto nenhum pouco dele, fora que ele é meio tóxico... Como agüenta tanto grude? Chute a bunda dele quando ele te desrespeitar, ou se não viverá presa nele para sempre. –comentei e a olhei. -Eu passei isso com o Rafe então eu sei o que estou falando. Meus pais insistem que somos o casal perfeito. Isso só foi no começo. –ela pensou um pouco e assentiu.

-Mas, agora me conta... Sobre o que rolou na praia naquele dia da festa... O JJ beija bem? –eu removi meus óculos e revirei os olhos.

-Ainda vamos falar sobre ele? –perguntei sem muita animação. -Bom, ele vai ser um problema... Soube disso assim que coloquei os olhos nele.

-Sim, ele é um criminoso... Sua mãe surtaria. –Sarah comentou ajeitando seu biquíni verde água e eu assenti abrindo um sorriso de lado.

-Até as piores coisas tem coisas para serem amadas... E fora que sim, ele beija muito bem. –eu falei e ela me olhou antes de começarmos a rir juntas. -Imagina só... Kooks e Pogues. Seríamos capazes de algo assim, Sarah? –ela sorriu de lado e eu imitei o gesto colocando meus óculos novamente para encarar a vista.

**

Eu preferi não comparecer a festa de Topper hoje, mesmo falando para os meus pais que eu estaria presente já que eles estavam indo jantar na casa de Rafe e eu estava tentando ao máximo evitar esse garoto. Eu estava sentada em um sofá na área de lazer da minha casa mexendo no meu celular e curtia as fotos que Sarah postava no Instagram sobre a festa que ela estava além de ver um vídeo de Rafe e Elizabeth, a garota que eu havia socado na praia, se beijando na festa.

-Burro ignorante... Só fica no meu pé para encher o meu saco...  –eu resmunguei mudando de guia no Ipad e revirando meus olhos.

Deitei minha cabeça na almofada me sentindo incomodada pelo o que aconteceu hoje com o Pope e pisquei algumas vezes sem animo para fazer qualquer outra coisa. Soltei um suspiro dando uma olhada em volta na casa vazia e me levantei olhando em direção ao mar escuro por já estar de noite. Eu pensei mais uma vez sobre o que aconteceu com o Pope e sobre o que JJ me falou no píer e neguei com a cabeça entrando em casa e indo procurar esse garoto para saber qual era o problema dele comigo já que não importava o que um Kook fazia, a culpa vinha para cima de mim também.

Quando eu cheguei até o Wreck, que estava para fechar, eu desci do carro e apressei meus passos ao ver o trio entrando na kombi já que provavelmente Kiara estava ajudando os seus pais a fechar o restaurante. John B. ligou a kombi já saindo dirigindo e freou bruscamente assim que eu me coloquei na frente do carro e cruzei meus braços com a luz dos faróis me iluminando.

-Mas que diabos? Ela é uma surtada mesmo. –John B. falou me olhando assustado e eu sorri falsamente antes de olhar para JJ que estava sentado ao seu lado.

-Ei JJ... –eu disse me aproximando dele e abrindo a porta ao seu lado antes de me apoiar no banco que ele estava sentado. -Preste atenção no que eu vou te falar garoto. Eu percebi que hoje eu não te respondi depois que cuspiu na minha cara, gritou comigo, e foi embora como se você fosse uma criança sem me deixar explicar o que aconteceu... –eu comecei e Pope se entreolhou com John B. enquanto JJ me encarava tentando entender o que estava acontecendo. -Então em primeiro lugar, eu não sou uma mentirosa. Eu não tive nada haver com o que aconteceu com o seu amigo Pope. Em segundo lugar, tente não colocar a culpa em mim sobre algo que algum Kook faz pela ilha, e em terceiro, se você não me ouviu bem, eu e o Rafe não estamos mais juntos então pare de falar como se eu ainda tivesse algo haver com a vida dele, porque eu não tenho. Entendeu? –eu perguntei e ele assentiu com a cabeça.

-Certo. –ele falou franzindo o cenho e eu sorri.

-Ok. Boa conversa, era só isso mesmo. –eu disse apontando o meu dedo do meio para ele e me despedindo ao fechar a porta.

-Essa garota é louca... –eu ouvi Pope falando e o ignorei voltando até o meu carro agora que eu parecia estar mais aliviada com o meu pequeno desabafo. A kombi voltou a andar passando por mim enquanto eles riam e eu soltei um suspiro abrindo a porta do meu carro exatamente quando ela parou de repente. JJ desceu vindo na minha direção enquanto John B. e Pope iam embora e eu olhei para o garoto me perguntando o que ele queria.

-Não devia estar na festa do seu amigo Topper? –ele me perguntou e eu pensei na resposta assentindo com a cabeça.

-É, eu devia sim. Porém quebrei o nariz do Rafe hoje, então achei melhor evitar estar no mesmo lugar que ele por um tempo. –eu disse.

-Péssima escolha em morar em uma ilha então. –ele respondeu e eu sorri dando de ombros. -Ouvi dizer que ele mentiu a história falando que aconteceu em um assalto.

-Ele odiou ter apanhado de uma garota. –eu respondi e ele riu.

-Não sabia que era boa em bater. –ele disse e eu cerrei meus olhos antes de sorrir.

-Você não podia ser o único, Pogue. –eu falei e o mesmo assentiu rindo e enfiando suas mãos no bolso da bermuda. -Está com fome? –perguntei após pensar um pouco.

-Acabei de comer com os meus amigos, mas... Sim. –ele respondeu me fazendo rir e eu entrei no carro fechando a minha porta. Eu abri a do lado do passageiro e esperei ele vir e entrar. Assim que isso aconteceu, eu liguei o carro e comecei a dirigir em direção a minha casa.

-Onde estamos indo? –ele perguntou.

-Para a minha casa. –respondi simplesmente e ele me encarou provavelmente se perguntando se eu falava sério. Franzi o cenho o olhando de volta e ri fraco. -O que foi? Não precisa se preocupar, os meus pais estão jantando na casa do Ward e como eles adoram um vinho, não vão voltar tão cedo... Eles acham que eu fui para a festa. –continuei e ele deu de ombros antes de sorrir.

-Casa bonita... –JJ falou assim que nós entramos e eu assenti antes de sorrir o vendo olhar em volta um pouco surpreso com o quanto minha casa conseguia ser grande por dentro.

-Obrigada. A minha mãe é arquiteta e decoradora então... –eu expliquei e o mesmo assentiu parando para olhar o retrato de um homem pendurado antes do lance de escadas.

-Quem é esse esquisitão? –ele perguntou e eu me aproximei encarando a pintura no quadro de um homem negro usando um terno.

-É o Denmark Tanny, fundador de Tannyhill. –eu falei. -Não me pergunte por que temos um quadro dele, eu só sei que também há um na casa da Sarah. Deve ser coisa de Kooks. –comentei não sabendo o porquê eu nunca havia me perguntado isso antes.

-Fundador? Como um escravo fundou uma plantação de algodão? –ele me perguntou tirando o seu boné vermelho e bagunçando o cabelo loiro.

-Ele não era um escravo, era um homem livre. –eu corrigi. -E é meio misterioso porque ele simplesmente apareceu por aqui e comprou terras com ouro. –ele me encarou e franziu o cenho.

-Com ouro? –ele perguntou meio surpreso como se tivesse feito uma descoberta e eu fiz uma cara estranha antes de rir fraco e revirar meus olhos. -Denmark Tanny, eu acho que eu reconheço esse nome. Ele estava no Royal Merchant, mas não houve sobreviventes...

-Hmm ok. –eu falei e ri sem entender muito bem.

-Sabe mais alguma coisa sobre ele? –ele me perguntou e eu dei de ombros.

-Quando os Cameron se mudaram para cá, eles acharam alguns diários, um almanaque e um monte de papéis... O Ward doou tudo para a biblioteca estudantil de Chapel Hill. –respondi e ele pegou seu celular começando a escrever alguma mensagem. -Porque quer saber? –eu perguntei ao ver que ele estava falando com o Jonh B.

-Eu não posso te dizer. –ele respondeu me olhando e eu o encarei antes de rir com deboche.

-Tem algo haver com aqueles traficantes por acaso e a bússola preciosa do John B.? –perguntei.

-Mais ou menos... É de segurança nacional também. –eu fiz uma cara de desconfiada quando ele me falou isso e revirei meus olhos duvidando disso. -Precisa confiar em mim ok? Quanto menos você souber melhor...

-Esse é o motivo de você ter uma arma no cós da bermuda? –perguntei apontando e ele arregalou os olhos na minha direção pensando no que responder. -Você é retardado, por acaso? Se quer andar com uma arma, esconda bem, eu vi desde que saiu do carro.

-É para a minha segurança. –ele falou e eu assenti.

-É, claro. –eu falei ironicamente indo para a cozinha e ele me seguiu. Eu puxei um banco amarelo para que ele se sentasse enquanto eu pegava as taças para tomarmos sorvete.

-O que seu pai falou sobre a entrega quebrada de hoje mais cedo? –ele me perguntou e eu o olhei prendendo o meu cabelo em um coque e começando a organizar algumas coisas bagunçadas no balcão.

-Hmm... Não foi nada demais. –respondi. -Rafe inventou a história do assalto para livrar a barra dele então o meu pai não me perguntou muita coisa para não me incomodar com o assunto. Ele disse que não tinha problema.

-Entendi... Bom, desculpa por hoje mais cedo. –ele falou e eu abri o congelador pegando um pote de sorvete de amora. -Fiquei nervoso por terem batido no Pope e descontei a minha raiva dos Kooks em você. Não agi certo então me desculpa.

-Que bom que se desculpou colega. –eu falei ironizando e comecei a distribuir o sorvete de amora nas taças antes de colocar no balcão algumas vasilhas cheias de confetes e coisas do tipo. Eu coloquei para ele e estendi para o mesmo antes de colocar um monte de confetes e balinhas coloridas em cima do meu.
-Que coisa rosa é essa? –ele perguntou olhando e eu olhei.

-Amora... Está congelada obviamente então vai com calma... –eu disse no instante que ele enfiou uma colher cheia na minha boca que fez o meu cérebro congelar por alguns segundos. Eu comecei a rir assim como ele e fiz uma careta me recuperando da breve dor de cabeça que isso me causou. -Imbecil...

-Eu sei. –ele falou piscando para mim e ri sem acreditar me sentando ao lado dele. -E então? Você e o Rafe terminaram huh? –ele perguntou e eu o olhei assentindo. -Demorou todo esse tempo para perceber que ele é um imbecil mimado? –nós rimos e eu sorri para ele.

-Infelizmente. –respondi comendo uma colher do sorvete. -Sabe... No começo, as coisas pareciam legais entre nós dois, mas com ele eu fui do amor ao ódio muito fácil. Aquele dia na praia eu descobri que ele me traia compulsivamente e por ele sempre confiar em mim, achou que eu não iria devolver na mesma moeda, mas isso só deixou mais fácil de eu fazer. Então eu te beijei. –continuei e olhei para ele que continuava com os olhos vidrados em mim. -Errei em fazer aquilo? Sentiu-se incomodado?

-Me incomoda você não fazer de novo. –ele respondeu e eu ri sem acreditar. -Vocês parecem gostar bastante da Itália. –ele apontou para um quadro cheio de colagens do país e eu assenti.

-É, a minha mãe tem origem italiana. Os meus avós maternos são de lá. –eu respondi e ele cerrou os olhos desconfiado se perguntando se isso era mesmo verdade. - Mia madre è italiana e il mio padre americano, quindi quando ha incontrato mio padre, si è trasferita con lui a North Caroline. –ele arregalou os olhos na minha direção e eu sorri pronta para comer uma colher de sorvete.

-Ok... –ele falou pausadamente e totalmente surpreso. - Eu não entendi nada, mas parece que você fala italiano e eu achei muito muito fofo. –ele disse e eu sorri abertamente para ele. -Traduza agora.

-A minha mãe é italiana e o meu pai americano, então quando ela conheceu meu pai, ela se mudou com ele para cá, Carolina do Norte. –expliquei.

-Ok, isso é bem legal. Você ainda tem familia na Itália? –ele perguntou continuando a comer e eu assenti.

-Meus avós e tios. –respondi. -Não temos tanto contato assim, as coisas ficaram diferentes depois que minha mãe se mudou. Falo com eles pelo telefone as vezes. –ele assentiu mostrando ter entendido e após finalizarmos o sorvete, eu liguei o x Box e cliquei com o controle escolhendo um jogo enquanto JJ se sentava no sofá.

-Sua sala é maior que a minha casa inteira... Isso é legal, se um dia eu virar um Kook, terei uma sala dessas. –ele comentou e eu o olhei arqueando uma sobrancelha.

-É puro enfeite, mal ficamos aqui. –eu respondi clicando no jogo de dança. -Agora, eu duvido que você ganha de mim nesse jogo... Todos esses recordes são meus contra a Sarah então... Eu sou uma concorrente á altura. –eu disse e ele riu duvidando e se levantando pronto para começarmos.

**

-Bom... Eu disse que eu iria ganhar. –eu falei o olhando deitado no tapete parecendo que iria morrer a qualquer momento por estar sem fôlego depois das quatro partidas seguidas. Ele estendeu seu braço levantando sua mão para um high-five e eu bati nela me sentando ao seu lado e olhando o filme que eu coloquei começar. Chequei meu celular vendo que era exatamente 1h30 da manhã e apoiei minha cabeça na almofada antes de voltar a olhar para a TV assim como ele que parecia querer prestar atenção no filme de suspense.

-Aposto que a loira que é a ex-maluca que vai fazer da vida da outra um inferno. –ele comentou e eu ri fraco.

-Aposto que você já tinha visto o trailer desse filme. –eu falei obviamente e ele riu dando de ombros o que provou que eu estava certa. Desviei o olhar da tela por breves segundos e olhei para JJ que prestava atenção no filme enquanto brincava com a pulseira presa no seu braço. Eu abri um sorriso discretamente e então quando ele me olhou eu voltei a olhar para a tela no mesmo instante antes de rir fraco e voltar a prestar atenção nas cenas. Alguns minutos de filme mais tarde, antes mesmo de chegarmos à metade, o meu celular vibrou e eu o peguei vendo que meus pais começaram a se locomover no GPS.

-Colocou um rastreador no celular dos seus pais? –ele perguntou e eu o olhei.

-Talvez. –respondi e me levantei. -Essa é a sua deixa, você precisa ir... Se eles chegarem e você estiver aqui eles vão me matar, literalmente porque o Rafe me meteu em problemas e agora eles estão paranóicos com tudo. –eu disse o puxando pela mão para que ele se levantasse e o mesmo fez isso preguiçosamente. Eu abri a porta de vidro da sala que dava para o jardim e fui empurrando para que ele fosse mais rápido. O mesmo riu enquanto eu o seguia me certificando que ninguém estava por perto e assim que chegamos até o portão eu soltei um suspiro. -Certo, foi um prazer estar com você durante essa noite e agora voltamos para o mundo real. –eu disse estendendo minha mão e ele riu a apertando antes de encaixar o boné na cabeça.

-O prazer foi todo meu. –o mesmo falou e eu assenti me despedindo dele e voltando para a minha casa em passos lentos já planejando a mentira que eu contaria para os meus por eu ter "voltado" mais cedo da festa. -Espera! –JJ disse em um tom alto e eu me virei em sua direção. -Só isso? Sério?! –ele perguntou sem acreditar e eu franzi o cenho. -Vai mesmo embora como isso nunca tivesse acontecido?!

-Quer falar baixo?! Alguém pode ouvir você... –eu falei e ri fraco.

-Eu tive uma das melhores noites da minha vida... –ele falou e eu sorri de lado quando ouvi o mesmo dizendo isso. -E realmente eu não me importo se alguém me ouvir. Não ligo à mínima se meus amigos ou se seu ex namorado com o nariz quebrado descobrirem. Ontem eu nem sabia quem você era. E hoje eu estou... Essa é a Lyanna Mason. E, sinceramente, na minha experiência isso é raro. Raro tipo um eclipse... Raro tipo alguém cego enxergando pela primeira vez. Não consigo fingir que isso não é real, que essa noite não aconteceu. –eu abaixei o olhar assentindo com a cabeça concordando com tudo que ele havia dito. Eu comecei a ir à sua direção em passos rápidos e segurei o seu rosto.

-Cala a boca JJ... –eu pedi e colei nossas bocas da mesma maneira que eu havia feito na festa da praia. Ele retribuiu o beijo pedindo passagem com a língua e eu concedi me aproximando dele e passando meus braços em volta do seu pescoço. Suas mãos desceram pelas minhas costas e seguraram minha cintura enquanto nossas línguas exploravam a boca um do outro não querendo que esse beijo tivesse fim. Ele mordeu meu lábio inferior me fazendo abrir um sorriso e nós nos separamos um pouco ofegantes enquanto continuávamos na mesma posição com as nossas testas escoradas uma na outra. -O que vai fazer amanhã? –perguntei.

-Por quê? –ele perguntou franzindo o cenho.

-Esteja pronto às 10h, eu vou te mostrar um lugar. –eu respondi e o beijei uma última vez antes dele ter que ir. -Boa noite JJ. –eu disse e saí andando em direção a minha casa para eu entrar. Olhei para trás dando um tchauzinho e ele retribuiu antes de ir embora.

**

No dia seguinte, eu estacionei o meu carro em frente à casa de JJ e olhei o mesmo vindo com um sorriso no rosto após eu ter buzinado duas vezes avisando que eu havia chegado. Eu sorri para o mesmo enquanto alguém parecia estar gritando alguma coisa dentro da casa e franzi o cenho quando o mesmo entrou e colocou o cinto.

-Aconteceu alguma coisa? –perguntei estranhando e ajeitando os meus óculos de sol prata.

-Meu pai acordou de mau humor. –ele disse e eu assenti ligando o carro e dirigindo até as balsas que costumavam ficar após uma estrada. -E então? Onde estamos indo mesmo?

-Chapel Hill. –eu respondi e ele me encarou se perguntando se eu estava falando sério. -Espero que não tenha mesmo combinado nada para hoje.

-Hmm... Eu não tenho grana para ir até lá. –ele falou.

-Eu resolvo isso, vou ser a sua sugar mommy hoje. –eu comentei cerrando meus olhos por causa da luz do sol que estava bem na nossa direção. Ele fez uma cara estranha e então deu de ombros quando eu vi no painel do carro a foto de Sarah aparecendo mostrando que ela estava me ligando. Eu fiz um sinal para o JJ ficar quieto e atendi.

-Oi, pode falar? –ela me perguntou com uma voz sonolenta.

-Pode, eu estou dirigindo, mas você está pelo Bluetooth. –respondi.

-Ah ok... A festa de ontem foi horrível, Lyanna. Aconteceu um monte de coisa que eu preciso te contar e a primeira é que eu amarelei com o Topper. Eu queria e ao mesmo tempo não então eu simplesmente não tive coragem. –eu arregalei meus olhos por esse ser o tópico da conversa e me entreolhei com JJ que estava com uma cara de riso. Eu o acertei fortemente e ele me olhou sem entender.

-Você é doida? –ele me perguntou sem sair nenhum som e eu revirei meus olhos. -Olhos na estrada.

-Hmm olha, eu não sei bem o que te dizer. –eu falei á Sarah que estava do outro lado da linha. -Mas fez bem em não tentar se não estava se sentindo confortável e se ele gostar mesmo de você, ele vai entender Sarah.

-Sim, eu sei. Eu só queria desabafar mesmo, eu estava me sentindo estranha. –ela falou. -Bom, eu estou ocupada hoje durante o dia todo, depois eu comento sobre o que é e tudo mais, mas é algo com o John B. –eu e JJ nos entreolhamos  sem entender e eu franzi o cenho. -Enfim, explico depois, se alguém perguntar por mim pode dizer que estou com você?

-Posso, claro. –eu respondi. -E escuta, eu estou indo em um lugar também, me ajuda nessa mentira caso alguém te ligue perguntando onde eu estou ok? –ela riu fraco e confirmou. -Amo você caso eu morra.

-Amo você caso eu morra. –ela desligou e JJ começou a rir.

-É saudável essa amizade entre vocês duas... E pelo visto o Topper está sem a sorte grande. –ele comentou me olhando e eu o olhei negando com a cabeça.

-Nem começa. –eu disse.

Assim que chegamos às balsas, um pouco mais atrasados do que eu esperava, para que conseguíssemos comprar os bilhetes, eu encarava a bilheteria fechada não acreditando que perdemos todo esse tempo para morrermos na praia. JJ estava ao meu lado encarando o mesmo lugar que eu e então soltou um suspiro se virando para mim.

-Eu resolvo isso, só preciso convencê-lo...  Eles vão nos deixar entrar. –ele falou e eu o olhei vendo o mesmo abrindo um sorriso para mim. -É a minha gente, só espera aqui. –ele falou indo na minha frente falar com o moço perto do barco e eu assenti me escorando em um poste para esperá-lo não sabendo se isso daria muito certo. Eu olhei os dois trocando algumas palavras e eu então fiz uma cara de riso ao ver o homem negando com a cabeça repetidas vezes para o garoto.

-Então... –eu falei quando ele começou a voltar com uma expressão diferente de quando ele estava indo até lá.

-Então... Estão lotados. –ele respondeu e eu franzi o cenho duvidando.

-Quem? A sua gente? –perguntei fazendo graça e ele revirou os olhos.

-Tem uma idéia melhor? –ele me perguntou e eu assenti passando por ele e indo até o homem parado perto do barco enquanto o garoto me acompanhava com o olhar se perguntando o que eu iria fazer.

-Oi, bom dia... Eu e o meu irmão precisamos ir até a cidade, mas não conseguimos comprar os bilhetes, será que podemos subir? –eu perguntei educadamente e o homem revezou o olhar entre eu e JJ que estava lá trás nos esperando.

-Achei que ele fosse seu namorado... –o homem falou e eu fiz uma cara de surpresa antes de assentir pensando no que falar agora que eu não conseguia inventar uma desculpa. Eu sorri para ele e soltei um suspiro abaixando o meu cropped e mostrando os meus peitos para ele. O homem me olhou indignado sem saber como agir já que havia mais pessoas perto e limpou a garganta. -Hmm... Podem subir. –eu assenti e dei dois tapinhas nele agradecendo a sua gentileza.

-Vamos JJ! –eu disse para o garoto que nos olhava de olhos arregalados pelo o que eu havia feito. -Feche a boca, você nem estava tão perto assim para ver alguma coisa não é "namorado"?

-Eu não acredito que você fez isso. –ele falou quase rindo e nós fizemos um high five enquanto ele me ajudava a subir.

-Já fiz outras vezes, foi assim que eu passei em Álgebra falando nisso. –ele fez uma cara engraçada sem acreditar e eu sorri para o mesmo subindo no barco com ele. Nós passamos por algumas pessoas e nos sentamos mais ao fundo onde tinha a vista para o mar. O barco começou a se movimentar minutos depois e eu abri a minha bolsa pegando um saquinho com jujubas em formas de ursinhos coloridos.

Música: Bird set free –Sia

-Pelo menos não pagamos pela passagem de ida. –eu falei começando a comer e ofereci a ele que pegou e colocou os seus óculos de sol que estava dentro da mochila. Eu abaixei o olhar por um tempo e então o olhei o analisando encarando a vista. -JJ... –eu o chamei e ele me olhou esperando eu falar o que eu queria. -O que você viu no quadro? –perguntei e ele respirou fundo.

-Desculpa, mas eu não posso mesmo falar... Não tem só haver comigo, mas sim também como o John B, o Pope e a Kie. –ele respondeu. -E é para a sua segurança também. Então...

-Por quê? –eu perguntei sem entender e ele soltou um suspiro.

-Olha, alguém que devia estar morto, não está, tudo bem? –ele falou simplesmente e eu franzi o cenho pensando em quem poderia ser.

-Como quem? O pai do John B.? –perguntei de imediato e o garoto me encarou.

-Jesus, você é muito curiosa. –ele disse e eu ri com deboche revirando meus olhos.

-Desculpa aí, colega. –eu falei ironicamente e fiquei calada encarando a vista enquanto eu voltava a comer as jujubas.

-Porque me chamou para vir? –ele perguntou depois de um tempo de silencio e eu o olhei analisando mais uma vez o seu rosto por alguns segundos antes de dar de ombros e desviar o olhar pensando no que responder.

-Por que...  Eu tenho 17 anos e já sei como será o resto da minha vida. –eu respondi e o olhei. -Ela vai ser feita de clubes com pessoas fúteis perdendo tempo com conversa fiada. Se depender dos meus pais, eu vou me casar com o Rafe de um jeito ou de outro e se eu não sair desse plástico-bolha agora, isso não vai acontecer nunca. –falei me dando conta disso e mexi em algumas pulseirinhas de concha que eu usava. -Eu vou ter que ter filhos com alguém que eu não gosto, aos trinta anos virarei uma alcoólatra sem nem mesmo perceber, vou ser uma péssima mãe que apanha do marido drogado e vou morrer sozinha.

-Isso é horrível. –ele falou antes que eu continuasse e eu assenti antes de sorrir de lado e dar de ombros.

-É, mas vai ser a minha vida daqui uns anos. –eu disse e soltei um suspiro.

-Estamos numa caça ao tesouro. –JJ falou de repente e eu o encarei começando a rir por ter achado graça.

-O que? –perguntei e meu sorriso se fechou quando ele assentiu mostrando que era verdade.

-Eu sei que parece loucura, mas o cara do seu quadro escapou do Royal Merchant com quatrocentos milhões em ouro, e foi assim que ele comprou Tannyhill. –ele disse e eu o olhei ainda sem acreditar que isso podia ser verdade. -John B. saberia explicar melhor porque ele que está liderando a nossa "expedição" ou o que quer que seja, mas é basicamente isso. Não pode contar para ninguém, é perigoso, tem mais gente atrás disso. –eu assenti e sorri de lado feliz por ele ter me contado.

-Não vou contar para ninguém. –falei e ele sorriu assentindo.

-É... Eu vou ser um Kook pelo visto. –JJ disse piscando para mim e eu sorri para ele desejando mesmo que isso acontecesse.

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