Double Trouble | TAEJIN

Od reasontaejin

5.1K 776 1.6K

Há pouco mais de um ano, Kim Seokjin está completamente convencido de algo: viver "perigosamente" e quebrando... Více

0. avisos
1. looks like we have a mistake here
2. now we have a deal
3. say it again
4. we accept the love we think we deserve
5. this is not a "yes" yet
6. people change
08. the world doesn't revolve around you
09. the real reasons
10. the blind starts to see
11. in the end, I got everything I deserved

07. can we talk?

375 63 97
Od reasontaejin


— Um mês e vocês ainda não fizeram nada mais que... beijar? Seokjin, eu juro que não tô te reconhecendo.

Hoseok tagarelava ao meu lado enquanto andávamos pelo jardim do campus. Sim, já havia se passado um mês desde que, inconscientemente, entreguei meu mais sincero "sim" para Kim Taehyung e estávamos juntos. E, não, a gente ainda não havia dado o próximo passo por escolha dele. Foi uma forma de me provar — mesmo que eu já estivesse mais do que convencido — de que ele não ia apenas conseguir o que queria e depois meter o pé. Bom, eu já estava ficando mais do que sedento e frustrado.

Nosso mês junto se resumiu a muitas coisas boas, na verdade. Nos víamos todos os dias pelo campus, mesmo que nossas salas fossem em prédios e andares diferentes na maioria das vezes. Cinema, praia, restaurantes, festas e filmes em meu quarto eram muito recorrentes entre nossos encontros, eu gostava muito mesmo disso. Ele sempre seguia sendo o que era: fofo, porém com grandes pitadas de um cafajeste do bem que me provocava e me levava a alturas que eu desconhecia. Cada beijo dele parecia o primeiro, cada toque era diferente, mais leves, mais intensos, mas nunca iguais ou monótonos.

Posso dizer que meu coração estava batendo a cada dia mais rápido por ele. Toda vez que eu via aquele sorriso ladino e os braços cruzados acima do peito, me esperando na soleira da porta, as famosas borboletas percorriam todo o meu corpo e minha derme arrepiava de um jeito gostoso. O nome disso não podia ser outro além de paixão. É, ele conseguiu, me conquistou e agora eu estava apaixonado por ele.

E você pode estar se perguntando agora "Seokjin, e quanto ao Taeyong?". Bom, a resposta é simples: eu não via Taeyong desde o dia em que brigamos. Não me mandou mensagens, provavelmente estava evitando os mesmos caminhos que eu no campus e simplesmente sumiu da mesma forma que entrou em minha vida, muito rápido. Eu até poderia ter ficado triste se a situação fosse diferente, provavelmente estaria em um fundo do poço terrível, me lamentando pelas expectativas que eu mesmo criei diante de tantas migalhas, mas eu entendia agora que todo aquele ano em que passei ao seu lado foi perdido. Quer dizer, talvez não, pois sem isso, eu nunca teria chegado até Taehyung.

Seu sumiço foi benéfico, sua falta de interesse em querer resolver as coisas me deu paz e tranquilidade para aceitar sentimentos de verdade agora. Pois é, eu não estava recebendo restos, mas sim o que eu queria. Tinha ao meu lado um cara que se importava muito, que me fazia sorrir, que não tinha vergonha de andar de mãos dadas comigo por aí, na verdade ele gostava bastante de me exibir. Confesso que eu me sentia muito especial.

Outra coisa marcante e que me deixou de coração quentinho foi o dia em que Taehyung levou seu notebook para meu quarto e fez uma chamada de vídeo com sua família lá no Japão. Indiretamente — ou não — conheci a senhora Kim e o padrasto de Taehyung. Ele fez questão de salientar que estávamos juntos e que gostava imensamente de mim. E claro que seus pais foram extremamente carinhosos e simpáticos comigo, mesmo que eu estivesse vermelho tal qual um pimentão. Pois é... conheci a família dele — da forma que pudemos, mas conheci.

O ponto é que minha vida parecia bem mais leve agora. Mesmo que eu ainda não tivesse conseguido arrancar de Taehyung os verdadeiros motivos de Taeyong, eu estava bem só de saber que eu não precisava mais me humilhar pelo mínimo de carinho que eu merecia.

Mas voltando aos questionamentos de Hoseok, olhei para ele e dei um longo suspiro enquanto segurava a alça da minha mochila. Todos meus amigos sabiam bem que eu adorava sexo e fazia questão, mas também adorava só a companhia de Taehyung ao ponto de ficar sem aquilo.

— Ele tá fazendo de tudo pra demonstrar que não é aquilo que pintaram ele. Mas eu já tô convencido, já tá bom! — resmunguei enquanto adentrávamos o prédio das aulas.

— Fala isso pra ele então, Jin. Ou você quer que eu fale?

— Não! Fica de boca calada, Hobi. É melhor você dar conta dos seus dois maridos do que tentar fazer o Taehyung transar comigo — respondi de imediato e ele começou a rir. — Por falar nisso, a que pés anda esse rolo louco de vocês três?

Fomos chegando aos armários e ele abriu o seu — que era bem ao lado do meu — antes de responder.

— Bom, nós gostamos de ficar os três, assim como também individualmente e ninguém tem problema algum. Tem dias em que eu saio com o Yoongi, outros dias eu saio com o Namjoon, eles dois também andam saindo juntos, às vezes eu durmo com os dois e tem dado certo no geral. E eu só ganho. — Deu de ombros pegando alguns livros.

"Que loucura, enquanto eu tinha um problema em dobro há um mês atrás, ele conseguiu ter uma solução em dobro" pensei comigo mesmo.

— Muito sagaz da sua parte e eu fico feliz que você tá feliz com isso. Os dois são caras legais — falei pegando meus materiais. — Bom, agora eu vou subir porque tenho aula. Mais tarde Tae e eu vamos assistir um filme.

— Vê se dessa vez você agarra esse homem e faz ele te co—

— Hoseok, cala a boca! — o cortei imediatamente segurando uma risada e dei um tapa em seu ombro. — Até o almoço, seu depravado!

Ele gargalhou enquanto eu me afastava, Hoseok era uma peça mesmo. Comecei a costurar entre as pessoas até alcançar a escada de acesso para o andar que teria aula. Era uma quarta-feira como qualquer outra, mas a minha rotina tinha se modificado tanto no último mês. Eu não ficava mais esperando ansioso pelo fim de tarde, não procurava com os olhos pela multidão um olhar que não me olhava da mesma forma, não era dependente de um sentimento que, talvez, nunca tenha nem existido. Agora eu vivia uma vida amorosa normal. Isso me deixava contente em níveis que eu nem sabia que existiam.

Fui subindo as escadas vagarosamente e tentando não esbarrar em ninguém quando meus olhos alcançaram o topo, vislumbrando o corredor. Eu estava leve até aquele momento, sem pensar em muitas coisas, na verdade, porém meus olhos encontraram algo que eu não estava mesmo querendo ver.

Um pouco mais afastado no corredor, recostado ao lado da sala 2 — B, lá estava ele com seus cabelos escuros, suas roupas simples e um rosto cheio de frustração. Girava o celular na mão como quem pensa se toma ou não alguma atitude com o aparelho, por vezes ligava a tela, olhava, mas não desbloqueava, voltando a girá-lo. Não parecia estar bem e eu realmente não queria ter que vê-lo daquele jeito.

Taeyong olhou pela multidão e infelizmente seus olhos se encontraram com os meus. Eu estava no topo da escada, pronto para ir para minha aula, sem preocupações, pensando que aquele seria mais um dia que eu não o tinha mais em minha vida, mas estava enganado. E ele estava lá, do lado da sala em que sempre nos encontrávamos, me olhando com os olhos fixos e um pouco arregalados, a boca meio aberta e o rosto petrificado.

Não, nós não tínhamos mais nada e eu sabia por quem estava apaixonado. Tinha o mesmo rosto, mas não o mesmo caráter. Podiam ser idênticos, mas só um me dava o que eu realmente merecia e por mais que mil e uma lembranças de momentos em que eu achei estar feliz tivessem voltado à minha mente com aquele olhar, eu apenas aceitei de uma vez por todas que aquilo nunca foi real.

Senti, por um momento, que seu corpo estava se movimentando para sair dali e vir até mim, mas não dei espaço para que ele o fizesse. Virei e segui na direção da minha sala, deixando para trás aquele que nunca me tratou com o amor que eu merecia e precisava. Ele podia estar sofrendo, assim como poderia estar apenas frustrado por perder aquela pessoa boba que caía facilmente nas coisas que ele dizia, mas acima disso, eu continuaria me mantendo bem.

Dei as costas e ele ficou. Aquele rosto, por mais igual que fosse ao de Taehyung, não era o que eu queria ver.

✧ » ◇ « ✧ » ✦ « ✧ » ◇ « ✧

Aquele evento simples não me abalou. Assisti minhas aulas normalmente naquela manhã, almocei com Hoseok, estudei para um dos meus testes que se aproximava e agora, durante a noite, estava em meu quarto esperando Taehyung.

Eu estava orgulhoso de mim, na verdade, por não ficar preso àquelas coisas do passado, por mais que Taeyong parecesse realmente mal. E eu? E se eu não tivesse percebido há tempo e também estivesse mal? Ele não me procurou nem para pedir desculpas, não se importaria com isso, pois em sua mente, logo eu voltaria atrás e eu acabaria pedindo desculpas por algo que nunca fiz.

A chegada de Kim Taehyung em minha vida não havia sido apenas para propósitos românticos, mas todo o evento fez com que eu abrisse meus olhos e minha mente. Agora eu estava muito melhor.

Eu já estava de banho tomado, vestido com roupas confortáveis e com pipoca feita quando ele bateu em minha porta. Fui atender ansioso, não o tinha visto o dia inteiro e meu coração já começava a dar sinais de saudades dele, por isso não demorei a abrir.

E lá estava Taehyung, sem as roupas de motoqueiro, mas roupas casuais, o cabelo um pouco maior meio preso, em suas mãos ele segurava doces e refrigerante e em seu rosto um sorriso enorme ao me ver. Por deus, eu já falei que ele era lindo?

Imediatamente abri meu sorriso e senti o coração acelerar dentro do peito. Nesse mês intenso em que passamos juntos, ele vinha me fazendo sentir muitas coisas diferentes e essas coisas eram agradáveis demais.

— Demorei muito? — perguntou e eu fiz que não com a cabeça, dando espaço para que ele entrasse.

Taehyung deixou as coisas em cima da minha escrivaninha e nem piscou antes de me abraçar ternamente, deixando um beijo lento em meus lábios. Sinceramente, eu nunca imaginaria que aqueles beijos se tornariam os meus favoritos.

Entrelacei meus braços em seu pescoço e respondi ao beijo de forma apaixonada, sentindo meu coração pulsar feito doido na caixa torácica e as borboletas flutuarem por meu estômago. Eu ficava dormente toda as vezes que estávamos assim, mas ao mesmo tempo meu sangue corria mais do que quente em minhas veias, uma sensação muito boa. Adorava aspirar seu perfume bom, sentir a maciez de sua pele contra a minha e a rigidez das suas mãos assegurando que estava ali comigo em forma de toques. Por deus, eu estava mesmo apaixonado.

— Tava com saudades — falei baixinho quando partimos o beijo e ficamos com as testas coladas. — Muito difícil passar o dia inteiro sem te ver, sabia?

Ele riu baixinho antes de responder.

— Você é muito manhoso. E isso é fofo — disse acariciando meu rosto. — Mas agora eu cheguei.

— Que bom. Vamos assistir o filme? Ou tem outros planos hoje? — indaguei sugestivo e ele riu da minha tentativa nada discreta de avançar um passo a mais.

— Talvez sim... talvez não. Eu vou pensar no seu caso até o fim do filme.

Fiz um biquinho e eu realmente estava frustrado. Em uma linguagem bem mais cara de pau e clara, eu queria transar, poxa!

Ele entrelaçou seus dedos nos meus e fomos para a cama, onde nos deitamos e eu me ajeitei sobre seu peito. Hoje era o dia dele escolher o filme, então sem demora selecionou sua escolha pelo celular. Logo estava sendo transmitido pela televisão e eu me aquietei ao seu lado, ainda pensando em maneiras de fazer aquele homem acordar de que eu já confiava o bastante nele para podermos passar para o próximo nível.

Olhei para a televisão e o filme já havia começado. O cenário era bonito, meio montanhoso com uma pista e árvores de folhas bem verdinhas. Um adolescente andava de bicicleta pela pista ao som de uma música meio melancólica dos anos 80 e o tipo de filmagem também remetia à década. Bem, parecia interessante, mas o que realmente estava ao alcance do meu interesse era o cara que me abraçava e olhava para a tela com fixação.

Eu confiava nele, já não tinha mais a mesma visão de quando o conheci. Não seguia por uma opinião de um terceiro que dizia mentiras, tinha tirado minhas próprias conclusões, criado meus próprios conceitos, me apaixonado gradativamente desde o dia da festa de Jimin. Ele queria me conquistar e conseguiu, agora deveria aproveitar os frutos disso. Mas Taehyung ainda se mostrava inseguro.

Conforme o filme foi passando, eu o via ainda mais vidrado nas cenas, mas eu estava vidrado nele. Confesso que o filme era um pouco difícil de se entender e na metade eu desisti e comecei uma outra saga: a de toques sugestivos.

Minha mão correu por seu tronco, uma carícia que parecia inocente a princípio, mas se tornava o oposto quando meus dedos passeavam pelo cós da sua calça. Meu rosto já estava próximo de seu pescoço e meus lábios deixavam pequenos, mas quentes, beijos em sua pele quente. Eu queria fazer com que ele parasse de olhar para a televisão e olhasse para mim.

E consegui.

Pela luz da tela, vi seus olhos passeando em minha direção enquanto eu ainda o provocava. Taehyung sorriu, percebendo as minhas intenções e, para a minha sorte, as respondeu.

Seu braço, que estava me abraçando, me levou para mais perto. A outra mão livre foi até meu queixo, deixando meu rosto bem firme para que ele olhasse em meus olhos. Eu ainda o acariciava, mas o fitava esperando. Ele sorriu e deixou um selinho em meus lábios antes de sussurrar:

— O que você tá querendo, hein, Jin?

— Você — respondi no mesmo tom. — Quero você.

Taehyung não disse nada. Parecia ter tomado uma decisão ali mesmo, pois seus lábios voltaram a me beijar. Ele ainda segurava o meu rosto enquanto me fazia sentir todas aquelas coisas, ainda me acariciava com a outra mão, subindo de minha nuca até os meus fios de cabelo.

Meu coração estava louco dentro do peito, finalmente nós dois iríamos fazer algo a mais e eu mataria toda aquela minha vontade de um mês.

Nosso beijo se intensificou e ignoramos o filme que ainda rolava pela televisão. No escuro do meu quarto, eu ajeitei meu corpo aos poucos, subindo nele e me debruçando, beijando-o de forma voraz enquanto sentia suas mãos segurando firme em minha cintura. Ele me queria da mesma forma que eu o queria e isso era tudo o que precisávamos.

Senti seus dedos entrarem por dentro da minha camiseta, tocando a pele da minha barriga e dando um contraste com minha temperatura, o que me fez arrepiar. Ele pegou a barra da peça e levantou com a intenção de se livrar dela e, claro, eu dei espaço para que ele fizesse isso sem problemas.

O ajudei a tirar minha camiseta e a joguei longe no chão, me mostrando arrepiado e sedento por ele, que logo afundou o rosto em meu pescoço quando me debrucei novamente. Seus dedos corriam livres por minhas costas, arranhando de leve a minha pele e me fazendo arfar pesado. Cada toque seu tinha pitadas de carinho e de sugestividade, o que era o equilíbrio perfeito. Aquilo definia Kim Taehyung, dois lados opostos que se misturavam e o tornavam uma pessoa completamente apaixonante e de tirar o fôlego. Ele me deixava sem palavras muitas vezes, fazia meu corpo reagir sem acordo com minha consciência, ele me deixava maluco.

Eu já sentia sua ereção colada na minha, seu corpo tremendo a cada toque e a cada respiração mais pesada. Ele queria e ele iria me dar o que eu também queria. Finalmente.

Separei nossos rostos por um momento e o olhei nos olhos. Um mês antes eu o beijei por engano, eu tentei afastá-lo, eu neguei minha atração, mas agora eu não conseguia sequer esconder o quanto ele me deixava desestabilizado.

Eu estava prestes a falar algo, prestes a provocá-lo ainda mais, estava quase lá quando levei um belo balde de água fria.

O celular dele tocou. Não era mensagem, era ligação.

No móvel ao lado da minha cama, ele vibrava insistente. Olhei para o lado e depois olhei para ele, que bufou frustrado.

— Atende — falei derrotado já no milésimo toque insistente.

Saí de cima dele e me joguei do seu lado na cama. Eu não acreditava que no momento em que ele tinha cedido, que finalmente tudo estava dando certo, a bola foi na trave!

Ele pegou o aparelho e parecia não estar nada contente por isso, mas atendeu rapidamente. Não falou muito tempo, só fechou os olhos e passou a mão no rosto como quem está frustrado.

Quando desligou ele bufou e depois me olhou, ambos com a mesma expressão de completa derrota pela interrupção.

— Era meu vizinho de quarto, a moto dele deu problema e quer que eu ajude — disse. — A moto deu pau perto da praia e ele não conseguiu falar com mais ninguém.

Era um caso de urgência? Sim. Eu deveria ser egoísta e pedir para ele ficar? Queria, mas não. Entendia bem o caso e eu não queria atrapalhar, por mais que esse infeliz acontecimento tenha me atrapalhado.

— Vai lá ajudar ele — respondi por fim, triste e ainda com tesão (o que era a pior combinação possível).

Ele se aproximou de mim e deixou um beijinho em meus lábios antes de me olhar de novo com um biquinho.

— Desculpa. Eu realmente queria, você percebeu. Mas eu não posso deixar o coitado lá.

— Eu sei, eu entendo, de verdade — respondi acariciando seu rosto. — Depois a gente tenta de novo, tá?

Ele assentiu e me deu mais um beijinho. Eu não queria que ele fosse embora e que nossa noite acabasse ali mesmo, mas eu também não podia ser um filho da puta e impedir que ele ajudasse alguém. Sinceramente, o azar parecia ser meu melhor amigo às vezes — desculpa, Hobi.

— Tá bom — respondi tristonho enquanto via ele se levantar.

Ele calçou seus chinelos, pegou o celular, suspirou pesadamente e se levantou, sendo seguido por mim. Sério, que inferno.

Fomos até a porta e eu não queria abrir, mas precisei. Taehyung me deu um último beijo antes de se despedir e eu fiquei olhando a sua silhueta indo embora pelo corredor do alojamento enquanto praguejava mentalmente por tudo. Eu estava quase lá, a gente ia transar, mas tudo deu certo para dar errado — outra vez!

Com um suspiro mais do que inconformado e um bico nos lábios, fechei a porta, peguei minha camiseta no chão e vesti outra vez. Bem, eu já estava na merda mesmo, então eu não tinha outra coisa a fazer a não ser ver aquele filme sozinho.

Me joguei na cama ainda frustrado, peguei o celular e voltei todo o começo do filme. Bom, pelo menos agora eu poderia tentar ao menos entender aquela história confusa — mas o filme tinha uma trilha sonora sensacional.

Eu sabia que a gente ainda tinha uma vida toda pela frente, mas é bem frustrante quase conseguir dar aquele passo — que eu achava importante — e no fim acabar não dando certo. Eu também sabia que, independente disso, nós estávamos bem, na verdade estávamos numa fase gostosa de início de relacionamento, aquela em que cada descoberta é preciosa, então aquele sentimento ia passar logo logo.

Continuei assistindo o filme, já estava debaixo das cobertas, o clima estava mais frio do que antes. Senti falta do seu corpo quentinho, mas como nem sempre dá para ter aquilo que se quer, abracei o travesseiro enquanto prestava atenção no filme.

Depois de mais ou menos uma hora, eu estava começando a entender a proposta. Bom, era um negócio meio doido de viagem no tempo, fritou meu cérebro, mas tudo bem.

O filme estava ficando cada vez mais instigante e eu estava me envolvendo na trama quando pela segunda vez naquela noite eu fui interrompido por algo. Eu juro...

Batidas na minha porta me fizeram pular de susto. Pelos meus cálculos, já eram quase 23h30 e as únicas pessoas que eu aceitaria na minha porta tão tarde da noite seriam Hoseok e Taehyung.

"Tomara que seja o Tae" pensei comigo enquanto me levantava da cama, saindo do cobertor quentinho com o celular na mão, pausando o filme e depois indo até a porta.

Estava torcendo para que ele tivesse resolvido o problema do amigo dele bem rápido e decidido voltar, mesmo que estivesse tarde e nós dois tivéssemos aula no dia seguinte. Ele podia dormir comigo, oras, nada impediria!

Abri a porta com expectativa já quase tagarelando para ele entrar de novo, mas antes que minha boca se abrisse, eu fiquei mudo.

Meus olhos fitaram a figura do outro lado, mas não foi agradável quanto eu pensava.

Corpo tenso, expressão tristonha, cabelos escuros, mesmo rosto, mas Tae diferente.

Não era Taehyung. Era Taeyong. Na porta do meu quarto, como nunca havia acontecido por todo aquele tempo. Meus olhos se recusaram a acreditar naquilo, sinceramente.

Por todo aquele tempo ele sempre se negou a ir até lá comigo, ficar comigo ali no meu conforto do quarto, sempre evitou. Mas agora estava ali parado e me olhando com um brilho diferente nos olhos...

— Oi, Jinnie... a gente pode conversar?

✧ » ◇ « ✧ » ✦ « ✧ » ◇ « ✧

O Taeyong que tava sumido né? Pois voltou pra encher o saco kkk

To feliz que consegui att duas vezes nessa semana! Já estamos no final da shortfic (acho que mais uns dois capítulos, estourando três) e chegamos ao final. Espero que estejam gostando!

Agora sim, até semana que vem!

Pokračovat ve čtení

Mohlo by se ti líbit

184K 15.6K 35
Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil...
1.5K 185 26
Jeon Jungkook, é um ator e modelo famoso muito bem reconhecido por seu talento e por sua beleza incomparável, mas nem sempre foi assim. Com uma infân...
993 90 17
Onde Jimin e Taehyung namoram escondido porque seus pais são conservadores. "Pediu para que eu prometesse que sempre estaria ao seu lado e mostrou-me...
308K 23.4K 45
"𝖠𝗆𝗈𝗋, 𝗏𝗈𝖼ê 𝗇ã𝗈 é 𝖻𝗈𝗆 𝗉𝗋𝖺 𝗆𝗂𝗆, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗏𝗈𝖼ê." Stella Asthen sente uma raiva inexplicável por Heydan Williams, o m...