Meu cérebro diz que é hora de acordar, meus olhos se mantém fechados dormindo, não quer obedecer o comando do seu chefe, então eu paro essa disputa decidindo levantá-me.
Espreguiço ainda de olhos fechados,esticando-me na cama notando imediatamente que não é a minha. Abro os braços batendo o esquerdo no rosto do Riel que resmunga virando a cara para o outro lado. Rio em silêncio olhando para suas costas largas, observando algumas pintinhas pequeninas espalhadas pelo seu dorso.
Fico alguns minutos admirando Riel, pensando na noite esplêndida que tivemos.
A transa com Riel foi tipo, o sexo que eu queria ter feito pela primeira vez. Foi o momento mais especial que eu tive e senti com um homem.
Eu me entreguei por inteira, não pensei em nada e nem em ninguém, era apenas eu, ele e nossa bolha revestida de paixão, sedução, desejo, encanto e tesão.
Puxo o lençol que cobre somente o bumbum do Ri examinando seus glúteos bonitos , louca para amassar a carne macia tão apetitosa ao meu alcance, mas não faço, preciso registrar essa visão e guardar de lembrança.
Levanto procurando a camiseta que o Riel me deu para vestir ontem. A achei na sala jogada no chão atrás do sofá, vesti e fui até minha bolsa pegar o celular. Retornei para o quarto com a bolsa e o celular já abrindo o aplicativo da câmera.
O quarto está com pouca claridade, só a luz do sol iluminando o cômodo através da janela com cortinas, então liguei o flash e bati o retrato do Ri de bruços nu. Sorri bloqueando o aparelho, o colocando na sua mesa de estudo. Tiro minha necessaire e vou para o banheiro fazer minha higiene. Quando termino deixo o quarto e vou para a cozinha preparar nosso café da manhã. Já passa das nove e estou morrendo de fome.
Saio procurando nos armários dos alimentos achocolatado, encontrando duas embalagens. Vibro de alegria pegando a lata já usada e levo até o balcão. Na geladeira acho pão, queijo, cato algumas frutas para fazer uma salada. Faço dois misto-quente, corto banana, maçã, mamão e morangos, coloco na tigela, preparo os dois copos de achocolatado e arrumo tudo em uma travessa de vidro e sigo para o quarto.
Riel ainda está dormindo, tranquilo, sereno. Pus a travessa na cama para ficar com as mãos livres.
— Acorda dorminhoco —sacudo o ombro do Ri de leve,ele grunhe se ajeitando e continua dormindo. Riel já é meio dia, bora logo, acorda! — Reclamo perdendo a paciência.
Riel vira o rosto para o lado que estou, olhando-me surpreso. Cravo o garfo em um pedaço de morango levando a minha boca, encarando Riel de volta.
— Você preparou café da manhã para nós?
— É, mas parece que você não quer— declaro. Ri senta pegando o lençol branco cobrindo seu membro animado. Meus olhos traiçoeiros não me deixaram desviar.
— Ah! Que gracinha! — Ri curva o corpo me dando um selinho.
— Come, fiz achocolatado pra você também pois não sei fazer café.
— Está ótimo pra mim, está maravilhoso gatinha — diz contente pegando o misto-quente e o copo de nescau, fiz o mesmo.
"EU Tenho Tanto Pra Te Falar
Mas Com Palavras Não Sei Dizer
Como é Grande o Meu Amor Por Você..."
A música do Roberto Carlos toca de repente, Riel me olha de sobrancelha levantada não entendendo de onde vem o som.
Sorrio levantando indo até a mesa pegar meu celular, só pelo toque já sei quem é...
LIGAÇÃO :
— Bom dia, Mama! — Falo fitando Ri, ele me dá um meio sorriso continuando a comer.
— Oi meu Amor, bom dia! Tudo bem?
— Tô bem Mama e a senhora, como tá?
— Estou bem filha,graças a Dio. Liguei pra avisar que vou passar o dia na casa de praia com o Pedro, você quer ir?
— Não Mama, vá vocês dois e divirtam-se!
— Onde você está, onde passou a noite? — nessa hora rio sem jeito, sem saber o que responder a Mama.
— Estou na casa de um amigo — respondo desviando o olhar para a travessa quando Riel levantou de novo a sobrancelha.
— Amigo é filha?! — Mama riu do outro lado da linha me deixando mais sem jeito.
— Bom passeio Mama, à noite a gente se fala, beijo, te amo!
— Obrigada meu amor, te amo mais, beijo na buchecha.
Fim da Ligação.
Desligo sorrindo, Mama não perde a mania de corujar , mesmo eu com essa idade.
— O que sua mãe queria? — Ri indaga impassível.
— Me avisar que vai passar o dia fora, na nossa casa de praia.
— Hum... Então você tá na casa de um amigo, é?
— Sim! Ou você não quer ser meu amigo? — pergunto na cara lavada.
— Claro que quero, mas também quero ser mais que isso!
— Estamos caminhando para isso, não é? — retruco acabando com essa conversa.
Minha resposta surtiu efeito no Riel, ele melhorou a cara e continuamos tomando nosso café enquanto conversávamos sobre como passaríamos o domingo.
Riel tinha o almoço com os pais, me convidou até, porém neguei, não é a hora de participar de um programa familiar. Imediatamente pensei na lasanha que Riel me falou uma vez, mesmo assim não aceitei.
Às onze e pouco Ri deixou-me em casa. Ele lamentou, eu também. Riel queria até deixar de ir ao almoço, mas não permiti, família é sagrada e vem em primeiro lugar.
Trocamos beijos o tanto quanto podíamos, eu nunca beijei tanto em menos de 24 horas.
⋆⋆⋆
Cheguei no trabalho entusiasmada, hoje chegaram as novas fragrâncias de perfumes das melhores marcas do mercado. Eu adoro esse momento, fico namorando cada frasco, já planejando em quais vou gastar uma grana.
Fiquei enlouquecida quando vi um perfume no formato de um corpo feminino usando um vestido vermelho. Quase gritei mostrando o perfume para as meninas, as fazendo cobiçar o pequeno vidrinho.
Sei que pode parecer loucura, mas deu vontade de esconder o perfume, só duas unidades estão disponíveis aqui, é um perfume importado e caro, de difícil acesso por ser fragrâncias exclusivas. Meus olhos quase pularam da caixa ocular quando vi o preço.
Na hora do almoço Dilipe ligou me chamando para comer, não aceitei, ainda estou entorpecida da noite com Riel, não quero substituir as sensações que vivi com ele no momento. Até agora minha corrente sanguínea acelera quando lembro.
No final do meu expediente fui na sala dos funcionários pegar minhas coisas pra ir embora, quando voltei Riel estava na bancada falando com a Kelly. Fransi o cenho por ele está aqui.
Sorri lhe cumprimentando.
— Você por aqui?! — dei a volta indo para seu lado.
— Vim comprar um presente— Ri me dá um selinho. Olho rápido para as meninas sem saber o que dizer.
"Para quem será que ele vai dar presente?"
— Chegaram uns perfumes poderosos e marcantes, vou buscar pra você — Kelly sai rumo a prateleira onde expusemos os novos perfumes.
— É para sua mãe? — Riel negou— irmã? — negou novamente. Quase rolei os olhos.
Kelly pôs cinco fracos na nossa frente e eu quase tive um treco quando vi meu perfume de corpo na bancada. Que vontade de esganar a Kelly!
Riel ficou perdido no meio dos cheiros, chega até ser engraçado, ele olha para mim pedindo ajuda. Aproveito para continuar minha investigação...
—Como é o jeito da pessoa,sua personalidade? É bom ter uma idéia sabe, pra indicar uma fragância que combina com ela.
— Ela é linda, especial e única— eu e as meninas rimos, você ajudou bastante Ri— debochei.
Riel separou três das fragâncias e perguntou qual eu gostava mais. Eu não queria escolher o meu perfume para ele dá a outra pessoa.
— Escolhe a que mais te agrada o cheiro— digo incisiva.
Riel escolheu justamente o MEU PERFUME, poxa, fiquei chateada. Ele pagou o perfume e saímos da loja.
Essa pessoa deve ser bem especial para o Ri, para ele gastar esse valor absurdo por um único perfume.
Eu estava me sentindo estranha, triste, desanimada... Perdi até a vontade de está com ele.
— Você tá bem, gatinha? — forcei um sorriso o respondendo com a cabeça.
— Quer tomar sorvete?
— Pode ser... aqui na sorveteria do shopping os sorvetes são muitos bons.
"Deus! Tenho que mudar de humor, Riel não fez nada pra eu está agindo assim. "
Ri comprou um pote de sorvete de chocolate branco, abri um sorriso de imediato pra ele , que sorriu de volta. Saimos de mãos dadas para o estacionamento. Ele abriu a porta do carro para eu entrar. Coloquei o sorvete no banco de trás e antes que eu pudesse sentar Riel me puxou para um beijo... Um beijo lento, fervoroso, tudo de bom.
— Estava louco pra te beijar, gatinha...
—Hurummm... —sorri rompendo o beijo, mesmo necessitada em continuar. Vamos embora Riel, o sorvete vai derreter, o empurrei entrando no carro e fechei a porta, ele deu a volta e entrou também.
— Como vamos tomar o sorvete sem colher? — interrogo desconfiada.
— No meu apartamento — gargalhei! Riel eu ainda tenho que ir à academia...
— Não vai hoje! Você nem precisa malhar, já é perfeitinha — Ri me olha com o olhar de pidão e eu não digo nada.
Vinte minutos depois estavámos entrando no prédio, chega deu um frio na barriga.
Peguei o sorvete e o Riel a sacolinha com o perfume e subimos.
Chegando no apartamento fui direto para a cozinha acalmar meu desgosto. Riel pois o perfume na mesinha de centro, eu olhei o pacote com uma raiva que só Deus na causa para perdoar meu mau sentimento.
— Vai querer sorvete, Riel? — pergunto quando ele vem até a bancada carregando sua mochila.
— Quero sim! Vou deixar a mochila no quarto, já volto.
Enchi duas taças de sobremesa do doce indo para o sofá. Instantes depois, Ri senta ao meu lado pegando sua taça. O olho dando-lhe um meio sorriso, voltando a encarar a mesinha de centro.
— Tá quieta hoje linda, tá com algum problema?
Minha vontade era dizer que o meu problema era a porra do perfume, mas como sou boazinha dei outra desculpa.
— Estou cansada, só isso.
Ri larga o sorvete na mesinha e avança atacando meus lábios. Suspiro sentindo o gelado dos nossos lábios chocando-se com o quente das nossas línguas se misturando, o gosto do chocolate faz-me lembrar do nosso primeiro beijo.
Quero mais, quero o beijo, o corpo e o coração do Riel, para sempre!
Sem nem perceber estamos deitados no sofá, Ri sobre mim, remexendo o quadril , grudado em meu pescoço lambendo, suas mãos apertando minhas coxas com urgência para tirar meu jeans. Ele sabe como me deixar excitada a sua mercê, rendida e necessitada... estou louca , quero que ele vá logo para os finalmentes.
Corro os braços em suas costas, descendo para sua cintura, aliso seu montante duro ao tentar afastar o cós da sua bermuda para baixo.
Riel geme junto comigo. Deixa meus lábios e apressadamente tira minha calça e calcinha. Desce suas roupas de baixo, cobrindo-me com seu corpo enquanto volta a dominar minha boca. Arqueio-me para sentir seu sexo colado ainda mais ao meu, atiçando meu interior.
— Riel, não me torture — suplico.
— Não vou — não sei de onde ele tirou a embalagem negra rasgando com os dentes e veste o preservativo subindo em mim de novo.
Mais uma vez desmancho deleitando-me no oceano de emoções que Riel me causa.
— Batizamos seu sofá— digo.
— Poderemos batizar cada móvel e parte desse ap, o que acha?
— Acho uma ótima ideia! — Ri aperta-me distribuindo beijos pelo meu ombro fazendo-me sentir ainda mais seu pau em minha bunda.
Estamos deitados de lado no pouco espaço do móvel, curtindo nosso contato. Acho que gosto disso, do Riel carinhoso, amoroso e duro atrás de mim. Gosto da forma como ele me toca antes, durante e depois do sexo.
Quando estou com Riel não sinto medo de sonhar com o futuro por causa do passado , sonho é com o que posso ter no futuro.
Com Riel, eu sinto que posso sonhar com o amor.
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Obrigada Por Está Aqui e Fazer Parte da Minha Caminhada, Agradeço de Coração❤️.
𝐴𝑙𝑙𝑦 𝐴𝑛𝑔𝑒𝑙࿐
30 de Julho 2021