What you did in the Dark

By slytcruz

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"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nasc... More

Informações da história
Chapter One: When all starts.
Chapter Two: Don't go, Harry!
Chapter Three: Healing
Chapter Four: Let's find out
Chapter Five: The game starts.
Chapter Six: Gringotts with revelations.
Chapter Seven: Platform, godbye and train.
Chapter Eight: Hogwarts!
Chapter Nine: Selection.
Chapter Ten: The Gringotts theft.
Chapter Eleven: Flying Leassons.
Chapter Twelve: Halloween.
Chapter Thirteen: Quidditch.
Chapter Fourteen: Erised mirror.
Chapter Sixteen: Planting Seeds.
Chapter Seventeen: Abused.
Chapter Eighteen: Drowning
Chapter Nineteen: Forbidden Forest
Chapter Twenty: Two-faced
Chapter Twenty-One: Summer of Planning
Chapter Twenty-Two: New Generation.
Chapter Twenty-Three: Deja Vu
Chapter Twenty-Four: Voices
Chapter Twenty-Five: Court
Chapter Twenty-Six: Dobby, the house elf
Chapter Twenty-Seven: Snakes, Ghosts and Puffs
Chapter Twenty-Eight: T. M. Riddle
Chapter Twenty-Nine: Spiders
Chapter Thirty: The Chamber
Chapter Thirty-One: My Blood
Chapter Thirty-Two: Safe
Chapter Thirty-Three: Sirius Black
Chapter Thirty-Four: Dementor
Chapter Thirty-Five: Hippogriff and Boggart
Chapter Thirty-Six: Marauders Map
Chapter Thirty-Seven: Truth or Dare
Chapter Thirty-Eight: Final
Chapter Thirty-Nine: Reunited
Chapter Forty: Expecto Patronum!
Prólogo Pt.2
2.1: The beginning
2.2: Princess
2.3: Imperius
2.4: Long time no see
2.5: Goblet of Fire
2.6: Rage
2.7: Wands
2.8: Pierre
2.9: Dragon
2.10: Ball
2.11: Second Task
2.12: Alliance
2.13: Third Task
2.14: And so it starts
2.15: Remember
2.16: Mourning
2.17: Breakdown
2.18: Unwanted connection
2.19: Preview
2.20: Wizengamot
2.21: Tortured Loved Ones Department
2.22: Routine
2.23: Dates and Winks
2.24: Army
2.25: Daggers and teddys

Chapter Fifteen: Yule.

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By slytcruz

"Ela acreditava em anjos e, porque ela acreditava,
eles existiam".

Dezembro de 1991.

    Harry e Neville andaram discretamente, seguidos por Hermione, depois de se despedirem de Draco e Pansy, até onde Moony e Dora estavam escondidos.

    O sol já se punha na plataforma, o que os ajudava a se esconder nas sombras.

    Harry pulou nos braços de Dora, enquanto Neville abraçava Moony, e logo eles trocaram.

    - Nós sentimos tanto a falta de vocês, meninos! As meninas também, mas só veremos Ginny perto do ano novo, quando ela e seus pais voltarem da Romênia - Dora disse.

    - Eles foram visitar Charlie? - Neville perguntou.

    - É o primeiro ano dele na reserva... devem estar dando apoio - Moony concordou.

    - Moony, Dora, essa é Hermione - Harry disse, puxando a garota para se aproximar mais deles. - Mione, esses são Remus Lupin e Ninfadora Tonks, mais conhecidos como Moony e Tonks ou Dora.

    - É um prazer conhecê-los - Hermione disse estendendo a mão, mas logo sendo puxada para um abraço arrebatador de Dora.

    - Sem formalidades, querida. Se juntou à nós é da família - a mulher disse, e Mione sorriu brilhantemente.

    - Se prepare porque não somos normais - alertou Moony, segurando os garotos pelos ombros e se preparando para aparatar. Tonks o copiou com a garota, e logo eles desapareciam num rodopiar nauseante.

    Hermione parecia meio verde assim que eles pousaram no gramado coberto com uma fina camada de neve, e Dora se desculpou por esquecer de avisa-la sobre a aparatação. A garota parecia tão feliz, que nem se importou.

    - Bom, nossa casa está escondida sob um feitiço chamado fidellius, que, caso você não saiba, é um feitiço de camuflagem que esconde um objeto e residência de olhos alheios, e só pode ser visto após o guardião do segredo revelar a senha de identificação. No caso, eu sou o guardião do segredo, por isso - Moony explicou - , "o covil dos marotos se encontra em Ottery St. Catchpole, número 77"

    Hermione ofegou quando, onde ela não via nada, uma mansão surgiu.

    Eles atravessaram as proteções e correram para a porta de entrada querendo fugir do vento frio que gelava os ossos.

- Quem você vai ver lá dentro irá choca-lá - disse Harry - , mas explicaremos melhor mais tarde.

Empurrando a madeira, eles ganharam visão da magnifica sala de entrada da mansão. A decoração de Natal era misturada, com elementos trouxas e bruxos, e era absolutamente deslumbrante.

Guiaram Hermione mais para dentro, em direção à sala de estar, onde duas figuras os esperavam.

- Admita que eu sou sua favorita! - Luna dizia para Severus, que a olhava preguiçosamente.

- Eu não tenho um favorito - respondeu o homem.

- Tem sim! Eu sei que tem!

- Eu sou o favorito, Luna! Nem tente lutar - Harry disse, chamando a atenção dos dois.

- Harry! Neville! - exclamou a garota loira, pulando no pescoço dos dois ao mesmo tempo e prendendo-os num abraço de urso.

- Professor Snape? - sussurrou Hermione chocada, olhando para o mestre de poções com as sobrancelhas tão erguidas que quase sumiam sob sua franja.

- Olá, senhorita Granger. Nessa casa, não precisa me chamar de professor. Snape ou Severus está bom - disse o homem, sorrindo levemente. Hermione parecia que teria um derrame a qualquer momento.

- Acho que você quebrou ela, Sev - Neville disse rindo.

- Ela supera - disse Harry, empurrando-a para que sentasse no sofá. - Bom, de qualquer jeito, essa é Luna Lovegood, conhecida como Loirinha, Lua, ou só Luna mesmo.

- É um prazer conhecê-la, Hermione - Luna disse, dando um abraço na garota ainda surpresa.

- Igualmente, Luna - Mione sussurrou, ainda meio atônita.

- Que tal vocês mostrarem o quarto de visitas à ela e, então, voltam para nos contar como foi esse semestre? - disse Dora. Snape riu.

- Isso vai ser divertido - ele disse, assistindo as crianças correrem escada acima.

- Nos podemos fazer mágica aqui, então não tem problema desencolher o seu malão sozinha - Harry informou à Hermione. - Seu quarto será na frente do meu, na diagonal do de Neville, e ao lado do de Ginny e Luna. Estaremos todos a sua disposição - terminou ele, fazendo uma reverência e sendo imitado pelos dois. Mione ria das suas palhaçadas.

- Não se preocupe, porque, com o tempo, os zonzóbulos sairão da sua cabeça - disse Luna sorrindo sonhadora antes de correr de volta para o térreo.

- Isso quer dizer que você entenderá tudo, eventualmente - Neville traduziu. - Ela tem um jeito excêntrico de falar, muito parecida com a mãe - eles ainda ficavam chateados ao se lembrarem da morte acidental de Pandora.

- Eu achei incrível - Hermione disse, sorrindo brilhantemente. - Vamos logo, porque eu quero ver a cara deles ao saberem do trasgo.

Harry e Neville gemeram enquanto eram arrastados pela garota, que sorria enormemente.

[...]

- Um trasgo, Harry? Sério? - perguntou Moony, uma hora depois da conversa terminar, enquanto eles jantavam, ainda incrédulo.

- Eu tinha que ir buscar Hermione! - Harry se justificou. - Se aqueles acéfalos tivessem ido sozinhos, os três estariam mortos, então, de nada.

- Eu deveria tê-lo agradecido por isso, realmente. Me poupou uma papelada - Severus disse com uma risada, bebendo mais do seu vinho.

- E o melhor foi que ganhamos sessenta pontos - Harry adicionou.

- Ginny vai ficar decepcionada quando souber das ações do irmão - Luna suspirou.

- Eu ainda não entendi porque ele é assim - disse Neville. - Quer dizer, Fred e George são muito legais e engraçados, e sempre nos ajudam quando precisamos - Hermione concordava com a cabeça - , e Percy não é de todo mal, mesmo sendo muito pomposo e solitário.

- E ele chegou a ser mais insuportável nas primeiras semanas, antes de Harry engana-lo e fazê-lo perder pontos por estar fora da cama fora do horário. Eu não consigo nem ficar chateada com a perda de pontos quando eu vejo o que ele faz - Mione completou.

- Eu não sei como pude duvidar dele sendo um Slytherin - resmungou Remus.

- Foi bem lento para perceber, querido - riu Dora, beijando-o suavemente na bochecha.

- Ah, eu esqueci de contar - Harry exclamou, puxando o tecido prateado de dentro das vestes. - O velho me deu ontem. Sem feitiços ou compulsões.

-  Meu Deus - sussurrou Moony, olhando a capa com nostalgia em seus olhos.

- É ela mesma? - perguntou Severus.

- Igualzinha a das historias - concordou Harry.

- E o que você fez? - perguntou Dora. Harry a olhou ofendido. - Não me olhe dessa maneira, porque todos nós, incluindo Lily, fizemos alguma besteira da primeira vez que usamos a capa sozinhos.

    - Acabei entrando numa sala depois de ter derrubado uma armadura no corredor. Tinha um espelho que nos faz ver nossos desejos - Harry disse. Severus quase cuspiu seu vinho.

    - Você encontrou o espelho de Ojesed? - perguntou o homem incrédulo. - Dumbledore disse que iria escondê-lo!

    - Não estava muito bem escondido - o Potter respondeu, dando de ombros.

    - E o que você viu? - perguntou Moony.

    - Nós. E Ginny. E Draco e Pansy também. E os meus pais e Tom. Todos seguros.

    - É um desejo bem nobre - Dora disse sorrindo.

    - Bem Gryffindor - Neville implicou.

    - Na verdade, também tinha um bebezinho de cabelos azuis - Harry disse, olhando para o casal com a insinuação clara em seus olhos verdes.

    - Talvez um dia, querido - Dora respondeu.

    [...]

    Os dias na mansão passaram rapidamente.

    Hermione e Luna ficaram amigas rapidamente, e logo trocavam informações e livros. A Gryffindor parecia muito confortável na casa, como se sempre fizesse parte da família. Ela se sentia confortável com Moony e Dora, e não mais estranhava Sev.

    Foram dias bons.

    Logo, o Yule/Natal chegou, e eles realizaram o ritual perto da meia noite.

    Suas roupas eram as mais bonitas que tinham, mas eles logo pretendiam troca-las por pijamas. Velas estavam acesas em suas mãos, e eles recitavam as palavras necessárias, furando levemente a pele em seguida e deixando o sangue fluir no altar montado num canto visível da sala de estar. A magia estalou no ar, como se deixasse clara a sua presença.

    A benção estava feita.

    Eles logo correram escada acima, trocando os vestidos e ternos por pijamas vermelhos e verdes. Seus presentes já estavam debaixo do grande pinheiro. Chocolates quentes foram distribuídos pelos elfos, e eles todos se empoleiraram no sofá, assistindo o fogo na lareira estralar vez ou outra, num silêncio confortável.

    Severus tinha a cabeça abaixada, seus cotovelos apoiados nos joelhos impedindo qualquer um de ver o seu rosto. Ele fazia isso todo ano, após o ritual — passava um tempo pedindo à magia que protegesse Sirius também. Todos eles pediam isso, mas ele sempre se demorava mais. Sempre pedindo que, um dia, pudesse tê-lo de volta em seus braços.

    - Esse é o melhor Natal da minha vida - Hermione sussurrou com a cabeça apoiada no ombro de Harry.

    - Eu sei como é o sentimento - ele respondeu no mesmo tom.

    - Vocês me salvaram de um inferno - ela cochichou ainda mais baixo, como se temesse arruinar aquele momento.

    - Também sei como é - Harry respondeu.

    - É muito cedo pra dizer que eu amo vocês, rapazes? - Mione sussurrou, segurando as mãos dos dois garotos que a acolheram.

    - Não se nós amamos de volta - Neville respondeu com a voz baixa, deixando um beijo nas costas da mão dela.

    Uma lágrima caiu dos olhos de Hermione, e ela sorriu.

    - Obrigada.

    [...]

    Na noite seguinte, ocorreu o baile dos puro-sangues.

    Harry tinha recebido todas as informações que os goblins lhe mandaram. Todos os extratos bancários, propriedades, investimentos... Absolutamente tudo que ele pudesse vir a precisar.

    Tudo o que Dumbledore pegou foi documentado. Cinquenta mil galeões, foi o que o velho tirou de si, além dos seus pais, e isso somente até 1986. O que ele fazia com tanto dinheiro, Harry nem queria saber, só o queria de volta, mas não agora.

    Por causa do testamento bloqueado, Gringotes o creditou com algumas centenas de galeões e ajuda em investimentos. Eles se sentiam culpados, seus gerentes de contas.

    Agora, como as casas Potter e Peverel só o tinham como suscetível ao cargo de lorde, ele teria de tomar conta dessas contas desde cedo, mesmo sendo somente herdeiro. Ele não tinha direito a voto no Wizzengamot mas, se designasse alguém como seu representante, poderia planejar algumas leis interessantes para serem levadas à julgamento.

    As casas Black e Slytherin tinham Lordes, mas ambos incapacitados, então Harry os estaria representando até que eles pudessem assumir o manto.

    Numa decisão conjunta, eles decidiram esconder o fato de Harry ser herdeiro Slytherin, para que não tivesse olhos o perseguindo, se perguntando porque o garoto que viveu seria herdeiro do lorde das trevas.

    Seus gerentes de contas do Gringotes o explicaram tudo sobre economia, e sua mente gravou cada apalavra dita. Harry planejava usar o baile do Wizengamot como uma oportunidade de criar laços e possíveis empreendimentos futuros.

    Se ele quisesse, num futuro não muito distante, ter influência o suficiente para mudar algumas coisas no ministério, ele precisaria começar logo.

    - Estão prontos? - gritou Dora do andar de baixo.

    Nem todos iriam, é claro.

    Esse ano, o baile seria na mansão Malfoy, então Severus foi convidado por ser um amigo de Lucius. Somente Harry, Neville e Hermione iriam, a garota usando um anel de protegida da casa Potter.

    Tia Andy tinha passado na mansão na manhã daquele dia, trazendo presentes e um delicioso bolo de laranja. Sendo a mais velha de uma linhagem Black, ela tinha muito conhecimento sobre costumes e como se prostrar numa festa tão importante, então deu algumas aulas de etiqueta à Hermione.

    Ragnok tinha explicado a Harry o que os anéis de protegido fariam, e o garoto tinha que admitir que era genial. O anel incluía a pessoa que o usava parcialmente à linhagem, ativando as proteções da família com ela. E, além do seu papel de proteção, Hermione era infinitamente beneficiada, assim como Harry. Ela poderia participar de seções do Wizzengamot no seu lugar, cuidar do banco se ele permitisse, e era incrível ter uma pessoa tão inteligente como protegida de sua casa. Nenhum puro sangue preconceituoso poderia tocá-la.

    - Estamos descendo - gritou Harry, batendo na porta de Hermione para ver se ela já estava pronta.

    Ela estava linda, ele viu quando ela abriu a porta.

    Usava um vestido vermelho e prateado, as cores da casa que ela representava. Seus cabelos estavam parcialmente presos, seus cachos mais definidos que o usual caindo em ondas nas suas costas. As mangas logas do vestido estavam agarradas ao braço, e a saia caia levemente ao seu redor, como se fosse seda fluída. Uma delicada tiara estava no topo da sua cabeça, ornamentando com as belíssimas joias que usava.

    - Você está deslumbrante - Harry disse sorrindo e estendendo o braço.

    - Você também está encantador - Hermione respondeu, avaliando-o.

    Suas vestes consistiam em um terno bruxo tradicional com o forro em vermelho e detalhes em prata. O brasão das casas Potter e Black estavam presos em broches no seu peito, quase acima do coração. Tudo lhe caia perfeitamente, sem nada amassado, ou fora do lugar. O cabelo, geralmente bagunçado e indomável, fora controlado por Harry, que o jogou elegantemente para trás, deixando uns poucos fios cairem sobre seus olhos para, segundo ele próprio, "dar um charme".

    - Vocês estão tão lindos! - arrulhou Dora assim que os viu descendo as escadas.

    - Devíamos tirar uma foto - disse Remus, balançando sua varinha e fazendo sua câmera aparecer. - Digam "Moony!".

    - Moony! - repetiram os dois, sorrindo. Um clique e um flash de luz sinalizaram que a foto já foi tirada.

    - Colocamos na poção reveladora mais tarde - disse o lobisomem. - Estão prontos?

    - Prontíssimo - respondeu Harry.

    - Sev já foi. Disse que ia checar o perímetro - contou Dora. - E Augusta e Neville chegam logo logo.

    Nem um segundo depois, o alarme do flu soou, alertando-os da entrada de mais pessoas.

    Eles todos se direcionaram à sala de entrada, onde Neville e a madame Longbottom esperavam em suas vestes elegantes.

    - Lady Longbottom - cumprimentou Harry, dando um leve beijo na parte superior da mão da senhora, como diz a etiqueta. Hermione fez uma levíssima reverência.

    - Herdeiro Potter-Black - respondeu ela, com um leve aceno de cabeça.

    - Vocês estão deslumbrantes - disse Remus, cumprimentando a senhora da mesma maneira que Harry.

    Eles realmente estavam. As cores da casa Longbottom eram verde e preto, então suas roupas seguiam o padrão. Augusta vestia um vestido verde com detalhes em renda preta e um pequeno véu negro preso em seus cabelos, assim como uma viuva deve usar. Neville usava um terno como o de Harry, mas com uma gravata e forro verdes e o broche com o belo urso ornamentado da família Longbottom.

    - Estão prontos para ir? - perguntou a madame. Harry e Hermione acenaram positivamente.

    - Tomem cuidado, e se lembrem do nosso combinado. - disse Dora. - De volta em duas horas.

    - Sim senhora, madre - Harry disse, dando-lhe um beijo na bochecha. Hermione deu um abraço em cada.

    - Não hesitem em usar a chave de portal se algo parecer estranho - Remus reforçou, enquanto eles iam para a lareira.

    Augusta e Neville passaram primeiro, gritando o destino.

    - Não hesitaremos - Hermione disse, batendo levemente do broche Potter que também recebera e usava preso em seu vestido.

    - Amo vocês - Harry disse, puxando Hermione para a lareira e a segurando firmemente em seus braços antes de pegar um punhado de pó de flu e jogar no chão, gritando: Mansão Malfoy!

    Eles sumiram num rodopiar de chamas verdes brilhantes.

    - Quando nós adotamos esse tanto de pré-adolescentes, hein? - Dora perguntou à Remus de brincadeira.

    - É algum instinto de matilha, tenho certeza - o homem respondeu, fazendo a esposa gargalhar.

    [...]

    Harry e Hermione saíram numa magnífica lareira de mármore escuro, o garoto a segurando para não cair.

    Tudo estava ricamente decorado, ostentando a riqueza dos Malfoy's. Candelabros em ouro, pavões entalhado em todo lugar, madeira rica e nobre...

    - Herdeiro Potter-Black - disse Cepheus ao vê-lo, os olhos se arregalando levemente ao ver o broche extra em suas vestes. Ele cumprimentava a todos que chagavam, os direcionando ao salão de baile.

    - Herdeiro Malfoy - Harry respondeu, se curvando levemente, com a mão em seu peito. - Essa é, como acredito que se lembre, Hermione Granger, agora uma protegida da casa de Potter.

    - Senhorita - cumprimentou o loiro, beijando levemente do dorso da mão de Mione, que se curvou levemente ao gesto. - Seria uma honra poder conversar mais, mas temo ter que cumprimentar os convidados. O salão principal se localiza na porta à esquerda.

    - Nos veremos mais tarde, tenho certeza - Harry disse, acenando levemente, rumando para a porta indicada, com Hermione segurando seu braço.

    Se a entrada já era extravagante, esse salão superava ainda mais. Taças de cristal com pinturas em ouro passavam flutuando por entre as pessoas, enchendo-se sozinhas o tempo todo. As mesas eram de mogno escuro, com decorações ricamente detalhadas entalhadas na madeira, com toalhas de linho verde profundo e prateado formando os detalhes, candelabros de platina e louça de porcelana. Guirlandas decoravam o teto, assim como pinheiros com decorações de Yule — frutinhas cristalizadas e flores. Uma banda bruxa tocava uma música calma, extremamente reconfortante de ouvir.

    Lorde Malfoy cumprimentava quem entrava, ao lado de sua esposa, Lady Malfoy. Ambos vestiam preto e branco, as cores dos Malfoy's. Draco estava logo ao lado, se curvando levemente a cada família que passava. Ele vestia um terno bruxo num tom de grafite profundo, com uma gravata preta e blusa branca. Seus cabelos estavam mais arrumados do que o dia a dia, o que Harry achou incrível. Ele estava muito bonito.

    - Herdeiro Potter-Black - disse o senhor Malfoy, inclinando a cabeça levemente, a mão sobre o peito. Harry o imitou, se curvando à Draco também.

    - Lorde Malfoy. Lady Malfoy. Herdeiro Malfoy. É um prazer estar aqui essa noite.

    - O prazer é todo nosso - respondeu o Lorde, com o que parecia ser um ronronar em sua voz. - Fique a vontade, e aproveite a festa.

    - Nós iremos - respondeu Harry, frisando o "nós" para o homem que pareceu ignorar a presença de Hermione completamente. - Ignorante - ele sussurrou assim que se afastaram. Mione deu uma risadinha.

    Um pouco mais ao longe, escondidos da confusão de pessoas, Pansy estava com Neville e Blaise, conversando calmamente.

    - Mione! Harry! Vocês estão gatos! - disse a garota, fazendo-os rir.

    - Você também está linda, Pansy - disse Hermione. Ela estava mesmo deslumbrante, com um vestido azul bem escuro com brilhos na saia que iam perdendo-se conforme subiam, parecendo um céu estrelado, joias prateadas e cabelo solto.

    - Protegida Potter, hein? Isso vai virar matéria do jornal, principalmente depois de vocês chegarem juntos - disse Blaise. Harry deu de ombros.

    - Eles que tentem usar meu nome sem meu consentimento. Meu advogado ja tem um processo pronto - eles riram.

    - Ah, vovó pediu pra avisar que passará para nos checar de vez em quando. Disse que não confia totalmente em nós para não fazermos nenhuma pegadinha. Quero dizer, nós nem aprontamos em Hogwarts, e tivemos varias oportunidades - disse Neville, meio indignado no fim. - Por que não aprontamos?

    - Porque somos os mocinhos - Harry disse com desdém. - Mas talvez pensassem que eu sou mais parecido com o meu pai se eu brincasse um pouco. Ser um Slytherin acabou deixando muitos desconfiados de mim.

    - Pode ser uma boa para o próximo semestre - Neville concordou.

    - Vocês são estranhos - Blaise disse.

    Eles ficaram conversando por quinze minutos antes de Draco chegar com uma aparência de quem estava sem paciência.

    - Minhas costas doem de tanto me curvar para pessoas que eu nem gosto - ele resmungou, se esticando.

    - Boa noite - disse Pansy sarcástica, ganhando um olhar mortal do loiro.

    - Alguém tem água? - ele perguntou, e Harry estendeu sua taça. - Obrigado.

    - Então - disse Hermione - , conseguiu filtrar com quem devemos falar?

    - Oh, definitivamente. Tem alguns que é melhor ficar bem longe. Exalam magia completamente sombria, pra ser sincero - Draco respondeu.

    - Do que vocês estão falando? - Blaise perguntou.

    - Ah, meu amigo - disse Neville - , Harry quer mudar o ministério e precisa de apoio, então vamos começar a montar uma base de poder agora.

    - Bem ambicioso, não?

    - Melhor do que a agenda da luz ou das trevas, eu devo dizer - Pansy disse, bebendo seu suco com deboche. - E com mais chance de sucesso.

    - Posso falar? - pediu Draco. Eles assentiram. - Ótimo. Bom, pra começar, temos os Diggory. O Lorde Diggory é chefe do departamento de controle das criaturas mágicas, o que seria bom para a sua agenda com relação às criaturas sombrias e mestiços. Seu filho, Cedric, está em Hogwarts e é um dos melhores do quarto ano, jogando como apanhador do time dos Hufflepuffs. A esposa é curandeira. Sua agenda é neutra, mas papai diz que ele sempre pende pro lado que mais favorece as criaturas, então pode ser uma boa escolha.

    - Parece interessante - Harry disse. - O que mais?

    - Tem os Bones, Abbots, Greengrass e Nott. Desses, somente os Bones não fazem parte dos sagrado vinte e oito, mas a atual líder da família, Lady Bones, é a chefe do departamento de execução das leis da magia, e é extremamente justa. Todos querem alianças com ela, e tentam se manter do seu lado bom, pois ela pode ser feroz quando quer algo — é o que meu pai diz, pelo menos. Os Abbots e Greengrasses foram neutros na ultima guerra, e permanecem assim até hoje. Lorde Greengrass trabalha nas relações internacionais ao lado do Crouch Sênior, e dizem que ele é um dos melhores do departamento, também sendo formado um auror. Lorde Abbot é um indizível, então não se sabe muito sobre ele, a não ser que ele é formidável em batalha.

    "Os Notts, por sua vez, foram partidários do Lorde das Trevas. Nott sênior foi um dos primeiros comensais e foi preso após os acontecimentos de 81, deixando o manto para o irmão mais novo. Esse é Richard Nott, atual Lorde Nott. Ele revogou a cadeira Nott do lado escuro do Wizengamot e se posicionou neutro. Tentou corrigir o que seu irmão fez e ainda cuidou de Theo. Sua agenda é bem favorável ao que você quer alcançar, Harry, e ele tem grande influência no partido neutro e em algumas pessoas do escuro".

    - Uau! Você fez o dever de casa - disse Pansy.

    - Eu acho que minha mãe também pode estar disposta a ouvir - Blaise acrescentou. - Ela é uma megera a maior parte do tempo, mas tem uma agenda bem razoável e neutra.

    - Eu acho que deveríamos tentar alianças com essas casas por enquanto e, depois da entrada no Wizengamot, e ter os seus ideais expostos, Harry teria mais chance de conseguiu mais aliados - Hermione disse. O moreno concordou.

    - É isso aí. Por isso você é a minha protegida. Vamos? - ele disse, estendendo o braço à ela, que o aceitou depois de comer mais alguns canapés.

    - Boa sorte - seus amigos lhe desejaram.

    Agora, ele iria buscar seus aliados e, depois, começar a mexer as peças desse grande jogo de xadrez que era lentamente montado.

Oie! Tudo bem?

Demorei, eu sei. Me desculpem, mas essas semanas estão sendo bem estressantes pra mim e as próximas vão ser ainda piores porque eu vou entrar em semana de provas. Então, eu preferi deixar esse capitulo postado, já que eu não sei se vou ter tempo pra escrever.

Mas... o que estão acabando? Estão gostando? Algo a melhorar? A acrescentar? Podem dizer, eu aceito tudo, viu?

Eu queria falar algo sobre os comentários... Eu queria que comentassem mais do que somente "continua", porque as mensagem que falam algo mais que isso que me motivam, sabe? Eu sei que tenho que continuar a historia, e fica meio chato isso todo capitulo, as vezes até minutos ou horas depois de eu postar já tem comentários assim, então, por favor, falem mais?

Outra questão, é que eu não me incomodo com ninguém me chamando pelo gênero feminino. Eu sei que muitas pessoas adotaram o gênero neutro, e eu não tenho nada contra quem prefere ser chamado assim — eu gosto que me falem, para não ocorrerem problemas — , mas eu me identifico como mulher, sou mulher, gosto de ser mulher e quero ser chamada dessa maneira, tudo bem? Podem me chamar de autora, ela, dela, Bia, Ana... eu só prefiro que usem o gênero feminino. Se você não se sente confortável, somente avise que eu entenderei e não ficarei ofendida por me chamarem de maneira neutra.

Obrigada pra quem leu até aqui.

Votem, comentem, me sigam e compartilhem!

Até o próximo,

~AnaBia

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