Se Eu Fosse Você (Sameena)

By trulysameena

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Deena é melhor amiga de Peter, que ironicamente, é namorado da sua pior inimiga, Samantha. Até que em uma noi... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo final
adaptação 2

Capítulo 3

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By trulysameena

Deena acordou cedo, no horário de costume, abrindo lentamente os olhos, ainda sonolenta se dirigiu para o banheiro quando parou seu trajeto no caminho olhando para o quarto.

Mas que droga estou fazendo na casa do Peter? - Pensou alto olhando ao redor reconhecendo o quarto do amigo. - Me lembro de ter ido pra casa e... - Murmurou pensativa para si própria. - Oh, merda! Meus pais vão me matar... Dormir aqui sem avisar, eles já devem estar com a guarda marinha atrás de mim! - Aumentou o tom de voz. - Deena franziu o cenho. - Droga, fiquei rouca. - Dessa vez sussurrou pigarreando notando que sua voz estava grossa.

A menina não pensou duas vezes e saiu do quarto aturdida e sonolenta. Desceu as escadas a procura da saída, tinha que ir embora urgentemente e sairia dali sem acordar ninguém. Foi quando seu reflexo lhe chamou atenção no espelho que adornava na parede naquela grande sala. Franziu mais a testa e regressou alguns passos. A primeira coisa que fez foi arregalar os olhos petrificada, observou cautelosamente se aquilo que seus olhos teimavam em lhe mostrar não passava de um sonho. Lentamente subiu as mãos de encontro ao seu rosto apalpando-o, agora tinha certeza de que aquilo não era um sonho... Era um pesadelo!

Deena abriu a boca horrorizada e começou a gritar estericamente. Seus olhos ainda no espelho que lhe mostravam o reflexo do seu amigo Peter. Gritou, gritou cada vez mais alto.

- Filho, o que houve?! Você está bem? - Questionou uma Chloe recém acordada com a gritaria descendo as escadas de pijama quase tropeçando nos próprios pés, totalmente assustada.

Deena ainda continuava com seus olhos arregalados. Ela não respondeu, apenas se limitava a fitar o reflexo no espelho.

- Filho? Por que está gritando? - Se aproximou evidentemente preocupada tocando no ombro que supostamente deveria ser seu filho. Não houve respostas para as suas perguntas.

- Isso não pode está acontecendo... - Sibilou quase inaudível. Ouvir aquela voz grossa que não era dela, a deixava ainda mais apavorada. - Se eu estou aqui então o Peter está... - Sussurrou pensativa e sem terminar seu raciocínio, dirigiu-se rapidamente até a porta com passos rápidos. Ela só não esperava cair. Não estava acostumada com aquelas pernas longas. Se levantou novamente pegando a primeira calça que viu pelo caminho. Chloe olhava aquela cena confusa.

- Aonde você pensa que vai a essa hora? - A mulher perguntou ao vê-lo abrir a porta.

- Não se preocupe, Senhora Chloe, está tudo bem! - Respondeu por fim nada convincente com a voz terrivelmente trêmula.

Tentou se acalmar saindo pela porta deixando a mulher aturdida e ainda mais confusa no meio da sala.

- Senhora Chloe? - Murmurou confusa.

(...)

Michael e Diana como todas as noites depois do jantar, ficavam na sala em frente a lareira conversando sobre coisas banais, acompanhados de um bom vinho, o que fazia os dois irem dormir sempre mais tarde o que resultava também eles acordarem mais tarde na manhã seguinte. A morena sempre os recriminava por conta disso. Pois dizia que todos devíamos ter no mínimo oito horas de sono. Mas hoje agradecia por isso, entrou na casa com muita facilidade com as chaves extras que seus pais deixavam escondidas em um dos jarros de flores no jardim. Fechou a porta tentando não fazer um barulho se quer. Seus pais estavam completamente desacordados no chão da sala. Andou com suas novas pernas longas subindo as escadas com cautela. Se eles acordassem estaria morta por ser pega no flagra. Afinal, o que o garoto faria ali naquele horário? Chegou em frente a sua porta e começou a bater tentando fazer o mínimo de barulho possível.

- Peter, abre essa porta. - Sussurrou e bateu na porta novamente.

Se amaldiçoou por sempre dormir com a porta do quarto trancada, pois gostava de privacidade mas nesse momento ela queria mesmo era arrombar aquela maldita porta e tinha certeza que conseguiria.

- Peter... Droga, Peter, acorda! - Aumentou a frequência de batidas percebendo que não acordaria o outro.

O garoto franziu as sobrancelhas ainda com os olhos fechados.

- Deena...? - Perguntou preguiçosamente ainda levantando da cama.

- Abre essa maldita porta! - O desespero já tomava conta de seu corpo pois ouviu um par de passos no andar de baixo.

- O que veio fazer aq... - Não terminou a frase após abrir os olhos observando o lugar.

- Ei... O que eu estou fazendo no seu quarto?

- Peter, dá pra abrir logo essa merda de porta?! - Estava cada vez mais nervosa, impaciente, assustada, e com medo do que iria ter atrás daquela porta.

- Ei, calma, já vou ab... - Sua fala morreu após abrir a porta de madeira, agora os dois estavam frente a frente se olhando apavorados.

- Você... mas eu... o quê?

Peter não conseguiu formular uma frase então se limitou a gritar. A menina entrou trancando a porta em suas costas e tampando a boca do garoto para que cessasse os gritos.

- Porra, não grite. Vai chamar atenção de meus pais! - Repreendeu aos sussurros. - Você vai ficar quieto? - Peter balançou a cabeça freneticamente.

- O... q-que aconteceu? - Conseguiu falar em gaguejos, os olhos se abriam cada vez mais como se ainda fosse possível.

- Eu não sei... Não tenho ideia, quando acordei estava assim. - Falou rápido apreensiva olhando para seu corpo.

- Se você sou eu e eu sou você, então... - Olhava abismado para seu novo corpo e arregalou os olhos. - MALDITA SEJA Deena... EU TENHO SEIOS! - O garoto gritou histérico passando as mãos pelo corpo.

Deena que ainda não tinha parado para notar esse deralhe, ficou vermelha, e voltou a ficar histérica.

- Oh, puta merda, eu tenho volume demais entre as pernas.

Ao contrário de Peter, ela não se atreveu a passar a mão no novo corpo, apenas se limitou a olhar pra baixo e mesmo estando de calça moletom podia senti-lo.

- Deena, querida, está tudo bem? - A voz de Michael se fez presente batendo na porta e Deena arregalou os olhos.

- Responde! - A menina pediu aos sussurros para Peter lembrando-se que ela não poderia fazer com aquela voz de homem.

- Sim... Tá tudo beleza! - O garoto murmurou com a voz trêmula tentando parecer natural com essa voz feminina. Coçou a nuca nervoso com o olhar da menina em si.

- Tudo beleza? - Murmurou Michael confuso pela gíria da filha mas deu de ombros. - Desça, o café já está pronto. - Falou enquanto descia as escadas para a cozinha.

Deena deu um tapa na cabeça de Peter, que agora era menor do que ela.

- Tudo beleza? Tudo beleza???

- Foi sem querer. Eu estava nervoso!

- Tudo bem... - Suspirou passando a mão nos cabelos e logo sentiu falta dele longo.

- Deena, o que vamos fazer? Eu não posso ir pra casa assim... - Falou angustiado na beira da cama.

- Calma... Primeiro vamos pensar no que poderia ter causado isso. - Raciocinou um pouco tentando manter a calma andando de um lado para outro com as mãos nos cabelos.

- Talvez fosse algo que a gente comeu...

- Não seja idiota... Nenhuma comida por pior que fosse não faria tamanho estrago. Só uma diarreia brava mas...

- Desculpe, estou nervoso... - Se levantou batendo o pé no chão a todo instante sem tirar os olhos do corpo que agora ocupava.

- Ou talvez... - Deena olhou para ele que agora ocupava o seu corpo. - Ontem à noite... Quando vínhamos da sua casa... - A menina dizia pensativa fazendo pausa nas palavras e Peter pareceu entender.

- Na praça... - Acompanhou o raciocínio da outra.

- A fonte...

- A gente desejou...

- Ter a vida um do outro! - Concluíram juntos.

- Não, não, isso não! Não pode estar acontecendo... Eu não falei sério e como isso é possível? Eu estava feliz com a minha vida, eu quero o meu corpo de volta! - O rapaz falava agoniado andando de um lado e do outro no meio do quarto.

- Eu tão pouco falei sério, só estava querendo ser legal... E isso é tudo culpa sua se não tivesse começado com o papo 'Sua vida é perfeita, Deena, blá blá blá' nada disso teria acontecido.

- Minha culpa? A culpa é sua que veio com todo aquele monólogo de vida perfeita e 'Sua vida que é perfeita aqui, Peter'. - Imitou com a vozinha irritante de Deena Johnson, uma imitação perfeita, diga-se de passagem já que a voz era da própria.

Deena o olhou com a cara feia e partiu pra cima. Começaram uma pequena briga entre os dois que agora rolavam pelo chão do quarto.

- Me dá o meu corpo de volta! Me devolve! - Peter berrou com seu corpo pequeno em cima da outra enquanto apertava o que na noite anterior era seu rosto como se quisesse tirá-la dé dentro dele.

- Não! Dá você o meu corpo de volta! - Gritou agora tomando o controle da briga e ficando por cima do outro puxando os cabelos castanhos que antes eram seus.

- Ai, ai, basta! - A empurrou. - Desse jeito não vamos chegar a lugar nenhum! - Peter colocou fim naquela briga.

- Tem razão... Em vez de brigarmos vamos tentar achar soluções para resolver isso. - Levantou-se ajudando o outro logo em seguida. - E acho que já sei por onde começamos...

Os dois saíram pela porta dos fundos sem serem vistos por Michael que se encontrava assistindo Tv. Diana ainda dormia, agora deitada no sofá. Não se deram nem ao trabalho de trocar de roupa, Deena que agora ocupava o corpo do garoto estava vestida com uma blusa regata azul que deixava bem visível o corpo escultural do moreno. Uma calça moletom preta e sandálias. Peter que ocupava o corpo da menina vestia seu pijama cor de rosa e colocou apenas um casaco por cima, rumaram-se de carro para a praça onde tudo começou.

Ao chegarem no local se surpreederam, pois não havia a fonte em lugar algum. Mas havia um buraco enorme onde antes ela se encontrava, com canos à amostra e alguns pedreiros avaliando o lugar.

- O que aconteceu aqui? - Peter perguntou se aproximando de um dos predeiros envolvidos na obra.

O mesmo parou seu trabalho olhando para os dois jovens, imediatamente olhou para Peter o secando, vendo que a menina desconhecida estava de um short rosa folgado deixando suas pernas à mostra. Deena que estava atrás de Peter percebeu aquilo e fez uma cara de nojo pigarreando.

- Ah, ocorreu um problema com o encanamento, alguns canos estouraram, ou seja, um desastre! Vamos ter que trocar tudo.

- E a fonte... onde está? - Deena no corpo do amigo perguntou, averiguando todos os lados sem nenhum indício desta.

- Teve que ser retirada enquanto consertamos tudo.

- Mas o senhor não sabe pra onde levaram?

- Hum... Não. Mas se forem na prefeitura acho que alguém possa lhe informar. - Os jovens não perderam tempo. A prefeitura ficava logo à frente da praça.

- A senhora pode nos dar uma informação? - Se dirigiu quem ocupava o corpo da morena para a recepcionista já de idade que e com uma cara que dizia 'eu odeio o meu trabalho'.

- É sobre a fonte que ficava na praça... Queremos saber onde ela está. - Deena que ocupava o corpo do garoto perguntou, já estava impaciente.

- Não sei. - Respobdeu automática enquanto mexia no computador.

- Como assim você não sabe? Pelo amor de Deus, é uma fonte com uma estátua enorme bem no centro.

- Calma. - Interrompeu o garoto ao seu lado. - A senhora desculpe minha amiga... Quero dizer, amigo! - Corrigiu-se ao perceber o olhar confuso da mulher que agora os olhava com uma sobracelha arqueada. - É que aquela fonte tinha uma valor sentimental muito grande pra gente... Então por gentileza, será que não poderia nos ajudar, por favor?

- Ok. - Revirou os olhos com a suplica da garota. - Não está na cidade, não sei exatamente onde está. Aqui não informa... - Dizia enquanto seus olhos escuros checavam a tela do computador. - Mas aqui diz que volta. Bem, deixe-me ver...

Seus olhos percorriam a tela e Deena começou a bater o pé no chão impaciente com a demora.

- Ah... Aqui está. Em um mês estará de volta.

- UM MÊS?? - Deena gritou e algumas pessoas que trabalhavam ali olharam para ele. Peter ocupando o corpo da amiga, deu uma cotovelada em sua costela.

- Okay. Obrigado! - Peter se conformou. Sabia que não tinha mais o que fazer além de esperar. Puxou o braço forte da amiga saindo dali para se pouparem de mais humilhações dos olhares e cochichos de várias pessoas que se encontravam no local os olhavam por não estarem vestidos apropriadamente. Principalmente Deena, que agora era ele e provisoriamente estava de pijama rosa.

- O que a gente vai fazer agora? - Deena gemeu colocando as mãos nos cabelos. Visivelmente preocupada enquanto fitava a estrada no banco do passageiro e o do mostorista ocupado pelo corpo que agora não lhe pertencia.

- Não sei. - Olhou para ela e Deena viu seus próprios olhos castanhos preocupados. - Acho que vamos ter que esperar... Ainda não entendo como aquela fonte pôde nos causar isso. Quero dizer, que espécie de fonte era aquela? Fonte dos desejos? - Exclamou sarcástico fazendo aspas com os dedos sem desviar o olhar da estrada.

- Também não entendo... Mas agora que você me disse isso, lembrei de algo... - Tentava recordar. - Logo abaixo da estátua central da fonte tinha uma pequena placa de metal com alguns dizeres... Recorda-se?

- Acho que sim... - enrugava a testa, pensativo. - Sim, havia sim mas não estava em inglês então não prendeu muito a minha atenção. Parecia estar em italiano, ou russo ou alemão... eu não sei. - Também tentava se recordar.

Um breve silêncio inundou o carro e Peter resolveu que iria pra sua casa, como o relógio marcava oito horas supôs que sua mãe já estaria no hospital.

- Espera... Fare Attenzione a ciò che si desidera! - Tentou pronunciar as palavras que agora lhe invadiam a mente.

- Que? Fale nosso idioma, Deena! - Era essa a frase. - E o que quer dizer? - Perguntou confuso.

- Não tenho ideia... mas podemos descobrir. - Respondeu descendo do carona logo em seguida indo atrás do garoto que já havia aberto a porta da frente. Confirmaram que a mãe do garoto já havia ido para o trabalho com os típicos bilhetes que lhe costumavam deixar, dessa vez em cima da mesa de centro que ficava na sala.

"Filho, hoje não vou ficar de plantão, Patrícia já está melhor e vai ocupar meu turno como agradecimento, fiquei preocupada como você estava hoje de manhã. Parecia estar aturdido. Então chegarei mais cedo, não se atrase para escola... Mamãe te ama."

Peter lia aquele bilhete enquanto Deena já se apoderava do pequeno notebook, que se encontraga em cima do sofá. Para pesquisar aquelas palavras desconhecidas que agora não lhe saiam da sua cabeça.

- Cuidado com o que você deseja... - Sussurrou vendo o significado daquela frase mantendo ainda o olhar fixo sobre a tela do computador que estava em seu colo.

- Então... É isso. Acho que vamos ter que viver a vida do outro. - Murmurou o garoto se aproximando.

- Está maluca? - Perguntou incrédula. - Não temos outro jeito, você ouviu aquela senhora. A maldita fonte só voltará em um mês, daqui até lá o que suponha que devenos fazer?

- Vamos contar o que aconteceu para alguém... - Talvez alguém possa nos ajudar. - Falou a garota.

- Você achou uma boa ideia?

- Tentar não custa nada. - Franziu o cenho e lembrou-se de algo, olhou pro relógio que havia em uma das paredes. - Droga, Peter, vai dar quase nove horas, já estamos atrasados! - Se lamentou chorando. Sim, ela estava chorando, mas não porque chegaria atrasada, isso era só um pretexto. Chorava por estar apavorada com tudo que estava acontecendo.

- Fica calma. Não tem problema sw a gente se atrasar um pouco, vai ficar tudo bem. Estou aqui, vamos juntos nessa.

Ele conhecia a amiga mais do que ninguém e sabia que estava com medo então a envolveu em um abraço com ternura o que resultou o estranhamento para ambos, abraçar a si próprio era indescritível.

- Além do mais eu sou horrível chorando, então pare. - Disse num tom de humor separando-se do abraço olhando para o rosto que até ontem lhe pertencia.

Deena não pôde deixar de desenhar um pequeno sorriso com o comentário.

- Alguma vez eu já disse que tenho um belo sorriso? - Perguntou Peter convencido fazendo Deena dar-lhe um tapa. O garoto olhou pra ela com expressão de dor, havia doído.

Deena preferiu não tomar banho, realmente ainda não estava pronta para isso. Não conseguia imaginar limpar uma intimidade que não era sua, mesmo sabendo que uma hora ia acontecer. Não poderia passar o resto do mês sem tomar banho, sem ir ao banheiro ou até mesmo trocar suas roupas íntimas. Ela precisava ainda assimilar isso tudo, então apenas trocou de roupa tentando manter os olhos fechados com a ajuda de Peter que lhe mostrou o que deveria vestir: um calça jeans bege, camisa regata branca, e por cima uma blusa xadrez verde tom sobre tom e um tênis esportivo.

- Deena, acho que nem vou precisar ir na sua casa me trocar. - Disse ao acabar de encontrar um par de roupas da menina. Ela havia dormido há uns dias atrás na casa do amigo por conta de um trabalho em dupla e resolveu dormir ali mesmo. E com certeza deveria ter esquecido aquela peça suéter e uma calça jeans já devidamente lavada.

- Ótimo. Então se vista de uma vez e vamos.

- Acho que devo tomar um banho primeiro. - Disse em expectativa com um sorriso de lado humorado.

- Não se atreva! - Lançou-lhe um olhar assassino.

- Okay. Não está mais aqui quem falou. - Ria descontraído e começou a trocar de roupa.

(...)

Em menos de dez minutos de carro chegaram ao colégio. No final nenhum dos dois haviam se atrasado pois a primeira aula era de geografia para ambos e havia sido vaga. Então caminharam, cabisbaixos, coibidos, como se todos naquele corredor soubessem, em direção aos armários para pegar os livros da próxima aula.

- Está pronta? - Surpirou o garoto já com todos seus pertences na mão.

- Acho que sim... Quero dizer, não! - Fechou os olhos por um momento e os abriu, estava nervosa.

- E você?

A imagem de Sheila e Thomas apareceram no corredor com uma usual raspadinha nas mãos. A morena alta sorriu divertida ao ver Josh pegando seus seus livros do chão recém derrubados por um jogador de basquete. Quando o garoto se levantou já com tudo em mãos, a garota acertou em cheio o rosto de Josh. Que agora deixou todos os livros caírem novamente para limpar os olhos.

- Deena imediatamente fechou os olhos com força ao ver Thomas chegar perto deles. Mas a raspadinha gelada nunca veio.

- Droga... Tinha esquecido como arde. Coitado do Josh. - Murmurou o garoto com os olhos fechados de raiva.

Na mesmo instante Deena abriu os seus se deparando com o rosto do amigo todo ensopado apertando os olhos, nesse momento agradeceu mentalmente por não estar em seu corpo.

- Vai ter que se acostumar com isso. - Ajudava-o a se limpar.

- Supostamente esse seria o momento em que você deveria me ajudar a olhar pelo lado bom das coisas. - Abriu um pequeno sorriso ainda coçando os olhos. Peter rapidamente se lembrou de algo e abriu os olhos ainda vermelhos e olhou assustado para Deena.

- O que foi agora?

- Droga, o que vamos fazer com Samantha? - Deena arregalou os olhos.

- Oh... Merda! - Praguejou.

- Peter, por que não me ligou ontem?
Disse que iria me ligar mas não recebi nenhuma ligação sua. Por que não me ligou? - Setenciou a loira que havia se aproximado dos dois.

- Me descul... - Interrompeu-se se dando conta da situação que estava. A garota que tinha as mãos na cintura, deixou-as cair ao ouvir a voz da outra. Ela desviou seus do garoto e olhou para Deena e vendo como a mesma estava encharcada, tentou segurar o riso.

- Faltou água na sua casa e o único jeito foi tomar banho de raspadinha?

- Sua corcunda assanh...

Deena não pôde continuar com o insulto pois Peter a fuzilou com seus grandes olhos castanhos seguido de uma cotovelada no braço sutilmente para que Sam não percebesse.

Samatha estranhou Deena não ter revidado aos seus insultos. Mas não deu atenção para a mesma e voltou se olhar para o garoto. Que parecia ter um ataque epiléptico de tanto que estava inquieto no lugar. Uma tensão se apoderou. Peter não sabia como agir diante da sua namorada e Deena só queria sair dali o mais rápido possível.

- Samantha... E-eu vou para aula agora... - Deena tentou ser a mais natural possível diante do olhar atento da outra em si. - Depois nos falamos, ok? - Improvisou se afastando lentamente em seguida de Peter.

- Peter. - O chamou com a voz aveludada fazendo os dois pararem seu trajeto. - Não vai me dar nem um beijo?

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Peço desculpas desde já caso tenha erros na escrita, só vou sair conferindo tudo depois que a fic estiver completa. 💙

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