La Dama

بواسطة SRTA_MO0N

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Bom, todo chefe da máfia é obrigado a se casar e ter um herdeiro para tocar o negócio da família. O certo é q... المزيد

Nota da Autora
Origens
Empasse
Contrato
Pétalas e espinhos
RL
Violenta
AVISO!!

Fogueira

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بواسطة SRTA_MO0N

C A P Í T U L O  I V

M A N U E L L E   R O C I I

Todos os sábados fazemos um almoço especial que acabou virando uma tradição para os Rocci, funciona da seguinte maneira. O nome que for sorteado deve preparar o próximo almoço trazendo apenas comidas italianas para lembrar de nunca esquecermos das nossas origens.

O sorteado dessa vez foi minha tia Nanda, mal posso esperar para ver o que ela está preparando para o almoço.

Eu acabei construindo um condomínio apenas para minha família, nunca conseguimos viver longe um do outro, cada um tem a sua casa mas em específico mandei fazer uma enorme casa bem no meio do condomínio simbolizando a família. A casa da máfia é para todos nós, então seja lá comemorações, festas e até momentos tristes é lá que nós reunimos.

— Estou saindo dona Elize_ A mesma coloca a cabeça para fora do cômodo da cozinha. Elize é a cuidadora da minha casa e também uma mãe para mim.

— Divirta-se querida, e por favor não mate ninguém_ Sorri, Elize viu o meu estado quando cheguei ontem da empresa, minha vontade era de descer na porta de cada um e dar a eles uma lição, mas dona Elize me deu um baita sermão e me acalmou.

— Eu tentarei_ Elize sorriu antes de sumir pela casa, abro mais a porta para dar passagem para meus, bom...filhos.

Gamora minha Golden sai correndo pela rua e logo atrás vai meu husky siberiano Thor enquanto meu American bullying Stark caminha feito um cavalheiro ao meu lado.

Digamos que eu sou um pouco viciada em Marvel.

Já consigo ver a frente da casa com vários carros estacionados ao redor.

Bando de preguiçosos

É incrível como eles saem com os carros para ir na casa da máfia como se eles não morassem a uma ou duas quadras de distância.

Meus cachorros saem correndo em direção a casa já que a porta de encontra aberta.

— " Porra Thor! Você não é mais um filhote "_ Grita meu primo Lucas.

"Falando no diabo "_ Fala Matheo e logo escuto a gargalhada escandalosa de Danielle.

"Tenha respeito menino! Esse nome é maligno"_ E é claro que não poderia faltar a abuela.

Assim que entro na sala encontro todos os meus primos jogados no sofá, enquanto meus tios estão na mesa de bilhar e pôquer, imagino que minha tias estão na cozinha.

Me jogo ao lado de Danielle.

— Estou faminta_ Pego o copo de Lucas imaginando ser whisky e dou um gole.

— Vai levantar e pegar um para você folgada_ lhe faço careta.

— Miguel está com medo de aparecer aqui depois do que fez ?_ Brinco com o meu humor ácido, Hana e Melissa coçam a cabeça quase ao mesmo tempo, irmãs.

— Vocês sabiam?_ Olho para todos os meus primos.

— Não, só ficamos sabendo depois_ Elena alega. Lucas é Elana são irmãos filhos do tio Ricardo e tia Nanda, é incrível como os dois se parecem com eles.

— A prima, você precisa desencalhar, Miguel só estava dando um empurrãozinho_ Diogo diz e começa a rir com Matheo.

— Cuidado Diogo, temos a mesma idade poderia arrumar fácil uma mulher da casa Francesa para você, elas estão loucas pelos os homens da máfia Rocci_ Diogo limpou a garganta enquanto Matheo engoliu seco.

— Essa eu gostaria de ver, Matheo noivando_ Falou Danielle.

— Pagaria para ver_ Gargalhou, Matheo deu um olhar mortal para a irmã.

—Crianças o almoço está pronto!_ Luca é o primeiro a levantar sendo seguido por Matheo e meu tio André.

Madrina!!_ Quando estou prestes a levantar sou impedida quando Luara pula encima de mim me fazendo cair novamente sentada no sofá.

Mi amor!!_ Encho seu rosto de beijinhos. Luara é filha de meu Tio Nathaniel e minha tia Taís, quando minha tia me pediu para ser madrinha desse anjinho posso dizer que foi um dos dias mais felizes da minha vida.

E passou tão rápido, uma hora eu estava com ela no colo logo depois de nascer e hoje estou com ela abraçada no sofá e minha garotinha está com oito anos.

Luara é uma das crianças mais inteligentes que conheço, ela amadureceu muito para sua idade, me sinto mal por ela ter nascido em uma família envolvida com Máfias, Mas Luara ama tudo isso, as vezes acho que ela é mais minha filha do que de Taís.

— Estava com saudades_ Me abraça mais apertado, seguro seu rosto e dou mais beijinhos não me cansando de admira- lá.

— Também estava amor_ Fazia um tempo em que eu não via Luara, com o começo do ano as demandas são bem altas e infelizmente acabei ficando muito ocupada.

— Manuelle, Luara, estamos esperando vocês_ Abuela nós chama mais uma vez, Luara pega em minha mão e me guia até a sala de jantar, a mesa era gigantesca.

Também, com uma família dessa não tem como não ser.

Era uma mistura de irmãos, primos, tios e tias sentados na mesa, Tia Nanda arrasou no almoço dessa vez, a mesa estava cheia de fartura mas o prato principal era os famosos Cannellones.

— A comida vai esfriar_ Nathaniel levanta a mão para pegar na colher do arroz mas é repreendido pela Taís que lhe dá um tapa na mão o mesmo começa a resmungar ao olhar para sua mulher com cara feia

— Vamos levantem, vamos fazer uma oração_ Enquanto todos estão levantando Matheo bufa junto com Danielle que demora a se levantar.

— Mas abuela, não podemos orar depois de comer?_ Reviro os olhos com sua fala, Abuela apenas lhe dá um olhar em resposta.

— Vamos lá_ Fecho meus olhos enquanto pego nas mãos de Luara e de Danielle.

— Meu querido papai, estamos todos aqui mais uma vez lhe agradecendo por esse alimento em nossa mesa, pela vida, saúde e família. Agradeço pela paciência que o senhor me deu essa semana para aguentar meus netos_ Tentei segurar meu riso mas Danielle por um outro lado...

— Cuide de todos os meus aninhos essa semana que está por vir, traga juízo e paciência_ Deu ênfase.

— Toque no coração de Manuelle e tira a tentação de matar algum de nós_ Ri junto aos demais.

— E por favor papai, arrume maridos e esposas para os meus netos que coloquem eles nos trilhos de uma vez, Amém!

— Deus que me livre_ Sussurrou Matheo, e caímos na risada.

Começamos a se servir e conversar. Acho que um dos melhores momentos da minha vida é esse tipo de reunião em família, Sinto que aqui neste momento somos uma família normal, pessoas normais.

Eu amo minha profissão, mas amo essa sensação ainda mais.

— Como está indo nos cassinos?_ Pergunto para Hana e Melissa. Como tinha falado todos da minha máfia tomam conta de um negócio do país. Hana e Melissa cuidam dos cassinos, elas são ótimas com isso.

Danielle e Matheo cuidam das corridas de rua. Lucas e Elena organizam todo o país para turistas, seja lá vistos, imigrações, locais, hotéis, tudo. Já Bruna e Diego cuidam da defesa do país, polícia, exército, governo.

Enquanto o resto ficam no setor de contabilidades, materiais e suporte da empresa.

— Maravilhosamente bem, tirando o fato que tivemos uma briga bem feia no  Marea Alta, Mas já foi resolvido_ Marea Alta é um cassino muito famoso aqui no México por conta dos seus prêmios sempre ser automóveis esportivos, Sendo o quinto do mundo a trabalhar com tal premiação.

— Fiz um pedido para a exportadora de cinco lançamentos limitados da nova campanha da Bentley_ Danielle falou antes de levar sua taça de suco a boca.

— Temos que fazer mais um pedido de pólvora, para um novo investimento até que está tendo alta demanda_ Começamos um novo projeto recentemente, Estamos começando a trabalhar com granadas, seja elas de luz, fumaça, vidro, incendiárias, soníferas e explosivas.

— Que bom!

— Vou fazer o pedido assim que chegar em casa_ Nathaniel afirma.

— Pelo amor de Deus! Chega de falar de negócios_ Tia Nanda resmunga na mesa, Ricardo lhe dá um olhar assustado.

— Calma mulher, estávamos apenas conversando_ Nanda sempre foi muito explosiva e Ricardo não teve o dom da paciência.

— Pois Fernanda está certa, onde já se viu um almoço de família para falar de bombinhas_ Abuela revira os olhos, solto uma risada nasal.

— Bombinhas não Abuela_ Sorriu Diogo.

— Pouco me importe.

— Quero sorvete_ Manuelle se levanta da mesa indo em direção da cozinha.

— Trás os doces para a mesa!_ Gritou Melissa.

Fico admirada com os meus primos que já acabaram e já pensam na sobremesa, ainda nem estou na metade do meu prato.

Danielle aparece com duas bandejas, uma com um pudim e outra um lindo bolo de floresta negra.

Mí amor, espere os outros terminarem de comer para depois pegar as sobremesas_ Danielle parou no meio do caminho fazendo uma cara de coitada, André se virou com cara feia para a esposa.

— Uma porra, não vou ficar esperando todo mundo terminar para comer os doces, trás para cá filha_ Danielle veio saltitante, sorri com sua reação.

— André!_ Renata faltou soltar fumaça pelos olhos.

De todos tio André e Tia Renata eram o casal mais briguento da máfia, era literalmente a definição de dois elementos opostos mas ainda sim que não conseguiam ficar longe um do outro.

[...]

Conseguia ouvir as gargalhadas vindo do quintal como se estivesse do lado. Olhei pela janela vendo todos em um círculo rindo e conversando sobre assuntos diversos.

Sai da beira da janela e passei pelo piano passando meus dedos pelas teclas escutando as notas, parei em frente ao armário branco cujo estava trancado com cadeado.

Tiro a chave minúscula que tinha guardado em meu bolso antes de sair de casa.

Meus olhos brilharam para o belo violão azul escuro. Tiro o do suporte e o trago para mim. Normalmente sempre o deixo em minha casa para poder ficar o mais próximo de mim possível, mas acabei esquecendo aqui da última vez.

Dedilhei dês das cordas até o remendo na parte de trás. Fui até o sofá que fazia beira com a janela.

Como maior cuidado do mundo o ajeitei em meu colo, respirei fundo, e com um sentimento de aconchego comecei a tocar.

( 6 anos atrás )

Poderia ser mais um domingo de verão normal na minha vida, no qual eu estaria na minha casa quieta. Mas quando você tem uma prima que te leva para todo tipo de situação do mundo fica um pouco difícil.

— Danielle isso não vai dar certo! Se nossos pais pensarem em...

— Pare de jogar praga Manuelle! Vai dar tudo certo_ Me puxou em direção ao bar.

Meu estômago revirou quando vi aquele monte de pessoas, se alguém conhecido víssemos nossos pais saberiam na hora.

— Danielle vamos para outro lugar, aqui está muito cheio e...

— Olá senhoritas! Vão querer uma mesa?_ Um senhor com cabelos grisalhos e também com direito a gravata borboleta na cor vinha se aproximou com o maior sorriso em seu rosto.

— Ah! Por favor_ Danielle faltou pular se animação, olhei para todos os lados tendo a certeza que ninguém estaria olhando.

— Uma mesa para duas senhoritas saindo!_ Abaixei a cabeça enquanto passava pelo local até a mesa, assim que me sentei puxei o cardápio próximo ao meu rosto.

— Vou querer a cerveja da casa e uma porção pequena de guacamole para começar, e você Manuelle?_ Resmunguei, Deus!

—  O mesmo, por favor.

— Então duas cervejas e um porção média_ Danielle fechou o cardápio e entregou para o senhor.

A olhei torto.

— Manuelle ninguém vai saber que somos nós, fique calma.

— Eu somos filhas de uma máfia Danielle! _ A peguei, a mesma não tinha resposta.

Meu pai sempre me deixava aonde ele pudesse me ver, acho que ele tem medo de me perder de vista e aparecer do nada sendo chefe da máfia Mexicana.

Olhei para o belo restaurante, sua decoração era mista de vários países e culturas, uma parede era apenas para bandeiras de países na qual a do México era maior e estava centralizada no meio. O ambiente era aconchegante. Notei também um palco com diversos instrumentos montados e prontos para serem usados.

— Aqui tem show?_ Danielle olhou para o palco.

— De sexta a domingo, e a banda que toca aqui está sendo uma das melhores do México_ revirei os olhos, não devem passar de um bando de amadores.

O restaurante De La rua esteve aqui por muitos anos mas foi fechado sem explicação alguma, na época todos ficaram surpresos e tristes, eles eram um dos mais conhecidos do México. Mas depois de muito tempo ele abriu as portas e está conquistando o público novamente com sua nova atração que dizem ser essa banda.

As cervejas chegaram e não era brincadeira sobre o que falavam, é sem sombras de dúvidas a melhor cerveja que já tomei.

O celular de Danielle tremeu sob a mesa, a mesma o pegou imediatamente.

Um sorriso travesso brincou em seus lábios, conhecia bem aquele sorriso.

Ela começou a se levantar.

— De jeito nenhum! Danielle!_ Já estava quase a um metros e distância a mesa.

— Eu já volto!_ saiu quase correndo em direção a saída do restaurante.

— Que garota mais...mais, Agr!_ A porção chegou. Peguei a cerveja quase virando o enorme copo.

Se eu pego essa menina eu acabo com a raça dela!

Dei um pulinho na cadeira quando as luzes do ambiente apagaram deixando apenas uma luz direcionada ao palco.

Um homem subiu no palco sendo seguidos de outros que ocuparam seus lugares atrás dos equipamentos musicais.

— Boa noite e todos!_ Arregalei os olhos quando ouvi aquela voz masculina suave e firme, Não consegui desviar o olhar daqueles incríveis olhos azuis, sua barba era aparada e bem delineada seguindo seu maxilar, cabelos lisos e brilhosos da cor do cacau.

Ele estava usando uma camisa preta que aparentava ser duas numerações acima da exata, também era acompanhado de uma calça jeans mais clara e tenis brancos.

— Nunca vi a casa tão cheia que nem hoje, tenho que admitir que estou um pouco nervoso_ Um sorriso tímido e desengonçado surgiu em seus lábios fazendo a plateia rir.

— A proposta da nossa banda é trazer músicas que ouvimos no nosso país, Queremos transmitir o mesmo sentimento que sentimos ao ouvi-las para o mundo.

A trilha sonora começou a fluir, os instrumentos começaram a aquecer.

— Apresento a vocês, Fogueira de Jorge e Mateus_ As cordas do violão começaram a tremer se formando uma bela sincronia com o baixo e a bateria.

—Não para de chover,
E eu preciso do sol pra lembrar seu calor_ Respirei fundo ao ouvir sua voz totalmente equilibrada a música, a harmonia dos instrumentos e, e a sua voz, era como se fossem apenas um.

— Se eu te magoei
Desculpa, estou aprendendo o que é amor_ O vocalista começou se locomover enquanto tocava com agilidade as cordas do violão.

—Nas noites mais escuras
Nos bares, nas ruas, tudo é solidão
Não me deixe sozinho, falta de carinho, rima com nova paixão_ As pessoas começaram a se mover com a música, era lindo de ver todos envolvidos.

—Eu quero o seu amor,
Eu quero ser seu homem, se você quiser. Se eu tiver seu amor
Juro, não preciso amar outra mulher_ Estava encantada com a melodia dos instrumentos, a letra da música, tudo tão delicado mais ao mesmo tempo tão forte e significativo.

—Não deixe apagar a fogueira do meu coração_ Assim como os outros deixei a música entrar, e ali mesmo percebi que algo dentro de mim mudou para sempre.

L A  D A M A

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