C A P Í T U L O III
L O R E N Z O C A M P B E L L
— Tem certeza que isso dará certo? Tenho um pressentimento que estou perdendo meu tempo com o você Sr Fortani_ Avalio o homem diante a mim.
— Jamais faria tal coisa, fiz minha proposta a você pois sei que lhe interessa, cumpro com minha palavra Sr Campbell, só estou curioso com o a reação de Manuelle_ Ah, sim. Manuelle Rocci.
A mais ou menos três meses atrás esse senhor chegou a porta da minha máfia exigindo uma audiência comigo. Eu mandei joga-lo para os cães, mas ele disse esse nome que tanto me chama atenção.
" Sou o pai da Dama do México, gostaria de conversar sobre um futuro acordo"
Isso despertou o meu interesse imediatamente, todos sabiam quem era Manuelle Rocci, a primeira mulher a assumir uma facção.
Isso soou muita discórdia e preconceito diante de algumas Máfias, mas ninguém foi idiota o bastante para enfrenta-la.
Manuelle é a única que tem o complexo cuja sua mercadoria é armamento e munições, pelo o que andei investigando ela mesma as fábricas e vende para seus aliados.
Quando Javier chegou a minha porta me pedindo que ouvisse sua proposta o achei louco.
" Quero que se case com a minha filha"
" E porquê eu faria isso?"
" Pelos benefícios que esse casamento traria a você e sua máfia"
Depois daquela conversa passei a noite em claro pensando sobre sua proposta.
Meus pais Michelly Campbell e Leon Campbell ficaram super felizes com a proposta, não é de hoje que eles me pedem uma mulher para noivar.
Sempre pensei no futuro de minha máfia e família, mas tenho que admitir que fugi um pouco dessa coisa de casamento.
No outro dia chamei Javier e aceitei sua proposta.
" Quando poderei vê-la?"
" Manuelle não sabe sobre a proposta que lhe fiz, ela nunca aceitaria algo assim, é burra e imatura demais"
" E como você quer que eu me case com sua filha sem nem ao menos ela saber"
" Sou pai de Manuelle, tenho total direito sobre ela, e penso em minha máfia se digo que ela irá se casar com o senhor ela irá tenha minha palavra"
Não tinha interesse em Manuelle e sim nos seus bens, Seria o Dom da máfia francesa e Mexicana não bastando seria dono do México inteiro.
Hoje é dia 27 de fevereiro e exatamente hoje meu irmão Eduardo Varelli foi até o México oferecer essa proposta a Manuelle da maneira fácil, se ela aceitasse ali mesmo tudo seria bem mais tranquilo de se lidar se não for o caso iria tomar medidas desumanas.
Estou rezando para que não tenha que chegar a esse ponto.
Suspiro já irritado e inquieto.
— Ele está atrasado_ Meu primo Antony Campbell se levanta e observa a neve começar a cair pela janela.
— Isso não é surpresa vindo de Eduardo_ Estávamos em um dos meus escritórios, quatro seguranças estavam vigiando Javier.
— Acha que Manuelle irá aceitar ?_ me viro para Javier que estava degustando um Bourbon escocês.
— Ficaria surpreso se aceitasse.
— Manuelle é cabeça dura jamais aceitaria por livre espontânea vontade, avisei o senhor que seria perca de tempo_ Javier não aprovou minha tentativa pacífica de contato com Manuelle mas tinha que tentar pelo menos.
Passei dois meses investigando Manuelle, a jovem tem 27 anos está para fazer 28 daqui alguns dias, sua origem também é puxada para Itália tem três cachorros que os trata como filhos.
Procurei saber tudo sobre ela, suas fraquezas e sua força, seu passado, família, o que faz no dia a dia. Tenho que saber aonde estou me enfiando.
A porta de meu escritório se abriu, por reflexo levei minha mão até meu revólver em minha cintura, meus homens relaxaram ao ver meu irmão adotivo entrando, Eduardo estava com uma cara de poucos amigos.
Tenho dois irmãos, Emma que é a caçula e minha irmã legítima, Emma está com apenas 24 anos, ainda a vejo como uma criança. Meu irmão Eduardo era de uma máfia amiga de meu pai, sua família sofreu um atentando muito grava que levou a família a miséria, sobrando assim apenas Eduardo que carrega o nome Varelli.
Meus pais souberam sobre a catástrofe e o recebeu de braços abertos, hoje ele tem 30 anos um ano mais novo que eu.
— Você demorou_ Meu primo deu início a conversa, Eduardo jogou a pasta minha mesa que rodou até bater em meu braço. Se jogou na poltrona ao lado de Javier e folgou sua gravata.
— E então?_ me deu um olhar furioso.
— Aquela vadia me chutou como se eu fosse um cão_ Antony soltou uma risada nasal, me segurei para não fazer o mesmo.
Eduardo estendeu a mão e se serviu um pouco de Bourbon.
— Fui super bem recebido pelo seu irmão, Miguel ficou contente com meu convite, a família inteira ficou pelo o que pareceu_ Javier tinha comentado sobre o caçula Miguel Rocci.
— Estava indo tudo bem até aquele diabo aparecer na minha frente_ Ri com o seu tom de voz, poucas pessoas conseguiam deixar Eduardo daquele jeito.
— Ela recusou e me chutou do México as pressas_ Respirei fundo.
— Faça Javier_ não queria chegar nesse ponto mas não vejo outra opção, preciso daquela máfia para manter minha família no topo.
Javier abriu a pasta e tirou a papelada. Sabia que não tinha mais volta quando ele começou a assinar.
Depois de assinar as diversas folhas me entregou a caneta e virou um papel para mim.
Vi a assinatura de Javier no local que era para está o nome de Manuelle, fechei meus olhos com força.
O que eu estou fazendo?
Com olhos fechados rabisquei o papel antes que o arrependimento inundasse meu pensamento.
— Está feito_ Javier abriu um sorriso de orelha a orelha.
Acabei de colocar uma algema na dama do México pelo resto de sua vida.
— Amanhã ao anoitecer partiremos para o México, quero dar a notícia a minha noiva pessoalmente_ Javier concordou.
Me virei para Antony.
— Avise nossa família sobre o casamento e minha ida ao México_ Caminhei em direção a saída deixando os demais para trás.
— Eduardo irá comigo, você ficará tomando conta de tudo em quanto estiver fora, voltarei o quanto antes_Fui direto para minha casa.
Espero ter feito uma escolha sabia para mim e a minha família.
L A D A M A