(𝗦/𝗡) 𝗦𝗖𝗛𝗡𝗔𝗣𝗣
╰╮ point of view
Desde que cheguei não sai do meu quarto, queria ficar um pouco sozinha e descansar.
— Oi. — A porta se abre e Louis entra por ela. — O jantar já foi servido, só falta você jantar. — Se sentou na sua cama.
— Não estou com fome. — Me virei para o outro lado da cama ficando de costas para ele.
— Tá tudo bem (s/n)?
— Por que não estaria?
Ele demorou um pouco a responder mas por fim falou:
— Não sei...
Depois disso ele não falou mais nada, a porta do quarto foi aberta e fechada logo em seguida.
Ele tinha saído.
Eu não deveria estar tratando ele assim, eu não tenho nem motivos para isso.
Eu sou uma idiota, não vou deixar que meus sentimentos deixe um clima desagradável entre nós.
Me levanto rapidamente e vou para a sala, quando chego na mesma vejo o pessoal decorando a mesma com os enfeites que nós tínhamos comprado.
Noah e Sadie montavam a árvore, Finn estava pendurando o enfeite na porta e Aidan estava colocando o pisca pisca na sacada, eu já estava vendo a hora dele cair lá em baixo.
Louis estava observando o papai noel que dançava na estante, Finn que tinha o comprado.
Aquele papai noel era estranho!
— Louis? — O chamo e ele me olha.
— Hm?
— Me desculpa por ter sido grossa com você, não foi por mal...
— Tudo bem (S/n).
— Certeza?
— Sim. — Respondeu e voltou a observar o papai noel.
— Então está tudo certo entre nós? — Perguntei e ele assentiu sem me olhar.
Ok...
Depois disso dei meia volta e voltei para meu quarto, liguei para meus pais e conversamos um pouco, logo depois o sono atacou e acabei dormindo.
(...)
Sexta-feira. O dia que minha vida mudaria totalmente, ainda não sei o que deu em mim para aceitar essa ideia absurda.
Eu estava me arrumando para ir à casa do Sr. Partridge, ele disse que precisava falar comigo e Louis antes de irmos para o hospital.
(...)
— Está pronta? — A porta do quarto é aberta e Louis entra pela mesma.
— Sim. — Peguei minha bolsa e me olhei uma última vez no espelho.
— Tudo bem, vou descendo, te espero no carro. — Falou por fim e saiu.
Eu e Louis estamos estranhos um com o outro a semana inteira, quando ele disse terça que estava tudo bem entre nós ele mentiu, o resto da semana só falamos o básico e praticamente nem nos olhamos.
Saí do quarto e me despedi de Finn que estava na sala jogando, apertei o botão do elevador e em um minuto estava no estacionamento.
Louis estava fora do carro e encostado no mesmo, assim que ele me vê destrava seu carro e entra no banco do motorista, abro a porta e entrando logo em seguida.
O caminho até a casa de Partridge foi silencioso e com um clima pesado no carro, o mesmo clima que foi a semana toda entre nós.
Em menos de trinta minutos chegamos na mansão do pai dele, James nos recepcionou e nos levou até a sala de estar.
Conversamos um pouco e o Sr. Partridge decidiu ir direto ao ponto.
— Como vocês sabem, hoje ou amanhã, depende de quando a notícia se espalhará, vocês estarão namorando aos olhos de todos. — Nos olhou sério. — E bom, vocês não vão poder ficar com ninguém, a não ser que vocês dois fiquem.
— Isso não vai acontecer! — Falei rapidamente e Louis me olhou.
— Como assim pai, não vou poder ficar com ninguém? — Perguntou.
— Claro que pode, você pode ficar com a (S/n)! — Sorriu.
— Como ela disse, isso não vai acontecer. — Me olhou. — Faço das palavras dela as minhas...
Engulo em seco.
Idiota.
Idiota.
Idiota.
Eu sou uma idiota.
— Bom vocês que sabem! — Falou por fim. — Querem almoçar aqui? — Perguntou olhando as horas no seu relógio.
— Não, nós vamos almoçar fora depois que fomos embora do hospital.
— Vamos? — Perguntei.
— Se você quiser, é claro. — Me olhou.
— Não, está tudo bem para mim...
— Bom chega de papo furado, é melhor vocês irem, vai que peguem trânsito. — Sorriu se levantando. — A van com os brinquedos já está por lá!
— Já?
— Sim, eles estão desde cedo.
— Então melhor nós irmos. — Se levantou.
— E os repórteres também. — Sorriu.
— Meu deus mais já? — Foi minha vez de perguntar, eu estava assustada.
— Sim. Melhor vocês irem...
(...)
Estávamos em frente ao hospital, eu estava nervosa. Havia vários repórteres e fotógrafos na porta do mesmo.
— Quero que saiba que tudo o que acontecer agora não vai passar de uma encenação, tudo bem? — Chamou minha atenção e eu assenti.
Ele sai do carro dando meia volta e abrindo a porta do meu lado.
Respiro fundo.
Saio do carro e Louis me abraçou colocando um de seus braços na minha cintura e me levando para dentro do hospital.
Vários flashes em direção a nós e alguns repórteres tentando nos parar, mas não conseguiram graças à segurança.
— Eu não vou me acostumar nem tão cedo com isso. — Me soltei dele e o olhei.
— Também não...
Fomos atendidos pela secretaria do hospital e ela fez nós nos trocarmos e colocarmos uma roupa com proteção para entrar na sala onde estavam as crianças.
Os brinquedos foram retirados da van e colocados para dentro do hospital, uma fotógrafa entrou no mesmo e tirou uma foto minha e do Louis com os brinquedos.
Assim que entramos no corredor onde estavam as crianças meu peito se encheu de alegria.
Entramos em vários quartos e distribuímos os brinquedos, conversamos um pouco com cada criança e com o responsável que estava com ela.
Mas uma criança em especial me chamou atenção, na verdade todos eram especiais ali, mas uma me conquistou apenas com um sorriso.
— Tia? — Matthew chama minha atenção, eu estava distraída olhando os traços da criança maravilhosa à minha frente.
— Oi, meu anjo?
Matthew tinha dois anos, era incrível com tão pouca idade passando por tantas coisas, mas mesmo assim permanecia com um sorriso de encantar qualquer um.
A doença dele ainda estava no início, mas a mãe dele estava fazendo de tudo para tentar curar seu filho.
Ela tinha ido dar um volta com Louis, todos os brinquedos já haviam sido distribuídos, eu estava a quase duas horas aqui com Matthew.
— Você pomete que vai vim mi ver mais vezes com o titiu Louie? — Perguntou com seus olhos brilhando de esperança.
— Eu prometo meu amor. — Abaixei minha máscara e dei um beijo na testa.
A porta do quarto se abre e Louis entra com Louise, a mãe de Matthew.
— Desculpa a demora, estava conversando com Louis, você tem sorte por ter ele como seu namorado viu (S/n). — Colocou as mãos no meu ombro e senti meu rosto ferver.
— Falei alguma coisa de errado? — Perguntou ao ver meu estado.
— N-não, não falou nada. — Ri, mas de nervoso.
— Você vai casar com a (S/a) titiu? — Perguntou Louis e era agora mesmo que eu queria um buraco para enfiar minha cabeça.
Louis riu.
— Quem sabe mais para frente né (S/n)? — Perguntou e eu assenti rapidamente.
Eu estava nervosa.
Eu odeio mentir.
E eu odeio essa história.
Isso não daria certo…