Você estava na sala do trono lendo um livro silenciosamente. As grandes janelas estavam abertas e o doce ar de verão do mar lá embaixo entrou, deixando você se sentindo em paz. Estava bastante quieto em torno de Cair Paravel, uma vez que todos os homens e a maioria dos soldados estavam fora tratando de um tratado de paz. Ainda havia algumas terras distantes que acreditavam na velha magia negra da Bruxa Branca. O principal objetivo para você e os Pevensies era trazer paz a toda Nárnia após o reinado de terror que a Bruxa Branca infligiu.
Infelizmente, muitas terras foram céticas em relação ao seu reinado. Ou seja, você e os dois filhos de Adão e as duas filhas de Eva. Você foi um curinga. Algo que não fazia parte da profecia, mas existia mesmo assim. Isso deixou muitas pessoas céticas em relação a Aslan e sua escolha de governantes para governar toda Nárnia e suas terras vizinhas. Todos pensaram que todos vocês eram uma farsa. Precisava ser provado o contrário.
Os Pevensies eram da Inglaterra de 1940. Você, por outro lado, era da América moderna. Como essa falha no tempo surgiu, ninguém poderia explicar. Aslan disse que era para ser e que um dia você entenderia seu verdadeiro valor de ser diferente. Era estranho ser o estranho. Onde os Pevensies passaram pelo guarda-roupa por sua própria exploração, você foi arrastado para Nárnia.
Você estava visitando uma fábrica para uma excursão escolar. Era bastante enfadonho e você estava tentando manter para si mesmo. Isso não impediu que as garotas populares incomodassem você. Para eles, você era estranho porque gostava de ler e não entrava em todo o seu drama mesquinho. A viagem de campo não foi exceção à tortura. Uma coisa levou à outra e você acabou empurrando alguns degraus e caindo em um enorme poço de embalagem de amendoim. Enquanto você se sentava e tentava escapar, os amendoins brancos e fofos esfriaram e de repente você estava sentado em um banco de neve no meio de uma floresta. Foi quando você encontrou os Pevensies. O resto era história.
Isso foi há muito tempo atrás. Você estava na casa dos vinte agora e governou Nárnia ao lado deles por muitos anos. Foi perfeito, mas teve seus desafios. Você sentia falta do Google e do Candy Crush às vezes, mas o mais urgente era a falta de luzes e água corrente. Os Pevensies também sentiram isso. No final das contas, vocês ficaram muito felizes. Dias como aquele faziam tudo valer a pena.
As portas da sala do trono se abriram, assustando você. Levantando os olhos do livro, você se levantou pronto para pegar uma espada, se necessário. Ver que eram apenas Edmund e Peter de volta mais cedo trouxe uma sensação de alívio até que você viu que Peter estava ferido.
"O que você fez a si mesmo desta vez?" Você perguntou correndo até Peter, que estava encostado no ombro de Edmund. O sangue escorria por seu braço e manchava o crisma de sua camisa branca.
"Fomos emboscados." Edmund respondeu por ele olhando para o resto dos soldados com eles. "Mas tivemos sorte. Não perdemos ninguém."
"Trouxemos alguns refugiados de Great Woods. Estávamos no meio de nossas discussões quando fomos atacados. Eles foram separados de seu povo." Peter estremeceu.
"Não se preocupe com isso agora. Susan e Lucy vão cuidar deles, mas agora precisamos levar você para a enfermaria." Você disse acenando com a cabeça para Edmund antes de se voltar para os soldados e nobres refugiados. "Amigos, sintam-se em casa. Alguém estará com você em breve para fornecer medicamentos, comida e um lugar para dormir." Você se curvou a todos antes de correr atrás de Peter e Edmund.
Você desceu a escada em espiral até a enfermaria, pegou um avental e amarrou-o na cintura no caminho. Estava quieto na grande sala, já que Peter era o único que precisava de atenção médica no momento, graças a Deus. Você foi até os grandes armários e tirou um pouco de álcool, ataduras, agulha e linha. "Ed, você pode me pegar um pouco de água quente e toalhas?" Você perguntou acenando com a cabeça para ele.
"Claro, volto em um segundo." Ele disse correndo em direção à cozinha.
"Veja, isso é o que acontece quando você não me leva junto." Você disse balançando a cabeça para Peter. "Tire sua camisa."
"Eu não poderia levar você comigo." Ele estremeceu quando desfez a armadura e foi tirar a camisa. "Em primeiro lugar, você é a razão de estarmos nessa bagunça." Ele provocou, jogando a camisa ensanguentada no chão.
Você tentou o seu melhor para não permitir que seus olhos vagassem pelo corpo perfeitamente tonificado do belo rei. Não importa o quanto você tente negar, você está apaixonada por ele. Você esteve por um tempo. Os conselheiros falaram de casamentos para alianças para você e todos os irmãos Pevensie. Uma rainha se casando com o rei supremo provavelmente estava fora de questão. No entanto, sua paixão persistiu. Você nunca poderia dizer se ele estava flertando de volta, ou apenas sendo charmoso como sempre.
"Agora eu duvido que seja a razão de você ter o quê, esfaqueado?" Você perguntou examinando seu ferimento.
"Eles eram bandidos. Bons nisso. Fui esfaqueado, defendendo a filha do líder, Lady Sofia. Ela está aqui conosco." Peter disse observando você cuidadosamente enquanto você tocava suavemente a carne ao redor de seu corte.
Você balançou a cabeça. "Como você é encantador." Você suspirou e enxugou as mãos no avental sobre o vestido. "Você provavelmente vai precisar de pontos. Vou ter que ver assim que tirarmos todo esse sangue."
"Bem, graças a Deus você está aqui." Ele sorriu para você. "Você é o remédio mais moderno que Nárnia tem a oferecer."
"Eu não sou médico." Você disse balançando a cabeça. "De jeito nenhum. Este é um conhecimento muito básico."
"Ainda. Sou grato." Ele sorriu, ainda concentrado em você intensamente.
Edmund quebrou seu momento anunciando-se. "Aqui está a água." Ele disse entregando a você uma tigela de água fumegante e uma toalha para acompanhar. "Ele vai viver?"
"Obrigado Ed. E sim, ele vai ficar bem." Você riu derramando um pouco de álcool na água e despejando o resto na toalha. "Isso vai doer." Você disse olhando nos olhos azuis ferozes de Peter. Ele acenou com a cabeça e você sabia que ele nem piscaria. Você enxugou o ferimento e pôde ver a dor em seus olhos enquanto ele fingia ser mais durão. "Você tem permissão para reclamar, sabe?" Você sorriu pressionando a toalha um pouco mais forte desta vez.
"Puta merda." Ele amaldiçoou, expirando de dor. "Acho que doeu menos quando fui esfaqueado."
"Qual é o problema, Pete?" Edmund provocou.
"Você realmente precisa ser mais cuidadoso." Você o repreendeu, mergulhando uma toalha limpa na mistura de água e álcool e encharcando-a bem antes de esfregá-la no ferimento de Peter novamente. A boa notícia foi que parou de sangrar.
"Agora, por que eu faria isso quando espero que você cuide de mim?" Peter sorriu aquele sorriso encantador que sempre fazia seu estômago embrulhar.
Você trocou um olhar com um Edmund muito presunçoso antes de se voltar para ele. "Você tem sorte de o corte não ser muito profundo, mas ainda vou precisar dar alguns pontos." Você disse pegando a agulha e a linha.
"Bem, se vocês estão bem aqui, vou checar nossos convidados." Edmund acenou com a cabeça voltando a subir as escadas.
"Experimente e relaxe." Você disse a Peter que sabia que os pontos doeriam mais do que o álcool. "Fale-me sobre o tratado." Você disse enquanto preparava a agulha.
"Bem, foi tudo muito normal." Peter começou a olhar pela janela. "Nós nos conhecemos na orla de Great Woods." Você balançou a cabeça e lentamente começou a costurá-lo. Ele se encolheu com a primeira picada da agulha, mas se concentrou em sua história e a dor em seu rosto tornou-se mais profunda. "Tudo estava bem por cerca de meia hora. Finalmente terminamos todas as apresentações formais quando os bandidos apareceram. Havia talvez cerca de trinta deles. Foi estranho porque eles não roubaram nada e não mataram ninguém. De qualquer forma, eles foram atrás de Lady Sofia, que é filha de Lord Hampton. Foi quando eu intervim e fugimos de volta para Cair Paravel. Queríamos evitar o confronto. Mas era estranho. Como se eles estivessem tentando nos separar." Você selou a ferida com o último ponto assim que Peter terminou sua história.
"Então, o que você acha que eles queriam?" Você pediu largando a agulha e pegando as bandagens.
"Eu realmente não sei." Peter disse balançando a cabeça enquanto você levantava seu braço para envolver o ferimento e amarrá-lo. "É difícil dizer se eles eram inimigos dos Hamptons ou de nós."
"Hm." Você disse balançando a cabeça e indo lavar as mãos em uma bacia com água limpa. "É muito ousado da parte de um grupo tão pequeno atacar dois grandes grupos políticos." Você disse caminhando de volta para ele e checando o curativo novamente. "Acho que veremos como tudo se desenrola"
"Eu suponho que sim." Peter disse que suas sobrancelhas se juntaram profundamente em pensamentos.
"Por outro lado, acho que você vai ficar bem." Você sorriu, devolvendo-lhe a camisa ensanguentada do chão.
"Obrigado." Ele sorriu pulando da mesa em que estava sentado e puxando a camisa sobre a cabeça. Você mais uma vez tentou fugir de seus olhos, mas falhou.
"Devemos ir receber devidamente os nossos convidados. Talvez possamos terminar o tratado aqui ou até mesmo acompanhar Lady Sofia de volta ao pai e continuar." Você disse subindo as escadas com Peter ao seu lado.
"Precisamos disso de qualquer maneira. Podemos mandar um recado amanhã, mas por enquanto vamos nos preocupar em acertá-los para a noite." Peter acenou com a cabeça, empurrando a grande porta de madeira aberta para a sala do trono. Seus soldados foram embora, assim como a maioria dos soldados de Hampton. Tudo o que restou foram alguns dos nobres de Hampton e Lady Sofia.
"Peter." Susan sorriu. "Lady Sofia estava apenas nos contando com suas ações heróicas." Ela revirou os olhos.
"Sua Majestade." Lady Sofia fez uma reverência para ele. "Serei eternamente grato. Obrigada."
"Não, obrigado, não é necessário." Peter sorriu curvando-se para ela. "Como eu disse, somos todos sobre a paz e se quisermos nos tornar aliados, você pode sempre contar conosco para protegê-lo." Ela riu e você ergueu as sobrancelhas para suas ações exageradas de menina. "Vocês dois se conheceram?" Peter perguntou olhando para você.
"Acho que ainda não tivemos o prazer." Lady Sofia sorriu para você um pouco agradável demais para o seu gosto.
"Então, posso apresentar a vocês a Rainha S/n, a Destemida." Peter sorriu saindo do caminho.
Vocês dois se curvaram e finalmente deram uma boa olhada na garota. Ela provavelmente tinha a idade de Susan ou Edmund. Ela tinha cabelos loiros longos e grossos e olhos verdes brilhantes. Ele tinha as bochechas rosadas mais claras e os lábios dela eram de um vermelho brilhante. Ela parecia uma Barbie medieval: perfeita demais para ser real. "Lady Sofia, permita-me apresentar minhas condolências por esta perturbação." Você balançou a cabeça tentando o seu melhor para não ficar com ciúmes de sua aparência tão perfeita.
"Obrigada." Ela sorriu. "Mas sou eu quem deveria oferecer minhas desculpas ao rei supremo Peter." Ela disse olhando além de você e diretamente para ele.
"Não precisa se preocupar." Peter abanou a cabeça. "S/n cuidou de mim e eu deveria ficar bem. Se você me der licença, gostaria de mudar." Ele acenou com a cabeça antes de se desculpar.
"Peter e eu pensamos que seria melhor se você passasse a noite aqui e mandássemos avisar seu pai amanhã. Talvez ele queira se juntar a nós aqui em Cair Paravel para continuar o trabalho no tratado e se reunir com você com alegria." Você se ofereceu para olhar para Edmund, Susan e Lucy para concordar. Você queria essa garota fora daqui o mais rápido possível. Algo nela parecia errado.
"Claro." Lucy sorriu. "Eu adoraria conhecer Lord Hampton."
Lady Sofia acenou com a cabeça. "Isso parece agradável para mim."
"Maravilhoso!" Lucy sorriu. "Vamos, vou te mostrar seus aposentos." Lucy disse antes de levar Lady Sofia e seus outros conselheiros para as câmaras de dormir.
"O quê você pensa sobre ela?" Você se virou para perguntar a Susan e Edmund.
"Um pouco cheia de si." Susan zombou.
"Algo parecia estranho sobre ela na reunião do tratado ou no caminho de volta?" Você olhou para Edmund.
Edmund balançou a cabeça e franziu a testa. "Na verdade. Nada além do fato de que ela não estava com muito medo o tempo todo. Para apenas uma senhora sentada comendo chocolates e bebendo vinho, ela se sentia estranhamente à vontade sendo atacada. Por quê? Alguém se sente ameaçado?" Edmund brincou, dando-lhe um sorriso conhecedor.
"O que você está falando sobre Ed?" Susan perguntou franzindo a testa para o irmão.
"Nada." Você interrompeu, respondendo por ele. "Ele está apenas sendo estúpido."
Susan ignorou o que você disse e balançou a cabeça. "Bem, vou verificar os soldados de Hampton."
"Soa bem." Você sorriu ao vê-la partir. "Que raio foi aquilo?" Você perguntou, voltando-se abruptamente para Edmund.
"Eu sei que você gosta de Peter, S/n. É muito óbvio." Ele riu.
"Aparentemente, não é para Susan ou qualquer outra pessoa." Você disse com um suspiro. "Eu estava tentando manter isso para mim."
"Você não precisa se preocupar. Eu não vou contar a ninguém." Edmund riu sentando-se nos degraus em frente aos seus tronos, agora que todos se foram.
Você se sentou ao lado dele e suspirou. "Você acha que estou sendo ridículo?"
"Não." Edmund balançou a cabeça seriamente, considerando o que você perguntou. "É Peter, então é difícil dizer o que ele realmente quer." Você fez uma cara de desapontado acordo. "Então, isso é sobre suas suspeitas sobre Sofia ou sobre seus sentimentos por Peter?"
"Ambos? Não sei." Você suspirou enterrando a cabeça nas saias.
"Ei." Ele disse chamando sua atenção de volta para ele. "Tudo bem. Não faremos nada precipitado, mas ficaremos de olho nela."
"Obrigado Ed." Você disse estendendo a mão para lhe dar um abraço. "Eu vou dar uma olhada em Peter." Edmund ergueu as sobrancelhas para você de brincadeira. "Por causa do braço dele! Nada mais." Você disse balançando a cabeça enquanto caminhava para os aposentos de Peter.
Os corredores do castelo estavam silenciosos no crepúsculo. Uma brisa fresca vinda das janelas abertas causou arrepios na sua espinha. Você olhou para fora sobre a água e viu que o céu estava escuro com nuvens. Parecia que uma forte tempestade estava chegando. Você esfregou os braços para cima e para baixo para controlar os arrepios antes de entrar no quarto de Peter.
Você bateu na porta e esperou por uma resposta. A grande porta de madeira se abriu e o rosto do rei loiro se iluminou. "Oi."
"Ei, uh como está o seu braço?" Você perguntou tentando não sorrir muito para ele.
"Dolorido." Ele riu entrando no corredor e fechando a porta.
"Vai ser assim por alguns dias." Você disse, começando a andar com ele pelos corredores. "Tente ir com calma, você não quer rasgar seus pontos."
"Sim, senhora." Ele sorriu para o qual você riu. "Todos os nossos convidados foram acomodados?"
"Até onde sei." Você encolheu os ombros. "Você sabe que é em horas como esta que você gostaria que houvesse um hotel na mesma rua para ficar." Você brincou ganhando outro sorriso enorme de Peter.
"Não comece por esse caminho de novo ou você vai me fazer querer palitos de queijo de novo."
"Eu sinto muito." Você se desculpou com um encolher de ombros inocente.
"Rei Supremo Peter!" Alguém ligou atrás de você. Vocês dois se viraram para ver Lady Sofia caminhando em sua direção. Você tentou não fazer uma careta, então se virou antes de olhar para ela. Lucy deveria levá-la para seu quarto. "Vossas Majestades." Ela se curvou para vocês dois. "Desculpe a interrupção, mas gostaria de saber se posso ter uma palavra a sós com você." Ela sorriu batendo os cílios para Peter.
Ele olhou para você e depois de volta para ela. "Claro. Conversamos depois." Peter sorriu para você antes de ir embora com Sofia.
Você suspirou ao vê-los se afastar. Você estava realmente tentando não ser paranóico, mas por que ela se interessaria tanto por Peter? Vocês todos não eram estranhos ao fato de ter outras nações e terras em busca de alianças matrimoniais. Algo que todos vocês concordaram que não estavam interessados. Você tinha muitas histórias sobre todas as maneiras tolas e inteligentes com que saiu dessas propostas. Talvez Sofia fosse apenas mais uma dessas histórias, mas algo nela parecia diferente das outras.
Na caminhada de volta para o seu quarto, sua testa estava franzida profundamente em pensamentos. Você não conseguia tirar da cabeça o que Edmund disse sobre ela não estar com medo. Talvez você estivesse paranóico e talvez com ciúme. De qualquer forma, você esperava que dormir um pouco o deixasse se sentindo melhor pela manhã.
Você fechou a porta durante a noite e mudou para o vestido de noite. O quarto estava congelando, então você fechou as janelas e apagou as velas antes de deitar. Você caiu em um sono sem sonhos, tentando afastar os pensamentos feios de sua mente.
Seus olhos se abriram e sua pele se arrepiou quando você acordou assustado. Você se deu um segundo para se orientar e descobrir o que o acordou. Outro estrondo de trovão sacudiu o castelo e você suspirou percebendo que não havia perigo.
Você fica lá deitado por um momento, ouvindo a chuva caindo e batendo na sua janela. Agora que seus pensamentos estavam correndo novamente, você decidiu se levantar e dar uma olhada na praia. Uma pequena caminhada ao redor do castelo não faria mal a você. Então, você amarrou o roupão na cintura, calçou chinelos, pegou uma vela e saiu do quarto em silêncio.
Todas as janelas do castelo foram fechadas pelos servos, então os corredores e quartos estavam estranhamente silenciosos. A suave luz de velas iluminou seu caminho enquanto você caminhava pela sala do trono e saía para a varanda com vista para o mar. Você empurrou as portas de vidro e o vento forte fustigou seu rosto quando outro raio sacudiu o castelo. Esta foi uma tempestade muito forte. A água do mar bateu violentamente contra a praia e envolveu as pedras que cobriam a costa.
Você saiu sob o abrigo da saliência e sua vela foi rapidamente apagada pelo vento. Você colocou a coisa inútil em uma saliência e puxou o manto mais apertado ao redor do corpo. O som de passos atrás de você chamou sua atenção quando você se virou para ver Edmund e Peter.
"S/n, o que você está fazendo acordado?" Edmund perguntou saindo ao lado de você com Peter.
"A tempestade me acordou." Você encolheu os ombros. "Só vim dar uma olhada na praia e ver se estava tudo bem."
"Este parece ser desagradável." Peter disse se afastando mais para que a chuva que soprava sob a saliência umedecesse seu cabelo e rosto.
"Eu não acho que seremos capazes de enviar um mensageiro para Lord Hampton." Edmund disse olhando para você. "A névoa é muito densa." Vocês dois trocaram um olhar sabendo que não estavam felizes com a perspectiva de Sofia ficar mais tempo do que o necessário.
Peter voltou para onde você e Edmund estavam parados, fora do caminho da chuva. "Não deve durar mais do que um dia ou mais." Ele disse enxugando a névoa de sua testa enquanto um raio atingiu a água, seguido por outro estrondo de trovão. "Tenho certeza de que Lord Hampton se refugiou nas cavernas ou voltou para casa antes da tempestade chegar. Enviaremos uma mensagem assim que a tempestade diminuir. Esperançosamente amanhã à tarde."
"Susan planejou um banquete para amanhã." Edmund disse ignorando a cara que ele sabia que você estava fazendo. "Ela acha que seria uma boa ideia mostrar um pouco de hospitalidade aos nossos aliados em potencial."
"Melhor do que ficar sentado." Peter acenou com a cabeça. "Qualquer coisa que possamos fazer para ajudar a levar a aliança adiante será bom."
"Quanto antes melhor." Você balançou a cabeça enquanto voltava para a sala do trono.
Peter seguiu atrás de você. "Você está bem? Você parece um pouco nervoso desde que voltamos."
"Sim, estou bem." Você disse com um sorriso não convincente enquanto tentava se afastar.
"S/n, eu conheço você. O que está incomodando você?" Peter perguntou agarrando sua mão e impedindo você de andar mais.
"Vou voltar para a cama." Edmund gritou do outro lado da sala. "Vejo você amanhã."
"Noite Ed." Você sorriu para ele.
"Boa noite." Peter disse antes de voltar sua atenção para você. "Então, o que está incomodando você?"
Você suspirou e ergueu as mãos quase implorando. "Mantenha a mente aberta." Ele fez uma careta, mas acenou com a cabeça para o que você disse. "Eu acho que há algo estranho acontecendo com Lady Sofia. Edmund disse que não teve medo quando os bandidos atacaram. E ela parecia tão calma e composta depois do que alguns considerariam um evento traumático. Eu não sei, não parece certo."
Peter acenou com a cabeça, considerando o que você disse. "Eu não tinha percebido nada. Mas, eu não acho que você é louco. Não vamos tirar conclusões precipitadas."
"Eu sei." Você acenou com a cabeça. "Isso é o que Edmund disse."
"Sempre o diplomata." Peter brincou começando a caminhada de volta para seus aposentos. "A tempestade não vai mantê-lo acordado, vai?" Ele perguntou olhando para você com grande preocupação.
"Não." Você sorriu para seu rosto suave. Suas feições estavam iluminadas à luz das velas, quase fazendo com que ele se parecesse com o menino que você conheceu há muito tempo. "Eu gosto da chuva. O trovão acabou de me acordar por algum motivo esta noite. "
"Bem, durma um pouco." Peter sorriu timidamente. "Vejo você amanhã."
Você sorriu, se afastando dele e indo em direção ao seu quarto. O trovão estalou novamente e sacudiu as janelas. De repente, você se lembrou de que havia esquecido seu castiçal lá fora. Ia incomodá-lo se você não fosse buscá-lo.
Então, você tropeçou na escuridão e voltou para a sala do trono. Quando você abriu a porta da varanda, o vento frio atingiu seu rosto e você estremeceu com a chuva picando sua pele. Sua mão se atrapalhou com o castiçal e, ao sentir o metal frio, puxou-o de volta para dentro e fechou a porta. Você usou suas vestes para secá-lo da melhor maneira possível, mas precisaria ser polido. Então, você decidiu levá-lo ao nível de servo com todos os outros itens que precisam de polimento.
Você desceu as grandes escadas de mármore, seus movimentos perdidos para o som da tempestade lá fora. Estava muito quieto no castelo e você se perguntou o que todos estavam fazendo agora. Alguém mais estava acordado? Peter ainda estava acordado? Realmente não importava, mas sua curiosidade ainda levou o melhor de você. Você encontrou um pergaminho e rabiscou um pedido de desculpas por deixar o castiçal na chuva antes de deixá-lo para trás.
Subir as escadas dos aposentos do servo até seus aposentos seria mais rápido do que refazer seus passos até a sala do trono. Então, você reprimiu um bocejo e voltou para o quarto para dormir. Que dia longo tinha sido. Vozes no corredor congelaram seu caminho e se esconderam atrás de um pilar.
"Sim eu conheço!" Você ouviu Lady Sofia sibilar para alguém que você não podia ver de onde estava se escondendo. "Ele é muito honrado."
"Bem, então você precisa encontrar outra maneira!" Um homem gritou com ela em voz baixa e abafada.
"Vou usar o banquete de amanhã como, espero, minha entrada." Sofia zombou. "Ou você duvida de mim?"
"Eu não duvido de você, minha senhora. Tudo correu conforme o planeado até agora. Apenas saiba que meus homens estão de prontidão, se necessário."
"Espero que não cheguemos lá. O que você acha deles?"
"Eles não parecem muito." Ele zombou. "Eles são humanos. Além disso, a Rainha S/n nem mesmo faz parte da profecia e, ainda assim, ela acabou no trono. Isso é trabalho de crianças."
"Esse é o trabalho de Aslan." Sofia o corrigiu.
"Aslan." Ele zombou. "Para onde ele foi?"
Sofia não respondeu, apenas deu ordens. "Vamos, pensei ter ouvido alguém e a última coisa de que precisamos é de algum estragador narniano ouvindo nossos planos." Você ouviu passos vindo em sua direção e entrou em pânico. O pilar era apenas temporário e se eles passassem direto por você, não há dúvida de que você seria visto. "Quando o pai deveria chegar?" Sofia perguntou. Agora você podia ver com quem ela estava falando, era um dos conselheiros de seu pai.
"Quando você enviar o sinal de que tudo está no lugar."
Você fechou os olhos com força e deslizou habilmente para o outro lado do pilar enquanto eles passavam. Você não estava mais focado no que eles estavam dizendo, em vez disso, você estava focado em dar o fora de lá.
Você subiu as escadas correndo e pelos corredores, tentando chegar ao seu quarto sem ser visto. Você pensou em acordar Edmund e contar a ele o que ouviu, mas não tinha certeza de qual seria o melhor curso de ação. E se você estivesse apenas sendo paranóico e o que ouviu fosse apenas parte do plano deles para a aliança? Finalmente, você chegou ao seu quarto e abriu a porta. Tentando controlar sua respiração pesada, você fechou a porta o mais silenciosamente possível. Você estava seguro.
Dormir estava fora de questão agora, enquanto você se sentava na cama bufando. Isso ia te deixar louco, mas com quem você poderia falar tão tarde? De alguma forma, em seu pensamento, você voltou a dormir e acordou na manhã seguinte com a chuva ainda caindo contra sua janela. Você esfregou os olhos e forçou os pés para fora da cama. Você estava cansado, mas precisava ficar alerta. Principalmente se Sofia tivesse algo planejado.
A festa deveria começar no início da tarde, o que significava que você e os outros reis e rainhas iriam passar a manhã inteira se preparando. Os servos prepararam um banho para você, enquanto a empregada de sua senhora arrumava seu vestido para você. A água fez bem em sua pele tensa quando você afundou na água com um suspiro. Ser Rainha de Nárnia nem sempre foi o que parecia ser. Às vezes, era bom apenas fazer uma pausa e relaxar.
Você tentou se distrair pelo resto da manhã. Em outras palavras, sem pensar em Sofia e no que você ouviu ontem à noite. Você teria que falar com Edmund e ver o que ele tinha a dizer. Susan estava fora de questão porque você não queria revelar que sentia algo por Peter. Você nunca ouviria o fim disso se ela soubesse. Lucy parecia estar se dando bem com Sofia, então você não queria envenenar esse relacionamento se você realmente fosse apenas paranóico. Então, obviamente, você não queria falar com Peter. Edmund seria seu confidente nisso.
As criadas ajudaram você a se vestir com um lindo vestido roxo. As mangas eram de cetim branco transparente e caíam até o cotovelo. O vestido era bordado com padrões roxos dançando para cima e ao longo da saia. Você foi realmente uma visão. Seu cabelo foi o próximo, trançado e puxado para trás em lindos cachos grossos. Sua parte favorita eram os pequenos lilases roxos que estavam enfiados na trança. Não só fazia você parecer bem, mas cheirar bem também. A última foi sua maquiagem. A forma como a maquiagem foi feita sempre te fascinou. Bagas esmagadas, folhas e outras ervas em pó ou creme. Sem fábricas e tubos de batom aqui. Quando terminou, você tinha uma bela sombra roxa com manchas douradas, deliciosos lábios vermelhos e uma leve camada de rosa em suas bochechas.
Você agradeceu a suas damas de companhia e elas a deixaram sozinha para terminar seus preparativos finais. Então, você pegou sua linda coroa e a colocou no topo de sua cabeça com muito cuidado. Você se deu uma última olhada no espelho e sorriu. Você estava se perguntando se iria chamar a atenção de Peter? Talvez, mas em sua defesa, ele normalmente o via em vestidos casuais, equipamentos de batalha ou roupas de caça. Era raro você dar festas e banquetes luxuosos se não fosse necessário.
Uma batida na sua porta o tirou de seus pensamentos. "Entre!" Susan e Lucy empurraram a grande porta de madeira sorrindo.
"S/n, você está deslumbrante!" Lucy sorriu se aproximando e agarrando suas mãos.
"Vocês dois estão incríveis." Você sorriu dando uma olhada nas irmãs. Susan estava com um lindo vestido vermelho com detalhes dourados para combinar com a coroa e mangas compridas bufantes. Lucy estava com um vestido azul com joias de prata incrustadas nas camadas de saias e mangas que combinavam perfeitamente com sua coroa.
"Obrigada!" Lucy sorriu. "Você está pronto? Está quase na hora de começar e você sabe como os narnianos gostam de suas formalidades."
"De fato, eu sei." Você sorriu de braços dados com as meninas e indo em direção ao salão de baile.
Foi sem dúvida um dos seus quartos favoritos em todo o palácio. Todas as paredes eram feitas de janelas, permitindo que a luz do sol iluminasse a sala. Velas eram acesas à noite para manter as festas e nas noites claras o luar brilhava. Havia uma bela varanda com vista para o mar. Era um bom lugar para tomar um pouco de ar fresco ou ter uma conversa particular longe da festa. Tantas boas lembranças aconteceram naquela sala.
Ao dobrar a esquina, você podia ouvir a conversa dos convidados já enchendo o salão de baile. Você, Susan, e Lucy sorriram uma para a outra. Já fazia muito tempo que você não dava uma festa de verdade. Peter e Edmund já estavam esperando na porta para ser anunciado. Você não conseguia tirar o sorriso do rosto ao ver como Peter parecia bonito. Seu cabelo loiro e espesso tinha sido penteado com capricho para que sua coroa pudesse se encaixar perfeitamente em sua cabeça. Ele usava botas novas e uma impressionante túnica azul brilhante que exibia seus ombros largos. Você ia derreter.
Os meninos sorriram com a sua chegada e alegres gentilezas de cortesia foram trocadas. Peter se aproximou de você e sorriu. "Você está absolutamente linda."
Você sorriu esperando que o rubor em suas bochechas não fosse mais evidente do que sua maquiagem. "Você mesmo se arrumou muito bem."
"Vossas Majestades, é hora." O Sr. Tumnus disse dando uma olhada em todos vocês. "E posso dizer que todos vocês deixam Nárnia orgulhoso."
"Não se irrite com a gente agora." Lucy sorriu para sua querida amiga corça.
Você ouviu as buzinas sinalizando aos convidados de sua chegada. Tumnus desapareceu no salão de baile enquanto o locutor chamava seus nomes um por um. "Apresentando Suas Majestades, Rainha Lucy, a Valente." Os convidados aplaudiram e você esperou a sua vez de ser a próxima. Você esperava falar com Edmund antes do banquete começar, mas você teria que encontrá-lo mais tarde. "Rainha S/n, a Destemida." Você sorriu ao passar pela porta, enquanto narnianos e convidados batiam palmas para você. "Rei Edmund, o Justo." Edmund apareceu ao seu lado e os aplausos continuaram. "Alta Rainha Susan, a Gentil. E, finalmente, o Grande Rei Peter, o Magnífico." Todos os cinco estavam de pé nos degraus com vista para todo o salão de baile e seus convidados.
Edmund deu um passo à frente e se dirigiu à multidão. "Meus amigos, obrigado por se juntar a nós neste dia chuvoso. Damos as boas-vindas aos nossos convidados de North Woods, os Hamptons com quem esperamos ter uma aliança longa e próspera." Você vasculhou a multidão em busca de Sofia. Ela não era difícil de deixar de se levantar com os olhos fixos em Peter. Ela usava um vestido de baile rosa discreto com detalhes em flores brancas e um véu de seda escorrendo de seu cabelo preso com alfinetes. Pendurado em seu pescoço estava uma grande opala envolta em ouro. "Então, até lá, aproveite a festa. A festa vai começar em breve! Os foliões aplaudiram e os músicos começaram a tocar novamente enquanto todos voltavam a se misturar.
"Eu amo o vestido de Lady Sofia." Susan comentou enquanto todos vocês desciam as escadas. Você acenou com a cabeça, não querendo admitir que concordou. Susan e Lucy correram para cumprimentá-la.
Você sentiu alguém atrás de seu ombro, inclinando-se para que só você pudesse ouvi-lo falar. "Enviamos o mensageiro esta manhã. O pai dela deve estar aqui amanhã." Você se virou para ver Edmund.
"Bom. Falando nisso, preciso falar com você sobre uma coisa..."
"Rainha S/n." Sofia ligou para você passando por Susan e Lucy.
Você interrompeu sua conversa com Edmund e lançou-lhe um rápido olhar irritado antes de descer as escadas para encontrar Sofia. "Lady Sofia." Vocês dois se curvaram um para o outro.
"Ouso dizer que você é o único aqui com um vestido roxo... que fascinante." Ela disse olhando para você como se você fosse uma criança.
"É um dos meus favoritos." Você sorriu olhando para Susan e Lucy, que sentiram a estranheza da troca fria. "Se você me der licença."
"Sente-se comigo no banquete!" Ela chamou você com um aceno delicado. Você assentiu com o sorriso mais convincente que conseguiu reunir. O que ela estava fazendo?
Você queria encontrar Edmund, mas ele estava ocupado conversando com Oreius e alguns dos outros centauros. Havia praticamente uma linha para falar com Peter e o Sr. Tumnus não estava em lugar nenhum. Então, você fez a única coisa lógica e se dirigiu para a varanda. Ser a realeza narniana não significava ser introvertido. A tempestade havia cessado, mas o céu ainda permanecia cinza e o mar ainda batia violentamente. Era uma típica tarde de verão, quente. Considerando todas as coisas, você gostou do clima em Nárnia. Mesmo com as tempestades.
Um grande gongo soou sinalizando era hora de comer. Então, você voltou para dentro e seguiu a multidão até o refeitório. Você foi um dos últimos a entrar, então esperava ter perdido a chance de se sentar com Sofia, mas para seu desgosto, ela acenou com a mão para você do outro lado da sala e apontou para um assento perto da cabeceira da mesa ao lado dela e Peter. Amável.
Você abriu caminho no meio da multidão sorrindo e cumprimentando a todos em seu caminho. Você se sentou ao lado de Sofia e sorriu para Peter, que estava sentado bem na cabeceira da mesa. À sua frente estavam Susan, Lucy e Edmund. Infelizmente, Edmund estava muito longe para ter uma conversa particular.
"Então, diga-me Rei Peter, o que você gosta de fazer para se divertir?" Sofia perguntou inclinando-se sobre a mesa bem na sua frente e mais perto de Peter.
Peter riu e murmurou um agradecimento ao servo que acabara de lhe trazer sua sopa de nenúfar. "Não sei bem. Eu pratico luta de espada e técnicas muito com Ed." Ele sorriu do outro lado da mesa para seu irmão, que ergueu sua taça de vinho para ele com um sorriso. "Jogamos xadrez, nadamos no oceano, adoro ler." Peter sorriu pegando a primeira colher de sopa. "Mas geralmente estamos todos muito ocupados. Há muito o que fazer em Nárnia. Ainda estamos juntando as peças de The Long Winter."
"Meu pai lembra bem." Sofia acenou com a cabeça tomando um gole de seu vinho. "Como somos afortunados que Nárnia acabou com você como rei."
"Bem, eu não sou o único rei." Peter sorriu para Edmund novamente. "E não vamos esquecer nossas rainhas."
"Eu estava esperando você dizer isso." Lucy riu, mergulhando o pão na tigela de sopa. "Você não estaria aqui se não fosse por S/n."
"Oh?" Sofia perguntou se virando para olhar para você.
"Sim, bem, eu salvei a vida de Peter durante a batalha final contra a Bruxa Branca." Você sorriu pegando outra colher de sopa.
"Eu não estava prestando atenção." Peter entrou na conversa. "Com toda a justiça, foi minha primeira batalha e minha atenção ao meu redor ainda não foi dominada." Ele riu de si mesmo. "De qualquer forma, S/n estava lutando por perto já um mestre com um arco e uma espada e ela viu a Bruxa vindo em minha direção e foi capaz de distraí-la por tempo suficiente para voltar sua atenção. Claro que foi quando Ed quebrou seu cetro. Se não fosse por eles, eu poderia ter sido uma estatura de pedra."
"Bem, um adorável nisso." Sofia deu uma risadinha, finalmente comendo sua sopa.
Seus olhos encontraram os de Lucy e ela deu a você um olhar que dizia que ela estava exagerando e você acenou com a cabeça com um olhar conhecedor. Você estava nervoso que Peter pudesse realmente ir para uma garota como Sofia? Absolutamente. Ambos eram muito diferentes. Ela provavelmente passava muito tempo bordando e brincando de quadra, enquanto você era um guerreiro e tomava decisões narnianas. Ela era linda e você nunca se considerou assim. Você se lembrou do que Edmundo disse a você outro dia sobre ninguém nunca ter certeza do que Peter queria. Então, talvez seus elogios e sorrisos fossem apenas parte do charme de Peter.
Os outros estavam conversando mais sobre amenidades, mas você ficou pensando consigo mesmo. Todo esse tempo você não conseguia decidir se estava mais ameaçado por Sofia estar aqui para pegar Cair Paravel ou para conquistar Peter. Você a tratou como um invasor, mas em sua mente, você não conseguia separar seus sentimentos de seu dever. Você estava fazendo a primeira coisa que um líder nunca deveria fazer; você estava deixando seus sentimentos turvarem seu julgamento.
Talvez o que você ouviu no corredor na noite passada foi simplesmente uma garota querendo agradar seu pai marcando um marido. Talvez você estivesse dando muita importância a nada. Você falaria com Edmund assim que pudesse, mas com base no que ele disse, você precisava colocar isso para descansar. Você estava ficando louco.
"... e eu juro que nunca pensei que veria aquele dia em que um homem adulto se encolheria diante desse menino de treze anos." Edmund riu ao terminar uma história que você havia perdido completamente. Você sorriu fingindo que ouviu, mas se alguém estava prestando a menor atenção em você, você deve saber que não ouviu uma palavra disso.
O resto da festa passou rapidamente. Edmund e Peter contaram mais histórias de suas batalhas entre pequenos hors d'oeuvres, Sofia falou sobre sua casa durante a salada, Lucy contou histórias de suas lutas de ser a menor rainha durante o prato principal de frango e batatas, e Susan falou de todos as coisas maravilhosas que Nárnia tem a oferecer como parceiro comercial durante a sobremesa de chocolate. Você ficou bastante quieto e só falou quando falado. Você estava com vergonha de si mesmo e sabia que Aslan ficaria com vergonha de seu ciúme.
Quando o banquete acabou, todos vocês voltaram para o salão de baile para mais doces, bebidas e dança. Finalmente, foi sua chance de encontrar Edmund. Um pequeno grupo de jovens donzelas se reuniu ao redor dele para dar uma olhada no melhor espadachim de Nárnia. Edmund não gostava de muita atenção. Ele ainda se sentia como se nunca tivesse merecido isso, então é assim que você sabia que ele não se importaria que você o roubasse.
"Edmund." Você disse vindo por trás dele e batendo em seu ombro. "Você gostaria de uma dança?"
Ele sorriu para você aliviado e grato. "Eu adoraria. Me perdoe." Ele se curvou para as garotas que o adoravam antes de pegar sua mão e levá-la formalmente para a pista de dança. "Seu timing é impecável."
"Achei que você poderia dar um tempo." Você riu quando o jovem rei colocou a mão em sua cintura e segurou sua mão na outra.
"Tem certeza de que não há outra pessoa com quem você prefere dançar?" Ele brincou quando você apunhalou seu ombro, onde sua mão estava descansando. "Ei!" Ele gritou se esquivando de você.
"Você vai ser legal e dançar comigo?" Você disse balançando a cabeça.
"Claro, Vossa Majestade." Edmund acenou com a cabeça fingindo ser sério antes de sorrir de volta para você. Demorou apenas um momento para vocês dois começarem a balançar com o ritmo e cair em uma valsa delicada. "Então, o que você queria me dizer?"
"Oh. Certo." Você balançou a cabeça olhando em volta para ter certeza de que ninguém estava ouvindo. "Depois que você e Peter foram para a cama, voltei para fora porque havia esquecido meu castiçal." Edmund acenou com a cabeça, muito cativado pelo que você estava dizendo, mas o tempo todo mantendo a forma perfeita enquanto dançava. "Estava molhado e eu sabia que precisava ser polido, então decidi levá-lo para os aposentos dos empregados, onde guardam tudo o que precisa ser polido. No caminho de volta, subi as escadas de serviço e em um dos corredores ouvi Sofia conversando com um dos conselheiros de seu pai. Eles estavam falando sobre algum plano e usando este banquete como seu caminho para entrar. E talvez isso não importe, mas eles não pareciam gostar muito de Aslan ou de mim."
Edmund olhou em volta para se certificar de que ninguém estava ouvindo antes de se virar para você. "Isso parece muito estranho. Mesmo se ela fosse ela na esperança de conseguir que Peter a cortejasse, o que eu sei que você não quer, por que ser tão clandestino sobre isso?"
"Certo?!"
"Então, que provas temos para constituir formalmente uma acusação?" Edmund perguntou tentando o seu melhor para afastá-lo de outros dançarinos.
"Bem... tem o fato de que ela não tinha medo dos bandidos, da trama que ouvi no corredor, e acho que seu fascínio por Peter." Agora que você disse em voz alta, realmente não era muito. "Nem diga isso." Você disse balançando a cabeça. "Eu sei que não basta fazer nada."
Edmund suspirou. "Não é, mas não vou negar que algo estranho está acontecendo. Os outros suspeitam de alguma coisa?"
"Bem, eu mencionei isso ao Peter..."
"Claro que você fez." Edmund riu. "E o que o rei supremo tem a dizer?"
"Ele ignorou. Ele disse para ficar de olho, mas não ser impetuoso." Você suspirou sabendo que ele provavelmente estava certo. "Eu não sei o que fazer Ed."
"Basta falar com ela. Expresse suas preocupações. Você tem todo o direito. Apenas tente não ser muito acusador e se você estiver errado, estamos tentando formar uma aliança com essas pessoas, então isso pode tornar as coisas mais difíceis." Edmund disse erguendo as sobrancelhas em um aviso.
"Vou tentar." Você disse descansando a cabeça no ombro dele em derrota e soltando um pequeno gemido antes de olhar para trás.
"Oh, não olhe agora, mas sua principal suspeita está com as mãos em seu homem." Edmund disse gesticulando para o outro lado do salão onde Sofia estava dançando com Peter, que estava rindo.
"Você sabe que poderia simplesmente não ter me contado." Você bufou, desviando os olhos.
"Eu nem sei por que ela está tentando quando todos nós deixamos bem claro que nenhum de nós iria se casar por aliança." Edmund riu.
"Espere, diga isso de novo." Você disse inclinando a cabeça, como se algo tivesse acabado de cair no lugar.
"'Eu não sei por que ela está tentando' ou que 'deixamos claro que nenhum de nós se casaria por aliança'?"
"A parte do casamento." Você disse, suas sobrancelhas uniram-se em um pensamento profundo. "Como tornamos isso conhecido? Acabamos de espalhar a palavra ou..."
"Enviamos proclamações a todas as nações vizinhas de Nárnia. Lord Hampton deveria ter recebido um." Edmund disse não seguindo sua linha de pensamento.
"Ok, então imagine que você é um reino vizinho de Nárnia. Talvez você até desejasse reivindicar Nárnia após o fim do governo da Bruxa Branca. Em vez disso, você encontra um monte de crianças, suas filhas, apesar de tudo, governando como reis e rainhas. Então, você traça um plano, quando atingir a idade, você tentará casar sua filha para uma aliança e ganhar controle sobre o reino dessa forma. Você espera todos esses anos planejando e conspirando apenas para descobrir que nenhum de nós está nos casamentos vazios. Você está indignado. Então, quando o rei supremo convocar uma reunião para fazer as pazes, você traz sua filha com a esperança de que ela o atraia."
"Só que ela não gosta." Edmund disse concordando com o que você estava dizendo.
"Exatamente. Então, como um plano B, você contrata alguns bandidos para dividir habilmente os grupos ao meio. Perfeitamente, para que sua filha acabe no palácio e você fique esperando para ver se ela consegue. Isso faz sentido porque ninguém foi morto ou gravemente ferido e porque Sofia não estava com medo."
"Ninguém se machucou, exceto Peter." Edmund zombou.
"Sim, bem, ele provavelmente assustou aquele bandido quase até a morte. O que eu não consigo descobrir, porém, é o que eles estão planejando se isso não funcionar." Você disse olhando para Sofia, que ainda dançava feliz com Peter. "Ou eu sou louco e fabriquei tudo isso."
"Não." Edmund disse balançando a cabeça. "Lembro-me de Lord Hampton observando Peter e Sofia muito de perto e Sofia tentando um pouco demais para ser notada. Peter mal olhou para ela."
"E agora?" Você pediu para deixar Edmund girar você.
"Bem, eu adoraria evitar derramamento de sangue desnecessário, se pudermos. Eu me pergunto se confrontá-la ainda poderia ser nossa melhor opção." Edmund disse olhando para longe. "Isso se você ainda se sentir confortável fazendo isso."
"Foi meu palpite e estou disposto a enfrentar as repercussões se estiver errado." Você disse com um aceno de cabeça.
"E algumas pessoas dizem que você não é uma verdadeira rainha." Edmund sorriu com orgulho. "É melhor você ir agora enquanto ela dá uma chance a Peter." Ele disse acenando com a cabeça para Sofia que estava caminhando em direção à mesa de bebidas.
"Obrigado Ed." Você sorriu, dando um abraço rápido nele e saindo da pista de dança. "Lady Sofia!" Você a chamou.
Ela se virou com um sorriso. "Olá, Vossa Majestade."
"Está curtindo a festa?" Você perguntou pegando uma xícara de vinho. Você iria precisar.
"De fato, eu estou. Temos festivais na Grande Floresta, mas nada de uma celebração tão grandiosa como esta." Ela disse levantando sua taça para a cena na sua frente.
"Estou feliz. Eu queria saber se você e eu poderíamos conversar em particular." Você disse brincando com a borda de sua taça.
"Claro." Ela sorriu com um aceno educado. "Eu adoraria um tour pelo castelo. Eu só vi tanto."
"Certamente." Você acenou com a cabeça quando os dois saíram do salão em silêncio.
"Algo está te incomodando, Vossa Majestade?" Sofia perguntou olhando pela janela enquanto você descia por um dos corredores mais longos do lado mais distante do castelo.
"Na verdade, sim." Você balançou a cabeça, tentando planejar suas palavras de acordo para ser o mais delicado possível. "Perdoe-me, mas acho que você tem um motivo oculto para estar aqui em Cair Paravel."
Ela ergueu as sobrancelhas como se estivesse chocada. "Motivo? Fui separado do meu pai quando fomos atacados."
"Um ataque pelo qual você parece não ter sido afetado." Você disse tentando ser um pouco mais agressiva, já que ela estava escolhendo bancar a estúpida.
"Bem, tenho certeza de que você se sairia bem. Por que você consegue ser duro, mas eu não?" Ela perguntou dando a você um olhar maldoso.
"Acho que difícil não tem nada a ver com isso." Você disse balançando a cabeça. "Acho que talvez esse ataque tenha sido planejado por alguém muito próximo a você."
"Tudo bem, você me pegou. Eu tenho outro motivo para estar aqui. O Rei Peter é muito bonito e estou procurando um homem adequado para me casar. Venha agora, majestade, sei que você também tem sentimentos pelo rei. É bastante óbvio. Ciúme é uma coisa, mas acusar a mim e minha família de conspirar contra Nárnia é uma acusação séria."
"Isso não é uma questão de ciúme." Você disse parando abruptamente no corredor.
Sofia parou um pouco à sua frente e fingiu estar alarmada. "Não é?"
"Isso é sobre você se esgueirando pelo palácio no meio da noite e tentando evitar ser visto." Você assobiou.
O rosto de Sofia ficou pálido antes de seus olhos escurecerem e ela se lançar em você. "O que você está falando?"
"Eu te ouvi. Noite passada." Você acenou com a cabeça, imperturbável por sua agressão repentina. "Não sei o que você está planejando, mas sei que é mais profundo do que tentar atrair Peter."
"Você é uma garota inteligente, não é? Talvez Aslan estivesse certo sobre você, afinal." Ela disse colocando sua vitória no parapeito da janela.
"Eu acho que você tem se demorado bastante em ser bem-vindo." Você disse insinuando que ela deveria sair agora, antes que as coisas piorassem.
"Na verdade, acho que estou apenas começando a gostar daqui." Ela sorriu apontando para alguém atrás de você. Você nem mesmo teve a chance de se virar antes que alguém o agarrasse e colocasse a mão sobre sua boca com força. Seu cálice caiu ruidosamente no chão e derramou o líquido amargo no chão de pedra. Você tentou o seu melhor para lutar, mas esse cara era enorme. Ele era um dos soldados que veio aqui com Sofia. "Uma pena que você não poderá se juntar a nós pelo resto da festa."
"O que é que você fez?" Você ouviu uma voz familiar atrás de você.
"Está resolvido." Sofia sibilou.
"Isso está longe de ser resolvido." O homem disse te dando uma olhada. Era a conselheira com quem Sofia estava conversando na noite anterior.
"Eu só preciso de mais tempo!" Sofia gritou jogando as mãos para cima em exasperação. "Ela nos descobriu." O homem olhou para você, consideravelmente assustado, antes de se voltar para Sofia.
"O que você planeja fazer com ela?"
"Eu não sei, esconda-a em algum lugar até que eu tenha tudo sob controle."
"Você precisa voltar lá então." O homem sibilou. "E se alguém viu você sair? Vai! Eu vou lidar com ela." Ele disse apressando Sofia antes de voltar para você. "Perdoe-me Vossa Majestade, isso não é pessoal." Você tentou protestar, mas um golpe rápido e forte na cabeça o deixou inconsciente antes mesmo que pudesse tentar uma fuga.
Quando você voltou, você estava sentado no arsenal em um dos níveis mais baixos do castelo. Sua boca estava seca e dolorida da mordaça que havia sido amarrada impiedosamente em sua boca. Uma picada na cabeça o fez estremecer e você viu a cor familiar de vermelho manchando seu vestido. Obviamente, aquele golpe na cabeça causou muitos danos. Aslam querendo que você não teve uma concussão.
Conforme sua visão embaçada se ajustava mais, você avistou um guarda barbudo sentado na porta. Ele tinha uma espada, mas se você pudesse colocar as mãos em uma única arma aqui, você poderia pegá-lo. Você tentou se mover, mas o fato de que suas mãos e pernas estavam amarradas finalmente foi registrado. Eles estavam com medo de você. Como deveriam ser. Você sabia que estava certo.
Edmund. Você se animou na esperança de que o rei tivesse notado sua ausência e não acreditado nas bobagens de Sofia. Espero que ele esteja procurando por você neste exato minuto. Quando a porta se abriu, você se animou pensando que era ele. Em vez disso, era outro dos guardas de Sofia, muito mais jovem do que aquele encarregado de vigiar você.
"As coisas não estão indo tão bem quanto o planejado. Precisamos dela." O guarda disse enquanto os dois olharam para você.
Você recuou contra a pedra fria, desejando que ela pudesse te soltar. Os dois pegaram você rudemente e começaram sua jornada desajeitada de volta para cima. A cada poucos passos você tropeçava porque eles não se preocuparam em desamarrar suas pernas.
"Você sabe para onde está indo?" O guarda barbudo perguntou.
"Sim! Eu vim aqui, não vim?" O outro zombou arrastando você escada acima.
"O que está acontecendo lá de qualquer maneira?"
O guarda mais jovem zombou. "O Rei Supremo rejeitou suas tentativas de seduzi-lo. Ela ficou com raiva ao perceber que não ia funcionar e enlouqueceu. Eliminou todos os convidados e deixou o resto da realeza narniana esperando para ver que influência ela tinha." Olhando para você. Adorável, então você era a isca. Você tentou se esquivar, mas o guarda apertou seu braço com mais força. "Pare com isso! Não tenho medo de bater em uma garota."
Enquanto se contorcia, você conseguiu tirar a mordaça da boca. "E eu não tenho medo de ser atingido." Você sibilou, irritado com a situação em que estava.
Você estava quase no salão de baile e poderia ouvir gritos ecoando nas grandes paredes de mármore. A voz de Susan foi a que você ouviu primeiro. "Queríamos paz e este é um ato de guerra."
"Nós resgatamos você e é assim que você nos retribui?" Você ouviu Peter gritar.
"Eu nunca corri perigo." Sofia zombou. "A coisa toda foi orquestrada." Você podia vê-la agora, parada nos degraus por onde você e os Pevensie haviam entrado algumas horas antes. Sofia olhou para você e os guardas pararam, então você estava fora da vista de todos, exceto Sofia. Ela assentiu e você ouviu o som familiar de uma espada sendo desembainhada e sentiu o beijo frio da lâmina pressionando contra seu pescoço. Você engasgou e tentou o seu melhor para afastar o pescoço do metal afiado. "Última chance. Case-se comigo e me torne Grande Rainha de Nárnia ou se arrependerá."
"Não aceitamos ameaças com bons olhos." Peter sibilou. "Não importa o que você planejou, nós vamos vencê-lo."
Sofia acenou com a cabeça e fez uma cara sarcástica gesticulando novamente para que os homens o trouxessem. "Talvez você vá, mas eu odiaria manchar seu chão com o sangue dela como primeira causalidade."
Lucy engasgou ao ver você. "S/n, não."
"Deixe ela ir!" Edmund gritou investindo contra Sofia. Todos os guardas de Sofia emergiram dos lados do salão, espadas desembainhadas prontas para cortar Edmund se ele desse mais um passo.
"O que você fez com ela?" Susan perguntou balançando a cabeça. Agora você pode ver que não estava completamente sozinho. Oreius e alguns outros centauros ficaram alertas atrás dos Pevensies junto com o Sr. Tumnus e seus amigos cervos.
"Ela me descobriu." Sofia encolheu os ombros descendo as escadas e caminhando em direção a um Peter muito silencioso. "Agora, rei supremo Peter, quer se casar comigo?" Ela disse agarrando o queixo pontudo de Peter.
Peter estendeu a mão lentamente e retirou a mão dela. "Se você tocá-la, eu vou te matar."
"Não foi isso que perguntei." Sofia disse balançando a cabeça antes de caminhar atrás de Edmund e envolver os braços na frente dele. "Suponho que o rei também poderia fazer isso."
"Suficiente!" Lucy gritou balançando a cabeça. "Saia agora e não faremos guerra contra seu povo."
Sofia riu. "Isso não é uma opção. Ou ele se casa comigo..." Ela apontou para Peter. "... ou eu a mato." Ela olhou para você e deu aos guardas um aceno de cabeça. Você sentiu a lâmina apertar sua garganta com mais força e soltou um pequeno suspiro ao sentir a dor e o líquido quente escorrer pelo pescoço.
"Pare!" Peter gritou com a voz embargada. Ele geralmente era tão firme e comandante ao falar com os inimigos. "Eu casarei com você."
"Peter, não!" Você disse proferindo sua primeira palavra o tempo todo. Peter olhou para você e você viu uma dor em seus olhos que você nunca tinha visto antes. Ele parecia apavorado, como no campo de batalha há muito tempo, quando Edmund foi esfaqueado pela Bruxa Branca. "Prefiro morrer do que ver você preso em um casamento sem amor e colocar uma rainha cruel no trono. É o que fazemos." Você disse mordendo o lábio. "Tudo bem."
"Não." Peter disse balançando a cabeça. "Nós precisamos de você. Eu preciso de você. Eu não vou perder você." Ele disse, seus olhos azuis brilhando.
"Isso tudo é muito fofo." Sofia interrompeu. "Mas meu pai não vai esperar para sempre. Então, estou matando ela ou há um anel no meu futuro?"
Você fez contato visual com Oreius, que fez o menor gesto para algo atrás de você. Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso, pois você sabia exatamente o que ele queria dizer. Os convidados da festa nunca saíram, foram buscar armas e estavam prontos. A única coisa que os impedia era seu cativeiro. Você precisava fugir desses guardas e então os narnianos poderiam atacar e prender Sofia e seus homens.
"Que tal nenhum." Você disse com confiança. Você viu Oreius já começar a se mover quando se inclinou para frente e jogou a cabeça para trás, acertando o guarda que estava segurando você no nariz. Ele tropeçou para trás e você sentiu que estava começando a cair. Como você suspeitou, Oreius estava lá para agarrá-lo e ele o pegou nas costas e o trouxe para trás dos Pevensies enquanto sinalizava para os narnianos atacarem.
Tudo aconteceu tão rápido. Alguém trouxe as armas de Peter, Edmund, Susan e Lucy e só demorou alguns instantes para que ela e seus homens fossem invadidos. Eles subestimaram seriamente Nárnia e suas pessoas. Lucy correu até você e se ajoelhou e usou sua adaga para cortar suas cordas e mordaça.
"Obrigado." Você suspirou esfregando seus pulsos doloridos e machucados.
"Como você a descobriu?" Lucy disse balançando a cabeça em descrença.
"Não sei." Você disse balançando a cabeça. "Algo sobre ela nunca parecia certo."
"Precisamos levar você para a enfermaria." Lucy disse ajudando você a se levantar e levando você para fora do salão de baile. Você teve um rápido vislumbre de Peter e Edmund encurralando Sofia enquanto Susan ficava de olho em seus homens que estavam cercados pelo resto dos narnianos.
Lucy deitou você em uma das camas enquanto uma dríade vinha e cuidava de você. "Eu voltarei." Lucy acenou com a cabeça e saiu correndo.
A Dríade sorriu para você. "Fique tranquilo, Rainha S/n, você vai ficar bem." Ela disse pegando um pano úmido e enxugando o sangue de você.
Pouco depois, Lucy apareceu com sua cura de vaga-lumes. "Abra." Ela disse inclinando-se sobre você e permitindo que uma das gotas de âmbar pingasse em sua boca. Era doce como mel e uma sensação de calor se espalhou por seu corpo enquanto fazia sua mágica funcionar. "Você vai se sentir melhor, mas recomendo que fique aqui pelo menos a noite com Aria." Lucy disse gesticulando para a Dríade. Você acenou com a cabeça quando suas pálpebras ficaram pesadas e você caiu em um sono profundo.
Quando você acordou novamente, estava se sentindo muito melhor. Você piscou algumas vezes e olhou para ver uma bagunça de cabelo loiro encostado em sua cama. Você sorriu sabendo que Peter estava lá cuidando de você. "Eu disse que ela era uma má notícia." Você resmungou.
A cabeça de Peter disparou e ele sorriu. "Piadas? Em um momento como este?"
Você sorriu se endireitando e se sentando. Você se sentiu um pouco tonto e deve ter começado a se inclinar, porque Peter se levantou e estendeu os braços para apoiá-lo, se necessário. "Obrigado." Você murmurou sentindo-se envergonhado. Houve um longo silêncio até que você finalmente o quebrou. "Então, vamos conversar sobre o que você disse?" Você perguntou.
Peter acenou com a cabeça e se afastou de você antes de se voltar para você abruptamente. "Eu amo você." Você ergueu suas sobrancelhas. Você sabia que Peter era atrevido e sempre dizia o que pensava, mas ele dizia isso com muita facilidade. Ele deve ter percebido sua surpresa e rido. "Estou praticando isso há uma hora."
Você balançou a cabeça, levantando-se e indo pegar as mãos dele. "Faz sentido."
"Você nos colocou em muitos problemas novamente." Ele disse balançando a cabeça com ternura para você.
"O que posso dizer?" Você deu de ombros, incapaz de parar de sorrir enquanto deixava suas mãos vagarem até seu peito musculoso. "Talvez "eu também te amo" tornasse as coisas melhores?"
"Isso é um começo." Peter disse aproximando seu rosto do seu. "Posso?" Ele sussurrou muito suavemente.
Você assentiu levemente enquanto fechava os olhos e esperava os agonizantes segundos até que os lábios macios dele estivessem nos seus. Eles estavam quentes e ainda tinham um leve gosto de vinho. Você sentiu os braços dele envolverem sua cintura enquanto ele a puxava para perto em um beijo carinhoso. Quando você finalmente se afastou, ambos estavam sorrindo.
"Isso significa que você gosta de mim?" Você perguntou com um olhar inocente em seu rosto.
"Claro que sim." Ele riu balançando a cabeça para você.
"Não quero estragar o momento, mas o que aconteceu com Sofia?" Você pediu apoiando-se nele.
"Nós a temos na masmorra. Estamos entrando em contato com o pai dela e planejando o que acontecerá a seguir. Achamos que íamos adiar até que você estivesse pronto, já que tudo era graças a você."
"Estou pronto agora." Você balançou a cabeça olhando para ele e tentando ir embora por conta própria. Você tropeçou e ele te pegou. "Obrigado. Apenas me arranje um lugar para sentar e eu estarei bem. "
"Tem certeza de que não quer pegar leve?" Peter perguntou preocupado. "Nós podemos esperar."
Você sorriu. "Eu sou uma Rainha de Nárnia, nunca vou pegar leve."
Feito por: justauthoring(tumblr)