A fronteira jjk + pjm

By TamChihiro

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Num mundo dividido por pedras Jimin se viu sentenciado a morte. Correr era sua única opção. - "Você está a O... More

☆~ Apresentações ~☆
Maldita lua!
"Naquele dia..."
inimigos
~Aviso~
Estranhos.
Como Agma
invasão
O era uma vez que não terminou feliz para sempre
Como cem mil iguais
Se deixar facinar
Teste N°1 Iniciado...
A linha tênue entre sonhos e lembranças
As muralhas que me cercam
Amor-Perfeito ?
Children-Wolf
Marcha soldado
Ya Liu-baba (?)
•Other me__ Part. 1
•Other me__ Part. 2
Anastásia
De perguntas, às respostas
"Forte como um cavalo!"
Dos morto, à vida
A parte de mim que te pertence
A parte de mim que chamou por você
A parte de mim que está a sua espera
A vida veio me buscar
E eu fiquei.
Minha rosa
A luz brilhar
A verdade
-- Especial Yoogyeom --
A alma nunca esquece
Se almas pudessem chorar, chorariam
O sonho que escrevi
Somos poeira
Demônio em pele de lobo
Velhos hábitos
O espetáculo da vida

Os estilhaços de mim e a onde pertencem

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By TamChihiro


°••°••••°••°•••🌙 •••°••°••••°••°

É de se espantar o poder de uma linha reta.

Por exemplo, na matemática se adicionarmos uma linha reta sobre um número decimal x, automaticamente o transformaremos numa fração. Na Física, uma linha reta liga os pontos de uma função linear e indica se o gráfico é de movimento uniforme e retilíneo. Na Química os elétrons se propagam em linha reta oque indica um fluxo de raios católicos constante.
E no meu mundo, uma quilométrica linha reta de pedras separava Leste e Oeste, onde Leste estava o próprio caos enquanto eu não fazia idéia de como as ações daquele lado me afetariam tão profundamente desse.

Tudo que me importava naquele momento era assistir, com toda a admiração do mundo, Jeon Jungkook cortar lenha.

Sentado num tronco velho, com os cotovelos apoiados no joelho precisava segurar meu próprio queixo toda vez que os bíceps fortes do alfa tencionavam para levantar o machado pesado partindo mais um tronco da pilha de muitos.

-Eu ralando e você ai agindo feito um patrão__ Me pegando no pulo quase babando por ti Jeon se virou sorrindo. O corpo definido e bronzeado marcado pela enorme cicatriz brilhava sob a camada fina de suor, ainda que fosse pouco frio o esforço não o deixava sentir podendo assim ficar livre de sua camisa.

Meu cérebro ainda solta fumacinha toda a vez que me lembro que aquele homem, aquele monumento escultural na minha frente era MEU alfa... Uau.

Acabei espremendo as mãos entre as pernas com a visão, borboletas se agitaram no meu estômago só de olha-lo.

A alguns dias vinha sentindo coisas estanhas com tudo que Jungkook fazia. Vontades quase indomáveis de tocar e ser tocado pelas mãos grandes e firmes do moreno... oh Deus.

-Ora eu já fiz minha parte__ Respondi voltando a órbita após me perder em pensamentos impuros sobre ele e seu belíssimo corpo__- E nós dois sabemos que se tivessem me dado esse trabalho ai eu já teria terminado.

Ele riu soprado de minha audácia afastando os fios suados para longe da testa antes de dizer__- Pode subir se quiser, logo vão nos chamar para o jantar.

-Oh não...__ Neguei frenético com as mãos e indiscretamente olhei-o dos pés a cabeça umedecendo os lábios__- Tô' gostando de só assistir, Jungkook-ah.

Ao usar tal apelido pude ver seus lumes quase flamejarem no mesmo instante. Por algum motivo aquela forma de chama-lo o afetava profundamente quando saída de minha boca, o deixava de ponta cabeça, e bem, eu gostava de usufruir desses pequenos detalhes. Assim o tinha na palma da mão.
De repente a última pilha de lenha foi cortada rapidinho como se ele quisesse terminar logo com aquilo tanto que em quinze minutos, tortuosos minutos só o vendo de longe, e tudo já estava pronto assim que o sol se pôs. A lenha seria recolhida por outras pessoas e finalmente ele estava livre para mim.

Me vendo solto das amarras que me deixavam longe do alfa apressei-me de encontro a ele e sem avisos saltei em teu colo sabendo que seria segurado, o abraçando com braços e pernas quase delirando ao ter suas mãos agarradas as minhas coxas como apoio. Hoje nós vencemos, pensei.

O aroma de seus feromônios estava insuportável de bom e surtiam muito efeito sobre mim, ficava bobinho de embriaguez. Jungkook era meu primeiro e único vício.

-Meu anjo, eu tô todo suado...__ Não querendo me afastar mas também não querendo me sujar exclamou manso, mas eu nem ligava só queria continuar agarrado em ti. Apenas desenterrei minha cabeça de seu pescoço para dizer;

-Beijo__ Apontei para meus lábios.

Sorriso cafajeste, é assim que apelidei aquela merda de sorriso de canto que me deixava tontinho.

Atendendo meu pedido ele enroscou os dedos de uma das mãos em meu cabelo me trazendo para aquilo que desejei durante o dia todo, sua boca. Foi a primeira vez que quem tornou o beijo singelo em intenso fui eu. Apertei as pernas em seu torno agarrando teus ombros definido enquanto beijando-o com todo o desejo que domava a cada vez que nossas línguas se encostavam e ao nos afastarmos, por iniciativa dele, fiz questão de trazer seu lábio inferior entre os dentes o fazendo sorrir.

-Você tá' bem animadinho ultimamente__ Comentou entre os selinhos embriagados que lhe dava. Domesticado como um gatinho. Uma vergonha.

-A culpa é sua...__ Resmunguei manhoso descendo os beijos para sua mandíbula começava ficar áspera por uma barba que ameaçava voltar crescer.

-Guarda essa energia pra' hoje a noite loirinho...__ Contra minha vontade devo dizer, ele me pôs no chão mas de surpresa deixou um tapa espalmado no meu traseiro me fazendo cobrir a boca com o gritinho vergonhoso que me escapou__- Temos que subir agora. O chuveiro do quarto é meu.

Sendo puxado pelas mãos choraminguei fazendo-o olhar de relance para trás.

-Ah, mas meus shampoozinhos estão lá...__ Pesquei os olhinhos.

-Aish manipulador dos infernos__ Murmurou cedendo prontamente.
Nem era tanto pelos shampoos, mas o chuveiro do quarto era o mais quentinho de toooda a mansão.

[...]

Ao ensaboar o corpo fechava os olhos desfrutando da imaginação e desejando que mãos que me percorriam fossem dele, me tocando lentamente. Sentia arrepios torturante mesmo que estivesse sob a água quente. Confesso que me excitei não só uma vez pensando nele, entretanto, recusei me tocar ali sozinho. Poxa, quem eu desejava estava bem ao meu lado! Eu não aceitaria passar por aquilo sozinho, por isso, decidido a saciar minhas vontades enxaguei-me rapidamente querendo espera-lo chegar, mas assim que tive essa ideia ouvi a porta do quarto se abrir.

-Ainda tá' ai?__ Questionou ele lá de fora__- Vai acabar com a água da cidade assim...

-Já tô' saindo, chato__ Bufei decepcionado por quer não iria conseguir faz toda a cena super sexy que havia arquitetado, entretanto, sou persistente e não desisto nunca e assim que pisei fora do box e vi uma camisa sua pendurada novas ideias surgiram em meus pensamentos que andavam diabólicos ultimamente.

Agarrei a roupa ao que ouvia-o tagarelar abafado lá fora arrumando o cabelo frente o espelho rapidinho para não sair parecendo um porco espinho albino e a vesti, inocentemente esquecendo de usar qualquer outra coisa por baixo. Acreditam?
Assim, fazendo o maior carão abri a porta do banheiro saindo junto ao vapor.

-Hoseok disse que a tropa de exploração pode chegar...__ Na beira da cama a minha espera Jungkook acabou por tropeçar nas palavras ao me procurar com os olhos__-Chegar hoje a noite.

-É, decidiram voltar antes do previsto?__ Conversei normalmente ao me aproximar.

-No último contato por rádio disseram estar sendo seguidos, decidiram voltar por segurança__ Sem nem tentar evitar ele fixamente acompanhou minha jornada até si, me vendo encaixar entre suas pernas lentamente.

-Mal posso esperar pra' mostrar pro' Tae como fiquei forte...__ Em pé, olhei-o de cima abraçando pelos ombros sendo puxado possesivamente para mais perto.
A troca de olhares foi direta mesmo quando ele carinhosamente beijou meu peito tendo os cabelos já cumpridos acariciados por mim.

-Melhor se trocar logo, pode ficar resfriado__ Disse baixinho me afagando sobre a camisa.

Em silêncio peguei uma de suas mãos depositadas em minha cintura a descendo até a coxa desnuda, e sem pressa fui ao seu ouvido onde sussurrei uma respostas.

-Eu não estou com frio...__ Fiz questão de dizer soprado

Minimamente ele moveu a cabeça suspirando pesado, afetado. Aproveitei de sua recaída e apoiei a perna no colchão ao lado de seu corpo dando-lhe espaço para navegar por mim.
E foi oque fez, subiu as palmas ásperas por trás da coxa seguindo a minha bunda sem rodeio e assim como ele quase perdia a razão ao seus dígitos fincarem com força na carne quando percebeu que não havia sido somente a calça que eu esqueci de vestir.

-Assim fica difícil amor...

-Jungkook-ah'__ Afim de derrubar de vez aquela resistência chamei-o no tom mais manhoso que consegui. Eu queria ficar ali e queria mais do que suas mão e corpo poderiam me dar, por isso, não o deixaria escapar daquela vez. Agarrei os cabelos da nuca erguendo sua cabeça e umedecendo os lábios sob seu olhar penetrante que acompanhou cada movimento__- Beijo.

Soube que o tinha na palma da mão quando me beijo afobado.

As mão me segurando firme e se enfiando por de baixo de minhas roupas incendiavam-me o corpo tanto quanto os dedos passando entre minhas nadegas, me fez arfar quando percebi já estar tão lubrificado lá atrás. Eu estava muito, muito excitado e ficou evidente pelo pequeno volume na parte da frente da camisa, roçando no peito do alfa.

Ao primeiro dedo entrar o desconforto não me atingiu suficiente para fazer-me parar de beija-lo, queria fazer até a boca ficar dormente. Sentia os movimentos apertado e era estranhamente bom, porém, quando o segundo se juntou separei nossas bocas para grunhir baixinho com a queimação que começou incomodar.

-Relaxa__ Murmurou beijando meu pescoço lentamente. Para ajudar me distrair subiu a canhota por baixo da camisa, fazendo questão de tocar todo meu tronco, até chegar aos mamilos que enrijeceram assim que tocado. No outro usou a boca, mordiscando e lambendo ainda sobre o pano, foi automático segurar sua nuca em mais busca por contato.

Os suspiros afetados que preencheram o quarto eram graças ao pequeno lugar sendo estimulado, me causava um enorme prazere e indiscutível o quão sensível eu era ali.

Assim que meu corpo relaxou seus dedos deslizaram para dentro com mais facilidade sem causar dor pelo caminho, era um prazer estranhamente bom.

Querendo uma visão privilegiada daquele homem procurei enxergar seu corpo. Camisa de botões e calça jeans, ele não poderia estar vestido mais normalmente que aquilo mas aos meus olhos era como uma escultura que melhorou ainda mais quando vi o enorme volume em sua virilha.

As mãos coçaram para tocar.

Quando me afastei e seus dígitos saíram de dentro de mim de certa forma me senti vazio, meu lobo ate choramingou, mas segui com foco em retribuir o prazer. Sem pressa deslizei as mãos por sua camisa a medida que me ajoelhava abrindo no caminho cada um dos botão, finalmente tendo seu corpo exposto para mim. De joelhos no chão frio engatinhei com o corpo fervendo até entre suas pernas, selei seu pescoço com uma lambida sobre o ponto erógeno seu e escorreguei os beijos e chupões por todo seu tórax, deixando um selar em cada uma das quatro cicatrizes de garras que lhe rasgavam o peito. Em seu abdômen fiz o mesmo em cada um dos seis gominhos saltados sendo assistido por seu olhar fulminante.

O volume estava bem diante meu rosto, não podia deixar de beija-lo também ainda sobre o tecido, e apertei o volume completamente rígido vendo-o tombar a cabeça para o lado arfando toda a vontade que tinha de se livrar daquele a perto que logo o livrei. Desatei a braguilha e puxei junto a cueca o jeans até o meio de suas coxas me deleitando com oque saltou diante meus olhos.

Me perdoe mãe as palavras pecaminosas que direi a seguir, mas que pau maravilhoso!

Nunca tive tanta vontade de colocar algo na boca quanto tive vendo aquele monumento erótico, pois não perdi tempo, sabia que não tinha experiência e não podia ir enfiando tudo de uma vez pois me engasgaria, então fui com calma. Umedeci todo o membro com lambida falsamente inocente antes de sugar apenas a glande masturbando o resto. Não desgrudarei os olhos dos seus em nem um momento, estavam praticamente fechados e olha-lo daquele ângulo foi o melhor ângulo eu já vi.

Percebia suas mãos agarraram com força o edredom da cama lutando de todas as formas para não mover o quadril.
Com a metade de sua extensão na boca procurei por suas mãos e as levei até meu cabelo, sabia que ele não forçaria mais do que eu aguentasse e por isso dei toda a confiança e liderança em suas mãos. Lenta e cuidadosamente ele estocou em minha boca, ofegando a cada centímetro que assistia entrar molhado e sair ainda mais.

Dado momento por conta própria me abaixe quase encostando o nariz em sua barriga e o gemido não contido que escapou de si deu borboletas na minha. Até seus sons eram gostosos, minha nossa.

Com os olhos lacrimejantes me ergui a procura de seus lábios e tive a sensação de algo escorrer entre minhas nadegas, puro lubrificante de um ômega que já não suportava ficar sem seu alfa. Numa bagunça de línguas com seu gosto dançando entre as bocas Jeon inverteu nossas posições pondo-me deitado sobre o colchão abaixo de si.

-Anjo, você sabe que não precisa se sentir pressionado pra' ir até o fim certo?__ Tocou meu rosto carinhosamente. Seus olhinhos preocupados fizeram meu coração derreter.

Ainda que estivesse claro que tudo oque eu mais tinha era vontade de ir ate o fim, ele ainda se preocupou em me pressionar. Jeon Jungkook não podia ser real. Sempre que eu me sentia desconfortável ou acuado com algo corria para ele porque esses sentimentos nunca existiram entre e nós, eu nunca me senti tão vontade com ninguém em toda minha vida, e por isso, aquela foi minha vez de tocar seu rosto com todo o carinho do mundo e o confortar.

-Jun-shi, não existe ninguém no mundo com quem eu queria fazer isso além de você...__ Me apoiei nos cotovelos para alcança-lo e demoradamente selei sua testa sorrindo próximo ao seu rosto__-Eu te amo mais que tudo.

Por alguns segundos tudo oque fez foi me olhar, olhar cada pedacinho de mim e despir cada centímetro da minha alma sabendo que cada palavra ali era a mais verdadeira possível.

-Você não existe anjo...__Sorriu fofinho.

Não é que eu não estivesse para romance naquele momento mas assim que ele me deu um selinho minhas mãos já estavam a procura de seu pau que sentia tocar contra o meu sobre a camisa.

Percebendo minha necessidade seu sorriso carinhosos se tornou cafajeste, com direito a mordida no lábio e tudo. Quando se levantou me deitei de lado na para observar seus passos, nunca foi tão bom assistir alguém tirar a própria cueca e ele fez tudo isso com os olhos presos aos meus.

Ao caminhar de volta a cama me senti na mira de um predador.

-Vira__ Ordenou rouco.

Respondendo mentalmente um 'minha nossa sim senhor' deitei-me de bruços abraçando o travesseiros ao vê-lo subir sobre mim com membro quente resvalando contra minhas nadegas. Com um joelho de cada lado no meu corpo o alfa quase sentava em minhas coxas e olhando sobre o ombro o vi lambuzar a mão de saliva e masturbar o membro antes de guia-lo ao lugar quer pulsava a sua espera.

Dizem as más línguas que a primeira colocada é a melhor, pois para mim foi o oposto.

Apenas a glande foi suficiente para me fazer trincar os dentes e apertar os dedos dos pés, aquilo queimava como o inferno e a cada centímetro que ele cuidadosamente introduzia se tornava pior. A mão que agarrava as cobertas foi coberta pela dele que faz um leve carinho, o ar quente de sua fala me faria arrepiar se não estivesse focado na dor.

-Vai passar eu prometo...__ Disse beijando a lateral do meu rosto.
Por um tempo ele se manteve parado, apenas me beijando e acariciando, sussurrando o quanto me amava e com isso rapidamente a dor se dissipava deixando apenas a sensação gostosa de ser preenchido.

Maravilha de corpo ômega!

-Tá' bem?__ Perguntou afastando os fios loiros do meu rosto úmido.

-T-tô...__ Respondi entrecortado ao forçar o quadril contra o dele finalmente colocando tudo__- Vai de devagarzinho tá?

Empinado vi com o canto da vista o alfa ficar estático por um segundo. Tive medo de ter quebrado ele mas juro por tudo que senti dentro de mim seu pau pulsar com aquela fala toda manhosa.

Lentamente ele começou a se mover como eu pedi, devagarzinho, descontando a vontade por acelerar na minha cintura, aa marcando todinha. Assistindo com luxúria o próprio membro entrar e sair em sons molhados ele aos poucos aumentou a velocidade das estocadas e por estar com as pernas tão fechadas sentia cada centímetro do iniciou ao fim quase revirando os olhos pela forma que aquilo deslizando tão facilmente me eletrizava apesar de entre o prazer ter a dor.

A fricção da minha ereção contra o colchão era um combo perfeito junto aos gemidos baixinhos do alfa que empurrava com mais força. Não querendo fazer bagulho afundei o rosto contra o edredom podendo gemer como queria. Dado momento o alfa deitou-se por completo sobre mim, com o peito em minhas costas, indo mais fundo e alcançando lugares que me fizeram se empinar ainda mais arfando alto.

Jungkook não ia rápido, mas ia forte, e descobri que aquele era o ritmo mais gostoso que senti na vida, tanto que quando suas mãos passarem por baixo de meu corpo e agarraram meus ombros me segurando no lugar, já que meu corpo solavancava para frente com suas investidas, percebi que estava no limite.

Gemidos ao pé do meu ouvido, estocadas firmes que moviam meu corpo sobre a cama e friccionavam meu membro contra o colchão, era de mais para mim. Uma corrente fria me percorreu o corpo quando me desfiz sobre o lençol. Espasmos fizeram-me se encolher ao melar entre minha barriga e o colchão automaticamente esmagando o membro do alfa ainda mais.

-Porra'... olha para mim__ Possesivamen ele agarra meu pescoço virando o rosto para o lado me beijando desajeitadamente enquanto eu permanecia tendo leves tremores com as estocadas que continuavam porém sem mais controle. Rápido, forte e forem foram as últimas investidas antes dele rapidamente se tira de dentro de mim, me fazendo gemer com a pressão, e bombar o próprio pau até gozar em minhas nadegas, costas e parte da blusa que só foi erguida.

Ofegante o grande corpo caiu sobre mim me abraçando com toda a proteção do mundo, nos deitou de lado e afundou seu rosto em meu pescoço. Ali sujos do nosso próprio prazer esperamos nossos peitos e fôlego se acalmaram.

-Acha que vamos ser papais?__ Foi oque perguntei com o rosto afundado no travesseiro, quase embriagado. Jungkook levantou o tronco e me olhou assustado.

-Pelo amor do lobo, eu tirei antes amor... não fala isso__ Só faltou fazer o sinal da cruz se soubesse oque significava.

Gargalhei sonolento de sua reação por pensar da mesma forma. Não que nunca quisesse mas não era momento para termos pequenas versões nossas correndo para todo lado. Kairus já estava de bom tamanho para mim.

-Acho eu seríamos péssimos pais__ Falei em tom brincalhão com um fundo de verdade.

-Você seria perfeito...__ Amaciou meu ego voltando a se deitar com o rosto escondido em meu pescoço__-Tá se sentindo bem?__ Perguntou alisando meu braço com a ponta dos dedos num carinho leve.

-Vou dizer que sim se me levar até o banheiro__ Chantageei na cara dura fazendo dessa vez ele ser quem ri.

-Vai ter que esperar um pouquinho, não é o único com as pernas bambas__ Foi de mais para nós dois no final das contas.

Mesmo que dez minutos depois já estivéssemos ambos aptos para andar Jungkook fez questão de me carregar até o banheiro, nos limpar e trocar os lençóis da cama voltando para arrumar meu cabelo. No fim só ficando bagunçando-o a cada segundo por que queria me irritar, porém, antes de eu o dar uma rasteira ali mesmo percebo uma movimentação estranha lá fora.

Muitas vozes, gritos e anarquia, bastou um troca de olhares para que corrêssemos até o quarto a procura de roupas, eu fui quase mancando com a dor no quadril mas o calor da fofoca era mais importante que tudo. Vesti-me rapidamente e corri para fora me pendurando no parapeito do andar para olha lá embaixo, ouvi Jeon berrar do quarto para que me despendurasse de lá.

Em todos os quatro andares da mansão haviam pessoas assim como eu debruçados olhando o saguão. Lá, muitos soldados fechavam um círculo e dentro desse círculo estava alguém que não deveria de forma algum a estar ali.

-Yug?__ Com a exclamação toda a atenção veio a mim.

Ali aquelas tais ações que eram tomadas 'Do outro lado da linha reta' começariam a diretamente me afetar.

Mas depois daqui vocês já ouviram falar certo? Então vamos avançar para onde paramos.

[...]

-Promete que vai ficar bem e que vão vir morar aqui comigo?...__ Já todo bicudo segurando o choro perguntei fazendo o alfa rir.

-É uma promessa__ Erguendo o mindinho Yug entrelaçou-o com o meu me puxando para um abraço apertado que me ergueu do chão__- Preciso ir agora...__ e assim iniciou seu caminho de volta.

Eu mais uma vez assistia as costas de alguém que amava se afastar na direção daquela maldita muralha sem poder fazer nada para faze-lo ficar. Tudo que me confortava era saber que aquela arma barulhenta de deram a Yugyeom poderia ser suficiente para tirar Yoongi das mãos de Jay. Eu rezava para isso mas nem tive tempo de chorar quando assim como o alfa se afastando a única fonte de luz ali também começou.

-Precisam ficar tão perto?...__ Jungkook rosnou baixinhos seguindo na direção oposta com a única lanterna na mão.

-Hãn?__ Tombei a cabeça confuso mas o cabeça dura continuou me deixando para trás__- Ei me espera, tá' escuro!

Aquela história de corpo quente é mesmo real né? Assim que tentei iniciar uma corrida para alcança-lo senti uma pontada dolorosa no traseiro. Então isso era o resultado de um pôs sexo de algum não experiente... céus.

-Por que tá' bravo comigo hein? Eu nem fiz nada...__ Em passos desengonçado segui atrás dele não querendo ficar no escuro.

-Eu não tô' bravo, é só.. é aquele alfa.

-É, idaí oque tem ele?__ Discuti com suas costas começando me irritar.

Para mim não fazia sentido aquela atitude. Eu havia, literalmente, acabado de me entregar para ele de corpo e alma. Não havia prova maior de confiança então não, eu não entendia daquela ação infantil e pelo visto ele também percebeu

- Não é nada, tô' agindo feito um idiota...__ Está mesmo, pensei__-Se apresse já tá' tarde pra' ficarmos andando por aqui.

Ele ainda não havia se virado para falar comigo e aquilo me deixou extremamente puto porque eu estava me esforçado para alcança-lo e ele sequer via, só seguia me apressando.

-Eu me apressaria se não estivesse mancando!__ Gritei irritado, estagnando no lugar com os braços cruzados.

De imediato ele fez o mesmo, finalmente me olhando sobre o ombro do qual desviei o olhar quando percebi. Iria fazer birra sim.
Dando meia volta o alfa veio até mim parando em minha frente, acariciou meu rosto e o viraou para olha-lo colando nossas testas num suspiro.

-Por que não me mandou parar meu bem...__ Tinha tanta culpa nos teus olhinhos de azeitona que fui eu quem me senti mal. Morrendo de dó o abracei apertado.

-Mas tava gostoso__ Respondi na manha me esfregando em teu peito na busca por carinho que logo ganhei quando as mãos alisaram minhas costas e a outra afagou meus fios da nuca__-Não queria parar...

-Me perdoa tá'? Prometo ser mais cuidados na próxima__ Com a boca na altura de minha testa ele selou singelo.

Hum, próxima. Gostei.

Antes de eu dizer qualquer coisa pervertida sobre 'da próxima vez' ele se virou e deu dois tapinhas no próprio ombro me chamando.

-Sobe__ Soou como uma ordem apesar de não ser, querem em sã consciência recusaria ir o caminho todo cheirando o cangote de Jeon Jungkook? Eu que não era louco então logo subi num pulo mesmo com o bumbum doendo.

Foi no caminho escuro que percebi quão cansado estava meu corpo, deitado ao ombro do alfa sua voz tagarelando alguma história de infância se misturava ao vento deixando tudo muito calmo, porém, era dentro de minha cabeça que estava a bagunça. Não conseguia evitar pensar o pior sobre Yoongi, pensar nas coisas que Jay poderia estar fazendo consigo... queria poder trocar de lugar com ele se pudesse, mas sabia que ele era o ômega mais durão do mundo e deveria estar bem. Era pelo oque eu rezava.

Certo momento o silêncio da estrada foi tomando por várias de vozes ao longe e assim soube que estávamos próximos de casa, ainda que fosse madrugada aquele lugar nunca parava.

-Parece que seu amigo chegou__ Comentou Jungkook me fazendo erguer a cabeça e olhar a frente.

Além dos vários cavalos com o símbolo da tropa de exploração em suas selas, que bebiam em baldes d'água, também estavam a própria tropa. Uns batendo papo ao pé da escadaria e outro carregando caixas e coisas diversas para dentro da mansão. Dentre todo aquele movimento encontrei a cabeleira encaracolada se movendo para todo lado dando ordens aos demais, como o mandão que ele era.

Não me entendam mal eu não estava feliz em vê-lo, só agi por impulso descendo rapidamente das costas do moreno.

-Taehyung-ah__ Chamei gritado correndo desengonçadamente em sua direção. Confuso ele procurou por mim e sei que assim como eu ele não evitou sorrir. Automaticamente seus braços se abriram para me abrigar, ainda bem, pois minhas pernas falharam e tudo que me apoiei foi seu corpo.

-Iih que bicho te mordeu hoje?__ Afagou minhas costas quando o espremi num abraço, entretanto, logo obteve um resposta ao fungar duas vezes próximo ao meu pescoço__- Ah, faz sentido carência agora.

Sem entender olhei-o tombando a cabeça com uma enorme interrogação pairando no rosto.

-Não tomou supressores?__ Supre quem...__- Jin não falou disso com você?

-Não?

-Bem, agora já é tarde. Avisa logo aquele seu alfa defeituoso do nariz sobre isso, precisam ir pra' algum lugar no seu heat__ Explicou.

-Mas eu não tenho heats...__ Permaneci confuso. Talvez pelo tanto de deformidade que havia em meu DNA em toda minha vida havia tido apenas um heat, o primeiro, do qual eu odiava lembrar.

-Senhor Kim__Sem deixar que Tae questionasse um soldado alguns degraus acima com uma caixa grande nas mãos chamou por ele fazendo-me o soltar. Não Era legal tem um carrapato grudado em você enquanto conversava com alguém__- Onde deixamos ao filmes?

-Levem pra' sala de reuniões e avisem meu irmão. Quero assistir todos ainda hoje__ Ordenou aquilo que o alfa logo partiu fazer.

O cheiro familiar tão próximo não deixou que me assustasse quando fortes braços me abraçaram por trás beijando meu rosto.

-Oque acharam lá dessa vez?__ Jungkook perguntou apoiando o queixo no topo de minha cabeça já que nossas alturas favoreciam para isso.

-Um alçapão, tinha uma espécie de bunker numa das salas e foi onde encontramos algumas fitas, algumas queimadas mas vai da pra' assistir__ Contou o ômega organizando seus homens apenas apontando os dedos.

Aquilo atiçou minha curiosidade.

-Assistir? Nós também podemos?__ Perguntei já eufórico.

-Pergunta pra' esse seu cão de guarda aí...__ Apontou para o marmanjo agarrado em mim como um ursinho. Olhei para cima vendo-o de ponta cabeça e sorri.

-Nós podemos?__ Por um segundo ele pareceu que iria negar__- Não tô mais com sono, juro__ E suspirou mais uma vez cedendo a mim.

-Podemos__ Revirou os olhos aumentando ainda mais meu sorriso. Como recompensa por se comportar beijei seu queixo derrubando toda sua marra de bravo.

[...]

Eu conhecia bem a sala de reuniões graças ao tempo que passava lá com Jin quando tinha algum sonho, por isso sabia que as cadeiras de frente para as janelas eram as mais confortáveis. Esse era o motivo de eu adentrar o local puxando Jungkook pela mangá e só parar quando cuidadosamente me sentei garantindo nosso lugares com vista para o céu onde minha amiga lua brilhava, mais bonita que o sol.

-Tá com fome?__ Arrastando sua cadeira para perto de mim Jeon perguntou, neguei__- E sede?__ neguei de novo__- Dor?

-Eu tô' bem, você não me espancou ok?__ Rindo de sua preocupação o confortei segurando sua mão, se ele me visse se remexer na cadeira pelo incômodo capaz de que me levasse correndo para Jin me examinar.

E falando nele logo o vejo chegar junto a Taehyung com uma máquina velha e estranha colocando-a na ponta da mesa extensa, o que me fez rapidamente me sentir ansioso e cutucar o alfa.

-Oque é aquilo?__ Questionei sem tirar os olhos dos irmãos mexendo nos fios da coisa.

-É um projetor. Ele vai reproduzir as imagens das fitas naquela parede ali__ Com o rosto pertinho de mim apontou para a parede branca da qual tiravam o único grande quadro de Ruijii, falecido líder e pai de Jackson.

-Vamos assistir na parede?__ Meu pequenos olhos se arregalaram com tal informação e minha ansiedade foi nas alturas quando ele confirmou com a cabeça.

Seria como aqueles lugares que vi nos livros, cilema'... cimena'... Onde assistiam filmes antigamente!

Cada segundo que demoravam para instalar o projetor era uma a mais tortura para mim que contorcia os dedos e chacoalhava os pés freneticamente sentindo uma onda de euforia em cada célula do meu corpo. Queria assistir a parede logo. Porém, a mão que me tocou o ombro me faz ter noção daquela agitação que eu sequer percebia, sem nem precisar olhar para Jungkook controlei minha respiração até sentir o coração acalmo de novo. O vi sorrir orgulhoso por conseguir me acalmar por conta própria. Já era capaz disso mas as vezes precisava de um toque para relembrar, e ele sempre estava lá para isso.

-Certo, tudo prontos__ Seokjin anúncio recebendo toda a tenção. Os últimos a chegarem foram Namjoon e Jackson que se sentaram ao lado de Soyeon e Hoseok que se estapeavam discretamente parecendo discutir.

No sugilo eu confesso que os achava uma graça juntos, fariam um belo casal mas shiiu, não contem pra ninguém viu?

Com todos presentes fecharam a porta da sala e apagaram todas as luzes me fazendo sorrir. Quando o primeiro rolo de fitas foi posto na bugiganga uma luz quadradinha refletiu na parede e meu queixo quase caiu quando imagens coloridas começaram a passar. Como um cimena'!

A filmagem começou, e já de cara tinha alguém sentado numa cadeira com as mãos amarradas e a cabeça baixa. Minha animação genuína aos poucos se desfez quanto mais olhava aquela imagem, dava para sentir a sensação fria e pesada daquele lugar.

-"Cobaia 13, quarta doze"__ Uma voz falou o 'número da cobaia' e o nome do teste me fazendo de imediato sentir um vazio interno por reconhecer aquele timbre.

Em seguida duas pessoas de jaleco se aproximaram da menina sentada puxando os fios escuros dela quando se agitou ao vê-los chegar com grandes agulhas na mão. Ninguém estava esperando mas berros que saíram das caixas de som que estavam altas assustaram a todos me fazendo se encolher na direção de Jungkook. As agulhas foram injetadas simultaneamente uma de cada lado do pescoço da garota a fazendo apagar segundos, dopada.

Logo a retiraram da cadeira levando-a arrastada. No fundo pessoas conversavam baixinho e após um sim som de porta de metal se abrindo a voz anunciou;

-"Cobaia N°52. Primeira dose"__ Colocaram frente a câmera um menino, da mesma forma que a garota, e seus olhos arregalados demonstrava o quão assustado estava.

-Kairus...__ Sussurrei com um aperto no peito.

-Kairus, o cachorrão lá embaixo?__ Soyeon perguntou espantada me olhando como todos da sala.

Por mais que odiasse ser centro das atenção, se ia assistir aquilo para me lembrar e conseguir informações extra eu teria que falar oque sabia.

-Sim, é ele antes de o transformarem com os testes...__ Desviei os olhos da tela quando vi os médicos fazerem a mesma coisa com as agulhas. Doía de mais pensar no meu lobinho passando por aquilo, porém, ao desviar os olhos encontrei a expressão de Jungkook assistindo aquilo, ele parecia indignado.

-Os olhos... são realmente os mesmos__ Murmurou engolindo em seco. Talvez aquele foi o momento em que percebeu que aquela história de transformação não era só história. Foi real, o sofrimento de Kairus e de muitos outros foi real naquele lugar e pela primeira vez ele estava vendo com os próprios olhos e não só ouvindo meus sonhos e relatos.

Após 52 apagar outros dois vieram e passaram pelo mesmo até a fita acabar e Seokjin se levantar para colocar a próxima, mas antes, se virou para todos e disse;

-Se alguém quiser sair a qualquer momento podem ir sem problemas, não obrigarei ninguém a assistir isso__ Disse o ômega esperando que alguém tomasse a frente. Jungkook logo me olhou e eu rapidamente neguei. Iria assistir cada uma daquelas fitas e diria tudo que soubesse e me lembrasse, foi uma promessa que fiz comigo mesmo.

Ao não ter ninguém se retirando Jin inseriu a próxima fica que começava com o rosto de Gon. Ele falava diretamente com a câmera, como num diário filmado, contando como havia sido o dia e como as experiências estavam andando.

Também tiveram diversos trechos desses 'testes' que eu chamava de tortura. Nos de afogamento jurava sentir meu pulmão se encher de água como nos sonhos, e nas de marcações com ferro quente me remexia na cadeira aparecendo sentir minha cicatriz nas costas se aquecer de novo.
Foi difícil de assistir mas em certa altura liguei um modo emocionalmente forte do qual só queria analisar as imagens e captar alguma lembrança e informação, oque não demorou a aparecer.

Um corpo nu amarrado sobre uma maca de ferro logo me soou familiar, principalmente por aqueles fios loiros tão clarinhos pendurados para fora da maca.

-Essa é Anastásia__ Falei sério sem demonstrar emoções. Seria forte__- Minha mãe.

-Achei... que sua mãe morasse no Leste__ Tentando soar manso Jungkook comentou me olhando com atenção, talvez em busca de algum resquício de tristeza ou desconforto em minha reação ao assistir aquilo mas não havia nada, naquele momento eu era impenetrável.

-É minha mãe biológica. Gon a usou até não servir mais__ Expliquei quilo que fez sentido quando o corpo da mulher no vídeo começou convulsionar com as ondas elétricas ininterruptas, uma após outra até subitamente parar com o corpo rígido.

No silêncio tanto lá quando na sala onde estávamos ouviu-se passos se aproximaram da maca e alguém pôs dois dedos no pescoço dela que encarava a câmera de olhos abertos.

-"Sem batimento senhor"__ Falou a enfermeira.

-"Descartem-na no rio, não servirá nem de adubo"__ Por aquele milésimo de segundo eu quase vacilei, quase me irritei e deixei meus olhos queimarem de um choro odioso.

Nunca, em toda a minha vida, sairia de minha boca que aquilo era meu pai. Não podia ter o mesmo sangue que aquele ser asqueroso e nojento, não podia Meu pai seria apenas um, aquele que me criou junto a minha mãe Alice e me deu carinho até o último dia de sua vida.

-Filho da puta...__ Ouvi Jungkook rosnar só para si. Sua feição estava tão irritada que tive medo dele se levantar e socar a imagens de Gon na parede. Mas por dentro, eu compartilhava da mesma vontade.

Eram coisas perturbadoras de assistir, tanto que assim que acabou algumas pessoas preferiram se retirar e assim foi fita após fita.

As imagens ficavam cada vez piores, começaram as ser raros os casos que não terminavam em morte ou em alguém se contorcendo os berros com o corpo se mutando em coisas irreconhecíveis. Alguns terminavam com colunas deformadas, pernas finas e fracas de mais para sustenta-los, outros com partes animalescas que não os pertenciam saindo de seus corpos não formados.

Um verdadeiro show de horrores onde humanos transformavam híbridos em criaturas deformadas como filmes de terror. Era de embrulhar o estômago.

Mas em dado vídeo Gon pareceu feliz de mais, dizia que havia conseguido uma criação perfeita que a nomearia Keun, falava sobre o aniversário da cobaia onde a data na parte superior do vídeo marcava treze de outubro. Então aquele era meu aniversário real...

Por todo o momento estive assistindo tudo indiferentemente mas na ultima fita senti meu coração falhar.
Assim que a câmera que tremia ao ser ajustada focou numa uma sala vazia, que tinha do outro lado uma janela de acrílico por onde várias pessoas olhavam para dentro, meu subconsciente falhou automaticamente reconhecendo.

Não... tudo menos aquilo.

-"Sala 4. Teste N° 1"__ As palavras reverberam das caixas. Os vários médicos com suas pranchetas nas não olhavam pela janela o mesmo que a câmera filmava__- "Cobaia: Keun"

A porta no canto do vídeo se abriu e uma criança, pequena e fraca se apoiou nas paredes ao ser deixada sozinha. Com a mão sobre o abdômen o menino parecia sentir dores e eu senti com ele, já que éramos as mesmas pessoas. Percebi Jungkook me olhar de relance tentando captar minhas reações, com certeza havia reconhecido a criança, mas eu só estava estático.

Já havia visto aquela cena, já havia a vivido, e foi por exatamente saber oque aconteceria que comecei sentir o pavor me dominar rapidamente. Mãos trêmulas e respiração pesada foram os primeiros sintomas a mostrar que eu havia perdido naquela luta de me manter imparcial.

Só queria me levantar e fugir, mas não conseguia.

-"A cobaia N° 43 foi inserida ao teste as dez e quarenta da noite, dia dezessete"__ Novamente com tal anúncio a porta da sala no vídeo foi aberta e de lá mais alguém foi jogado para dentro. Alguém que o menino loiro sequer deu atenção por estar ocupado de mais sentando-se ao chão e resmungando de dor.

Era um alfa. Um grande alfa meio grogue que socou a porta de metal gritando para que deixassem-no sair. Porém, aquela luta parou assim que farejou o ar se virando e encontrando o menino do outro lado da sala.

Meus olhos aterrorizados não desgrudavam da cena e a cada passo que ele dava em direção a criança do vídeo eu me encolhia na cadeira, ofegante. Estava paralisado, como se novamente estivesse passando por aquilo.

-Jin desliga. Jimin...__ Senti Jeon tocar meu braço e me cobri apavorado achando que assim como o alfa tocava o corpo do menino no vídeo, tocava o meu na vida real__- Meu bem chega. Olha pra' cá.

Vendo meu estado ele se agachou em minha frente segurando meu rosto e tentando me fazer desviar daquelas imagens, mas não conseguia fazer nada além de encarar em choque o homem tirar as roupas do menino que chorava sem nem conseguir lutar. E os médico, assistiam anotando em suas pranchetas.

Todos estavam vendo. Todos sabiam que aquele era eu.

-Desliga isso porra__ Conseguindo minha atenção Jungkook ordenou irritadiço porém com toda sua atenção e preocupação em mim.

Ele também estava vendo... ele também sabia oque aconteceu agora. Ele sentiria nojo por ter se deitado comigo. Droga, não.

-Não tá indo...__ Alguém reclamou marchando na máquina desesperado para desligar.

-Olha só aqui tá' bem? Se acalma amor eu tô' aqui...__ Mantinha minha cabeça firme obrigando meus olhos a ficarem nos seus mas de nada adiantou já que gritos se mesclaram com choros dolorosos ecoaram alto pelas caixas de som.

Estavam todos assistindo.

-Eu mandei desligar!__ Fora de si Jeon virou socando a mesa com toda a força e assim como ele Taehyung foi até o projetor o arremessando no chão parando de vez com as imagens. Mas era tarde.

Do silêncio mórbido tudo que se ouvia eram os meus ofegos assustados. Assim como aquela noite, como no vídeo, estavam todos me olhando.

-Minie...__ Antes que Hoseok ou qualquer outra pessoa dissesse algo levantei-me da cadeira aos tropeços e pelo instinto desesperado do meu corpo corri para longe daquele lugar, para longe daqueles olhos, ouvindo Jungkook me chamar.

Desci as escadas sem nem perceber sabendo que o alfa não estava atrás de mim, provavelmente haviam o segurado e eu agradecia por isso. Naquele instante eu não queria ver ninguém.
Assim como fazia no Leste quando sentia medo fui para a porta da frente sendo atingindo pela brisa fria lá fora . Despenquei sentado no primeiro degrau abraçando-me e movendo o corpo para frente e para trás enquanto me segurava para não perder o controle.

Me sentia nojento, podre. Mas também tinha medo e precisava de conforto, por isso me abraçava. Não importava o quão sujo eu fosse, só existia a mim para me confortar.

-Respira, r-respira__ Murmurava para mim percebendo que se continuasse respirar daquela forma teria um ataque de pânico que já havia se iniciado__- Ele não odeia a gente... Jun-shi não odeia...

Concentrei todos os meus longos minutos ali em acalmar meu peito, cabeça e coração, pode ter demorado mas consegui com muito esforço. Quando somente me restava soluços ergui a cabeça para os céus olhando o astro logo acima da minha cabeça, o astro mais bonito de todo o universo e que provavelmente estava vendo a situação lamentável em que me encontrava.

-Você tá' rindo né?__ Após tanto pavor sorri fraco para ela__- Não foi isso que quis dizer quando pedi para me ensinar a ser menos reclamão.

Dês do dia em que havia feito aquele pedido a ela uma série de coisas ruins tinha me acontecido. Exílio, perseguição, varias situações de quase morte, porém de todas as coisas ruins que me ocorreram lembrar foi a pior delas.

-Podia pelo menos ter deixado minha memória apagada__ Cochichei escondendo o rosto entre os joelhos__- Lembrar é assustador...

Não tive resposta, ela nunca me respondia mesmo que eu a contasse toda minha vida. O silêncio de sua ausência de respostas contrastava com o caos que se ouvia dentro da mansão, provavelmente todos estavam acordados já que as discussões não tinham limite de tom. Tudo por minha causa. Jungkook devia estar fazendo um inferno lá dentro querendo chegar até mim e até pensei que havia conseguido escapar quando a porta se abriu, mas estava errado. Olhando rapidamente sobre o ombro vi um alfa que nunca tinha trocado palavras ali, mas ele veio até mim, Se sentou um pouco distante em silêncio e ficou olhando o horizonte escuro como o céu por certo tempo.

-Oi... precisa de algo?__ Perguntei educado.

-Eu estava na operação de exploração com o senhor Kim__ Disse sério. Por mais esquisito que fosse alguém chegar do nada e começar dar informações sobre sua vida sem nem perguntar ou dizer seu nome acreditava que ele poderia só estava querendo conversar com alguém, e no fundo, eu também estava.

-Oh que legal, eu gostaria de um dia participar de uma operação. Adora conhecer coisas novas__ Sorri abraçando os joelhos mas sua expressa não mudava, ele parecia um robô olhando o horizonte enquanto faltava.

-Me acharam sozinho na mata. Mandaram repassar uma mensagem pra' você__ Eu preferia que ele tivesse ficado só olhando para frente. Quando fizemos contato visual vi o vazio em suas pupilas, ele não parecia perigoso e sim perturbado suficiente para me perturbar também.

-Mensagem?__ Perguntei receoso começando a entender o tom da conversa__-De quem...?

-Jay __ Até mesmo ele pareceu tremer dizer tal nome. Todo meu corpo gelou, eu definitivamente odiava aquele nome e a forma como ele me fazia travar.

-Está mentindo.__ Falei raivoso me levantando assustado__- Ele nem sabe que estou vivo, por que tá' tentando me assustar?

-Ele sabe. 'Pequeno Jimin volte para casa se quiser seus amigos vivos. Se fizer-me te buscar os danos serão muito maiores'__ Com as pupilas arregaladas ele ditou a frase de forma robotizada__- Foi oque me fizeram decorar aquele dia.

Estava a cara do Jay. Aquilo não podia ter sido inventado, só podia ser mais um dos pesadelos.

-Eu passei dias pensando no que fazer. Pensei em diversas formas de não ter que te pedir isso...__ enquanto falava se ergueu olhando o chão completamente perdido__- Mas eu não consegui__ Sua expressão me dava dó e me deixava sem rumo.

-Ele... me deu um prazo?__ Perguntei atordoado, aceitando a verdade.

-Amanhã no fim da tarde. No alto da fronteira__ Um prazo tão, tão pequeno que me fez querer gritar__ -Eu entendo se quiser contar ao líder, sei que é egoísmo te pedir pra' atender essa mensagem__ Assim como os meus olhos os dele lacrimejavam. Estávamos ambos sem rumo.

- Eu só não aguento mais perder ninguém...__ Sussurrou cansado.

Nunca, em toda minha vida palavras me atingiram tão dolorosamente.

Aquele era o resultado de uma guerra. Pessoas feridas e traumatizadas. Mas por quase sempre ter vivido na elite, que não se misturava com coisas militares, no luxo e longe das dores que a perda poderia causar, eu não tinha noção do que era aquilo porém aquele senhor sim. Ele vivia no fogo cruzado perdendo pessoas por uma guerra sem sentido algum. Ele poderia simplesmente me ameaçar e me mandar embora mas foi até mim com toda a verdade estampada e disse oque estava no fundo de seu coração.

Eles haviam me resgatado, acolhido, cuidado. Amado. Me ofereceram teto, comida. Família. E lutaram por mim quando sabiam que meu sangue era o mesmo da veia daqueles que os matavam. Como em algum momento eu poderia culpar aquele homem por simplesmente não aguentar mais lutar? Como apontar o dedo e chama-lo de egoísta por querer proteger a matilha, como quando sabia que se viessem me buscar a força, ele lutaria mesmo assim.

Jamais poderia negar aquele pedido e por isso engoli o choro tentando novamente ser forte e me aproximei tocando seu ombro.

-Não se preocupe moço...__ Olhei-o no fundo dos olhos__- Você não vai perder mais ninguém

Enxerguei alívio ao ouvir minhas palavras, mas mesmo com o alívio ainda existia dor. Talvez ele fosse sentir o resto da vida por ter me pedir aquilo, mas eu só estava retribuindo um favor. O Oeste lutava por mim, eu iria lutar por eles. Não deixaria mais nem uma família perder alguém pelas mãos dos Park.

-M-me perdoe garoto__ Quando vi algo escorrer de seu rosto ele já havia dado as costas correndo para dentro e me deixando sozinho.

Os grilos e o vento foram trilha para por meus pensamentos no lugar e por fim entender oque estava por vir. O dia que havia se iniciado tão bem despencou mais e mais a cada hora que passava até chegar onde estava atualmente, no completo fundo do poço.

Eu teria que partir.

Encostei num pilar da entrada me sentido fraco após ter toda felicidade e esperança drenadas de mim em tão pouco tempo.
Perderia uma casa, amigos, uma família... um amor. O único lugar onde me senti completamente feliz estava prestes a desmoronar.

-E-eu não quero ir__ Murmurei rindo em desespero com os olhos querendo transbordar. Por mais que doesse e tudo que quisesse fosse ficar em casa, eu precisava.

'Agir como adulto é agir pelo bem da maioria as vezes' foi Jungkook quem me disse uma vez.

-Mas eu preciso, certo? __ Perguntei a lua.

Não queria de qualquer forma voltar para aquele lugar, era como assinar um contrato com o diabo onde no fim minha morte era certa. Porém se aquilo fosse para proteger não só a Yoongi e Yugyeom mas todo o Oeste eu faria, sem ao menos se despedir. De ninguém.

Jungkook, com toda certeza era a parte mais difícil. Eu o amava... tanto que preferia morrer que ir embora sabendo que estaria deixando-o completamente ferido para trás. Por isso precisava pensar. Não entraria naquela casa até ter tudo em ordem dentro de minha cabeça então desci as escadarias em direção a rua de pedras quer levava a base do morro, onde ficava a cidade já adormecida.

As casas, o comércio e as pessoas daquele lugar, aquele passeio foi uma despedida.
Por tudo em ordem demorou a madrugada toda. Andei e andei sem rumo pelas praças e construções simples até meus pés latejarem e somente quando o sol estava ameaçando nascer que voltei a mansão.

Estava tudo completamente silencioso, todos dormindo e eu só queria fazer o mesmo. Subi em ponta de pé as escadas até meu quarto e assim que abri a porta cautelosamente senti novamente meu coração vacilar.

Na cama com a cabeça baixa Jungkook ressonava baixinho todo desengonçado por estar sentado. Provavelmente me esperou voltar por toda a noite até o corpo não aguentar mais. Caminhei até ele sem fazer barulho e puxei a coberta sobre suas coxas e jogando nos seus ombros o protegendo da noite gélida
Eu estava completamente exausto também.

Me deitei do outro lado com todo cuidado do mundo não querendo acorda-lo mas assim que dei as costas me acomodando ele se remexeu deitando atrás de mim e fazendo o papel de conchinha de fora.

-Onde se enfiou?__ Falou sonolento com a respiração em minha nuca__- Fiquei preocupado.

-Desculpa...__ Foi dito tão baixo que se sua audição não fosse sobre-humana não teria escutado.

-Não se desculpa. Tá' melhor?__ Senti seus lábios beijarem minha cabeça.

Foi a pergunta errada na hora errada. Me vi sem o escudo que passei a noite toda construindo.

-A verdade?...__ Por mais que tenha sorrido soprado minha voz embargada não me deixava esconder o quão quebrado estava naquele momento.

Era infernalmente torturante tê-lo abraçado a mim sabendo que seria a última noite assim.

-A verdade__ Pediu e eu rui, no meu primeiro fungar ele soube a resposta__- Não, não chora...

Queria que seus braços ao redor de mim nunca saíssem, queria pedir para ele nunca me soltar, queria pedir para que me escondesse por que eu estava com muito medo. Queria dizer que não era a última vez ali... Senti saudade antes mesmo de partir.

Rodei dentro de se abraço e me agarrei a ele com toda a força, como se ali mesmo fosse esvair entre meus dedos a qualquer momento. Não queria, Não queria já que seu cheiro era tudo que desejai sentir pelo resto da vida.

-Não m-me odeie...__ Implorei quase internamente entre o choro compulsivo__- Perdão

-Para com isso, você não tem culpa de nada amor__ Por mais firme que ele me abraçasse mais vulnerável me sentia. Ali era um lugar seguro para mim, o maior dos meus portos seguros mas daquela vez, aquela única vez, me pareceu o lugar mais doloroso para se estar. Seus braços pareciam pesar uma tonelada tamanho peso que tinham em minha consciência.

Eu não pedia perdão pelo que ele acreditava ser, era pelas que viriam a seguir. Seria tudo tão, tão mais simples se eles apenas tivessem me odiado dês de o inicio. Doeria menos se eu não amasse aquelas pessoas e aquele lugar.

-Nada importa. Nada muda o quanto eu amo você anjo... nada__ O suspiro cansado que deixou seus lábios, machucou. Machucou fundo.

Chorei naquela noite tudo que não choraria após ela, tanto que nem me lembrei de quando peguei num cochilo. Por mais que tivesse chorado em teu ombro por tanto tempo, não olhei seu rosto. Eu não conseguiria. Acabaria desistindo de tudo se o encarasse.

Naquela manhã ele me deixou na cama, descansando sem saber que eu apenas esperei que deixasse o quarta eu para fazer o mesmo. No banheiro vi as enormes olheiras em meus olhos doloridos de chorar e senti falta de um brilho específico que sempre tinha nos meus olhos cor de deu. Naquela manhã pareciam um dia nublado, desesperançoso.
Sai só quarto apenas quando me certifique de que todos já haviam saído para fazer suas tarefas diárias, assim daria poderia descer sem ser visto.

Queria me despedir ao menos de um alguém e foi a ele quem sai a procura, não precisando muito mais do que pisar lá fora e olhar para baixo no pátio frente a mansão.

Não evitei sorrir quando me deparei com Kairus deitado no chão com três crianças vestindo seus uniformes escolares acariciando seus pelos e enfiando florezinhas em seus pelos. Ao menos poderia ir sabendo que ele não era mais visto como uma ameaça e poderia andar livremente por toda a matilha sem ser olhado torto, Kairus agora também pertencia ao Oeste.

-Tem espaço pra' mim?__ Cheguei de fininho chamando atenção tanto do lobo quanto das crianças.

-Minha mãe diz quem sempre tem espaço pra' mais um__ Falou um garotinho que equilibrada no topo da cabeça do lobo uma das muitas flores amarelas que carregava nos braços.

Sente no chão me juntando a eles naquela brincadeira de enfeitar Kairus como um carro alegórico enquanto ele permanecia quietinho lambendo as crianças vez ou outra as fazendo gargalhar ao se secar. Assim que deu a hora as crianças se despediram e saíram correndo sem direção a exola' deixando por fim a quem eu havia ido ver.

-Você se dá mesmo bem com crianças dês de que era uma né__ Comentei vendo-o assisti-las se afastarem com o rabo discretamente abanando.
Ele estava tão feliz ali.

Retirando uma a uma os enfeites de seu pelo deixei apenas a chuquinha na testa e a flor amarela enfiada entre os pelos abaixo da orelha, estava muito fofo para retirar.

-Seja bonzinho tá'?__ Falei parando a mão a caminho de seu rosto sentindo os olhos arder. Lembrar que também o deixaria me destruiu.

Ele tombou a cabeça resmungando por ver minha expressão chorosa.

- Cuida bem daquele alfa bobão...__ Ri esfregando os olhos quando os senti embaçar.

Kairus me entendia, ele sabia oque eu estava sentindo só de me olhar no olho e por isso o ouvi chorar baixinho antes de lamber meu rosto com aquela língua áspera fazendo-me rir de verdade. Ser beijado por ele era uma dose de serotonina diária. Abracei seu pescoço enorme com força querendo começar a chorar de novo, mas fui forte.

Um certo peso deixou meus ombros ao fazer aquilo, ele era a única pessoa de quem podia me despedir sem alarmar os outros. Ao menos dele. Me senti menos culpado daquela forma.

Durante todo o dia desfrutei com ele, o levei para passear na floresta onde uma vez Jungkook e eu fomos, cada construção abandonada parecia ser significativa para mim. Foi o lugar onde o alfa e eu abrimos nossos corações afinal. Mostrei a Kairus também o rio e o danado se molhou inteirinho achando que era um pacu gigante.

O fiz ter um dia divertido, podia até mesmo jurar que tinha um sorriso enorme em seu rosto e após evitar qualquer contato humano o levei para o celeiro, que não precisava mais ser trancado, era apenas seu lar temporário já que estavam construindo uma casa aconchegante para ele. E como nos velhos tempo sentados ao feno, penteei seus pelos com sua cabeça deitada em meu colo até que ele dormisse.

Quando me levantei devagar dei um beijinho em sua testa fiquei alguns segundos o olhando adormecido e segurando as lágrimas que quiseram vir com força, antes de dar as costas e sair sentindo que deixava parte de mim.

Do lado de fora, já era crepúsculo. Nem dia nem noite mas minha hora de ir. Sem malas, sem cartas e sem ver ninguém, apenas com as roupas do corpo e a dor no peito olhei na direção a muralha começando a caminhar. Jay estava me esperando.

De ambos os lados da parede haviam escadarias nunca usadas que levavam ao topo da fronteira, lá, naqueles três metros de largura, não era território de ninguém.

A cada passo que mais me aproximava deixava para trás um pouco de quem me tornei ali, a essência de mim desintegrava junto aoeu coração e ficava do lado a quem eu pertencia enquanto meu corpo físico seguia para o lado oposto, quando cheguei as escadas já não havia me sobrado nada. Era apenas um corpo vida, sem emoção e sem historia que apenas fazia oque tinha que ser feito

No primeiro passo dado ao degrau eu deixei de ser Jimin e voltei a ser Park Jimin, o Lester que estava retornando para casa'.
A cada degrau me tornava menos eu e mais vazio, para que quando chegasse ao topo Jay não tivesse oque matar. Seria como chutar um corpo morto.

-Ei moleque oque tá' fazendo ai em cima?__ Era o trigésimo segundo degrau, a mais de sete metros de altura quando ouvi alguém. A cabeleira encaracolada não deixava dúvidas, Taehyung me olhava lá de baixo e junto a ele Hoseok, mas oque me fez por um segundo hesitar o passo foi a silhueta de Jungkook.

'Você não é mais Jimin, é Park. E Seu lugar não é aqui, não é com essas pessoas'

Trigésimo terceiro, e quarto sem mais olhar para baixo.

Segui firme olhando para o meu objetivo ignorando tudo que não fosse chegar ao topo e descer pelo outro lado. O vento lá era forte, bagunçava todo meu cabelo e levava qualquer resquício do antigo Jimin do Oeste que pudesse ter ficado. A iluminação também não era das melhores, velhas luzes amarelas que nunca foram trocadas por nem um dos lados. Um lugar completamente esquecido, deveria ser a primeira vez em décadas que alguém subia ali.

-Sabia que não me faria esperar...__ Faziam um tempo que não ouvia aquele timbre medonho.

Encostados no outro lado do guarda corpo da muralha a figura bem abaixo de uma das luzes sorria de lado para mim. As mesmas roupas sociais e escuras que me lembrava mas com um tapa olho do qual não estava lá da última vez.

Apenas o vento uivava sob o céu alaranjado trazendo a noite, mas eu não senti medo. Eu não senti nada.

Mesmo que mais três guardas estivessem com ele, eu não senti nada. Mesmo que Yug e Yoongi estivessem lá também, amarrados e amordaçados se debatendo por tentar falar comigo, eu não senti nada.

Todo e totalmente vazio repetindo "Fazer oque é preciso" um milhão de vezes por segundo.

-Os trouxe para mostrar que sou um homem de palavra, os soltarei quando descemos__ Desencostou-se o lúpus apontando para o casal de prisioneiros__- A quanto tempo Jimin...

Permaneci parado com o rosto sério mesmo quando suas mãos pesadas de anéis de ouro afastando uma pequena mechinha loira que caia em meu olho.

-Está diferente do cão assustado que era quando nos vimos da última vez__ Sorriu analisando minha feição Imponente.

-É porque não lhe temo mais__ Falei sem inferioridade e ele riu soprado aproximando a boca de meu ouvido.

-Se não teme... por que trouxe os seus amigos?__ Ao fim de sua fala passo apressados alcançaram os últimos degraus atrás de mim.

(Continua...)


°••°°••••°••°••• 🌙 •••°••°••••°••°

🎉🎉🎉🎉🎉

Olha o capítulo maldito ai geente. Consegui trazer finalmente! Precisei de dois dias longe do word por que não conseguia escrever sem chorar de raiva. Tudo culpa do Bolsonaro genocida desgraçado

Mas tá aqui, após não sangue mas suor e muitas lágrimas.

Aah, o "continue" ali é só porque meio que cortei o capítulo antes da hora pq tava achando longo de mais, mas fazem que o próximo já está em andamento e trarei assim que possível. Mas é isso!

Agradeço imensamente quem acompanha e teve paciência de me esperar💕 Mas e agora hein? E nosso Jimin? iiiiih 👀

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