Cassian
Sinceramente, foi difícil me conter. Não só eu, mas minha parceira também tentava segurar o riso diante da situação. A cara dos dois e dos sogros foram as melhores.
- Parceiros? - meu filho perguntou ao lado de Ethan e a fêmea gargalhou.
Lucien fez cara feia para Ethan enquanto Maiew sorria para os dois. Lunier, a filha de Lucien, se aproximou de Ethan e o abraçou, fazendo o macho arregalar os olhos confuso, mas a abraçou de volta. Ela sussurrou algo no ouvido do macho que fez com que ele relaxasse os ombros.
- Bom, agora você literalmente faz parte da família Lucien. - Mor se prontifica se aproximando do filho. Lucien força um sorriso amarelo enquanto Maiew deu uma cotovelada e um olhar para o parceiro.
- Gostei dela. - Nestha murmura ao meu lado e eu rio alto.
- Pra que presente melhor que uma parceira, não é mesmo? - pergunto indo até Lucien e passando o braço ao redor do seu pescoço, o ouço rosnar e alargo o sorriso.
- Por essa eu não esperava, não é mesmo Feyre, querida? - Rhys perguntou e sua parceira deu um sorriso malicioso. Arqueei a sobrancelha em surpresa.
- Nem sempre parcerias são presentes, podem ser maldição do próprio Caldeirão em si. - Lucien retruca e o clima fica tenso.
Porra Lulu, tu quer falar da irmã da Grã Senhora e da Valquiria rainha da morte na frente delas?
Penso mas não ouso dizer. Ouço Nestha rosnar e tensionar os ombros. Isso não ia da bom, e eu não fui o único a perceber. Um olhar para Rhys foi o suficiente para saber que ele estava tentando acalma-la pelo laço.
Não era segredo para ninguém que Elain foi uma puta do caralho que tentou dar o golpe no herdeiro da Diurna, mas se eu falasse algo eu perderia o emprego e minhas bolas.
- Maldições as vezes são necessárias, veja só você lulu, encontrou uma fêmea três vezes mais bonita. - digo olhando para a fêmea e piscando para ela.
A cara feia de Vincenzo e Nestha me dizem que eu não falei exatamente o que deveria. Dou de ombros e me finjo de bêbado.
- Seu pai, ele é bom. Imagino que Lucien também seja, não é mesmo Maiew? - pergunto num tom malicioso. Ela engasga e sorri, já Lucien...
- Sem dúvidas, sabe como é, machos da Outonal possuem um fogo... diferenciado. - ela responde e meu sorriso se alarga. Vou em sua direção e dou dois tapinhas em seu ombro.
- Gostei de você. - sussurro para fêmea que sorri de ponta a ponta.
A festa continuou depois disso. Ftily e Nyx estavam próximos em um canto, comendo e conversando. Ethan e Lunier estavam dançando enquanto riam, franzi a testa ao perceber o quão confortável ambos estavam.
- Será que ele deixou de gostar de machos? - minha parceira sussurra ao meu lado e eu dou de ombros.
- Olha, fêmeas fazem estragos em machos, ainda mais uma parceira. Mas não acho que ele vá deixar de gostar da outra coisa. - respondo e ela ri.
- Lunier tem sorte, a envergadura dele é grande. - engasgo e encaro minha Nestha com olhos arregalados.
- Maior que a minha? - pergunto arqueando a sobrancelha e ela revira os olhos.
- Você só perde para o Azriel. Sabia que os humanos não passam de 21cm? - ela perguntou e eu sorri de canto.
- Não sabia. - respondo e ela estala a língua.
- A sua é 34cm, sendo a mais grossa. - ela diz como se fosse normal falar putaria em voz alta na frente de todos.
- Qual você prefere? - pergunto e ela solta um risinho.
- A do general mais gostoso de Prythian. - sorrio e a beijo.
- Ainda bem que você sabe. - respondo e ela sorri contra meus lábios.
A puxo para uma dança até nossos pés cansarem. Nestha havia tido aulas de dança quando humana, a fêmea era tão habilidosa com os pés, da mesma forma que eu era com a língua. Eu a beijei no meio do salão e ouvi Rhys chorar alto. Me afastei de Nestha para observar a cena.
- Você tá me traindo! - Rhys grita, claramente bêbado olhando para Feyre, que está se divertindo com a situação.
- Não estou! - ela diz quase rindo, enquanto todos observam a cena.
- Você disse que não quer casar comigo! - Rhys grita com uma cara de magoado e eu e minha parceira fazemos barulhos de risos mas tampamos a boca.
- Eu já sou casada! - Feyre diz com um sorriso icônico nos lábios. Rhys se aproxima dela e aponta para mim, sua pupila está dilatada e ele emana raiva.
- VOCÊ ESTAVA BEIJANDO O MEU IRMÃO? POR QUE? POR CAUSA DO TAMANHO DA MINHA ENVERGADURA? - ele grita e eu não aguento. Assim como eu, todos gargalham dá situação. Meu filho ri feito uma hiena, levando os outros a rirem junto.
- Meu amor, eu nunca beijaria o Cassian. - Feyre diz amaciando a voz e eu faço uma careta.
- Não precisava ofender Feyre, querida. - imito o apelido e Rhys avança sobre mim, me enchendo de socos.
Deixo que ele me bata. Sangue escorre da minha boca, mas não consigo fazer nada, se não rir. A pancada no meu estômago é tão forte que cuspo sangue em sua cara. Azriel percebendo que Rhys não vai parar, tira ele de cima de mim.
Rhys encara minha parceira, que o olha com raiva, e encara Feyre, que também está raivosa, a diferença é que um sorriso satisfeito está presente em seus lábios. Meu irmão aponta para as duas e depois olha para Azriel, confuso.
- Por que têm duas de vocês? - ele pergunta e eu rio mais ainda. Sou parado por um chute nas bolas.
Uivo de dor, levando as mãos aquela parte sensível. Vincenzo continua rachando o bico, enquanto Ethan tenta o repreender.
- Você bebeu demais. - Feyre diz se aproximando de Rhys.
- Diga que me ama. - ele pede fazendo beicinho e Feyre revira os olhos sorrindo.
- Eu te amo. - ela diz e da um selinho nele. O mesmo continua de olhos abertos.
- Então case comigo! - ele esbraveja e ela ri.
- Eu já sou casada! - ela retruca e todos riem.
Grão senhor pasando mó vergonha. Sem dúvidas o melhor solstício. Tadinho dele, acha que Feyre o largaria por ter a menor envergadura. Pensando nisso, Rhys me encara e pula encima de mim novamente. Merda, os escudos.
- TA BOM O GRÃO SENHOR DA MENOR ENVERGADURA, PARA DE ME SOCAR! - grito chutando seu estômago para longe e me levantando.
- Vai se foder seu bastardo! - ele retruca de volta e eu respiro fundo.
- Não vou discutir com você. - respondi me afastando e vi Feyre se despedindo dos outros, levando Rhys bêbado para um caralho para o quarto.
- Você está bem? - Nestha pergunta e eu reviro os olhos.
- Eu sou a porra de um General diabinha, já tive minhas asas rasgadas mais de 40 vezes, uns socos do Grão Senhor mais poderoso de Prythian não é nada. - respondo e ela revira os olhos, me puxando para um beijo.
- Egocêntrico.
- Linda.
- Arrogante.
- Teimosa.
- Porco.
- Gostosa.
- Babão.
- Por você meu amor. - respondo por fim sorrindo e ela se afasta, indo até nosso filho.
Limpo o sangue do meu rosto bufando de raiva. Meu cabelo estava ajeitado, e agora, tava uma merda. Obrigado Rhysand.
Vejo que meu filho está na varanda observando o céu estrelado e Elis se aproxima. Vou até eles e me escondo em um pilar. Talvez ele me odeie, mas algo está errado, e ele não vai me contar.
- O que você quer Elis? - meu filho pergunta com raiva na voz.
- Por que você bateu na Fixy? Sei que não faria sem motivo, conheço você. - Elis pergunta e eu rosno de raiva ao ouvir o que meu filho tinha feito.
- Não é da sua conta, só abra os olhos em relação a ela. Fixy não é nem um pouco santa. - consigo sentir a raiva pela sua voz. Elis se aproxima tentando tocar no seu braço mas ele se afasta.
- Não toca em mim. - ele sibila e ela bufa.
- O que ela te fez? - Elis pergunta e Vincenzo revira os olhos.
- Não importa o que ela me fez. - ele retruca e Elis fica ali, parada esperando por resposta. Vincenzo então sede.
- Ela ofendeu meus pais. - ele murmura e Elis o encara confusa. - Chamou meu pai de bastardo e minha mãe de bruxa. Beijou eu e meus irmãos a força. Tentou machucar a irmã. E isso ainda não foi tudo. - ele diz e Elis abre a boca em choque.
- Sei que é próxima de Ftily, tome conta dela. Ftily é como uma irmã pra mim, fique atenta em relação a Fixy, por favor. - ele diz e se afasta.
Elis fica olhando para o nada até Ftily se aproximar dela. Essa é minha deixa e vou atrás de Vincenzo. Saber que me defendeu, e defendeu sua mãe, aquilo me encheu de orgulho. Eu não sabia essas coisas sobre Fixy, ela dava sorrisos fracos direcionado a nós, mas nunca imaginei a falsidade.
Vincenzo está em um canto comendo um bolinho de carne quando o puxo para um abraço apertado. Ele diz palavras nas quais não consigo entender por conta da boca cheia, então apenas rio.
- Tenho orgulho de ser seu pai. - digo e ele me abraça de volta.