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A menina emburrada jogou os brinquedos no chão e gritou: - Não quero mais esses brinquedos velhos!
A mãe entra no quarto e se entristece com sua filha rebelde e mimada.
- Filha, por quê você é assim? - Perguntou a mãe com semblante triste.
- Porque eu não tenho nada mamãe! - Respondeu Ana indignada.
- Você tem muitas coisas, vamos passear e eu lhe mostro o que mudou a minha percepção.
(...)
A mãe levou a filha a um bairro precário, lá havia pessoas nas ruas pedindo esmolas. Distante das pessoas se encontrava a mãe e a menina.
Então a mãe perguntou: - Está vendo aquelas pessoas?
- Estou. - Respondeu a menina.
- Aquelas pessoas não têm alimento e nem um lugar para morar, mas você tem uma boa alimentação e um lugar para chamar de lar.
Mais tarde a mãe levou a menina a um hospital especializado para tratar câncer, e juntas foram ao setor infantil, onde as crianças brincavam alegremente.
Então a mãe perguntou: - O que você vê?
- Crianças carecas. - Respondeu a menina com o semblante duvidoso.
- Elas estão carecas, porque elas têm câncer, uma doença cruel e incurável! -
- E por quê elas estão felizes? - Perguntou Ana.
- Porque elas têm esperança! - A mãe suspirou e continuou: - Você não está doente. Então por quê anda tão infeliz?
Ao saírem do hospital foram para um orfanato. A mãe outra vez perguntou: - O que você vê?
- Crianças brincando. - Respondeu a menina.
- Todas essas crianças não têm família e muitas delas não têm brinquedos, mas nenhuma delas está reclamando por isso. E por quê você reclama?
A menina com os olhos chorosos, disse por fim: - Mamãe, me desculpe.
Quando pensar que está ruim, lembre que existem pessoas passando pior. - Gratidão - Nilce Costta
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