Mistaken (FINALIZADO)

By Autorakapeixoto

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Trilogia Opostos - Livro 1 Não recomendado para menores de 18 anos. Noah Cooper é um advogado concorrido em... More

✨ Nota da Autora e Personagens ✨
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo
Recadinho para todos!

Capítulo 5

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By Autorakapeixoto

— Sério, Kath, você não pode deixar seu aniversário passar em branco! — Jackson está apoiado no batente da porta de sua cozinha enquanto eu termino de separar em vários potinhos todos os petiscos que ele comprou.

Reviro os olhos, largo a faca e o encaro.

— Como você quer que eu dê uma festa com esse clima? Com tudo que está acontecendo, Jackson? Não tenho nem cabeça para isso — cruzo os braços e espero por uma resposta.

Jackson fica me olhando por um tempo, parece estar pensando em algo. Bato o pé no chão repetidas vezes enquanto aguardo. Já sei que ele vai arrumar um jeito de me convencer a fazer e, dificilmente, eu sei falar não para ele.

— Eu posso deixar a Lotus à sua disposição — dá um sorriso que molharia qualquer calcinha, menos a minha. Jackson é um homem lindo, que chama atenção em qualquer lugar. Seus 1.90m e seu corpo musculoso ocupam mais espaço do que o normal, sua pele negra contrasta com dentes impecavelmente brancos; e o maxilar marcado preenchido por uma barba grande é só um bônus nesse conjunto incrível. Entretanto, mesmo ele sendo tão bonito, entre nós só existe amizade.

Nos conhecemos há alguns anos em um ensaio fotográfico. Na época, ele ainda era ator, e estava lá para fazer as fotos de divulgação do seu último filme. No meu caso, eu esperava para assinar um dos contratos que me deixou muito rica.

Enquanto esperávamos, começamos a conversar e, de cara, já nos demos muito bem. Ele até tentou flertar, mas eu namorava e estava apaixonadíssima, então, a beleza dele não me abalou. Depois disso, nos encontramos várias vezes na mesma agência, continuamos a conversar e a amizade fluiu. Até o apresentei ao meu namorado da época, eles se deram super bem e se tornaram amigos também. Assim, começamos a nos ver quase todas as semanas; ele virou um irmão que eu nunca tive. Aliás, por sermos famosos, viramos uma amizade que a mídia ama e sempre fala. Já deixamos claro que somos apenas amigos, alguns acreditam; os que não, formaram até um grupo de fanfic, que sonha em um relacionamento amoroso entre nós. No início foi um pouco chato, ou mesmo inconveniente, porque eu namorava e ele era um solteirão cobiçado, mas hoje em dia, já sabemos lidar com isso.

— Não sei, Jack, mas eu vou pensar. Tudo bem? — respondo o que ele quer ouvir, mas a ideia de fazer uma festa na Lotus até me agrada, já que provavelmente, ele a fecharia para o meu "evento", que seria uma festa totalmente restrita a quem eu convidasse. Porém, ainda assim tenho receio dessa celebração me dar mais problemas. Pensarei nisso mais tarde.

Termino as coisas na cozinha, pego uma travessa pesada com frios e coloco nas mãos dele. Logo depois, seguro outras menores e seguimos em direção a mesa da sala.

Jackson se mudou para o mesmo prédio que moro há pouco tempo. Antes ele morava em cima da Lotus, mas não deu certo, pois ele precisava de um lugar separado do trabalho para conseguir relaxar – não que ele não vá dormir por lá muitas noites, mas, pelo menos agora ele tem seu cantinho de paz. Depois de uma semana de mudança, decoração e arrumação, entregaram hoje o apartamento prontinho e, ele decidiu fazer uma comemoração com os amigos mais próximos. Não deve vir mais do que doze pessoas, mesmo assim, ele comprou tanta coisa que pensei que fosse uma festa para cinquenta.

Arrumamos tudo em uma mesa grande, que já estava repleta de outras coisas. Perto da parede, que dá para a varanda, tem uma mesa comprida com bebidas de todos os tipos, além de copos e uma máquina de gelo, e claro, sua geladeira repleta de cervejas.

Depois de tudo que aconteceu com Jackson, ele envolve o mínimo de pessoas possíveis em sua vida particular; por isso, decidiu ele mesmo arrumar as coisas para essa reunião com os amigos, em vez de contratar alguém para organizar. Apareceu na porta da minha casa com a cara mais lavada do mundo, me pedindo ajuda; eu jamais negaria. Admiro muito o fato de que, por mais que ele tenha muito dinheiro, não é desses que depende de terceiros para fazer tudo, sempre se virou muito bem sozinho, em quase tudo.

Seguimos em direção a mesa de bebidas. Jack prepara um copo de gin com especiarias para mim, e pega uma cerveja. Brindamos e nos sentamos no sofá. Dou um gole no meu drink e sinto o meu corpo arrepiar ao sentir o sabor do álcool.

— Isso está perfeito — digo, tomando outro gole.

Ele sorri e bebe sua cerveja.

— E, como vai o seu processo contra a Alex? — pergunta.

Suspiro e fico olhando para o copo.

— Está indo — olho para ele — Noah é excelente e muito atencioso, conversamos quase todos os dias. Eu ajudo a esclarecer pontos confusos, passo mais algumas informações e, ele diz estar montando um quadro com informações promissoras. Não vejo a hora de conseguir limpar meu nome na mídia — desde que Alex começou com essa história, perdi alguns contratos e, dificilmente, alguém me procura para um trabalho novo.

Já se passaram duas semanas desde a última vez que o vi pessoalmente. Aparentemente, ele está focado apenas em meu caso, mas teve duas audiências de outros clientes e, por isso, precisou ficar um tempo à disposição deles. Marcamos uma reunião para a segunda-feira da próxima semana, e então, iremos dar início ao processo em si. Estou muito ansiosa e com medo ao mesmo tempo.

Jackson me observa com um olhar diferente, balança a cabeça e sorri.

— Entendi... Então, vocês conversam todos os dias. Sobre o caso... — pressiona um lábio no outro, segurando uma risada. Suspiro e mostro a língua para ele, que não se controla e dá uma risada. — Não estou falando nada. Não precisa ficar na defensiva, gatinha – pisca e se levanta.

— Você e minha mãe devem estar de complô, não é possível — acabo entrando na dele e rio. Me levanto, vou até a JBL dele e ligo. Conecto ao meu celular e coloco em uma playlist pop, que começa por Montero de Lil Nas X.

Começo a cantar junto e mexer um pouco o corpo no meio da sala.

Eu entrei bem nessa hoje

Você me ligou para ir até sua casa

Não tenho saído muito de qualquer forma

Esperava que eu pudesse te encontrar sorrindo para mim

Canto um pouco mais alto, desencaixo o meu salto dos pés, o deixo próximo ao sofá e, logo depois, subo no mesmo. Fecho os meus olhos, dou um gole na bebida e rebolo um pouco, descendo o corpo enquanto isso. Após, subo bem lentamente a mão livre pela lateral do meu corpo até parar em meu pescoço.

Eu quero vender o que você está comprando

Eu quero sentir sua bunda no Havaí

Eu quero aquele jet lag de tanto transar e viajar

Cuspir uma criança na sua boca enquanto estou dirigindo

Abro os olhos assim que escuto algumas palmas e risadas quando a música acaba. Vejo Jackson rindo com a mão na barriga, Noah e Scott batendo palmas, e Jacob de braços cruzados, com um sorrisinho de lado.

Espero a vergonha tomar meu corpo, mas acontece o contrário, pois sinto uma risada presa em minha garganta. Faço uma reverência a eles, como se estivesse agradecendo por assistirem ao meu show, e desço do sofá. Começo a rir ao me aproximar deles.

Noah me lança um olhar diferente e isso faz meu corpo agir com ansiedade, querendo descobrir quais olhares mais ele tem para oferecer. Jackson vai para o meu lado e passa o braço pelo meu ombro, nos aproximando e desvio meus olhos da direção do seu amigo.

— Esqueci de avisar a vocês que teríamos um show particular da Kath — termina de falar e solta mais uma gargalhada, beija forte minha bochecha e me solta. — Fiquem à vontade — diz para os meninos e vai pegar outra cerveja.

— Eu adorei, já fez a noite valer a pena — Jacob fala sorrindo, educadamente. Se aproxima, me cumprimenta com dois beijos. Logo depois Scott vem falar comigo, me cumprimentando com um abraço apertado; ele parece ser o mais espontâneo e dado do trio. Retribuo o abraço e dou um beijo em sua bochecha.

— KATHLLEN PRECISA DE MAIS DISSO AQUI QUE ELA BEBEU — grita Scott para Jack. Eu dou uma risada alta, jogando a cabeça para trás. — E, eu também quero. Serei o próximo a fazer o show no sofá — pisca e sai em direção aos meninos.

— Não liga para o Scott — diz Noah. — Ele é extremamente à vontade com as pessoas que dão o mínimo de liberdade e, às vezes perde a noção — sorri e se aproxima um pouco. — Boa noite, srta. Ibrahim!

Perco alguns segundos olhando em seus olhos. São de um verde claro que nem parecem ser reais. Lindos. Como todo o resto.

Ele abre um sorriso de lado ao perceber que fiquei encarando por tempo demais. Sorrio sem graça. Fico na ponta dos pés e beijo cada lado do seu rosto.

— Boa noite, Noah — digo, me afastando novamente — Quando irei convencê-lo a me chamar só de Kath? — coloco uma mão na cintura, levo a taça de gin na boca e termino o que tinha ali. Sem esperar que ele responda, pego em sua mão e o puxo para onde os rapazes estão.

— Gosto de manter a formalidade o máximo possível — fala atrás de mim enquanto ainda o puxo. Paro na mesa das bebidas, ao lado dos outros, viro para ele e faço um movimento com a mão, dispensando sua fala.

— Bobagem! Nos falamos todos os dias essas semanas e você me chamou de Kath — ergo uma sobrancelha e mordo o cantinho do meu lábio inferior. — Além disso, hoje não estamos aqui como cliente e advogado. Você já até assistiu ao meu show, estamos ficando íntimos — brinco.

Ele solta uma risada gostosa que me deixa ainda mais encantada.

— Ok, você ganhou — passa por mim, vai a geladeira e pega três cervejas. Abre todas e dá para seus amigos, ficando com uma para ele.

Escuto a campainha tocar, me ofereço para abrir, calço meus sapatos e vou até a porta. Recebo mais cinco convidados de Jackson e, acredito que esses sejam os últimos.

Reconheço três dos cinco e me apresento para as duas mulheres que não conheço. Aparentemente eles não vieram todos juntos mas coincidentemente chegaram juntos ao prédio.

— Pra você, gatinha! — Jack vem com outra taça de gin cheia e me dá. Pego e já dou um belo gole.

— Você é ótimo nisso, Jack — sussurro, passo o braço no seu tronco e voltamos para a sala.

Ficamos um bom tempo todos juntos conversando na sala, bebendo e comendo alguns dos vários petiscos. Em algum momento, foco minha conversa com as duas outras mulheres e, naturalmente, acabamos nos afastando deles, que continuam no sofá enquanto nós vamos para a varanda.

Encosto minhas costas no vidro do parapeito, ficando de frente para sala e as meninas se sentam nas cadeiras acolchoadas do ambiente.

— Então, você e o Jackson estão juntos? — me pergunta a loira de lábios enormes e peitos maiores ainda. Quase cuspo a bebida que estava tomando.

Seguro o riso e balanço a cabeça negativamente.

— Eu e o Jack?! Não, jamais! — rio, olho para a sala e sinto meu corpo esquentar quando vejo Noah me olhando. Diferente das outras vezes que já o vi me olhar, dessa vez ele não desvia quando o encaro, e ficamos assim por um tempo.

— Ah, claro que não! — diz a outra mulher, que parece estar na casa dos 40 anos. É muito bonita e se veste muito bem, de forma muito elegante, se destoando bastante de mim que estou com uma roupa bem jovial e despretensiosa, e da outra mulher que tem a roupa bem sexy. Tenho a sensação de já tê-la visto em algum lugar. — O seu lance é com o amigo dele, né? ­— diz com um sorriso de lado, educada.

Desvio o olhar de Noah e olho para ela assim que escuto. Sinto o meu rosto esquentar de vergonha e coço a garganta.

— Não! O Dr. Cooper é meu advogado, e só isso... — falo baixo, para que só elas escutem.

Elas parecem não acreditar no que eu falo, mas não dou muita atenção a isso. A loira para de falar e se empertiga inteira quando Jack e Noah vêm em nossa direção. Ela levanta cheia de sorrisos, se encosta em Jack, e o puxa em direção ao outro lado da varanda.

Claro, ela deve ser a companhia que ele disse que passaria a noite aqui.

— O assunto está bom aqui, pelo o que vejo — diz Noah, sentando ao lado da outra mulher, que dá uma tapinha no joelho dela, com certa intimidade e mantém sua mão ali. A forma como ele olha para ela demonstra um amor genuíno.

Eles estão juntos? Que vergonha! E, eu pensando que ele está me olhando com segundas intenções.

Me desencosto do vidro, peço licença para deixá-los à vontade, e escuto a mulher dando uma risada – provavelmente de mim. Vou até o banheiro mais distante da sala.

Entro, encosto a porta e paro em frente ao espelho.

— Você é patética — falo para o meu reflexo no espelho. O que eu estou pensando? Ele é meu advogado! Já concluí que tenho dedo podre para homem.

Pego um lenço e passo ao redor dos lábios, tirando a marca de batom que o copo deixou. Depois, pego uma toalha pequena e passo em meu busto, tirando o pouco de suor que estava por ali.

Termino de checar a minha aparência e vou em direção a porta, mas assim que a puxo, sinto algo duro bater em mim e na hora, meu copo vira inteiro nessa parede, que logo vejo ser apenas o peito de Noah.

Sério? O universo me odeia.

— Ai meu Deus, Noah! — largo o copo em cima da pia, pego a mesma toalha que usei ainda pouco e tento passar em sua camisa. — Desculpa! Eu não vi você — continuo tentando secar, mas parece não estar dando muito certo. — Sou muito desastrada, que estrago. Merda.

Assim que sinto suas mãos segurando meus punhos, paro e levanto a cabeça, olhando para ele. Me surpreendo ao ver que ele não está zangado, mas sim com um sorriso lindo no rosto.

— Eu sinto muito! Posso pagar outra para você ou posso ir rapidinho no quarto do Jack e pegar uma camisa dele. Vocês dois tem o corpo parecido, igualmente musculosos — quando fico nervosa, falo mais que o necessário. Ruborizo, envergonhada pelo acontecido e sem jeito pela nossa proximidade.

Ri novamente.

— É só uma camisa, Kath. Tudo bem! — fala e dá de ombros, ainda me segurando. Sinto minha pele queimar onde ele toca e engulo seco. — Você fica ainda mais linda quando fica nervosa — sua sinceridade me atinge no mesmo segundo e minha respiração tropeça.

Seus olhos descem do meu rosto para o meu decote, e agora todo o meu corpo esquenta. Minha respiração fica pesada e ele, obviamente percebe, voltando a me olhar.

— Você se molhou também — solta os meus punhos, me encara por mais alguns segundas e desce o olhar para meus lábios. Involuntariamente, mordo o inferior, fazendo Noah respirar fundo. Ele leva a mão até a única mecha do meu cabelo que esta jogada na parte da frente do meu corpo, a empurrando para trás do meu ombro, roçando de leve os dedos por ali. Em seguida, percorre meu pescoço, ombro e clavícula com um olhar de desejo.

Pressiono uma perna na outra, tentando aliviar a excitação que começa a se formar no meio delas. Ele desce o olhar para as minhas pernas, constando minha excitação, fecha os olhos rapidamente e se aproxima um pouco. Nesse momento, eu tenho certeza que iremos nos beijar.

— Mas que merda wou... Opa! Desculpa — Scott entra no banheiro e quase escorrega no líquido que está no chão, mas para assim que nos vê. Nos afastamos no automático, mas não somos tão rápidos e, agora Scott nos olhas com um sorriso malicioso nos lábios. — Não queria atrapalhar nada — levanta as mãos, como se estivesse se defendendo, mas é notável que prende um riso.

Noah fecha a cara e vai para frente do espelho, tentando secar um pouco a blusa, que agora está grudada em seu peitoral por conta da umidade. Me pego encarando-o novamente. Se eu soubesse que ele ficaria ainda mais gostoso com a camisa molhada, teria feito isso antes.

Scott coça a garganta e eu olho para ele, que ainda segura a risada e pisca pra mim, como se estivesse dizendo que não vai contar para ninguém que eu estava quase babando em seu amigo... Amigo o qual eu acabei de lembrar que talvez esteja acompanhado por uma mulher, que está a poucos metros de onde estamos.

—Noah, sinto muito mesmo pela sua camisa — digo, me viro e saio do banheiro maisenvergonhada do que antes. 

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