Mistaken (FINALIZADO)

By Autorakapeixoto

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Trilogia Opostos - Livro 1 Não recomendado para menores de 18 anos. Noah Cooper é um advogado concorrido em... More

✨ Nota da Autora e Personagens ✨
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo
Recadinho para todos!

Capítulo 4

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By Autorakapeixoto

— Estava precisando disso — Jacob levanta seu copo de whisky em nossa direção e brindamos. Todos exaustos. — Essa semana foi uma loucura. Preciso contratar um contador para ontem!

Concordo com a cabeça, olhando o movimento ao redor. Cada dia que passa a C&B vai fluindo mais e mais. Eu e Barbie atendemos os clientes vips, cada um no seu nicho. Trabalho com famosos e ele com grandes empresas. Por conta disso, temos advogados que pegam outras áreas; a rotatividade de lá é grande. Os clientes maiores são sempre os nossos, mas os outros também tem ótimos clientes e, isso só faz com que fiquemos mais conhecidos. Até o momento, Jacob resolvia a contabilidade sozinho, porque ele é cabeça dura e não queria delegar essa função a outra pessoa.

— Ainda não conseguiu nenhum que o agrade, cara? — pergunta Barbieri, segurando uma garrafa de cerveja quase vazia.

— Ainda não, mas na próxima semana farei umas entrevistas e, com sorte, acharei alguém a altura da C&B — diz Jacob, tentando ser confiante, mas é notável que ele está sem muita esperança nisso, levando em conta que essa não é a primeira semana de entrevista que ele fará. Se não me engano, ele já está na procura há um mês.

Termino meu copo de whisky e o coloco na mesa, olho ao redor a procura de algum garçom. Hoje é sexta-feira, e sempre passamos aqui na Lotus para aproveitar um pouco, relaxar das semanas que sempre são corridas.

Lótus é um bar que se transforma em uma boate depois das 23h. O dono é um antigo cliente meu – que agora é cliente do Barbie, o advogado oficial do bar –, alguém se tornou um grande amigo de nós três. Jackson Frazer é ex-ator de Hollywood, que desistiu da carreira após ter seu nome vinculado a fofocas pesadíssimas. Nos conhecemos nessa época, e acabei me envolvendo muito com sua vida enquanto o ajudava profissionalmente. Foi fácil fluir uma amizade durante e depois do caso, ainda mais ao descobrir que, assim como eu, ele também ajudava um orfanato. Essa atitude nos aproximou muito e, consequentemente, os meninos também se aproximaram dele.

Jackson abriu a Lotus há dois anos e, de início já foi um sucesso. O bar também fica em Manhattan e já ganhou alguns prêmios gastronômicos – aqui vende petiscos incríveis que você, provavelmente, nunca imaginaria ter em um bar/boate –, prêmios pelas bebidas e alguns outros, que não lembro. Este lugar acabou por se tornar o nosso point de toda sexta-feira. Dificilmente não nos achará por aqui nesse dia após o expediente.

O garçom, que já nos conhece e sempre nos atende, volta e traz mais bebida para todos. Trocamos umas palavras e logo depois ele sai. Pego meu copo, agora cheio, e tomo alguns goles. Estou sentado no sofá de forma confortável, olhando em direção a pista de dança.

Nós estamos em uma parte mais reservada, porque nenhum dos três curte ficar no meio de uma pista lotada e, muito menos próximo do bar, onde também sempre há muitas pessoas.

— Bem, acho que já tenho companhia para a noite, e irei abandonar vocês — Barbie levanta, com um sorriso malicioso nos lábios e fixa o olhar em um grupo de mulheres que não está muito longe de nós. — Alguém vai até lá comigo?! — pergunta enquanto sai, já sabendo que não iremos.

De nós três, Barbie é o mais atirado e mulherengo. Sério, ele deveria ganhar algum prêmio de babaca da história. Perdi as contas de quantas mulheres já tentaram fazer barraco na C&B, ou pela rua, quando esbarravam com ele. Ele nos diz que é sincero e, que sempre fala para todas que não passará de uma noite, mas, tem algo de errado nessa história porque não é possível as mulheres reagirem assim se já sabem o que ele tem para oferecer.

— Sério, eu não sei como ele não cansa de ter essa cara de pau — Jacob fala entre risos, olhando para o canto onde Barbie está agora. Acomodo-me um pouco melhor no sofá para conseguir ver e, me surpreendo com o que vejo.

Barbie está sentado e tem duas mulheres em seu colo, uma em cada perna. Ao lado, tem mais três e, uma delas está olhando para cá, me encarando. Encaro-a de volta, ela sorri e levanta o drink, como se estivesse brindando de longe. Pego meu copo de whisky e imito o seu gesto, sorrindo.

Humm, acho que eu vou sobrar nessa noite! — Jacob resmunga e logo depois dá um risinho. — Ou não.

Olho para ele e vejo que está sorrindo para o celular. Já até imagino o motivo do seu sorriso.

— Alguém no aplicativo está disponível, garanhão? — brinco, e me viro para a direção da menina, mas, ela não está mais lá. Dou de ombros, apoio um braço nas costas do sofá que estou e aproveito um pouco da música que está tocando.

Jacob levanta, arruma sua roupa, vira o resto da bebida e confere algo em seu celular novamente. Depois me olha e diz:

— Você paga a minha parte hoje? Vou nessa que tenho um... compromisso agora — pisca e vai embora. Balanço a cabeça e rio, achando graça da tentativa de desculpa dele, como se precisasse inventar algo para mim.

Jacob é um cara incrível, mas depois de uma grande perda que teve anos atrás, ele não consegue se envolver emocionalmente com mais nenhuma mulher. Mal consegue conversar com alguma por algum tempo para flertar. Ele diz não ter muita paciência, mas nós sabemos que não é isso. Então, ele usa um aplicativo restritíssimo e caríssimo que promove encontros entre duas ou mais pessoas. Nesse aplicativo, você tem opções bem claras para expor o que quer, e no caso de Jacob, é apenas sexo.

Quando eu digo apenas sexo, é só isso mesmo. Eles se encontram em algum lugar marcado, transam e depois, cada um vai para seu lado. Muitas das vezes eles não conversam, porque é algo que também pode ser combinado antes. Ele diz que é a melhor coisa para ele, já que seu interesse nas mulheres é só carnal. Bem, eu não sei se funcionaria para mim, mas pelo menos ele não engana e nem machuca ninguém, além dele mesmo. Enfim, a história dele é complicada demais, então, não tocamos no assunto da sua vida amorosa ou sexual.

Sinto unhas passando por todo o meu braço e na hora já arrepio, viro-me para o lado e vejo a mulher que sorria para mim agora pouco entrar na área que estou. Estico o tronco, fico na beirada do sofá e apoio os cotovelos nos joelhos. Ela se senta ao meu lado, com o corpo virado para mim, pega o copo que estou bebendo e o leva até os lábios, tomando um pouco, apenas com a intenção de parecer sexy. E, ela consegue.

— Espero que não se incomode com a minha presença – diz, estica o corpo e colocando o copo na mesinha. Volta para a posição anterior e passa a língua pelos lábios, fingindo lamber um resquício de bebida. Sorrio com a sua atitude, satisfeito por ela demonstrar exatamente o que procuro. Ela não parece querer fazer algum tipo de joguinho e, novamente, fico feliz por isso.

— Muito pelo contrário! Eu iria até você em qualquer momento — pisco, virando de frente para ela e recostando a lateral do meu corpo no encosto do sofá. O que eu falei era verdade, iria procurá-la em breve pois chamou muito a minha atenção. — Sou Noah. Prazer!

Antes que eu pense em me aproximar para cumprimentá-la com um beijo no rosto, ela chega perto e dá um beijo no canto da minha boca. Depois, leva os lábios até o meu ouvido e sussurra:

— Samantha. O prazer é todo meu! — apoia a mão em meu ombro, se afasta e desce a mão pelo meu braço, fazendo uma leve caricia, e descansa a mão em minha coxa. Seus dedos ficam próximos demais da minha virilha. Respiro fundo.

Ok! Está claro que ela quer me provocar.

Olho bem para ela, é uma mulher bonita. Seu cabelo é de um loiro muito branco, liso e bate na altura dos seios. Falando em seios, esses são enormes! Ela está usando um vestido branco sem alças – como esses seios são sustentados sem alça? – com um decote bem generoso, além do vestido terminar na metade das suas coxas. Com certeza ela malha, suas coxas parecem ser firmes e são bem torneadas. Percebo uma tatuagem grande saindo pelo vestido, em uma das suas pernas. Mas, no momento, não estou afim de descobrir o que é.

Sorrio maliciosamente após admirá-la toda e, como resposta, ela sobe a mão, ficando a poucos centímetros do meu pau. Ela permanece com a mão no lugar e dá uma leve apertadinha no vão entre minha virilha e meu pau.

— Sabe... — morde o lábio inferior, passa a mão pelo cabelo e joga para o outro lado. — Eu sempre vejo você por aqui, mas parece que nunca me percebeu. Então, não quis perder a oportunidade hoje — movimenta uma sobrancelha e lança um olhar que deixa clara sua intenção, de realmente ter a minha companhia essa noite. Ela não precisa se preocupar, porque já tem.

Gosto disso, ela é bem sincera e direta ao ponto. Acho que minha noite vai terminar melhor do que imaginei. Eu tinha esperanças de encontrar alguém hoje para controlar um pouco da minha carência, mas não iria sair caçando igual ao Barbie.

— Então, você já me observa de outros dias? — aproximo meu corpo do dela, e isso faz com que sua mão suba mais e repouse em meu pau. Espero que ela tire, mas ela esfrega a palma da mão, fazendo com que ele comece a ficar duro. Engulo seco, contendo um gemido. — Você quer continuar conversando aqui, ou podemos ir a outro lugar? — pergunto, porque com ela dessa maneira, não irei conseguir ficar apenas na conversa.

Na mesma hora, ela se levanta, passa de costas na minha frente – aproveito para olhar a sua bunda e me seguro para não dar um tapa na mesma –, se vira e me olha. Erguendo as sobrancelhas, ela pergunta:

— Vamos? ou já desistiu? — dou uma risada alta ao ouvir, me levanto, deixo um dinheiro na mesa e sinalizo para o garçom, que rapidamente vem. Seguro na mão da Samantha, passo por ela e nos guio até o estacionamento.

Ela vai fazendo caricias sugestiva em minha mão. Chego no carro, e ao invés de abrir a porta para ela, empurro de leve seu corpo contra a porta, a encaro por alguns segundos, esperando para que ela diga para que eu não prossiga, caso queira. Suas mãos vão até a gola da minha camisa e me puxa para um beijo, e isso me serve como resposta.

Colo nossos lábios, e penetro a minha língua em sua boca, passando-a por todos os cantos e em poucos segundos já estamos nos engolindo, em desespero. Encosto meu corpo no dela, pressionando meu quadril contra o seu, para que ela sinta a minha excitação.

Samantha solta as mãos da minha gola, desce pela camisa e vai abrindo os botões de forma desesperada. Meu peito fica totalmente exposto, ela passa as unhas por ele e eu solto um gemido entre o beijo. Seguro firme na sua cintura, roço nela com tanta vontade que parece que vou rasgar as nossas roupas ali mesmo.

Com minha mão livre seguro em sua nuca, intensificando o nosso beijo. Viro a minha cabeça para o lado oposto de onde ela estava, interrompo o beijo e vou passando os lábios pelo seu queixo, pescoço e mordo a pontinha da sua orelha. Sinto seu corpo arrepiar e suas unhas passam pelo meu peito com mais força.

— Eu quero te foder, bem aqui — sussurro em seu ouvido, passo a língua por ali e depois desço o beijo aos poucos até chegar em seu decote. Desço a minha mão que estava em sua cintura até a barra do seu vestido. Passo meus dedos suavemente, a excitando. Ela abre as pernas em um claro convite. Subo meus dedos por entre suas coxas, fazendo caricias pelo caminho até chegar em sua calcinha e, paro ali.

Ela geme alto, segura em meu punho e força minha mão que está em sua calcinha. Passo o polegar em seu clitóris por cima da calcinha, que está encharcada. Ela geme de novo e, eu sinto meu pau latejar desesperadamente dentro da calça. Continuo com os movimentos por cima do tecido.

Passo a língua pelo meio do seu decote, tiro a mão de sua nuca, desço até seu seio direito, o apalpo e massageio. Deslizo o tecido um pouco para baixo, deixando seu mamilo exposto, e logo o abocanho. Ela geme mais uma vez, desce a mão para meu pau e o aperta por cima da calça. Passo a língua com vontade em seu mamilo, depois o sugo como se minha vida dependesse disso.

Ela abre meu cinto e logo depois o botão da calça. Meu corpo se arrepia todo quando ela abre o zíper e coloca a mão dentro da minha cueca. Passa o dedo pela cabeça do meu pau, que está todo melado, e espalha o liquido pré-ejaculatório por toda a extensão dele.

Afasto a sua calcinha para o lado, passo o dedo por entre os lábios e paro no seu ponto sensível, fazendo movimentos circulares, colocando certa pressão. Sua boceta está toda molhada e, eu estou ficando cada vez com mais vontade de tê-la.

Meu pau pulsa loucamente na mão dela. Para melhorar, ela leva a boca em meu ouvido e fala:

— Me fode! Eu não aguento mais — choraminga.

Enlouqueço com sua fala, enfio um dedo dentro de sua boceta e ela solta um grito. Levanto a cabeça e tampo sua boca com a minha, dando um beijo intenso para que seus gemidos sejam abafados. Logo em seguida, enfio um segundo dedo e, começo a fodê-la com os dois.

Mordo seu lábio inferior de leve, ela encosta a cabeça na janela do carro e fecha os olhos. Coloco a mão em sua boca, porque ela é dessas que geme bem alto, o que eu adoro, mas podemos ser pegos a qualquer momento. Aproveito e olho ao redor, tudo deserto – para nossa sorte.

— Noah... eu vou gozar— geme e rebola em meus dedos.

— hummm, gostosa! — sussurro em seu ouvido. Desço a outra mão, e levanto seu vestido até a cintura, apoio o dedo em seu clitóris e começo a massageá-lo novamente. Com a outra mão continuo a fodê-la forte. Pouco tempo depois sinto sua boceta apertar meus dedos e encharcá-los mais ainda com seu gozo. Vou parando devagar, tiro ambas a mãos do meio das suas pernas e me afasto um pouco.

Pego a chave do meu carro em meu bolso, o destravo e a puxo para o lado, abrindo a porta de trás. Entro primeiro e novamente a puxo, fazendo com que se sente em meu colo e fecho a porta.

Ela apoia as mãos em meus ombros, joga os cabelos para trás e se posiciona em cima do meu pau. Começa a rebolar e forçar o corpo para baixo. Puxo o seu decote para baixo e seus seios ficam a minha disposição e, sem a roupa os apertando, eles são maiores ainda.

— Eu preciso te sentir dentro de mim... — ela arrasta o corpo para trás e fica sentada em meus joelhos. Segura minha calça e cueca junto e vai puxando, ergo um pouco a cintura e deixo que ela termine de abaixar minha roupa. Aproveito e tiro a minha camisa.

Ela empurra minha calça e cueca até depois do joelho e depois encara meu pau duro, batendo em meu umbigo. Me olha e sorri. Segura nele, e começa a fazer movimentos para cima e para baixo. Gemo ao sentir ela me apertar com as mãos.

— Não faça isso! Não vou aguentar muito tempo — choramingo, sentindo todo meu corpo pedir por isso e sendo o mais sincero possível.

Ela ergue o corpo, tira a calcinha e volta para sentar em meu pau.

Na mesma hora, a seguro pela cintura, impedindo que continue o que iria fazer e, agradeço por não estar tão distraído a ponto de esquecer a camisinha.

— Camisinha, gata — pego a carteira que tinha caído no chão do carro, tiro uma camisinha lá de dentro, rasgo e visto meu pau. — Agora sim — falo e olho para ela, que parece não ter gostado disso mas, nem penso sobre e apenas a guio para meu pau novamente, o encaixando na entrada da sua boceta.

Ela se segura em meus ombros e vai empurrando o corpo para baixo com uma rapidez que me surpreende. Faz sua boceta engolir meu pau até o talo, de uma vez só.

— Puta que pariu — urro e, se eu tinha alguma dúvida que ela sabe o que faz, só nessa sentada pude ter certeza disso.

Continuo segurando em sua cintura e ela começa a cavalgar com vontade, apertando meu ombro com as unhas. Rebola, quica e esfrega os peitos na minha cara, me deixando louco. Levo uma mão até sua bunda e a aperto com força, provavelmente deixando marca.

— Que sonho! Até que enfim... — sussurra e parece que falou mais para si do que para mim. Não ligo, apenas faço movimentos contra o dela, intensificando sua cavalgada. Sinto soa boceta começa a me apertar novamente.

Seguro no seu cabelo, forçando a cabeça para trás, passo a língua em seu pescoço e dou uma mordida de leve, sentindo seu gosto salgado. Começo a sentir um arrepio na parte inferior da barriga.

— Vou gozar — ela senta com mais vontade quando me escuta falar, sua boceta me prende e assim que ela goza novamente, sinto meu pau latejar mais forte e, também gozo logo em seguida.

Apoio a cabeça em seus seios, respirando fundo para recuperar o folego.

— Isso foi incrível — fala, ofegante.

Sorrio, concordando. Com delicadeza, a tiro do meu colo e a coloco ao meu lado, retiro a camisinha e dou um nó, colocando-a no saquinho de lixo que fica perto do freio de mão. Ergo o corpo e levanto a minha roupa, deixando a calça aberta.

Apoio o corpo no banco e viro o rosto em sua direção. Ela já se vestiu e está tentando arrumar o cabelo, o que não está dando muito certo, mas ela não desiste.

— É... onde você mora? Posso te deixar em casa — digo. Esse momento é sempre desconcertante, ainda mais que não conversamos quase nada antes. Ela me olha com surpresa, mas me mostra um sorriso amarelo, e me explica como chegar em sua casa.

Passamos para os bancos da frente, me ajeito e começo a dirigir. Eu raramente dirijo depois que bebo, por motivos óbvios. Normalmente, deixo meu carro aqui, e o busco no dia seguinte. Jackson já está acostumado com isso e nunca reclamou. Mas, pelo acontecimento de hoje, acho melhor levá-la em casa e depois ir para a minha.

No caminho ela fala sobre sua vida, onde trabalha e outras coisas mais, eu escuto e sorrio como resposta. Nada pessoal contra ela, mas ainda estou zonzo por ter gozado. Paro no endereço em que me disse. Ela tira o cinto e vem em minha direção, me dá um selinho e sorri.

— Peguei seu cartão que estava na sua calça, espero que não se importe — arruma seu vestido, passa o dedo pelos lábios, abre a porta do carro e sai. Antes de fechar, fala: — Eu te ligo — depois entra em sua casa.

Pegou meu cartão? Sério? Rio sozinho. Espero que isso não me traga problemas.

Eu não me importo de encontrar novamente uma mulher que já tenha ficado, mas, quando acontece um terceiro encontro, seja lá como for esse encontro, gosto de deixar claro que não tenho a pretensão de um envolvimento sério, porque trabalho muito e meu foco, por enquanto, é nisso. De fato, não me vejo casando tão cedo, e sequer sei se um dia irei me ver assim. Gostei de ficar com Samantha, mas ela parece ter algo a mais para falar para mim e, eu não consigo imaginar e talvez não queira saber.

Me inspiro muito em meus pais, então, se um dia eu encontrar alguém que valha a pena lutar para ter o que eles têm, eu não medirei esforços, mas isso não vai e nem tem como acontecer agora, porque não dou espaço. Mesmo com a insistência diária de minha mãe em me lembrar que estou perto dos 30 e, que cada ano que passa sou mais exigente.

Acredito que ainda viverei bons anos solteiros. Além disso, se o meu destino for ficar sozinho, não me importo. 

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