•Jimin•
No momento me encontro deitado em minha cama só de roupa íntima, meu corpo não iria aguentar que colocasse outra peça sem ser só essa vestimenta.
Estou todo dolorido, não sei como consegui levantar pra tomar banho.
Aquele monstro me bateu tanto que minha pele antes branca se encontra vermelha e roxa.
•Flashback On•
Ele caminha em minha direção à passos largos. Mesmo sabendo o que estava por vir ainda sim sintia medo, ele parecia mais furioso dessa vez, eu o havia irritado muito.
O mesmo pega em meu braço com força me puxando escada cima sem se importar se iria me machucar ou não.
Quando chega em frente à porta de meu quarto a abre com brutalidade me jogando no chão sem pudor algum. Depois de também entrar a tranca.
- Tira a roupa - ele pede e eu nego freneticamente com a cabeça.
- Eu mandei TIRAR! - meus ouvidos só sabiam sangrar já que estava sem meu aparelho, mesmo com medo não tirei, me encolhi no chão chorando.
- Se você não vai tirar eu mesmo tiro mas fica sabendo que sua punição vai ser bem pior por me desobedecer - ele vem pra cima de mim me pegando a força e me jogando na cama, rasgando minhas roupas por completo só me deixando de box.
Retira o cinto da calça e começa a me bater sem pena alguma. Eu chorava, gritava, pedia por socorro mas ele não parava.
Meus ouvidos só se via sangue fazendo com que escutasse com dificuldade, e mesmo não ouvindo direito escutei minha mãe batendo na porta pedindo pra ele parar, sua voz exibia um choro descontrolado, fico triste por escutar ela chorar, me corta o coração, e saber que eu era o motivo do choro acaba comigo, mas prefiro ser eu a estar aqui sendo espancado do que a mesma.
Depois dele descontar toda sua raiva em meu corpo o mesmo sai como se nada tivesse acontecido.
Entrei em desespero pois vi ele pegar minha mãe a arrastar para o quarto, ele vai abusar dela.
Começo a chorar mais ainda, me condenando por não poder fazer nada, meu corpo me impossibilitava de fazer qualquer movimento.
Eu escutei a gritar por longos minutos pedindo pra ele parar e eu não podia fazer nada, sou mesmo um fraco.
Fiquei me culpando até não consegui aguentar a dor e acabar desmaiando.
•Flashback Off•
Cá estou eu, pensando e me perguntando a onde foi que errei pra sofrer tanto.
Mesmo passando por tudo isso não culpo a ninguém o que acontece aqui em casa, não quero preocupar mais pessoas com meus problemas.
Penso, repenso até que durmo novamente pedindo pra que amanhã seja um dia melhor.
[...]
Acordo com a claridade batendo em meus rosto, havia esquecido de fechar as cortinas no dia anterior.
Tento me levantar mas falho miseravelmente.
Não consigo mexer meu corpo, a dor o consome inteiramente. Não consiguerei ir a escola e nem ao trabalho, tomare que essa falta não me crie problemas com meu chefe.
Estico o braço com muito esforço pra poder pegar um remédio pra dor que se encontrava em minha gaveta. Como isso acontecia frequentemente eu sempre tinha antibióticos pra dor em meu quarto.
O engulo com a ajuda de água que achei em uma garrafinha perto de minha cama.
Cansado e exausto volto a pegar no sono.
•Taehyung•
Já estava na hora de ir pra escola. Como eu e Jin moramos na mesma casa vamos direto pra do Mochi.
Quando chegamos lá tocamos a campainha várias e várias vezes mas ninguém saiu.
Tentamos ligar para o celular de Jimin mas caiu na caixa postal. Eu já suspeitava o que tinha acontecido e tenho certeza que Jin também.
Depois de muito tentar desistimos e fomos pra escola.
- Jin você acha que aconteceu de novo? - pergunto a ele mesmo já tendo quase certeza de que estava certo.
- Eu acho que sim - o mesmo me responde com um semblante triste.
- Mochi acha que nós não sabemos, mas estamos bem a par da situação. Por que será que ele não nos conta? - pergunto a Jin prestando atenção em sua resposta.
- Você o conhece, ele não gosta de preocupar ninguém principalmente quando o assunto envolve seus problemas. Deve ser doloroso pra ele passar por tudo isso sozinho - ele me respondo com toda sinceridade do mundo.
- Só precisamos manter a calma , sei que uma hora ou outra esse assunto irá se resolver e aquele homem pagará por tudo que ele faz - Jin fala me abraçando, na tentativa de me passar confiança, ele sabe que fico bem sensível quando o assunto é o Jimin.
[...]
•Jimin•
Não sai do meu quarto durante um dia inteiro, não fiz nada e nem consegui levantar, meu corpo me impossibilitava de tal ato.
Como nada dura pra sempre, tinha que sair daquela cova mesmo com dor e seguir a vida, sabendo que coisas como essa se repetiria novamente.
[...]
Já estava em frente de casa esperando os meninos chegarem. Não sei que mentira vou inventar agora, eu estou mancando e nem se pode encostar em meu corpo que sinto dor, tô tentando entender como vou trabalhar hoje.
Vejo eles se aproximarem de casa, congelo no lugar, tenho que pensar em algo rápido.
- Ji por que faltou ontem? - Tae pergunta me abraçando, tentei conter o gemido de dor mas não deu, meu corpo estava muito machucado, ele pedia por descaso e cuidados médico.
- Está tudo bem Ji? - Jin pergunta, em seu rosto se via de longe um semblante de preocupação.
- Está é que... que... O Tae me apertou muito forte, me deixando sufocado - falo criando a mentira mais esfarrapada que já ouvi, minha loba interna me xingava mentalmente por ser tonto e estar mentindo para meus amigos.
É difícil pra mim falar, tentem me entender.
- Ok - Jin fala, me sinto alivado por um momento mas como felicidade de pobre dura pouco.
- Mas você ainda não respondeu o por que de faltar ontem - ele diz e novamente fico perdido tentando criar uma nova desculpa.
- Eu faltei p-por que... p-por que... - Droga para de gaguejar Jimin, é só falar a primeira coisa que vier a cabeça.
Quando eu iria responder, Taehyung me interrompe.
- Vamos parar Jin, tá na cara que ele não quer contar e temos que respeitar. Ji quando vc se sentir confortável você pode nos contar, estaremos sempre aqui para te apoiar - ele diz e só não os abracei por conta do meu corpo.
É por isso que amo eles, os mesmos me entendem, respeitam minha decisão e estam aqui sempre para me apoiar.
A única coisa que faço como resposta é assentir com a cabeça e abrir um sorriso que fazia tempo que estava sumido de meu rosto.
Começamos nosso caminho de rotina pra escola fazendo a mesma coisa dos outros dias: Conversar e rir.
[...]
No momento me encontro voltando do trabalho. Pra piorar já era tarde, pela falta de ontem tive que ficar pra fechar o café, sério eu não tenho sorte.
Estava acabado, meu corpo clamava por descanso.
De tão distraído que estava pelo cansaço, acabei errando uma curva indo parar em um beco estranho e escuro. O que não esperava era que iria encontrar um homem aparentemente alfa que nunva vi na vida apontando uma arma para outro homem.
Continua...