- E o Oliver ? - Ginny perguntou com um sorriso malicioso.
- O que tem ele ? - Ambêr terminou de cortar os temperos e entregou a Molly.
- Não se faça de boba. - Ginny disse.
- E como vai com o Harry ? - Ambêr devolveu a provocação.
- O que tem ele ? - Ginny devolveu a frase.
Ambêr deu a língua a irmã que devolveu enquanto Molly fingia que não escutava a conversa das filhas.
- Mamãe você ficou sabendo que Ambêr me falou coisas horríveis durante o tempo que passamos em Hogwarts? - Ron se meteu na conversa, tentando roubar uma das frutas.
- Você mereceu. - Ambêr apontou a faca para o menino que resmungou xingamentos.
- Quem manda ser idiota. - Murmurou Ginny.
- Chega crianças..... Ron volte para o seu serviço. - Bradou Molly.
Ambêr tirou o avental colocando em cima da mesa e amarrou o cabelo em um coque forte pra que não corresse o risco dos fios de cabelos caírem na comida.
- Você acha que o Harry, gosta de mim ? - Ginny perguntou assim que Molly se retirou para verificar o trabalho dos meninos.
- Eu.... acho que ele sente uma atração........agora gostar, não sei.....
Ginny ficou pensativa, e por um longo tempo Ambêr pensou que fosse algo que ela dissera, mas depois se convenceu que não havia sido ela.
Ambêr subiu para o quarto que divida com Ginny e tomou um banho demorado, aproveitou para lavar os cabelos e fazer suas higienes.
- AMBÊR.
- O que aconteceu Ginny ?
- Chegou algumas cartas para você aqui........ posso ler ?
- Não, Ginerva, eu te proibo.
- Sim senhora.
Ambêr não precisou ver para saber que Ginny havia feito uma careta para a irmã. Ela deixou seus cabelos secarem naturalmente e colocou seu sueter, pegou as cartas e sorriu ao ver o primeiro nome: Thomas.
Prezada Ambêr
Minhas férias estão sendo incríveis e animadas, viajei com com minha família para a cidade vizinha que por acaso era trouxa. Conheci várias pessoas que posso considerar estranhas, descobri o modo de uso de várias coisas. Como por exemplo, a tarde os trouxas sentam em seus sofás e passam a tarde vendo pessoas se mexerem dentro de uma caixa, o que parece ser "feleizão" ou "tevelizão". Algo parecido. Outra coisa que me impressionou, são as fotos, que não se mexem, ficam paradas, dá para acreditar ?
Aprendi a fazer um tipo de doce estranho mais gostoso. Brigadeiro.
Estou com muitas saudades de você e de nossas fofocas, novidade, conheci uma rapaz bruxo, estamos conversando, é só o que te tigo por enquanto. Te amo. Lhe comprei algumas lembranças também.
Thomas Lomgson
Ambêr sorriu alargamente com a carta do seu melhor amigo, ela franziu o cenho ao imaginar um trouxa vendo pessoas em uma caixa, obviamente achou estranho. Durante o início das férias esperou ansiosamente pelas cartas dos dois cúmplices.
Prezada Ambêr
Minhas férias tem sido cômicas, brigas e brigas entre meus pais e um casamento arranjado contra a minha vontade. Voltamos a dois dias da casa de férias dos Dongkes's. Diego como sempre me menosprezando por um acordo idiota do qual não tenho culpa, Claire querendo um herdeiro para "segurar" o marido e eu tenho entrado na solidão a cada dia que se passa. Queria mais que tudo passar as férias com você igual a ano passado, prefiro mil vezes a lasanha da tia Molly do que as comidas vegetarianas da minha mãe. Por outro lado tenho me destruído, tenho feito alguns desenhos que vinheram a mim em alguns sonhos, em breve iremos nos ver. Te amo muito.
Anna Del'Rei
Ambêr sentiu seus olhos marejados, odiava a situação que Anna se encontrava. Ano passado as duas se encontraram no banheiro da Murta, e Anna revelara a ruiva, que seu pai a teria envolvido em um acordo, desde então, a mesma tem entrado em uma depressão profunda, Ambêr entendia completamente a sensação de ser excluída ou menosprezada. Lembrou-se mentalmente de escrever uma carta de ajuda para a amiga. Ambêr buscou a última carta com envelope vermelho com um brasão na frente, o destinatário era apenas " A.W".
Não prezada Ambêr
Bom, vou ser direto em minhas palavras, não quero ter que escrever muito. Minhas férias tem sido chatas, sabe? Preferia mil vezes está enchendo sua paciência, ou a do Pottar. Meu pai em um certo dia chegou do Ministério com novidades, este ano em Hogwarts iremos receber duas escolas para cediar o Torneio Tribuxo, e consequentemente um baile. " O que eu tenho haver com isso, Malfoy?" Você deve está se perguntando. Bom quero, quero não. Estou exigindo que você me acompanhe ao baile. Irei mandar seu vestido, que será VERDE. Espero que suas férias não estejam mais legais que a minha..Tenha uma boa tarde, ou boa noite, ou mais ainda bom dia. Não sei que horas a carta vai chegar. Vai que chove, sei lá. Espero que Pottah não te convide, sei que ele é bem apaixonado por você. Passar mal.
Draco Malfoy
Ambêr não conseguiu se segurar e começou a gargalhar alto, deixou a carta cair sobre a cama, ergueu seu corpo para trás, o rosto da ruiva estava ainda mais vermelho.
" Aonde já se viu, me obrigar a ir a um baile"
" Harry apaixonado por mim, nunca "
✔︎
O grupo caminhava pela vereda escura e úmida que levava ao povoado, o silêncio quebrado apenas pelo eco dos seus passos. O céu foi clareando muito devagarinho quando eles atravessaram o povoado, o azul-tinta se dissolvendo em azul-escuro. As mãos e os pés de Ambêr estavam congelados. O Sr.Weasley não parava de consultar o relógio. Eles já estavam sem fôlego para conversar quando começaram a subir o morro Stoatshead, tropeçavam ocasionalmente em tocas de coelho escondidas, escorregavam em grossos tufos de grama escura. Cada vez que Ambêr inspirava sentia o peito arder e suas pernas já começavam a se recusar a andar quando finalmente seus pés pisaram em terreno nivelado.
- Ufa! - ofegou o Sr. Weasley, tirando os óculos e secando-os na suéter. - Bom, fizemos um bom tempo, ainda temos dez minutos...
Hermione foi a última a aparecer na crista do morro, apertando uma cãibra do lado do corpo.
- Agora só precisamos da Chave de Portal - disse o Sr. Weasley repondo os óculos e apurando a vista para esquadrinhar o terreno. - Não deve ser grande... vamos...
Eles se espalharam para procurá-la. E estavam nisso havia poucos minutos, quando um grito cortou o ar parado.
- Aqui, Arthur! Aqui, filho, achamos!
Dois vultos altos surgiram recortados contra o céu estrelado, do outro lado do cume do morro.
- Amos! - exclamou o Sr. Weasley, encaminhando-se sorridente para o homem que gritara.
Os garotos o acompanharam, Fred resmungava seriamente pelo peso do corpo de Ambêr em suas costas Jorge ria.
O Sr. Weasley apertou as mãos de um bruxo de rosto corado, com uma barba castanha e curta, que segurava em uma das mãos uma bota velha de aparência mofada.
- Este é Amos Diggory, pessoal - apresentou-o o Sr. Weasley. - Trabalha no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. E acho que vocês conhecem o filho dele, Cedric ?
Cedric Diggory era um rapaz muito bonito de uns dezessete anos. Era capitão e apanhador do time de quadribol da Lufa-Lufa, em Hogwarts.
- Oi - disse Cedric olhando para os garotos. Todos retribuíram o "Oi", exceto Fred e Jorge, que apenas acenaram com a cabeça. Eles nunca haviam perdoado Cedric por derrotar o time da Grifinória, no primeiro jogo de
quadribol do ano anterior.
- Uma longa caminhada, Arthur? - perguntou o pai de Cedric.
- Não foi tão ruim assim - respondeu o Sr. Weasley. - Moramos logo ali do outro lado do povoado. E você?
- Tivemos que nos levantar às duas, não foi, Ced? Confesso que vou ficar satisfeito quando ele passar no exame de aparatação. Mas... não estou me queixando... a Copa Mundial de Quadribol, eu não a perderia nem por um saco de galeões, e é mais ou menos quanto custam as entradas. Mas, pelo visto, parece que me saiu barato... - Amos Diggory mirou bem-humorado
os três garotos Weasley, Harry, Hermione, Ambêr e Ginny - São todos seus, Arthur?
- Ah, não, só os ruivos - esclareceu o Sr. Weasley apontando os filhos. - Esta é Hermione, amiga de Ron, e Harry, outro amigo...
- Pelas barbas de Merlim! - exclamou Amos Diggory arregalando os olhos. - Harry? Harry Potter?
- Hum... é - respondeu o garoto.
Ambêr desceu das costas do irmão e soltou os cabelos que estavam presos, logo pegando a mochila.
- Olá, é um imenso prazer em finalmente lhe conhecer, sou Cedric Diggory, ouvi muito falar de você. - Falou o rapaz beijando levemente as costas da mão da ruiva.
- Olá, prazer Ambêr Weasley. - Ela apenas deu um sorriso meigo e o rapaz corou. - E espero mesmo, que tenha ouvido coisas boas, não tenho uma boa fama.
- Ahh sim...... foram coisas boas. A maioria foi. - Sorriu ele divertido se oferecendo a carregar a mochila da ruiva.
- Ced nos falou de você, naturalmente - disse Amos Diggory. - Nos contou tudo sobre a partida que jogaram com vocês no ano passado... Eu disse a ele: Ced, isto vai ser uma história para contar aos seus netos, ah, vai... você derrotou Harry Potter!
Harry não conseguiu pensar em nenhuma resposta a esse comentário, por isso ficou calado. Fred e Jorge amarraram a cara outra vez, e grudarão os braços em Ambêr, já que Cedric encarava a mesma. Cedric pareceu ligeiramente encabulado.
- Harry caiu da vassoura, papai - murmurou ele. - Contei a você... foi um acidente...
- É, mas você não caiu, não é mesmo? - rugiu Amos jovialmente, dando uma palmada nas costas do filho. -Sempre modesto, o nosso Ced, sempre cavalheiro... mas venceu o melhor, tenho certeza de que Harry diria o mesmo, não é? Um cai da vassoura, um continua montado, não é preciso ser gênio para saber quem voa melhor!
" Que homem chato "
- Deve estar quase na hora - disse o Sr. Weasley depressa, puxando o relógio do bolso mais uma vez. - Você sabe se temos que esperar mais alguém, Amos?
- Não, os Lovegood já estão lá há uma semana e os Fawcett não conseguiram entradas - disse o Sr. Diggory. - Não tem mais gente nossa na área, tem?
- Não que eu saiba. É, falta um minuto... é melhor nos prepararmos...
Ele olhou para Harry e Hermione.
- Vocês só precisam tocar na Chave de Portal, só isso, basta um dedo...
Com dificuldade, por causa das volumosas mochilas, os nove se agruparam em torno da velha bota que Amos Diggory segurava. Todos ficaram parados ali, num círculo fechado, sentindo a brisa gélida que varria o cume do morro. Ninguém falava. De repente ocorreu a Harry como pareceria estranho se um trouxa
subisse até ali naquele momento... dez pessoas, dois adultos, segurando uma bota velha de pano, ao amanhecer, esperando...
- Três... - murmurou o Sr. Weasley, com o olho ainda no relógio - dois... um...
Aconteceu instantaneamente. Harry teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para a frente. Seus pés deixaram o chão; ele sentiu Ron e Hermione de cada lado, os ombros se tocando; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para a frente, e então...
Seus pés bateram no chão; Ron deu um encontrão nele e caiu; a Chave de Portal despencou no chão do lado da cabeça dele com um baque forte. Ambêr que estava em desespero total caiu de bunda no chão, logo sentindo a dor aguda lhe atingiu a coluna vertebral.
- Deixe-me ajudá-la. - Cedric puxou a garota pela mão e a pós em pé. Porém não deu tempo da ruiva agradecer devidamente, pois os gêmeos decidiram interromper.
- Obrigado Cedric. - Falou Fred pegando a mochila de Ambêr e puxando-a.
O Sr. Weasley, o Sr. Diggory estavam parados, embora estivessem com a aparência de terem sido varridos pelo vento; os demais estavam caídos no chão soltado grunhidos.