Notas Iniciais
Olá meu povo lindo, estou me perguntando se alguem ainda ler essa historia?
Sei que estou sumida, mas tenho uma boa razão para isso: estou tentando escrever todos os capítulos dessa historia para me dedicar exclusivamente a Habitar, pois o plot dela aumentou significantemente. Por isso peço que não desistam de mim
Bom, vou para de enrolar. Boa leitura pessoal
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Foram duas semanas de muita conversa com o dr Strange, Bucky e companhia, além de varias lágrimas derramadas, para finalmente Tony concordar em voltar para à escola, mas mesmo antes de sair de casa, ele já tinha se arrependido de ter concordado em ir.
Parado na frente do prédio antigo de Midtown High School, o jovem Stark tentava dar mais um passo na direção dos portões de entrada, mas suas pernas estavam travadas, seu coração batia sem controle no peito, o medo o fazia tremer, nem mesmo a companhia dos amigos, que o cercavam como uma barreira protetora, estava conseguindo ajudar.
– Tony? – Os olhos castanhos do herdeiro Stark brilhavam devido às lágrimas presas, voltou-se para Bucky. – Estamos quase lá, só mais alguns passos, amigo.
– Vai ficar tudo bem, Tonki – Natasha falou gentilmente, apertando sua mão.
Steve se encontrava três passos atrás, observando a interação do trio e sentindo seu peito sendo rasgado de dentro para fora. Era nítido o medo e o desespero no rosto de Tony, e o quanto isso afetava os outros ao redor dele. Ele não fazia ideia do que tinha acontecido, mas tinha absoluta certeza que seu amado não merecia. Secretamente, ele desejou ter o velho Tony de volta, sentia saudade dos sorrisos largos, dos olhos cheios de vida, dos comentários atrevidos e petulantes. Doía vê-lo tão assustado, se retraindo quando alguém se aproximava. Queria poder envolvê-lo em seus braços, protegê-lo do mundo, tirar toda sua dor e devolver o brilho rebelde para os belos orbes castanhos.
Rogers desviou os olhos, se recriminando por ter esse tipo de pensamento, afinal, Tony era o culpado de sua vida ter virado uma completa bagunça, entretanto, por mais que repetisse isso para si mesmo, não conseguia mais se importar ou acreditar nesse fato.
– Steve? – a voz de Bucky o tirou de seu momento de autocrítica. Ao olhar para frente, notou que era alvo da atenção dos amigos. – Segura a mão do Tony, ele precisa de sua ajuda.
A vontade de Rogers era de dizer não, mesmo que depois todos o recriminassem por isso, mas ao encarar o herdeiro Stark, pode notar os orbes castanhos avermelhados inchados, e um pedido mudo de desculpa misturado a uma suplica silenciosa para que aceitasse.
Era assustador como as emoções de Tony estavam à mostra e ele parecia que iria desmoronar a qualquer momento. Rogers não conseguia resistir à vontade de ajudar. Ele não queria, mas não conseguia ser indiferente, por isso, estendeu a mão como lhe foi solicitado.
O herdeiro Stark encarou a mão estendida, Steve sentindo seu coração esmurrar sua caixa torácica, sem conseguir acreditar no que o outro realmente estava fazendo. Notando a inercia de Tony, Bucky desfez o aberto de ferro que ele estava aplicando em seu braço, depois guiou sua mão até a do melhor amigo, que entrelaçou seus dedos, tomando o lugar de Barnes ao lado do mais novo. Rogers sorriu gentil e começou a andar na direção da escola, puxando levemente Tony, os outros acompanharam a dupla de perto.
Eram apenas alguns metros que precisavam ser vencidos, mas para o jovem Stark pareciam quilômetros, o ar estava rarefeito, suas pernas pesavam e nem mesmo com Steve a seu lado, não estava sendo fácil atravessar a rua.
Tudo tinha acontecido na escola.
Acontecia escondido e, ao mesmo tempo, à vista de todos.
No vestiário ou em uma sala vazia.
Ele não podia gritar.
Ninguém acreditaria. Ninguém ouviria. Ninguém se importaria.
Ele não conseguia lutar.
Fraco. Indefeso. Patético.
Tinha que sofrer em silêncio, se não doeria mais.
Apesar de terem conseguido entrar na escola em segurança, Tony não conseguia se livrar da sensação de que algo muito ruim iria acontecer. Ele tentou sorrir para os amigos para dispensar a preocupação em seus olhos, mas não conseguiu e estava sentindo o pavor tomar conta de sua mente enquanto caminhava lentamente até seu armário.
O celular de todos no corredor tocou, sinalizando que uma mensagem havia sido recebida, de repente, os olhares dos alunos voltaram-se para o jovem Stark, que ficou intrigado e um tanto envergonhado com a atenção.
Seus amigos também começaram a lhe encarar, mas havia algo estranho em suas expressões, parecia pena e preocupação. O seu telefone celular também anunciou que uma mensagem SMS havia chegado, quando Tony abriu e viu o que tinha recebido, foi como se todo o ar tivesse sido tirado de seus pulmões e o chão sob seus pés sumisse.
O herdeiro Stark não conseguia acreditar no que estava vendo, fechou os olhos com força esperando que as imagens dele nu e em situações degradantes, sumissem da tela do seu celular, mas elas continuaram ali quando ele os abriu. Tony nem ao menos sabia da existência dessas fotos e não tinha como negar que era ele. Sentiu-se exposto e humilhado.
Uma nova notificação de mensagem fez o mais novo dos Stark ofegar, mal conseguindo ler o que estava escrito, sua mente estava cada vez mais dominada pelo pânico, mas depois de três tentativas fracassadas, as letras se desembaralharam diante de seus olhos.
"Você me expôs, agora eu exponho você."
Aquelas poucas palavras foram o suficiente para que o herdeiro Stark entendesse que o responsável pelas fotos fora a pessoas que o abusou por meses. Tony olhou para as pessoas ao seu redor, todos o encaravam e cochichavam sobre as fotos que Jackson tirou enquanto violava o seu corpo e o submetia a situações indignas. O filho de Howard sentiu o mundo rodar vertiginosamente, o coração que batia em seu peito empurrou onda após onda de dor aguda, cada respiração forçada em seus pulmões estilhaçou sua traqueia no caminho para baixo. Seus ossos doíam com a força de sua dor, ácido o suficiente subindo em sua garganta, sua visão saiu de foco devido às lagrimas acumuladas em seus orbes castanhos.
Cada centímetro de seu corpo foi preenchido com o desejo irresistível de partir. Cada fibra do que quer que fosse que formava sua pele gritava para ele sair, fugir para algum lugar... qualquer lugar. Tony saiu correndo porta a fora, ele não sabia para onde iria, apenas queria fugir da exposição, da vergonha e da humilhação.
O herdeiro Stark estava tão desnorteado que não conseguia ouvir os chamados desesperados de metade de seu grupo de amigos, que foram em seu encalço segundos depois que ele saíra em disparada das dependências do prédio antigo de Midtown High School. Muito menos enxergou o carro que vinha na rua pela qual atravessava sem olhar, e que acabou o acertando em cheio.
A alguns metros atrás, Bucky assistia sem poder fazer nada, o seu amigo rolar pelo asfalto. Seu coração martelava no peito, as lembranças do acidente que vitimou seus pais o paralisou, mas por sorte a Natasha era uma das pessoas que foram atrás de Tony e tomou a frente da situação.
Barnes andou de maneira pândega até os amigos, que estavam ao redor do herdeiro Stark, o ar estava pesado e entrava com dificuldades em seus pulmões quando a imagem de seu amigo deitado no chão com o rosto manchado em sangue. Havia tanto sangue... como seus pais, e ele novamente não podia fazer nada. Uma ardência do lado esquerdo de seu rosto o tirou do transe que entrara desde que viu Tony sendo atropelado, logo em seguida, a figura de Natasha entrou em foco, seus olhos estavam tão vermelhos quanto seu cabelos e brilhavam.
– Meu amor, por favor, não pira. Eu preciso que você seja forte, está bem? – ela falou gentilmente, usando as mãos para fazê-lo olhar para ela. – Vai dar tudo certo, mas eu preciso que você mantenha a calma.
Natasha sabia que esse tipo de situação mexia muito com o psicológico do namorado, afinal, ele estava com os pais quando eles capotaram devido a um desmoronamento de uma encosta em uma noite chuvosa, que fez o carro em que estavam sair da estrada e capotar.
Essa experiência traumatizaria um adulto, o que não faria com a cabeça de um garoto de doze anos?
Apesar da tentativa da Romanoff de fazer Bucky se focar em ajudar o Tony, sua mente não estava ajudando. Flashes dos rostos dos pais ensanguentados não saíam de suas memórias. O jovem Barnes ficou preso nas ferragens e não conseguiu pedir ajuda, ele assistiu os pais sangrarem até a morte sem poder fazer nada.
Havia tanto sangue!
Mesmo depois de anos, ele não conseguia ver sangue, pois as lembranças do acidente o acertavam como um soco no estômago. Bucky apenas passou a entender o que estava acontecendo ao seu redor quando sentiu o toque familiar do seu melhor amigo.
– O que aconteceu? – Bucky questionou, olhando em sua volta e notando que não estavam mais na rua ou na escola.
– Estamos no hospital, você entrou em choque – Steve avisou. – Vê o Tony... O acidente, ele trouxe lembranças da noite que seus pais morreram, certo?
– É! Eu... – Barnes esfregou o rosto para afugentar a vontade de chorar, depois encarou o amigo sentado ao seu lado, tomando nota da palidez excisava. – Onde estão os outros? – indagou, reparando que estavam sozinhos na sala de espera.
– A Natasha mandou que eles voltassem para a aula, eu vim porque você não poderia ir na ambulância, nem sozinho. Seu estado era quase catatônico – Rogers informou.
– Cadê a Nat? Os Stark já foram avisados? – Bucky questionou, novamente.
– A Natasha foi comprar água e um lanche, e os pais do Tony já foram avisados. Eles estão a caminho – Steve avisou.
Um suspiro pesado escapou de seus lábios, ele sentia como se tivesse dez quilos presos em seus membros e o mundo em seus ombros.
– Amigo, eu sei que você quer que o Tony me conte o que houve para ele ter mudado tanto, mas depois de hoje e aquelas fotos... Eu preciso saber o que está acontecendo – o desespero e agonia nas palavras de Steve fizeram Bucky suspirar, novamente.
Ele não queria contar tal desumanidade que fizeram com o amor da vida de seu melhor amigo, mas ele precisava contar. Despois de hoje, ele duvidava muito que Tony falasse uma só palavra sobre o assunto. Contudo, assim que abriu a boca, os Stark entram na sala de espera como dois furacões, o que atraiu as atenções das pessoas ao redor. Logo atrás vinha Natasha, seu rosto estava vermelho e os olhos inchados, denunciando que havia chorado recentemente. Bucky se sentiu mal por não ter tido condições de ajudar a mulher que amava, sua namorada poderia parecer forte e decidida, mas ele sabia que não era bem assim. A Romanoff se importava mais do que deixava aparentar.
O clima ficou um pouco estranho quando os Stark viram Steve sentado na sala de espera do hospital, eles não esperavam encontrá-lo novamente depois do que houve, mas isso logo foi deixado de lado quando Natasha começou a narrar o que tinha acontecido. Quando ela terminou de falar, a senhora Stark estava em choque, já o senhor Stark se encontrava vermelho de raiva.
– Aquele moleque odioso! Eu vou matar ele! – Howard rosnou, claramente irritado. Saber que seu filho foi humilhado e exposto por aquele que o machucara, o deixou irado do que saber que o motorista que o atropelou fugiu sem prestar socorro.
– Tem certeza que é ele? Aquele idiota está preso! – Bucky indagou.
– Ele foi solto há duas semanas – Maria informou.
– O quê? E vocês não nós avisaram?! Ele é perigoso, podemos estar em perigo – Natasha falou, levemente irritada com o silêncio dos mais velhos, se recordando que Jackson os ameaçou pouco antes de ser preso.
– Me encarreguei disso, tenho homens vigiando vocês vinte quatro horas por dia. Se o lunático tentar chegar perto de um dos dois e do meu filho, vai se arrepender amargamente – o senhor Stark avisou, tremendo de raiva. Dessa vez, ele não iria falhar como pai ou como homem, não permitiria que o filho fosse novamente machucado e protegeria seus amigos. – Eu vou avisar a polícia.
Howard se distanciou com o celular na mão, logo depois o clima estranho voltou à sala de espera. Ninguém ali sabia se deveria ou não falar algo, a senhora Stark era a mais desconfortável.
Querendo fugir do constrangimento de estar no mesmo cômodo que os pais da pessoa que deixou sua vida uma completa bagunça, Steve passou a prestar atenção na interação do seu melhor amigo com a namorada, eles cochichavam no ouvido um do outro e trocavam pequenos carinhos.
O senhor Stark voltou para a sala de espera parecendo ainda mais irritado e se sentou ao lado da esposa, o silêncio entre eles ficou mais pesado, o que fez os minutos se arrastarem e parecessem horas. A entrada da médica responsável por Tony deixou todos alarmados e ansiosos, fazendo com que todos se levantassem.
– Os responsáveis por Anthony Edward Stark Junior? – ela indagou, com todo o profissionalismo que lhe cabia.
– Somos nós! – Maria informou. – Eu sou a mãe, e esse é o meu marido, Howard, o pai do Tony. Como está o meu filho, doutora? – a senhora Stark estava aflita como qualquer mãe estaria quando estivesse com um filho hospitalizado.
– Meu nome é Palmer, sou a médica pediatra responsável pelo filho dos senhores – ela informou, educadamente. – O Anthony bateu a cabeça com muita força, mas passa bem. Além do corte na cabeça, ele tem algumas contusões e arranhões, além de uma fratura na tíbia. Eu sei que o susto foi grande, contudo, ele vai ficar bem – a informação dada pela médica trouxe um pouco de alívio a todos os presentes.
– Posso ver o meu filho, doutora? – Maria indagou, ela queria se certificar que Tony estava bem.
– No momento, ele está dormindo, mas os senhores podem ir vê-lo, mas só os senhores – Palmer avisou, já prevendo que os adolescentes na sala de espera também iriam pedir para ver o amigo. – Vocês podem voltar amanhã, hoje, apenas os pais vão poder ficar com ele.
Natasha e Bucky murcharam quando a médica avisou que não poderiam ver Tony, mas Steve ficou agradecido porque assim poderia conversar com o casal.
– Agora, vocês vão me contar o que aconteceu com o Tony? – Rogers questionou aos amigos, assim que os Stark sumiram pelo corredor seguindo a doutora Palmer.
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Notas Finais
E ai meu povo lindo, o que acharam do capítulo? Digam para sua autora querida. Vocês estão querendo me matar? Não, né?
Quero agradecer a CecySazs por me ajudar com o capitulo au au au
Votem e comentem meus lindo
Bjus 😘