E antes que ele pudesse piscar os olhos, já habituados com aquele escuridão, mais uma vez, sentiu suas costas baterem contra o concreto atrás de si. O corpo tão contido a sua frente, já estava colado junto ao seu – de uma forma quase sobre-humana – e foi quando sentiu aqueles lábios desconhecidos junto ao seu, que enfim teve a liberdade de soltar sua voz também.
(...)
Um segundo parecia ter sido o suficiente para que Jimin tivesse perdido todo o controle.
Quando deu por si, já estava buscando de forma desesperada os lábios da garota que tanto desejava. Não mais controlava seu corpo, e seus braços, de forma extremamente invasiva percorria o corpo alheio como um modo furtivo de extravasar toda a gana que sentia por aquela mulher.
Por aqueles poucos minutos ele pode transbordar tudo aquilo que havia guardado em seu coração, memorizando cada toque, cada suspiro que ele tivera a oportunidade de pegar para si naquele momento.
E, apesar de toda a sua euforia, ele não se permitiu tomá-la por completo, não seria o certo. Não quando ele nem mesmo tinha a coragem se revelar naquele momento crucial para ela.
Seus quadris estavam em perfeita sincronia, apesar dos atrito extremamente incomodo de suas roupas, e naqueles instantes, onde ele tinha certeza que poderia chegar ao clímax ao qualquer momento, ele não pode resistir em falar. Onde ele finalmente teve a coragem de chamá-la pelo nome que ele a sentiu se derreter, estremecendo sobre seus braços.
(...)
Ao contrário do que pensara, sua tão persistente ousadia naqueles últimos minutos se esvanecera assim que seu corpo finalmente distendeu sobre a garota.
Naquele instante ele percebeu o que fizera, percebeu o que aquilo realmente significava e se envergonhou.
Sua mente dava voltas, tentando assimilar tudo o que passara, e o que isso provocaria junto aquelas novas informações e se assustou.
Não permitiu que ela se aproximasse para um último beijo de consolo, pois, felizmente, estava explicito desde que ela entrara naquele lugar, a sua indiferença, e isso até o aliviou – e o alarmou – de certa forma.
Quando dera por si já corria para fora daquele campus lotado, vendo de relance os olhares confusos dos amigos que o levaram até ali, e lembrou de tudo que falaram, e Jimin não poderia negar mais, estavam certos, completamente certos.
No momento que a viu sobre seus braços, quando tocava sua pele, ele não conseguia se conter, ele simplesmente perdia sua completa razão, pois não era ele que estava ali, ou que muito menos seria se ele tivesse coragem de estar. Era a sua gana que controlava seus impulsos contra aquele corpo feminino, aquela escuridão era seu perfeito disfarce para com o anonimato, onde ele sabia exatamente o que revelar, e o que deveria fazer.
Naqueles preciosos minutos, ele sabia que aquela não era ela, e que jamais a seria, se um dia tive o ensejo de ser. Quando ele se jogou sobre ela, e finalmente pode relembrar o rosto que deveria estar a sua frente, ele entendeu que não era ela que ele imaginava. Que seu ideal estava muito distante do que se mostrava em sua realidade ou que ela se permitia apresentar naquele momento.
Jimin enfim notou sua completa farsa, e de que nada adiantaria se prender a ela por mais tempo.
Porém, ele não tinha escolha, era, em sua totalidade, o que havia de mais puro em sua memória e mesmo que fosse uma completa mentira, ele continuaria a fugir daquele fato e se manter corajosamente apoiado a ela.
Pois sendo verdade, ou não, ele deveria amá-la. E nada mais importava.
N/A: Desculpe, tanto pela demora (que convenhamos não foi tão grande quanto normalmente eu levo, consegui me organizar mais rapido do que pensei) como pela incógnita deste arco, mas, é isso que tive a capacidade de apresentar (sem dar incoerencia ou spoilers de fatos futuros), mas podem dar palpite e teorias até o próximo arco chegar.
Alguém adivinha com quem será o próximo?