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louisebascher: cause girl you earned it.
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- Louise Narrando -
Se tinha uma coisa que deixava a Maya super triste era quando o Júnior tinha que ir para concentração, ela sentia muita falta e chorava muito, dessa vez ele iria ficar bem mais tempo longe e eu sabia que seria super difícil mas assim que ele foi falar com ela que iria embora já começou o choro. E o pior? Eu não conseguia ver a minha filha chorando que me dava vontade de abraçar e chorar junto com ela.
- Não vai embola - resmungou e começou a chorar
- O papai não vai embora - Júnior falou e pegou ela no colo - Eu tenho que trabalhar mas eu vou falar com você todos os dois
- Não - negou com a cabeça e o choro aumentou - A Maya quer o papa
- Maya, vem cá - me aproximei e ela se agarrou nele
- O papa - falou em meio ao choro, sabe aquele choro sentido e que descia lágrimas sem parar? Era esse o choro dela
- O papai tem que trabalhar mas ele vai voltar para brincar com você - falei calma e me sentei ao lado do Júnior mas ela nem me olhava - Você não quer ver o papai fazendo gol? - perguntei e ela ficou um tempo quieta mas balançou a cabeça em confirmação - Ele vai fazer um gol bem bonito pra você
- Vai? - soluçou e olhou pra ele
- Claro que vou - Júnior confirmou sorrindo - Faço mais de um até
- Vai demola? - perguntou baixo e ficou olhando pra ele
- Um pouco - falou e ela fez bico - Mas sempre que você quiser a mamãe liga pra falar comigo, tá? Ou você vai esquecer o papai?
- Não - falou rápido e eu ri fraco
- Vai pegar o presente - falei olhando pra ela
- Tá - falou e o Júnior limpou o rosto dela
- Que presente? - perguntou confuso e ela desceu do colo dele
- Culioso - Maya falou rindo - Titios - gritou saindo correndo pela casa
- Vai chorar também? - perguntou e eu ri baixo
- Não, eu vou agradecer ficar longe de você - falei e segurei uma risada - Vai ser ótimo não ter você por perto e tentando me agarrar a cada 5 minutos
- Enquanto rebolava no meu pau não reclamou - eu arregalei e dei um tapão no braço dele - Caralho, que mão pesada da porra
- Escroto - resmunguei e ele riu
- Bravinha - falou e me abraçou de lado - Acho que vou sentir sua falta
- Acha? - arqueei a sobrancelha
- Certeza - riu fraco - O que você tem?
- Como assim? - perguntei confusa
- Que porra de mel é esse que faz a gente grudar? Eu tenho certeza que isso não é normal - terminou de falar e eu revirei os olhos
- Sai com cada uma - neguei com a cabeça - Deve ser do mesmo jeito das outras vezes
- E não sentia a minha falta? - questionou
- Sentia - admiti - Você parte da minha vida, Júnior, é óbvio que você fora da minha rotina é estranho
- Estranho bom ou ruim? - perguntou e eu olhei pra ele
- Ruim - falei pensativa - Me acostumei contigo e eu nunca pensei que fôssemos virar amigos
- Nem eu - riu baixo - E nem que estaríamos fazendo coisas
- Isso aí eu realmente nunca imaginei - falei rindo
- E aconteceu - falou baixo - Se arrepende?
- Por que eu me arrependeria? - perguntei olhando pra ele - Eu quis, Júnior, não foi nada forçado e nem sem pensar direito, me deixei levar pelo momento mas foi algo que eu realmente quis
- Eu também quis muito - confessou - E quero ainda
- Quer? - perguntei baixo
- Você não? - retrucou
- Eu perguntei primeiro - falei e ele riu
- Tá, eu ainda quero - falou simples - Porra, eu gostei pra caralho do que rolou, acho que temos uma certa química e não temos porque não continuar
- Acho que encaixou - falei pensativa - Eu juro que nunca pensei nesse tipo de coisa com você
- Nem eu - falou e eu ajeitei o meu cabelo
- E eu sei que deveria estar sendo mais racional mas no momento não estou sendo - dei uma pausa - Eu quero continuar
- Vamos arriscar? - perguntou e esticou a mão na minha direção
- Eu não quero que a nossa amizade acabe por nada - falei olhado pra ele
- Nem eu - falou e eu segurei a mão dele - Seremos sinceros um com o outro e principalmente com os nossos sentimentos
- Isso mesmo - concordei sorrindo
- E sobre aquela conversa do avião - começou a falar porém eu interrompi
- Quando você voltar do torneio conversamos sobre isso - falei e ele assentiu
- Melhor assim - sorriu de lado e a Maya entrou na sala correndo segurando uma bolsa preta
- Plesente - entregou para o Júnior e ele abriu
- Adoro presentes surpresas - falou animado e ela bateu palma, ele pegou a caixinha e quando abriu sorriu - É aquela foto?
- É sim - confirmei e ele sorriu, era um colar de ouro que na frente era desenhado de forma delicada uma foto que ele tinha feito com o Davi e a Maya quando ela tinha uns 10 meses - Vira - falei e virou na hora
- "Toda arma e toda língua...bola que é sua...que não é sua - leu baixinho e abriu um sorriso
- Os meninos que traduziram pra mim e contaram a história dessa tatuagem confusa - falei e ele riu
- Gotou, papa? - Maya perguntou olhando pra ela
- Eu amei - falou e ela bateu palma animada - Esse é um dos presentes mais lindos que eu já ganhei, só não ganhei de você e do Davi - pegou ela no colo e beijou a bochecha dela
- Fico feliz que tenha gostado - falei sorrindo - E eu espero que você volte campeão
- Vou voltar - falou firme - E você, pretinha? Vai ou não torcer pelo papai?
- Torcer - falou animada - Allez le bleus
- Que isso, Maya? - perguntou incrédulo
- Erros de gravação - falei rindo - Eu ensinei pra ela torcer pela nossa seleção e ela confundiu tudo
- Você o que? - perguntou sem acreditar - Mas ficou doida de vez
- Ué, ela tem que torcer pelo nosso país - falei óbvia
- Se manca, Louise - revirou os olhos - Sou camisa 10 da seleção, gol em final de Champions, gol em final de liberta, 2 la liga, 3 ligue 1 e você quer que a minha filha torça pra França? Tá de sacanagens só pode
- Eu sou francesa e ela também - falei simples
- Isso aí já é um particular seu - deu de ombros - Ela vai torcer para o Brasil
- Por torcer para os dois, são competições diferentes, maluco - falei rindo
- Brasil, Maya, allez le bleus não - falou olhando pra ela que riu
- Allez le bleus - cantou animada e eu acabei rindo pela cara que ele fez