I'll be there: uma segunda ch...

De jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... Mai multe

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
26. Eu sou melhor que ele.
27. Sad Fate
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

28.Parting at the River of Three Crossings

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De jakesumoon


De todas as almas que Yeon encontrou, essa era que tinha o poder mais forte. Ele não entendia como isso aconteceu, enquanto o irmão havia voltado sem poder nenhum, esse era quase tão mais forte que ele próprio. A criatura se movia rápido, e Yeon quase não tinha tempo de se defender dos ataques, aquela sequência de golpes, a forma como ele se locomovia, serpenteando pelo lugar era muito familiar.

Aquela situação era completamente incomum. Por mais que Yeon soubesse que não era o irmão que estava ali, apenas quando foi atingido na testa que saiu da defensiva e partiu para o ataque. Passou a mão na testa e viu que sangrava, automaticamente lembrou do pesadelo da filha, o local que havia sido atingido, foi o mesmo que ela tinha mostrado a ele uns dias antes.

— Você perdeu a forma desde o nosso último encontro, já se passaram o que, 700 anos? — o ser desconhecido fez um movimento como se os ossos do pescoço não existissem.

Lee Yeon enquanto se defendia e atacava, tentava lembrar porque aquele gesto era tão comum. Não soube dizer o que foi mais forte, o golpe que o derrubou, fazendo uma pequena rachadura no chão, ou a lembrança de quem aquela criatura era.

" Enquanto Lee Yeon foi o espírito da montanha de Baekdudaegan aquele território andou na mais perfeita harmonia. As árvores, os animais, os humanos, todos colaboravam para que a montanha prosperasse.

Na época, ele ainda era um espírito solitário, ainda não tinha encontrado seu meio irmão e nem seu primeiro amor, Ah Eum. Vivia única e exclusivamente para manter o equilíbrio entre os seres da montanha e os humanos. Até aquele dia. Quando a criatura apareceu toda a floresta sentiu. Yeon ainda era um espírito jovem, nunca tinha sentido uma força assim.

A criatura não se apresentou, veio em sua forma animal, um imenso dragão vermelho e no primeiro ataque colocou fogo em uma extensão considerável do lado oeste da montanha.

— O que você quer?

— Não é óbvio? Eu quero essa montanha para mim.

Ele era um Yong, uma criatura lendária, cujo o poder Yeon desconhecia a extensão. Os espíritos mais antigos contavam histórias sobre eles, antes de se transformar em dragões verdadeiros, os Yong eram Imoogis. Caso um Imoogi conseguisse sobreviver durante mil anos, ele teria a chance de se tornar um Yong. Por isso ser algo raro, Yeon achava que essas criaturas estavam extintas. Seu defeito? O ego, por serem criaturas muito antigas, achavam que eram invencíveis, e algumas acabavam se corrompendo e virando criaturas malignas.

Foi uma batalha que durou três dias, e depois de muitas perdas para a montanha, Yeon conseguiu derrotá-lo, e seres do submundo o levaram. O lugar ele nunca soube qual foi, e também nunca mais ouviu falar de outro Yong na terra.

Esse foi o primeiro grande desafio dele como espírito da montanha, e Baekdudaegan falou sobre isso durante muitos e muitos anos. "

—Você é aquele Yong? — Yeon disse depois de golpeá-lo para longe.

— Finalmente. Ouvi falar muito de você onde eu estava, fiquei aliviado de encontrar o seu irmão lá, foi divertido ver o seu desespero...

Yeon o atingiu várias vezes, alguns golpes foram defendidos e outros não. A estrutura física da estação de metrô, que já estava danificada pelo incêndio de outrora, ia ficando cada vez mais cheia de imperfeições, com rachaduras e colunas quebradas. Era notório que a criatura não tinha o mesmo poder de antes, e nem era capaz de se transformar em um dragão, mas ainda tinha força suficiente para fazer aquela ser uma luta difícil de terminar.

O Yong estava com uma pequena desvantagem, por mais que fosse rápido, Yeon estava dando golpes certeiros, ele precisava evitar sua espada, e o principal, o punhal que estava em sua mão esquerda. Precisava de uma distração ou perderia pela segunda vez, e não estava disposto a deixar isso acontecer.

Yeon precisava de um contato longo e perto o suficiente para que conseguisse usar o punhal, então jogou a criatura entre a carcaça do metrô, quando sentiu um cheiro familiar. Imediatamente olhou para o lado e viu o irmão escondido entre duas grandes latas de lixo, sua distração durou apenas uma fração de segundo, mas foi tempo suficiente para que Yong espetasse a barra de ferro em seu ombro e o prendesse numa coluna. Foi o segundo lugar que Mi-rae havia previsto, e como ela havia frisado, foi um ferimento grande e profundo, sentiu a camisa preta encharcar do seu lado direito.

Essa foi a distração perfeita, com a queda, o punhal havia parado longe e não estava mais no campo de visão de Yeon, agora tinha apenas a espada e tentava mantê-la firme em sua mão. Sua visão escureceu durante alguns segundos, enquanto tentava retirar a barra de ferro presa em seu ombro, foi impossível não soltar um gemido de dor enquanto o fazia. Sabia que havia se machucado bastante, e agora mais do que nunca precisava derrotar aquela criatura, pelo bem dele e do irmão.

Yong se divertia com a cena e ele faria o que pudesse para que Yeon sofresse o triplo de tudo que ele passou durante mais de 700 anos de prisão. Até que sua atenção foi desviada pela presença de um rapaz no corredor há uns dez metros de distância dos dois. Ao ver o rapaz, e o lamento da raposa, soube que se tratava do dono do corpo em que ocupava.

Antes de se virar e ir em direção do rapaz, viu que Yeon tinha tirado praticamente toda a barra de ferro do ombro, e fez questão de enfiá-la novamente, fazendo com que o antigo espírito da montanha soltasse um urro. A criatura andou em direção a Rang, que não se surpreendeu nem um pouco ao ver que era o seu corpo, e por mais que tivesse preparado, ele era apenas um humano agora, e o soco no estômago que levou o fez voar e cair nas latas de lixo, onde estava escondido anteriormente.

— Ou você é muito corajoso, ou muito burro.

Rang tossiu tentando se recompor do golpe que havia levado, e por mais que conseguisse desviar de alguns socos, foi atingido novamente e voltou a cair no chão. O Yong poderia acabar com ele muito facilmente, mas dosava a força dos chutes, para que Rang só sentisse dor. E enquanto o rapaz se contorcia, ele disse:

— Você achou mesmo que ia conseguir me vencer? Você? Nesse corpo moribundo? Sem chance.

— Só assim você consegue se sentir superior, não é? — Rang disse antes de levar outro chute. — Batendo num humano...

— De jeito nenhum, o seu irmão ali... — o Yong parou de falar ao ver que Yeon não estava mais no lugar que ele o havia deixado preso.

Quando olhou para trás foi atingido com toda força pela raposa, seus movimentos com o braço direito estavam um pouco comprometidos, mas Yeon sabia movimentar a espada perfeitamente com ambas as mãos. O seu único problema era o ferimento do ombro, por ser muito profundo, não cicatrizaria logo, o sangue escorria e já havia chegado na sua mão.

Yong sabia que a raposa estava perdendo a força, afundou o dedo no ferimento que havia causado, fazendo com que Yeon caísse de joelhos. Ele era uma criatura sádica, não matava nenhum adversário fácil, primeiramente o faria sofrer muito antes de dar o golpe de misericórdia, e esperou Yeon se manter quase de pé para chutá-lo para longe outra vez. Dessa vez não deu brecha para que a raposa conseguisse se defender, Yong intercalava entre chutes, socos e algumas pancadas com a barra de ferro que havia recuperado, onde feriu Yeon com um corte próximo a costela, entre o abdômen e o tórax. Seus olhos laranja, voltaram para a cor normal, já não conseguia fazer muita coisa.

֎

Enquanto dirigia, Yu-na pensava que parte da situação em que estava era culpa sua. Era certo que a sua intenção era apenas conversar sobre a briga que eles tiveram e tentar entender o que se passava na cabeça de uma (ex) raposa, não contava receber o telefonema de Rang ali, ainda mais porque sabia que era uma despedida. E agora vendo Ji-ah aflita ao seu lado, a fazia achar que deveria ter conversado com Yeon e não com ela, talvez as coisas não tivessem no caminho que estavam agora. O telefone de Ji-ah a tirou desses pensamentos culposos.

— Alô? Oi Yu-ri, sim a Mi-rae está comigo. Não, eu estou com a Yu-na, ela quem está dirigindo.

— O Yeon pediu para o Shin-joo buscar a raposinha na creche, chegou aqui muito preocupado porque você tinha ido lá. O que aconteceu? Onde vocês estão?

— Indo para a estação de metrô em Dasan-dong. O Yeon e o Rang...

— O quê? Essa garota está levando você até lá? O que ela tem na cabeça? Você está grávida, e ainda estão com uma criança! Ji-ah!

— Yu-ri, a Yu-na não tem nada a ver com isso. Hyung Eui-ong disse para irmos lá. Com ou sem ela eu iria.

— Estamos indo para lá também, por favor Ji-ah esperem a gente chegar para vocês procurarem eles, sem a gente vocês estarão desprotegidas.

— Tudo bem. — Ji-ah desligou o telefone e olhou para o lado de fora da janela.

— Ji-ah... — Yu-na começou a falar olhando para frente. — Eu... a Yu-ri tem razão é perigoso, eu não deveria....

— Yu-na-ssi. Você não tem culpa de nada ok? Teria se tivesse deixado eu vir sozinha. De um jeito ou de outro eu ficaria sabendo de tudo. Só precisamos chegar lá logo...

Ouvir aquelas coisas quase fez com que Yu-na caísse no choro, eram muitas coisas completamente fora do normal que tinha que administrar, mas se ela pretendida fazer parte disso, ela precisava aprender a lidar com elas. Olhou para Ji-ah, era nítido que ela estava preocupada, mas estava ali, dizendo coisas para acalmá-la.

Tomando essa atitude como inspiração, Yu-na se sentiu mais confiante e forte. Não sabia o que aconteceria naquela noite, mas a sua tarefa ali, era proteger Ji-ah e Mi-rae a qualquer custo.

O caminho que parecia interminável havia acabado, elas tinham chegado na estação.

— Você está bem?

— Sim, não estou sentindo nada, podemos ir. — Ji-ah não falou o que Yu-ri havia pedido, sabia que com a culpa que Yu-na estava, ela não deixaria que fossem enquanto a raposa não chegasse.

O primeiro desafio que tiveram foi logo na entrada, haviam muitos degraus e a escada rolante não estava funcionado. Yu-na parou no início dela e olhou duvidosa para Ji-ah.

— Você tem certeza?

— Sim, eu estou bem. Se formos devagar não vai ter perigo nenhum.

Yu-na carregou Mi-rae, e deu um dos braços para Ji-ah apoiar, e devagar as três foram descendo as escadas. Na metade do caminho Ji-ah se apoiou com um pouco mais de força sob Yu-na, ela estava cansando. Quanto mais perto do fim, mais o coração delas acelerava, não sabiam o que iam encontrar.

֎

Rang se arrastou com dificuldade até que conseguisse se encostar na parede, estava com algumas costelas quebradas, podia sentir ao respirar, também havia um corte em sua sobrancelha. Precisava se recompor e ajudar o irmão, tinha sido para isso que ele tinha ido até lá, mas do jeito que estava, o que poderia fazer para impedir aquela cena que via?

A criatura massacrava Yeon, que por mais machucado que estivesse ainda conseguia se defender debilmente de alguns golpes com a sua espada. Rang colocou a mão no chão para conseguiu forças e quase não acreditou no que viu embaixo dela.

O punhal estava lá, frio e reluzente em baixo de sua mão. Rang só precisava ter forças para conseguir levantar e ir até eles o mais rápido que conseguisse e sem chamar a atenção. Por uma fração de segundos os olhos do irmão cruzaram com os seus e Yeon pode ver que o punhal estava com ele. Se conseguisse distrair Yong por tempo suficiente, Rang o interpelaria por trás.

Ele respirou o mais fundo que pode e ficou de pé. Segurava o punhal com tanta força que a mão tremia levemente, Rang foi andando sorrateiramente, e a criatura era tão cheia de si e estava tão concentrada em pisotear e fazer com que Yeon sofresse que só percebeu a presença de Rang no milésimo de segundo.

Lee Rang o atingiu em cheio com o punhal, e o único reflexo que Yong teve foi de levantar a mão que Yeon segurava a espada. Por ser um punhal, precisava de contato mais próximo, e assim que o atingiu, também foi atravessado pela espada do irmão.

— NÃO! — foi o que Yeon conseguiu dizer.

A criatura não disse mais nada, como um sopro o corpo de Rang estava vazio novamente e pendia no chão, Yong havia se esvaído.

Yeon olhou para o irmão, lágrimas escorriam por seus olhos, Rang caiu no chão, e a raposa conseguiu segurá-lo, impedindo que sua cabeça batesse no chão.

Hyung... — Rang engasgou com o sangue que saía por sua boca. — Não é irônico? — Rang tentou dar um sorriso.

— Não fale... — Yeon perguntou colocando a mão na ferida do irmão.

— Foi a sua espada de novo...

— Não, não, não, não, não... Rang, não! — Yeon não conteve o choro, estava perdendo o irmão outra vez. Abraçava o irmão, como se o seu abraço fosse impedir que ele se fosse.

Hyung... E-Está tudo bem. — Rang deu uns tapinhas na mão do irmão com o resto de força que tinha.

— Não, eu disse que ia conseguir fazer você ficar. Não pode ir assim, pelas minhas mãos...

— Yeon... N-Não foi sua culpa. — Rang parou um pouco para tentar respirar. — Ah... T-Troca aquela foto horrorosa do meu túmulo...

— Até numa hora dessas você é incapaz de não fazer piadas?

Rang tossiu mais algumas vezes, queria poder dizer mais, mas não conseguia, estava sentindo seu corpo cada vez mais fraco e sonolento.

— E-Eu n-não...Consigo mais...

— Por favor...

— Obrigado, hyung...

Yeon sentiu o corpo do irmão ficar mais pesado, ele havia perdido a consciência. Sabia que Rang estava morrendo, e sua última chance estava ali. Ele fechou os olhos e quando os abriu novamente, eram os olhos de raposa, se levantou e deu alguns passos.

— Yeomra, eu sei que você está assistindo tudo que aconteceu aqui. Nós fizemos um trato, eu estou aqui, você precisa cumprir o que prometeu.

As poucas luzes de onde estavam faiscavam, sentiu uma pequena vibração sob seus pés, e assim que virou para ficar com o irmão novamente tudo escureceu.

֎

As humanas conseguiram vencer as escadas. Yu-na a todo instante perguntava e avaliava como Ji-ah estava, ao chegarem no saguão puderam ouvir Yeon gritar e por mais que Yu-na tentasse impedir Ji-ah correu para onde vinha o som. Mi-rae se desvencilhou dos braços da humana e correu atrás da mãe.

— Não, Mi-rae, vem cá. Comigo vamos mais rápido. — Yu-na disse carregando a garotinha novamente e correndo atrás de Ji-ah.

Ainda estavam muito longe, mas já podiam ver os dois. Assim que Ji-ah avistou que Yeon estava com Rang nos braços, ela parou. Yu-na conseguiu alcança-la e ao compreender o que estava vendo desabou. As três voltaram a correr, mas antes que Yeon pudesse perceber a presença delas, a escuridão repentina as fez parar. Yu-na tateou no escuro até encontrar os braços de Ji-ah, suas mãos estavam frias e trêmulas. Não sabia o que aconteceria agora.

As humanas não tiveram muito tempo para pensar, assim como tudo ficou escuro, elas foram atingidas por uma luz muito forte, fazendo com que elas fechassem os olhos.

— PAPAI!!!!!!!!!!!! — Mi-rae gritou e um gesto involuntário causado pela força da garota fez com que Yu-na parasse longe de onde elas estavam. A humana não chegou a quebrar nada, mas conseguiu alguns arranhões, no braço e na testa.

Quando a luz havia se apagado e tudo tinha voltado ao normal, Ji-ah olhou para Yu-na que estava caída há uns três metros de distância delas. Um pouco mais ao longe pode ver Yu-ri e Shin-joo se aproximando, eles ajudaram a humana se levantar. Com isso ela pode correr até a filha que agora ia em direção ao pai, que estava caído próximo ao irmão.

— Yeon! — todas as forças que ela havia juntado tinham ido embora, por mais que o sacudisse, a raposa não respondia aos seus estímulos, podia ver que ele ainda respirava, porém tal ato era extremamente lento e fraco. — Meu amor, por favor, acorde... Não me deixe aqui.

A essa altura, Yu-ri, Shin-joo e Yu-na alcançaram Ji-ah, que já não conseguia mais ficar em pé.

— R-Rang? — Yu-na disse ao ver o corpo de Jihoon caído no chão. Ela correu até ele, e foi o tempo suficiente para pegar na mão dele antes que o corpo se esvaísse como fumaça.

A humana chorava copiosamente, e Shin-joo abraçou Yu-ri, que também chorava. Todos ali tiveram pouco tempo para conviver com ele, e praticamente nenhum para se despedir.

— Yu-na-ssi.

Yu-na não reconheceu a voz, mas reconheceu o tom. Perto de onde estava, um outro homem com certa dificuldade tentava se levantar.

— R-Rang?

Ele balançou a cabeça afirmando. A humana não pensou muito no que estava acontecendo, só se atirou nos braços dele.

— Achou que eu fosse sair do teu pé assim?

Rang sentia o corpo da garota tremer, seu coração estava tão acelerado que parecia uma escola de samba. Ele passava a mão nos cabelos dela, tentando confortá-la.

— Você não podia ter feito isso, você se despediu pelo telefone...

O apelo de Ji-ah fez com que os dois se separassem e voltassem ao mundo real e deixassem o reencontro para depois.

— Shin-joo faz alguma coisa, ele não está respirando.

— Não, não, não. Hyung, eu acho melhor você se levantar daí. Yeon... — Rang se ajoelhou perto dele junto com Ji-ah.

— Eu vou cuidar do papai. — Mi-rae disse segurando a mão da mãe com as suas pequeninas, pedindo que ela se afastasse. — Tia Yu, você pode cuidar da mamãe?

Yu-ri pegou Ji-ah pelos braços, e foi preciso de uma certa quantidade de força para que ela cedesse e se afastasse.

— Você também tio Rang.

Ele se afastou e a pequena plateia observou o que a mini raposa iria fazer.

Mi-rae abraçou o pai como sempre fazia e fechou os olhos, depois de alguns minutos uma pequena ventania ia se formando, o suficiente para bagunçar os cabelos e arrastar objetos pequenos. Entre pai e filha uma pequena luz emanava.

Esses sem dúvida foram os minutos mais longos da vida de todos ali. Cada um à sua maneira tinha um relacionamento com Yeon e a possiblidade de perde-lo mais uma vez era arrasadora, principalmente para Ji-ah, e principalmente agora.

Os minutos intermináveis acabaram quando Yeon finalmente mexe a cabeça e faz menção de uma tosse. Ji-ah se solta de Yu-ri e vai até ele junto com Rang.

— Yeon.

Hyung. — os dois dizem juntos. Yu-ri e Shin-joo também se aproximam.

— Tia Yu...Você pode me carregar um pouco? Eu estou muito cansada...

Mi-rae diz abatida levantando os braços para a raposa, que a carrega e a embala nos braços. A garotinha adormece quase instantaneamente.

Lee Yeon, abre os olhos e encontra os de Ji-ah.

— Amor... — ela diz chorando. Pega em sua mão e a leva ao rosto, ele faz um movimento quase imperceptível com os dedos tentando acariciar o rosto dela.

— Eu... — Yeon tenta falar mas é atingido por uma dor avassaladora. Tenta outra vez. — H-Hospital...

— Eu já chamei uma ambulância, ele está sangrando demais para eu resolver. — avisa Shin-joo. — Rang você está bem, não está ferido? Senhorita Yu-na, você está bem também?

— Yu-na? — Rang disse e se dá conta de que a namora tem algumas escoriações. — O que houve? Sua testa...

— Não foi nada, eu caí. Mas e você? Não está muito ferido?

— Dá para eu sobreviver, se eu ainda estivesse no corpo do Jihoon aí sim eu estaria com problemas.

Ele estava falando a verdade. Ao acordar estava se sentindo fraco, e com dores em alguns lugares do corpo, mas à medida que o tempo passava ele ia se sentindo cada vez melhor.

Quando os paramédicos chegaram, foi difícil inventar uma desculpa para o que havia acontecido ali, por fim, conseguiram ao dizer que Yeon havia sido sequestrado e que Rang tinha conseguido rastrear o gps do carro, e por estar sem celular não pode ligar para a polícia, os bandidos fugiram ao ver que tinham sido descobertos.

Yeon é atendido ainda ali antes de ser levado para dentro da ambulância já com uma máscara de oxigênio. Não teve ninguém que conseguisse impedir Ji-ah de ir junto com ele, segurava a sua mão aos prantos.

— Ele vai ficar bem?

— Não podemos afirmar com certeza, senhora. Na verdade, é um milagre ele ainda estar vivo.

Os outros iam logo atrás da ambulância, por conta de Mi-rae, Yu-ri foi no carro de Ji-ah para casa, enquanto Shin-joo, Rang e Yu-na seguiram para o hospital.

Yu-na segurava a mão de Rang e o observava, não acreditando no que via.

— O que foi?

— Você não está machucado?

— Sim, estou. Mas não é nada sério.

— Quando chegarmos ao hospital você vai passar por uma avaliação.

— Sim, senhora.

Lee Yeon foi levado imediatamente para a UTI, e depois de algumas horas de tensão na sala de espera, o médico veio dar sua avaliação.

— O senhor Lee é um homem muito forte, o ferimento do ombro o fez perder muito sangue, e teve várias costelas quebradas, além de outros ferimentos menos graves.

— Ele vai ficar bem? — Rang e Ji-ah disseram juntos outra vez.

— Ele já recebeu a bolsa de sangue e a cirurgia do ombro acabou sem mais problemas. O quadro dele é estável, mas vamos monitorá-lo de perto essa noite.

— Eu posso vê-lo? — Ji-ah perguntou.

— Não é o caso, mas vejo que a senhora está grávida, então para deixa-la menos aflita vou permitir que o veja. Mas apenas cinco minutos.

Nam Ji-Ah acompanhou o médico até o quarto em que Yeon estava. Por mais que estivesse cheio de curativos, ataduras e com oxigênio, a humana pode perceber que ele estava com o rosto mais corado, e respirava com menos dificuldade que antes.

Ela foi até a cama e segurou a sua mão.

— Ele ainda está sob efeito de anestesia então não vai acordar agora. Eu sugiro que você vá para casa e descanse. Qualquer intercorrência a gente avisa. Uma mulher no seu estado não pode ficar passando por tanto estresse. Seu marido está bem. Garanto que o pior já passou.

Na enfermaria Yu-na e Rang também eram atendidos. Como ele havia dito, tinha apenas alguns cortes no braço e tórax, ele achava que apenas um deles precisava ser costurado, mas deve ter sido impressão sua, pois a enfermeira apenas colocou um curativo.

Já no corredor, ele percebe Yu-na séria.

— O que foi? Não gostou do Rang 2.o?

— O quê? Não, não... eu estou pensando no que vamos dizer para os seus pais... Quer dizer os pais do Jihoon.

Rang não tinha pensado nisso ainda, sem corpo, qual a desculpa que eles dariam sobre o sumiço dele? Não era só os pais que ele tinha que se preocupar, afinal tinha dado vida ao Jihoon nesses últimos meses e até mesmo seu relacionamento com Yu-na corria risco agora que estava no seu corpo novamente.

— Bom, eu disse para a minha mãe que passaria uns dias fora. Temos um tempo para pensar.

Mas que sensação estranha era essa que sentia dentro de si? Parecia que algo estava fazendo cócegas de dentro para fora, olhou para o braço que tinha um curativo, e ponderou, era mesmo aquilo que ele estava pensando que era?

— Rang, o que você está fazendo... — Yu-na parou de falar, ao ver o lugar que antes havia um corte completamente cicatrizado.

Rang riu.

— Não se preocupe, Yu-na-ssi. Não temos que nos preocupar em dar desculpas a mais ninguém.

Eles andavam da ala de pronto atendimento para a UTI, onde Shin-joo havia ficado esperando por Ji-ah. O corredor que estavam ficava os quartos, logo não havia ninguém andando àquela hora da noite.

— O que você... — a frase que a humana estava falando foi morrendo ao ver o namorado.

Rang estava completamente curado da maioria dos seus machucados e olhava para ela com um sorriso travesso, mas o que deixou Yu-na sem fala não foi a cura repentina ou o sorriso, foram os olhos. Os olhos de Rang estavam laranjas, e não era apenas um como ele era acostumado. Eram os dois. Lee Rang agora era um gumiho completo.

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