A Corte de Asas e Espadas

By CamilleW4

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[CONCLUÍDA] Catrin é filha do Mestre Espião da Corte Noturna e de sua parceira Gwyneth. Catrin cresceu em mei... More

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AVISO IMPORTANTE!
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SEGUNDA FASE - Sinopse
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II - 02
II - 03
II - 04
II - 05
II - 06
II - 07
II - 08
II - 09
II - 10 Parte 1
II - 10 Parte 2
II - 12
II - 13
II - 14
II - 15
II - 16
II - 17
II - 18
II - 19
II - 20
II - 21
II - 22
II - 23
II - 24
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II - 32
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II - 37
AVISO - FIC NOVA NO AR
AGRADECIMENTOS

II - 11

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By CamilleW4

Pouco antes do amanhecer, todos já estavam de pé e atentos. No acampamento da Corte Noturna já se escutava a voz de Cassian gritando ordens para os guerreiros, que sabiamente obedeciam. Catrin nunca tinha visto o tio dirigindo uma batalha, e certamente, ali ele não era o tio carinhoso que implorava por uma abraço sempre que se viam, ou o avô babão que deixava a neta fazer milhares de nós em seu cabelo. Ali ele era Cassian, o General dos Exércitos da Corte Noturna, temido e respeitado por todos os territórios. Catrin já tinha encontrado toda sua família mais cedo no café da manhã. Feyre, Mor e Adyra já usavam as armaduras negras parecidas com as illyrianas, enquanto sua mãe, Netsha e Emerie, usavam as armaduras prateadas das Valquírias, era no mesmo modelo que as illyrianas, diferentes apenas no material fabricado, mas ainda trazendo gravada a insígnia da Corte Noturna, o cabelo de cada uma delas preso para trás em uma trança firme sendo amarrada por uma fita branca.

Catrin tinha ficado em dúvida sobre qual armadura usaria, mas havia chegado a conclusão de usar a illyriana, devido ao fato de dirigir uma legião daquele povo, mas no final de sua trança, havia uma fita branca.
Nyx já tinha se despedido dela, pedido um milhão de vezes para que ela tomasse um cuidado, e depois selou um escudo mágico em volta da parceira.

Ela sabia que Ahryn já devia estar dando as primeiras ordens, afinal, por isso ela era sua imediata.

Ao sair da tenda, ela deu de cara com Cassian e Azriel.

— Já estavamos indo te procurar. Preciso que organize as fêmeas, elas vão formar as linhas entremeadas aos soldados de Ethan, as Legiões de vocês em geral são mais jovens, então nunca se entenderão melhor e farão um trabalho em equipe melhor. Os illyrianos pegarão a frente para segurar até os outros virem por terra, o primeiro impacto será conosco, vou colocar as legiões mais experientes primeiro, para conseguirem abrir caminho. — Orientou Cassian.

— As Valquírias, Feyre, Mor e Adyra vão lutar com vocês, vão atravessar direto para onde vocês estarão, para caso as coisas piorem, as três últimas consigam limpar a barra com magia. — Disse Azriel.

— Certo, farei isso, voamos as suas ordens. — Catrin disse ao tio e focou o olhar no pai. — Como mamãe está com isso? Digo, com soldados de Hybern aqui?

— Um pouco nervosa, mas sua mãe é muito corajosa. — Azriel sorriu de canto. — Você tem a quem puxar.

— Tenho, a vocês dois. — Catrin sorriu. — Eu vou indo agora. Boa batalha para nós.

— Catrin, tome cuidado. — Azriel disse, claramente preocupado.

Catrin então deu um abraço no pai e em seguida um no tio.

— Você também, os dois. — Ela disse e então eles se separaram para dar as ordens e se preparar para a guerra.

.....

Ela aterrisou ao lado de Ahryn. Sua imediata já tinha reunido todas as fêmeas.

— Ok, acabo de receber as ordens do General Cassian para nossa Legião. Os illyrianos vão fazer o primeiro choque, vamos voar até onde o exército deles se levanta e descer rápido, vamos junto com os soldados da Legião do meu primo, então caso recebam alguma ordem de Ethan, podem acatar, ele tem mais experiência que eu de toda forma, mas sempre, sempre escutem o General. Prestem muita atenção por favor, nessa primeira batalha temos a vantagem de estarmos mais descansados, vamos ter pegar pesado. As Valquírias, Mor, a Grã-Senhora e Adyra vão se juntar a nós depois que estivermos posicionadas. Alguma pergunta? — Catrin questionou.

— Acho que não, acho que, estamos cientes de tudo. — Dyana disse.

— Então vamos. — Catrin olhou para a planície, onde o exército rival se levantava.

.....

O exército illyriano levantou voo, imenso e assutador. Nyx viu seu pai e seus tios a frente dele. Ele também conseguia enxergar Ethan, Darhlan e Bryan na mesma linha que ele. E mais ao longe, junto com as fêmeas, sua parceira. 
Catrin estava completamente concentrada, bradando ordens para as fêmeas, para que posicionassem juntamente com a legião de Ethan.

Ele ousou sorrir para ela, mesmo que Catrin não o visse, ele sentiu orgulho da mulher forte e guerreira que ele tinha. Nyx enviou esses sentimentos para ela pelo laço, e se certificou que aquele escudo, feito por um pequeno grão de sua magia, mas ainda sim, praticamente inquebrável, tão bom ou até melhor que aquele que ele mantinha sobre si mesmo estivesse firme.

Atrás deles, os Peregryns de Thesan também se preparavam para partir para cima de Rask e Hybern. Abaixo deles, os exércitos das outras Cortes se reuniam em uma força unificada. Soldados com armaduras de diversas cores e formas, Grão-Feéricos e feéricos inferiores lado a lado, lutando como uma só unidade. Nyx nunca tinha visto nada como aquilo, ouvir histórias e ler sobre guerras era diferente de ver com seus próprios olhos.

E então, finalmente a frente deles, ele podia ver um poderoso exército se levantando, um gigante adormecido acordando, se preparando para matar e conquistar Prythian. Nyx deixou que um tipo de calma letal e antiga adentrasse seu corpo, sua alma. Ele era Nyx, filho de Feyre e Rhysand, irmão de Adyra, parceiro de Catrin. Ele era o poder da Corte Noturna e o poder de toda a Prythian, de todas as Cortes. Ele deixou que esse poder subisse a superfície que icendiasse, afogasse e então congelasse seu ódio, seu medo, seu ser. Então quando Cassian soou a ordem de ataque, apenas sede de sangue e a vontade de proteger sua família e seu povo o guiou, e assim que se chocou com o exército de Hybern e Rask, o Herdeiro da Corte Noturna matou e matou.

.....

Adyra viu o exército illyriano subir e então descer em um rasante para se chocar com os inimigos.

— É agora, vamos. — Disse Mor pegando a mão de Emerie para atravessar.

Feyre levaria Netsha e Adyra levaria Gwyn. Elas atravessaram direto para onde os exércitos se chocaram.
As Valquírias eram um trio inabalável, onde uma deixava passar a outra matava. Nestha era uma tempestade em fúria, ela nunca tinha visto nada igual. Sua mãe e Mor também eram meros borrões enquanto se movimentavam matando soldados de Rask e Hybern.
Onde Adyra via Rask e Hybern ela matava. Onde via inimigos, ela os cortava. Adyra pesou os 10 anos treinando com os maiores guerreiros da história e não sentiu medo conforme cortava pelo campo de batalha.

Ela olhou para uma depressão no terreno, onde Catrin estava cercada. Sua cunhada estava totalmente cercada. Adyra então atravessou ao seu lado. Eram muitos, o bloqueio delas tinha sido penetrado, as duas lutavam incansavelmente, então Adyra colocou um escudo em volta da cunhada e liberou seu poder, soldados inimigos em um bom raio viraram pó ébano frente ao poder de escuridão de Adyra. A parceira de seu irmão não teve sequer tempo de agradecer antes que mais soldados as cercassem.

......

Ilitia já estava coberta de sangue, ela ficara chocada com a quantidade de soldados que é conseguiu abater. É claro que um irmão superprotetor como Thalis era, tinha designado alguns soldados a sempre ficar por perto, mas jamais tentou impedi-la de lutar. Ele lutava junto com os outros Grão-Senhores, ajudando com o que podia com seu poder.

Eles lutavam lado a lado com o exército da Corte Estival, ela tentou procurar por Ardan, mas com eles todos vestindo armaduras parecidas, era difícil identifica-lo naquela bagunça. Mas de qualquer modo, eles se veriam naquela noite outra vez.
Tinha alguma coisa naquele macho que a intrigava, a chamava para ver mais, para descobrir mais. E ela queria e iria. Rezava para que ele não acabasse morto na batalha, assim como ela. Então ela desceu sua espada sobre outro soldado e lutou.

......

Kirian estava sinalizando para o exército e dando ordens inabalável seguindo as instruções de seu irmão. Ele não foi para a linha de frente, Arius tinha mandado ele dar as ordens por trás, já que Prythian sabia que ele poderia usar a espada.
Não era a vida de seu irmão que ele temia perder, era a única pessoa que poderia usar a arma. Arius era bárbaro e Kirian não teve outra opção a não ser cumprir as ordens dele.

.....

Com o fim do dia, os exércitos foram recolhidos. Ao que parece, Prythian tinha alguma vantagem no embate, mas não eram burros, sabiam que Rask e Hybern tinham cartas na manga.

Todos agora reunidos agora faziam um balanço sobre o que havia acontecido.

— Eles estão reservando o pior para mais tarde. — Thesan considerou.

— É óbvio, nem o Rei ou a Rainha vieram, nem mesmo o tal General deu as caras ainda. — Disse Thalis.

— Estão guardando os poderes para quando nossos exércitos estarem enfraquecidos. — Ponderou Kallias.

— Acha que eles tem noção que sabemos sobre Narben? — Lucien perguntou.

— Eles não sabiam sequer que estávamos liderando um exército, não tem como saber de todos os detalhes. Mas não vejo como isso pode mudar alguma coisa. — Disse Tarquin.

— Eles podem estar tentando nos fazer pensar que era apenas um boato falso, e depois desencadea-la quando menos esperarmos. — Helion comentou.

— E não poderia ser um boato falso? — Eris provocou.

— Azriel te mataria se escutasse você desconfiando de uma informação trazida por ele. Sabe que pode confiar. — Rhysand disse.

— É claro que sei. A questão é, qual o próximo passo? — Eris questionou.

Então eles discutiram tudo o que podetia ser feito, os Grão-Senhores também convocaram seus Generais para discutir as melhores estratégias.

Então com tudo definido para o dia seguinte, cada um foi até o acampamento de sua Corte.

.....

Adyra ajudava como podia a cuidar dos feridos. Tinha acabado de verificar com Catrin, nenhuma das fêmeas que lutaram bravamente havia sido morta, ou sequer gravemente ferida. Ela então ajudava como podia os illyrianos e mesmo relutante, a Legião da Escuridão.

Mas apesar de todo o cansaço, tinha uma pessoa que ela queria conversar. Que ela queria ver. Então Adyra deixou os feridos, se lavou da melhor maneira que pode e cruzou o acampamento de guerra em direção às tendas da Primaveril.

Ao chegar lá, ela buscou pelo Grão-Senhor e o encontrou sobre um soldado, enquanto ajudava uma curandeiro a curá-lo. Adyra sorriu levemente ao vê-lo assim. Distante de uma figura de poder que ele era, apenas ali, ajoelhada diante de um soldado comum, gentil e de bom coração.

Thalis pareceu ter sentido a presença dela ali, pois silenciosamente ele voltou o olhar para ela e sorriu ao vê-la ali parada. Ele disse alguma coisa para o curandeiro que apenas assentiu e então foi em direção a Adyra.

— Tudo bem com você? Está machucada? — Ele perguntou.

—Não, estou bem, nenhum arranhão. E você? Está bem? — Ela questionou.

— Sim, cansado até os ossos, mas bem. — Ele sorriu.

— Bom, você me prometeu que nos veríamos de novo no campo de batalha e como você não foi me ver, assumi essa responsabilidade e vim até aqui. — Ela disse.

— Você é impossível. Vamos até minha tenda, tem olhos demais em nós aqui. — Thalis disse levando Adyra pelo campo da Primaveril até a tenda do Grão-Senhor.

— Se não se importa, vou de um jeito de me lavar um pouco antes de conversarmos. — Thalis disse, ela apenas concordou e deixou que o Grão-Senhor saísse do lugar.

Ela observou a tenda toda. Era diferente das que eles usavam na Corte Noturna, mas ainda sim confortável, o máximo que se pode ser em um acampamento de guerra. Momento depois Thalis voltou, limpo e com roupas trocadas. Ele indicou a
a cama de armar do local para que ela se sentasse e sentou-se ao lado dela.

— Vocês perderam muitos soldados? — Adyra questionou.

— Não muitos, vocês pelo que fiquei sabendo também não. — Thalis disse, ela concordou.

Eles ficaram se olhando por um tempo, sem dizer nada. E todo o cansaço do dia se instalou em Adyra, não tanto o físico, o emocional. Mesmo que fossem inimigos, ela tinha matado muita gente, e não se sentia absolutamente bem com aquilo.
Então, o Grão-Senhor de cabelos dourados gentis olhos verdes a encarou como se lesse cada emoção dela. Tanto que, para sua surpresa, Thalis a puxou pelo braço para que se recostasse em seu peito. Ela se impressionou com o quanto seu corpo quis e o quanto sua mente não protestou.

— É difícil, esse primeiro choque. — Ela Confessou enquanto Thalis fazia um carinho tranquilizador em seus cabelos.

— Eu sei. — Ele disse, como se também enfrentasse os fantasmas do que havia acontecido durante o dia.

Então ela inspirou o cheiro dele. Era como um vento, que trazia um leve aroma de Gardenia.

— Eu devia gostar tanto de ficar com você? — Ela perguntou.

— Talvez, mas só cabe a você dizer isso. — Ele disse. Ela levantou para encara-lo.

— E você? Gosta de estar comigo? — Ela questionou.

— Você não faz ideia do quanto. — Ele disse movendo o olhar de seus olhos para sua boca.

— Na verdade, eu sei sim. — Adyra disse puxando Thalis e o beijando.

Ela cumpriu a promessa silenciosa que tinha feito a ele de repetirem o que tinham feito naquela noite no Palácio de pedra de lua.

.....

Kirian debateu se devia ir se encontrar com Ilitia. Se devia deixar que ela pensasse que aquele soldado que ele inventara Ardan, tinha morrido.

Mas ele quis tanto vê-la, tanto.

"Apenas mais uma vez." — Ele disse a si mesmo e então partiu para ver sua parceira.

.....

Ilitia esperava no mesmo lugar da noite anterior por Ardan. Ela tinha visto seu irmão entrar na tenda dele com Adyra e então foi a procura de quem interessava a ela.

Estava ansiosa. Aquele lugar era isolado o suficiente para que ninguém a encontrasse ali, na verdade ficará impressionada sobre como ele a tinha encontrado ali.

Então um raspar de botas familiar indicou quem havia chegado, Ardan, e o sorriso dele foi como uma terapia para todo o dia ruim.

Eles conversaram por muito tempo. Sobre seus medos, sobre suas vidas, sobre a batalha, sobre a felicidade de Prythian ter perdido poucos soldados, sobre como ela gostou de matar soldados de Hybern e Rask. Depois daquele bom tempo conversando, ela encarou os olhos dele.

— Acho que estou começando a gostar de você. — Ela Confessou.

O olhar dele pareceu se iluminar antes de ele responder.

— Acho que eu também estou começando a gostar de você. — Ele respondeu.

Os dois estavam tão próximos, que poderiam sentir a respiração um do outro. Então Ilitia não se conteve, e o beijou.

Ele pareceu em choque inicialmente e então retribuiu. Um beijo longo e completo, que inflou seu peito com um sentimento bom. Ao se afastarem, os olhos de Ardan eram indecifráveis.

— Eu... eu preciso te explicar algumas coisas, te contar algumas coisas, mas não hoje... amanhã. Amanhã eu quero te contar algumas coisas. — Ele disse.

— Por que não hoje. — Ela questionou.

— Porque eu quero descobrir como fazer do jeito certo. — Ele respondeu sorrindo, parecendo nervoso.

Ela apenas assentiu. E então combinaram de novamente voltar ali na mesma hora no outro dia.
Eles se despediram com outro beijo e Ilitia voltou para o acampamento.

Ela sorriu ao se lembrar do nervosismo de Ardan falando que tinha algo para contar. Ela sorriu pensando se seria o mesmo que ela acabara de descobrir com aquele beijo.

Porque como se fosse caído dos céus, ali estava Ardan, seu parceiro.

Oi meu povo! Capítulo novo para aproveitar nesse frio maravilhoso (que eu não vejo a hora de ir embora kkkk)!

Espero que gostem e, um pequeno spoiler: preparem os lencinhos para o próximo capítulo.

Não se esqueçam de comentar d e deixar seu voto! Até o próximo, um beijo! ❤

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