Possessive || Tom Riddle

By christiancoulson

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Após a morte dos pais, Angel Swan, uma garotinha de apenas 9 anos, passa a morar no Orfanato Wool, onde conhe... More

Chapter 1 - Orfanato Wool's
Chapter 2 - Swan
Chapter 3 - Biboca Diagonal
Chapter 4 - Sonserina
Chapter 5 - Ciúmes
Chapter 6 - 3º ano
Chapter 7 - Fantasmas do passado
Chapter 8 - Novas sensações
Chapter 9 - Pequeno Anjo
Chapter 10 - Mestiço
Chapter 11 - Tom Riddle
Chapter 12 - Arte das Trevas
Chapter 13 - Horcruxes
Chapter 14 - Medo
Chapter 15 - Beijo
Chapter 16 - Ataques Trouxas
Chapter 17 - Grindelwald
Chapter 18 - Beijos e mais beijos
Chapter 19 - Carta
Chapter 20 - confiança
Chapter 21
Chapter 22 - Festa
Chapter 23 - A dama de vermelho
Especial de Natal - Bônus
Chapter 24 - Basilisco
Chapter 25 - Desaparecida
Chapter 27 - Obliviate
Chapter 28 - A verdade
Chapter 29 - Doente
Chapter 30 - Você tem uma parte de mim
Chapter 31 - Planos
Chapter 32 - Pesadelos
Chapter 33 - Firewhisky
Chapter 34 - Culpa
Chapter 35 - May
Chapter 36 - Ministério da Magia
Chapter 37
Chapter 38
Chapter 39 - Trabalho
Chapter 40
Chapter 41 - Teorias
Chapter 42 - Dúvidas
Chapter 43
Chapter 44 - Desmascarada
Chapter 45 - Morte
Chapter 46 - Fim
Chapter 47 - Epílogo

Chapter 26 - Descoberta

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By christiancoulson

oi



Senti a cama se mexer, mais especificamente o lado em que Tom estava, e, logo, senti que ele estava se levantando. Eu abri apenas um olho e observei, discretamente, o que ele estava fazendo. Fechei o olho justamente quando ele estava se virando para mim, provavelmente para me observar. Pude sentir seu olhar queimar sob minha pele, sua mão acariciou minha bochecha levemente. Tom soltou um suspiro baixo e recolheu sua mão, andando para longe de mim. Abri um olho novamente e percebi que ele estava colocando sua roupa, por um segundo, admirei suas costas e seus braços nus enquanto ele colocava sua calça. Evitei suspirar para ele não perceber que eu estava acordada, mas eu quase o puxei de volta para cama e refiz o que fizemos algumas horas atrás. Porém, a curiosidade em saber o motivo de Tom estar acordado às 02:34 da manhã martelou meus pensamentos.

Após Tom colocar sua camisa e sua capa da escola por cima da roupa, ele pegou sua varinha e se virou para mim mais uma vez. Fechei meu olho antes que ele pudesse ver e fiquei imóvel, apenas respirando profundamente como se eu estivesse dormindo.

- Eu te amo, Ma Belle. – Ouvi Tom sussurrar e um beijo ser depositado na minha testa. Antes que eu pudesse pensar no quão adorável foi ouvir isso, me preocupei com o fato de Tom ter dito que me ama e logo sair pela porta.

Abri meus olhos e me levantei rapidamente, colocando todas as minhas roupas e minha capa por cima. Peguei minha varinha na cômoda, colocando um feitiço de ilusão em mim mesma e abri a porta, na esperança de alcançar Tom e seguir ele sem que o mesmo me visse. Pude ver a silhueta escura dele andando discretamente pelos corredores, sua varinha sempre em posição de luta e pronta para atirar.

Por que, diabos, ele está fazendo isso?! – Pensei quando vi ele subir para o segundo andar e entrar no banheiro feminino. Meu corpo congelou quando eu cheguei na porta do banheiro e vi ele se aproximar da pia em que continha uma serpente prata desenhada. Meu coração acelerou violentamente, minhas mãos começaram a tremer e minha expressão se tornou de choque. Tom sussurrou alguma palavra que fez os pilares da pia se moverem e se arrastarem para o lado, o dando uma passagem para um túnel subterrâneo. Era o mesmo barulho que eu ouvi quando estava escondida aqui procurando por Amber. Não consegui conter um grito de surpresa e choque. Tapei minha boca tão rápido quanto Tom virou seu rosto na direção do som, me olhando, surpreso e assustado, como se conseguisse me ver. Eu saí correndo dali, sem saber se ele estava me seguindo ou não, mesmo que ele não pudesse, de fato, me ver.

Corri o máximo que pude até a comunal da sonserina, dizendo a senha o mais rápido possível. Olhei para trás e procurei por Tom, mas não consegui ver nada. Minha respiração estava acelerada e trêmula. Assim que a pedra enorme se arrastou para o lado, eu entrei na comunal, mas parei logo em seguida. Eu não podia voltar para o meu quarto, se eu voltasse, Tom poderia descobrir que foi eu quem o viu abrindo a entrada daquele túnel, que, possivelmente, poderia ser a câmara secreta de Salazar Slytherin. É fato que Tom conseguia falar com as cobras, e apenas bruxos com ascendências poderosas conseguiam fazer isso. E Tom era mestiço... o que me leva a crer que a mãe dele poderia ser descendente de Salazar Slytherin. Automaticamente fazendo Tom ser descendente dele e o único herdeiro vivo da câmara, onde se guardava o Basilisco. Mas isso era apenas um mito, assim com a própria câmara secreta no subtérreo de Hogwarts... ou, talvez, não seja apenas um mito. Sem pensar mais, eu corri de volta para o quarto de Tom, ciente de que logo ele estaria de volta, e fechei a porta. Coloquei minha capa e roupas no lugar onde estavam e deitei na cama de volta, deixando a varinha na cômoda após retirar o feitiço de ilusão. Deitada e coberta, do jeito que estava quando Tom saiu, eu tentei regular minha respiração e temperatura, eu estava ofegante e cheia de adrenalina pelo medo que senti ao correr de Tom. Quando ele abriu a entrada... da câmara secreta... eu pude ter a certeza de que não era a primeira vez dele ali. E que os elfos estavam certos, Tom estava saindo de madrugada para ir até o banheiro feminino e chegar até a câmara secreta, onde ele planeja alguma coisa.

Mas... e se Tom... sequestrou Amber? Ou, pior, matou ela?  Engoli em seco ao ter esses pensamentos, Tom não seria capaz de matar alguém, isso é completamente improvável de ter acontecido. Mas Amber ainda não apareceu... Por Merlin, eu estava cega demais para perceber que Tom conseguia, sim, ser um monstro. Eu precisava pensar no lado positivo dele, o lado na qual eu conheci há 6 anos atrás. Tom não era capaz de fazer mal a uma mosca, sequer, quem dirá uma pessoa.

Parei de pensar imediatamente quando ouvi a porta abrir. Me obriguei a conter a respiração acelerada e não estremecer diante de Tom, eu precisava parecer natural.

Pude ouvir ele tirando suas roupas e se aproximando de mim, se deitando ao meu lado. Sua mão gelada tocou meu rosto, eu quis recuar, mas não pude. Sem que eu pudesse conter, uma lágrima escorregou lentamente pelo meu rosto, sendo limpada pelos dedos gelados de Tom.

- Ma Belle? – Pude sentir ele me chacoalhar levemente. Me forcei a abrir os olhos e encará-lo, ele estava com um sorriso de canto pequeno e doce, uma expressão humana e sentimental. Nada semelhante à um monstro que mataria alguém. – Está com pesadelos outra vez? – Eu assenti, dessa vez, os pesadelos eram reais. – Vem cá. – Ele ergueu seu braço, dando espaço para que eu deitasse em seu peitoral nu. Eu hesitei, por dois segundos, mas fui antes que Tom desconfiasse de algo. Senti seus braços envolverem meu corpo e seus lábios depositarem um beijo no topo da minha cabeça, como um ato de carinho. Isso fez com que outra lágrima escapasse, eu não conseguia decifrar se Tom era ou não uma pessoa ruim, eu não queria acreditar que ele era. Mas, no fundo, eu sabia qual era a resposta. Eu apenas não queria ver.

Após alguns minutos, pude sentir a respiração de Tom se acalmar e seus braços afrouxarem ao meu redor, o que indicava que ele estava dormindo. Seu corpo já estava mais quente, assim como o meu. Me senti estranha por estar dormindo nua junto com ele, mas esse pensamento logo sumiu em meio ao oceano de teorias que eu estava criando sobre Tom.

Eu precisava procurar por Amber, talvez ela estivesse lá embaixo... Mas como entrar lá sem Tom ver? Talvez ela estivesse viva e estivesse lá por vontade própria! Não seja estúpida, Angel. Se ela estiver lá embaixo, com certeza será contra a própria vontade. Mas porque Tom a manteria lá? O que ele poderia querer com ela?

Antes que eu tivesse noção do tempo em que passei criando e reformando teorias, ouvi o alarme ao nosso lado indicar que já estava na hora do café da manhã. Eu olhei para o pequeno relógio flutuante com os olhos arregalados, assustada com o tempo em que passei acordada pensando.

- Bom dia, Ma Belle. – Ouvi a voz baixa e rouca de Tom soar em meu ouvido, seus braços me apertaram mais ainda contra seu corpo, fazendo com que meus seios encostassem em seu peitoral nu e quente. Eu corei com isso. – Como dormiu?

- Bem. – Se eu, sequer, tivesse dormido. – E você?

- Perfeitamente bem. – Ele suspirou, ainda de olhos fechados. – Teve o mesmo pesadelo de sempre? – Eu franzi a testa, confusa por um segundo, mas logo lembrei de Tom me abraçando enquanto eu... chorava. Ele realmente pensava que fosse um pesadelo, o que significa que ele não desconfiava de mim nem um pouco.

- Sim... mas, dessa vez, as plantas tinham formas humanas. Eles... eram humanos com roupas de plantas correndo atrás de mim para me matar. – Eu inventei, sabendo que Tom seria tolo o suficiente para acreditar.

- Seria engraçado, se não fizesse você chorar. – Senti meu coração se apertar com isso. Ele era o real motivo de eu ter chorado. Tom abriu seus olhos e analisou meu rosto cuidadosamente. – Será que há algo que podemos fazer contra isso? Podemos falar com Dumbledore sobre... – Interrompi ele.

- Isso! É melhor falarmos com Dumbledore! – Uma ideia acendeu em minha mente. Tom me olhou confuso e com um sorriso nos lábios, estranhando minha animação. – Bem... Dumbledore mencionou, certa vez, que também tinha pesadelos sobre um antigo amigo e que os pesadelos se foram quando ele havia tomado uma poção anti-sonhos. A pessoa não sonha e nem tem pesadelos, ela simplesmente... dorme. – Dei de ombros, lembrando que Dumbledore realmente havia mencionado isso. – Eu posso ir falar com ele antes de ir tomar café da manhã. 

- Eu vou com você. – Tom sorriu com a ideia. Já eu, fiquei apavorada.

- Creio que você está cheio de coisas para fazer, não é? – Pude ver ele ficar levemente preocupado por um momento. – Tipo estudar. – Eu ergui as sobrancelhas e ele sorriu, aliviado.

- Bem... isso pode esperar. – Tom deu de ombros. Eu estava perdendo essa luta.

- Não quero atrapalhar seus estudos, Tommy. Eu falo com Dumbledore depois e te aviso se der certo. – Dei um beijo na bochecha dele e me levantei, não dando tempo para que ele falasse. – O que acha de aproveitarmos o penúltimo dia de feriado em Hogsmade? Podemos comprar doces e outras besteiras para comermos no ano-novo.

- Por mim, tudo bem. Sairemos antes das 10:00 amanhã. – Eu concordei. Tom olhou para meu corpo e deu um sorriso cafajeste de lado, o que fez eu ficar confusa. Mas logo percebi que eu estava nua na frente dele, enquanto ele apenas desfrutava da visão. Eu revirei meus olhos e caminhei rapidamente até minhas roupas, colocando elas. – Eu prefiro do jeito que estava antes. – Ele mencionou meu corpo nu.

- Engraçadinho. Deveria ir se vestir, também. Logo o café da manhã será retirado. – Olhei para o relógio e vi que já passava das 07:30. Peguei minha capa e minha varinha, indo na direção da porta. – Encontro você depois. Até mais. – Pude ver ele ficar confuso com minha pressa antes que eu fechasse a porta do quarto dele. Eu suspirei, aliviada por, finalmente, ficar longe de Tom. Caminhei com pressa pelos corredores até parar na frente da porta de Dumbledore, eu necessitava falar com ele sobre isso.

Eu dei duas batidas na porta, hesitante. Entrei logo após Dumbledore permitir e fechei a porta atrás de mim, lançando um feitiço silenciador por precaução.

- Está tudo bem, Angel? – Dumbledore se levantou de sua cadeira, confuso, e entrelaçou suas mãos atrás das costas.

- Você estava certo, professor. Tom é uma pessoa ruim. – Dumbledore relaxou suas expressões, ele certamente já sabia disso.

- E como você deduziu isso? – Eu abri a boca, mas não sabia se falava ou não da câmara.

- Eu acho que ele tem alguma coisa a ver com o sumiço de Amber. E, também... – Não, Angel. Ainda não é a hora. – Ele vem agindo estranho, ultimamente. Eu tenho certeza de que ele esconde algo de mim, mas não quer que eu saiba. Algo ruim, ele provavelmente ainda está com a ideologia de imortalidade na cabeça. – Dumbledore suspirou e pensou por um segundo, se sentando em sua cadeira novamente.

- Veja, Angel... já passamos por isso uma vez. Lembra quando você me disse que tudo estava perdido e que Tom nunca mudaria de ideia? Ele mudou, naquela hora, por você.

- Desculpe, professor, mas... acho que não entendi. Tom ainda não mudou de ideia. Talvez ele tenha mudado antes, mas ele ainda quer se tornar um ser imortal. – Dumbledore abriu um sorriso gentil, demonstrando que era aquilo que ele queria mostrar.

- É exatamente isso que eu quero dizer, Angel. Tom mudou por você uma vez, e ele pode mudar novamente. Se ele sentir que a amizade de vocês dois está sendo ameaçada, ele, certamente, irá recuar. Se ele descobrir que você desconfia dele ou achar que os planos dele estão dando errado, ele vai recuar. – Dumbledore se levantou mais uma vez e suspirou. – Tom nasceu de um amor falso, de uma relação fictícia e ilusória. O pai de Tom não amava a mãe dele, ela o alimentava com a poção do amor mais forte que existe para que ele a amasse de volta. Mas esse sentimento não era real. – Me perguntei como Dumbledore sabia de tudo aquilo. – É fato que... um ser humano nascido de uma poção do amor, não nasce com tal sentimento. Era para Tom nunca amar ninguém, nem a si mesmo. Porém, o amor dele por você é tão forte, Angel, que fez com que Tom desafiasse sua própria etiologia. – Ele disse enquanto andava, devagar, de um lado para o outro, tentando me explicar a situação.

- Então... tudo o que eu preciso fazer é contar para ele que eu sei do que ele esconde e fazer ele recuar, se não nossa amizade estará arruinada? – Dumbledore assentiu lentamente.

- Mas você precisa ter cuidado, Angel. Tom pode amar você mais do que qualquer coisa nesse mundo, mas ele também deseja o poder da imortalidade acima de muitas coisas. Ele vai tentar persuadir você para o lado do mau e não vai parar até conseguir ou até ver que você realmente não vai ceder. Preciso que você seja forte, minha filha. – Dumbledore arregalou os olhos levemente com o título, mas logo se recompôs. – Tenha cuidado e não hesite em me chamar se precisar de ajuda.

- Obrigada, professor. – Eu fui até ele e o abracei, me sentindo reconfortada em seu abraço. – Eu não conseguiria fazer isso sem o senhor. – Eu me afastei e sorri, voltando para a porta. – Eu venho atualizá-lo do que aconteceu quando eu conversar com Tom.

- Até mais, criança. – Dumbledore acenou com a cabeça. Eu fechei a porta quando saí e respirei fundo, tomando coragem para ir até a biblioteca.

Assim que cheguei, procurei, discretamente, por Tom. O avistei sentado em uma poltrona distante de alguns alunos, ele estava lendo um livro grande e pesado. A capa era verde escura com alguns desenhos prateados que formavam a palavra "Horcrux". Meu coração travou com isso, eu senti que tudo o que Dumbledore me disse para fazer iria dar errado, e que a única solução seria mandar Tom para Azkaban. Mas eu não podia fazer isso, por mais que ele fosse uma pessoa ruim, eu não conseguiria viver sem ele.

Me aproximei dele, devagar. Pude ver ele murmurar algo para o livro, que fez ele voltar a ser um diário, e levantar seus olhos para mim, sorrindo docemente.

- Conseguiu a poção? – Meu coração errou uma batida, eu havia esquecido de pedir a poção como forma de camuflagem.

- Dumbledore disse para eu ir até a sala de Slughorn e pedir alguns frascos. Farei isso depois do almoço. – Dei de ombros e me sentei ao lado de Tom. – O que estava lendo? – Pude ver ele engolir em seco.

- Um livro de feitiços. Saiba que pretendo ganhar de você nas nossas aulas de duelo quando chegarmos no sexto ano. – Eu e ele havíamos jurado que pegaríamos as aulas de duelo no sexto ano, ambos iríamos duelar de verdade e veríamos quem é o melhor. Eu havia esquecido de estudar e treinar para isso.

- Ah, então está se preparando para perder. – Ele deu risada e fechou seu diário, colocando ao lado dele no sofá.

- Você quem vai perder, Ma Belle. Tenho certeza de que você irá desistir antes de acabarmos o duelo. – Eu revirei meus olhos.

- Eu sempre fui e sempre serei melhor do que você, Tommy, aceite. – Ele deu uma gargalhada baixa e gostosa, me fazendo admirá-lo por um momento. Eu não conseguia ver essa pessoa ao meu lado como um assassino. Simplesmente... não dá. – Me ensine a falar com as cobras. – Tom ergueu as sobrancelhas, ficando sério imediatamente.

- O quê?

- Me ensine a falar com as cobras. – Eu dei um sorriso inocente. – E eu te ensino alguns feitiços secretos que eu sei. E te apresento à um lugar ótimo para termos privacidade e podermos treinar duelos. Um lugar que mais ninguém em Hogwarts conhece. – Eu cruzei as pernas e apoiei um cotovelo no joelho, apoiando a cabeça na mão e olhando para ele com um olhar persuasivo. Ele não tinha como negar.

- Como assim um lugar que mais ninguém em Hogwarts conhece? – Ele ficou nervoso, provavelmente imaginando que eu estava falando da câmara.

- Se chama... – Pensei em um nome rapidamente. – Sala precisa. – Pude ver ele ficar aliviado, mas confuso ao mesmo tempo. – É uma sala onde aparece quando... você precisa dela.

- E como você descobriu ela...? – Tom cerrou os olhos na minha direção.

- Oras, eu estava passando por lá quando eu... senti uma vontade imensa de tocar piano. Meus pais tocavam de vez em quando na época que eu era pequena. Eu queria apenas poder tocar como eles tocavam no piano do meu pai. E foi aí que a porta da Sala Precisa apareceu pra mim. – Eu dei de ombros, decidindo não mencionar Ethan.

- Impressionante. – Ele pareceu pensar em algo por dois segundos. – Tudo bem, eu te ensino a falar com as cobras. Porém, iremos fazer isso nessa... Sala Precisa aí.

- Perfeito. – Eu sorri, mas estremeci por dentro, sem saber exatamente o que eu estava fazendo. – Você já tomou café?

- Não, eu estava esperando você. – Um pequeno sorriso se desenhou em meus lábios.

- Então vamos, daqui a pouco eles retiram a comida. – Segurei a mão dele e o puxei rapidamente para sairmos da biblioteca.



- O que diabos você estava fazendo aqui no sétimo andar? – Tom perguntou quando chegamos em frente à tapeçaria de Barnabas, o Maluco.

- Eu quis explorar Hogwarts enquanto pensava na vida. – Dei de ombros e me virei para Tom. – Agora... feche seus olhos e imagine algum lugar na qual você gostaria de estar agora. Um lugar que você sente falta. – Ele respirou fundo e fechou os olhos, remexendo seus ombros. Quando a porta negra e pesada apareceu para nós, eu dei um sorriso pequeno e segurei a mão de Tom, o puxando para dentro da sala. Eu segurei a risada ao ver que ele havia imaginado o próprio quarto dele no dormitório masculino. – Pode abrir os olhos. – E assim Tom o fez, olhando para o local impressionado.

- Como...? – Ele franziu a testa e analisou cada parte do quarto, tudo estava exatamente igual ao quarto dele. – Isso... é incrível.

- É, eu sei. – Eu me sentei na cama dele após fechar a porta. – Por que imaginou esse lugar?

- A imagem de você nua na minha frente veio com força na minha mente, não conseguia tirar nem se eu quisesse. – Eu corei violentamente. – E então apareceu meu quarto, que é onde você estava. – Eu apenas disse um "ah" baixo e desviei o olhar para o chão. – Bem... imagino que você queira aprender ofidioglossia agora. – Eu assenti, a ansiedade correndo em minhas veias. Tom se sentou ao meu lado e respirou fundo antes de começar. – Primeiro você precisa saber que ofidioglossia não é como as outras línguas normais, você precisa falar em um tom sibilante. – Eu assenti, captando tudo. – Qual palavra você gostaria de aprender primeiro?

- "Olá". – Comecei pelas coisas irrelevantes.

- Ok. Seethaaa Aayaa. – Ele disse como se estivesse arrastando as palavras, em um tom de sussurro.

- Seethaa Aayaa. – Eu disse, observando Tom sorrir com isso, o que indicava que estava certo. – Agora "tchau".

- Ethaa Haaaaaayh Ssss. – Eu ergui as sobrancelhas, era ainda mais complicado. Eu repeti a palavra da mesma forma que Tom, que saiu corretamente de novo. Nós falamos várias palavras, algumas mais complicadas e complexas do que outras. Quando, finalmente, eu disse que queria aprender "abra", Tom franziu a testa. – Porque "Abra"? – Eu congelei, sem saber o que dizer.

- Bem.. eu quero saber o máximo que eu posso em ofidioglossia. – Dei de ombros, lhe dando um sorriso amarelo. Tom cerrou os olhos levemente, mas logo pareceu descartar a possibilidade de uma possível conspiração.

- Ayaeeh Aaah Ssss Seyytha. – Me segurei para não arregalar os olhos e pedir para que ele escrevesse essa palavra. Me obriguei a mentalizar essa palavra para que eu não esqueça de jeito nenhum.

- Ayaeeh Aaah Ssss Seyytha. – Implorei à Merlin, silenciosamente, para que eu tivesse falado certo.

- Isso foi ótimo. – Me senti aliviada ao ouvir isso. – Quer aprender mais o quê?

- Acho que por hoje está bom. – Eu dei um sorriso e me levantei, alongando minhas costas. – Acho que já está na hora do almoço.

- Porque você quis aprender a língua das cobras tão de repente? – Tom se levantou e se aproximou de mim, tentando me intimidar.

- Por curiosidade. E, caso apareça alguma cobra perto de mim, eu posso pedir para que ela saia. – Eu dei de ombros, torcendo para que aquilo tenha sido convincente.

- Por que não pediu para que eu te ensinasse nos últimos 6 anos? – Ele continuou se aproximando, chegando cada vez mais perto e me deixando nervosa.

- Porque eu não havia pensado na possibilidade de aprender ofidioglossia. Meu único objetivo era estudar para que pudéssemos ter um futuro agradável longe daqui, por isso não me dei ao luxo de tentar aprender outras coisas que não fossem beneficentes no mercado de trabalho. Porém, vejo que ser uma ofidioglota pode ter seus benefícios. – Dessa vez, eu que me aproximei de Tom com os braços cruzados e os olhos levemente cerrados. – Por que mais você pensaria que eu quero aprender a falar a língua das cobras? Está me escondendo algo?

- Não, é claro que não. – Ele engoliu em seco, mas se recompôs rapidamente. – Só achei curioso o fato de que você nunca quis aprender antes.

- Bem... já lhe dei meus motivos. Se você não quer acreditar, é porque você é que está me escondendo algo. E você disse que não está. E eu confio em você. Portanto... – Eu coloquei minhas mãos no peitoral dele. –... vamos logo almoçar e esquecer desse pequeno conflito, de acordo? – Tom sorriu forçadamente e concordou. Eu precisava ter cuidado. Porém, eu pelo menos sabia como falar "abra", "olá", "tchau" e várias outras coisas na língua das cobras. Pelo menos eu conseguiria abrir a câmara sem Tom perceber. Mas como eu distrairia ele?

Eu olhei para Tom enquanto caminhávamos, pensando no que eu poderia fazer para ele se ocupar enquanto eu ia até a câmara.

Uma ideia se formou em minha mente, mas eu, certamente, iria odiar executá-la dessa maneira. Meu plano já estava montado, eu só precisava que anoitecesse logo para pô-lo em ação.



Enquanto almoçávamos, eu senti meu coração pesado ao olhar para Ethan e ver que ele estava triste e sem nenhuma vontade de comer. Eu não podia dizer à ele que estava prestes a achar a irmã dele e trazê-la de volta para cá, isso arruinaria meus planos. Mas fiquei ansiosa para ver a reação dele quando tiver sua irmã de volta, Ethan ficará tão feliz.

Eu ainda precisava descobrir como eu lidaria com Tom quando resgatasse Amber, mas depois eu pensaria nisso. Talvez nessa hora eu decida usar o conselho de Dumbledore e dizer que nossa amizade estará arruinada se ele continuar com esses planos. Eu descobri uma vez e descobrirei de novo.

Eu estava ansiosa para que a noite viesse, eu tinha muitas coisas planejadas e esperava que desse certo. Mas eu só precisava ser paciente e repensar minuciosamente em todos os detalhes do meu plano, evitando que ele falhe.








ai, jesus, o surto.

calma que o próximo cap vem ainda hoje

COMO ESTÃO SE SENTINDO, MEUS PRECIOSOS?

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