UNKNOWN - Jikook | Mpreg

De evy_amaze

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Park Jimin, um jovem pintor de vinte e seis anos, descobre que está à espera do seu primeiro bebê. Ele vê o s... Mais

Apresentação e avisos
Como o bebê poderá nascer?
|1| Você será papai
|2| sozinho
|3| Um estranho legal
|4| amigos
|5| Desconhecido
|6| Você está lindo
|7| Me desculpa
|8| Novas chances
|9| Acho que estou ferrado
|10| Qual o gênero do bebê?
|11| A verdade por trás do desespero
|12| Pedido
|13| Mochi
|14| Acontecimentos
|15| Tempo certo
|16| Calmaria
|17| Nascimentos e encontros
|18| Último tão esperado mês
|19| Seja bem-vindo ao mundo
|20| Primeiros momentos
|21| Momentos em família
|22| Pensamentos
|23| Quando o clima esquenta
|24| Laços incríveis
|25| Nossos cantinhos
Choro e alegria *
A exposição *
Amor em diversas formas*
Rotinas ou não*
Almoço entre amigos*
Ficar longe é ruim *
Vidas, carreira e reencontros *
Eu sou você, você sou eu *
Fluindo*
Mudanças*
Descobertas e Despedidas*
Vai passar*
Em pedaços *
Reconstrução *
Amor e amizade*
Busan*
Escolhas*
Progresso*
Proteção *
Saudade*
Meu corpo, teu corpo*
Coração puro*
O último adeus*
Uma dura infância - Especial Yugyeom*
Reinícios e inícios*
O fim de uma espera, a chegada de dois anjos - Esp. Seokjin *
Ciúmes?*
Coração acelerado*
Duas vidas*
Testes*
Resultados*
Orgulho e amor*
Alegrias e Términos*
Família maior*
Fortes amizades*
Crises escondidas*
Enfim o fim*
Famílias e Hormônios*
Corpos bagunçados*
Inseguranças e temor*
Estrelas e arco-íris*
Feliz aniversário*
Destinos e bebês*
Uma nova e pequena vida. - Esp. Taehyung*
Outra vez?*
Chegadas*
Presentes*
Transformando-se*
Juntos?*
Vivências*
Para sempre - parte 1*
Para sempre - parte 2*
OFFSPRING | Spin-off
|As crianças|
|Destinos|
|Fuga|
|Festa|
|Bolinhos|
|Resposta|
|Ensinos|
|Em conjunto|
|O Primeiro amor|
|Eu e você|
Feliz Caos! - Especial de natal
Lançamento do site e pré-venda ✨

|Para sempre|

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De evy_amaze

JIWAN

ㅡ Você vai mesmo falar pro tio Kook? ㅡ Jongin me olhava em um misto de medo e diversão.

ㅡ Claro que vou. ㅡ falei fechando minha pequena mala.

Estávamos voltando para Seul. Após dois anos, depois do fim do curso de Jongin, enfim estávamos voltando para a casa.

ㅡ Você sabe que ele vai querer me matar, não sabe?

ㅡ Eu te protejo. ㅡ Pisco para ele, pondo minha mala no canto junto a dele.

ㅡ Ah, é? E como?

ㅡ Bom, eu grito: corre. E você então corre.

Jongin não segurou a risada por mais do que cinco segundos e riu alto, jogando-se na cama.

ㅡ Você é louco, eu vou mesmo morrer.

Logo estávamos deixando o apartamento, e assumo que doeu em meu peito deixá-lo. Foi meu lar com Jongin por meses, nós nos divertimos muito, amamos muito e fizemos muitas besteiras juntos também, tudo nesse lugarzinho que se tornou só nosso.

ㅡ Prometo que voltaremos. ㅡ eu falo para as paredes antes de fechar a porta por fim. Jongin riu junto a mim, mas assente e me abraça pela cintura.

ㅡ Voltaremos.

Trancamos o lugar e descemos as escadas com nossas malas. Foi um tanto difícil, mas quando chegamos ao fim, respiramos aliviado. Eu logo vi a barraquinha de flores que ficava bem a frente e outra vez senti meu peito doer, até mesmo das flores dali eu sentirei saudade, já que Jongin criou uma espécie de mania onde todas as semanas ele comprava um novo buquê de flores para enfeitar nosso cantinho. E bem, eu peguei um pouco de sua mania também, por todos os cômodos de nossa casa havia flores, tantas flores que o apartamento sempre tinha uma mistura boa de aromas.

Parei para comprar uma única flor e tentei me despedir em francês com o senhor que me vendeu. Eu havia aprendido um pouco do idioma, mas ainda não conseguia falar frases sem parar para pensar ou trocar as palavras. Jongin, por outro lado, já parecia um nativo dali, porque ele falava tão bem que qualquer um duvidava quando ele dizia ser coreano.

Jongin também se despediu do homem, explicou que estávamos voltando para nosso país e eu percebi o semblante tristonho que o homem pôs após ele explicar que talvez não voltaríamos tão cedo.

Chamamos um táxi para nos levar ao aeroporto e logo estávamos despachando nossas malas. Jongin segurou em minha mão quando sentamos em nossos lugares e ele sorriu ainda tentando me fazer não falar com o papai Jungoo, pelo menos não assim que chegássemos. Jongin parecia mesmo temer o papai, porque ele sempre dizia que precisava de tempo para arquitetar formas de fugir para longe, antes que o papai o matasse.

Um exagero, eu diria. Papai Jungoo é calmo, ele nunca mataria alguém por algo bobo.

ㅡ Temos vinte anos na coreia. ㅡ Jongin falou alheio, ainda segurando minha mão. ㅡ já somos maiores de idade, podemos fazer o que quisermos, não é? ㅡ assenti. ㅡ Então acho que o tio Kook e o tio Chim não vão ficar com pilha. Acho que nem o tio Hyun... não é?

ㅡ Claro que não vão, amor. Eu fui para Paris com dezessete anos e sozinho, qual a diferença de responsabilidade agora?

ㅡ Quer mesmo que eu cite? ㅡ ele disse rindo enquanto eu revirei os olhos.

O voo demorou muito de volta, não dormimos durantes, mas chegamos esgotados. Assim que o avião pousou e desembarcamos, eu sorri por encontrar o papai Hyun com uma placa escrita "JIWAN" enquanto papai Jungoo acena com ambos os braços para cima.

ㅡ Ele acha que não estamos vendo? ㅡ Jongin perguntou rindo enquanto descíamos a escada rolante, mas tio Yoon estava do mesmo jeito que papai Jungoo e ainda chorava.

Assim que chegamos embaixo, nossos corpos foram apertados com força por diversos abraços que nos foram dados em simultâneo. Eu senti o calor dos braços dos meus três pais, Papai Minie chorava baixinho e quase inaudível. Meu peito ficou quente quando ele me afastou devagar e segurou meu rosto debaixo.

ㅡ Você está mais alto. ㅡ ele constatou sorrindo e me olhando mais. ㅡ Também emagreceu, não comeu bem?

ㅡ Também senti sua falta pai. ㅡ falei rindo e sentindo-o me puxar para mais um abraço.

Vi quando tio Yoon largou os braços e Jongin e logo em seguida tio Tae atacou-o com força. Eu ri, tio Hobi apenas aguardava a sua vez e quando ela chegou, ele deu um abraços calmo, mas tão amável quanto os outros.

ㅡ Sentimos sua falta, filho. ㅡ Tio Hobi falou.

Olhei para meus pais e sorri grande. Papai Hyun buscou minhas malas junto ao papai Jungoo, enquanto papai Minie me enchia de perguntas como: como foi a viagem de volta? Vocês gostaram de morar juntos? Vocês usaram proteção?

Essa última quase fez papai Jungoo quebrar no meio, ele freou os passos e nos olhou incrédulo.

ㅡ Você acha mesmo que eles não fazem coisas de adulto? ㅡ papai Minie olhou-o revirando os olhos.

Sorri outra vez, deixando dois tapinhas sobre o ombro do meu velho pai e seguindo os passos para fora. Jongin e os tios vinham logo atrás, e eles faziam várias perguntas para ele também.

ㅡ Como estão Alisha e Jihye? E Jieun, como vai? Ela está mesmo morando com Taehyun?

Papai Jungoo outra vez me olhou, era engraçado como nós - seus filhos - eram um assunto tão frágil para ele.

ㅡ Está, eles escolheram um apartamento juntos e estão pagando, mesmo que eu e Jungkook oferecendo um apartamento já quitado por nós, eles não aceitaram.

ㅡ Sua irmã é orgulhosa demais. ㅡ Papai Jungoo resmungou. ㅡ Mas me orgulha também. Todos vocês me orgulham, na verdade.

ㅡ Jihye e Theo estão fazendo um curso de aviação, acredita? ㅡ papai Minie falou rindo. ㅡ eu nem preciso dizer qual foi a reação de jungkook e Kihyun quando eles decidiram isso, não é?

ㅡ Eu consigo imaginar, pai. Mão no coração, olhos cheios de lágrimas...

ㅡ Exatamente. ㅡ papai Minie riu e desta vez papai Jungoo e papai Hyun nos olharam juntos.

ㅡ E Alisha? ㅡ perguntei.

ㅡ Está de castigo. ㅡ Papai Jungoo disse parando de frente ao novo carro dele.

ㅡ O que ela fez?

ㅡ Foi para outra cidade com Noram e os amigos do curso e sem nos avisar de nada e de madrugada. Acabou que o carro que eles estavam, quebrou na metade do caminho, no meio do nada e eles ficaram desesperados porque não sabiam como voltar para Seul. Eu e Namjoon tivemos que ir até a outra cidade buscar todos. Jin hyung quase morreu do coração.

ㅡ Eles estão namorando, sabe disse, não é? ㅡ papai Minie perguntou. Assenti em concordância. ㅡ Então, eles são ligados no 220 quando estão juntos, mas também estão indo bem na faculdade.

ㅡ Alisha faz direito, é uma graça quando ela começa a citar as leis que está aprendendo.

ㅡ Diz que vai processar todo mundo. ㅡ Papai Hyun comentou.

ㅡ Estamos prontos para ir. ㅡ Ouço a voz de tio Tae. Vou até a ele, porque ainda sequer o abracei. ㅡ Olá, criança.

ㅡ Olá, sogro. ㅡ brinco. Ele revira os olhos e então vou até os outros, abraçando tio Hobi primeiro e em seguida abraçando tio Yoon, esse que me abraça tão forte que consegue fazer com que um de meus ossos faça barulho de estalo.

ㅡ Vai quebrar o meu namorado. ㅡ Jongin fala, fazendo-nos rir.

ㅡ Vamos nos encontrar na casa do Jiminie, ele encomendou um banquete. ㅡ tio Tae avisa.

Eu assinto, vendo-os adentrar o carro e me deixar apenas com Jongin. Deixo um beijo sobre os lábios dele, iremos em carros separados, então é como se a saudade já estivesse conosco.

ㅡ Falaremos quando estiverem todos juntos, tudo bem? ㅡ sussurro, vendo-o respirar fundo, mas assentir. ㅡ eu te amo.

ㅡ Também te amo.

Entramos nos carros e ainda consegui acenar para Jongin do carro de meus pais. Papai Minie sorriu, divertido, mas me abraçou o caminho todo de volta.

ㅡ Você está diferente. ㅡ É o que a vovó Sun fala quando desço do carro. ㅡ Mais alto... ㅡ ela para a minha frente.

É engraçado, porque ela e papai Minie se parecem muito. Eu já estou bem mais alto que papai Minie, estou medindo cerca um metro e oitenta, o que é até mesmo mais do que meus outros dois pais. Vovó Sun deve medir cerca de um e sessenta, então olha-lá agora de cima é engraçado mesmo.

Vovó Bo e Vovô Jae estão bem na porta. Ao lado eu vejo Tia Sky, Tio Jun-ho e Tia Yuna.

Todos, absolutamente todos, vem até mim e me abraçam com força.

ㅡ Oh, céus, vão quebrar meu namorado. ㅡ Jongin brinca outra vez se aproximando de todos e sendo tão recebido quanto eu fui. ㅡ é bom ver vocês outra vez também.

Da casa, eu vejo quando todos os meus irmãos, primos, amigos e parentes saem. É muita gente, fico imaginando se sou tão querido assim, porque são tantos abraços que fico bobo.

Quando entramos, eu vejo que os sofás foram colocados de modo em que a sala grande da casa, ficasse ainda melhor. Todos os estofados estão no canto. Há uma mesa enorme que eu sei que não pertence a nossa casa e sobre ela há muita comida.

ㅡ Seu pai contratou. ㅡ papai Jungoo diz. ㅡ Veio muita gente, não dava para simplesmente cozinhar.

Sorri assentindo e viu-o levando minhas malas para meu antigo quarto. Pensei em pará-lo, mas geraria perguntas agora e ainda não é o momento.

Jongin adentra também a casa, suas malas presumo que ficaram no carro, então eu vou até ele e abraço-o.

ㅡ Vocês pretendem casar? ㅡ tia Sky perguntou fazendo-nos rir.

ㅡ São crianças demais para isso. ㅡ Tio Tae fala, mas Jongin me olha, em seguida me abraça mais, passando a mão por minha barriga e me levando mais para o canto, longe dos ouvidos alheios.

ㅡ Agora?

ㅡ Ainda não, espere um pouco.

ㅡ Estou nervoso, se falarmos agora, pelo menos a porta está aberta. Tenho tempo para fugir.

ㅡ Deixa de bobagem. ㅡ beijo-o para tentar acalmá-lo, mas sei que não adianta muito.

Todos enfim se reúnem na sala, uma música calma e baixa toca e enfim eu e Jongin conseguimos sentar um pouco para descansar. Nossos pais ainda nos enchem de perguntas, o que me faz questionar se eles leram as últimas mensagens que sempre mandei nos últimos dois anos. Não há nada do que eles estão perguntando agora que eu e Jongin já não tenhamos falado por mensagens e ligações.

ㅡ Jongin ficará conosco. ㅡ Tio Tae diz, sorridente. ㅡ já arrumamos o quarto dele.

ㅡ Também arrumei o de Jiwan. ㅡ Diz papai Jungoo. ㅡ está tudo bem limpinho, para o meu neném.

Jongin me olha apreensivo e eu entendo o que seu olhar me diz. Eu assinto apenas para ele, então junto minha pouca coragem para enfim falar.

ㅡ Nós temos algo para contar. ㅡ aviso.

No mesmo instante a casa fica silenciosa e todos os olhares estão sobre nós dois.

ㅡ Não me diga que vocês-

ㅡ Nós vamos ter um bebê. ㅡ Interrompo Tio Yoon e vejo o modo em como os olhos dele se arregalaram.

ㅡ O quê? ㅡ Papai Jungoo fica de pé e óbvio, ele já tem a mão sobre o coração. ㅡ Mas... não. Espera, como você pôde engravidar o meu filho? ㅡ ele aponta o dedo para Jongin, que engole em seco no mesmo instante.

ㅡ Calma pai. ㅡ digo.

ㅡ E como você sabe que ele quem engravidou? ㅡ Papai Hyun põe a mão sobre a cintura. ㅡ Jongin também pode estar grávido.

ㅡ É verdade... ㅡ papai Minie diz, ainda perdido.

ㅡ Quem está grávido? ㅡ tio Tae grita a pergunta, apontando o chinelo para nós dois.

ㅡ Ninguém. ㅡ Jongin riu e eu tento me conter para não fazer o mesmo. ㅡ o nome do nosso bebê é mingau, chegará essa tarde. ㅡ falou rindo.

ㅡ Que tipo de bebê se chama mingau? ㅡ papai Jungoo perguntou, exasperado ㅡ e porque ele vai chegar?

ㅡ Você não está grávido? ㅡ Papai Hyun perguntou me olhando. Negei ainda rindo baixo. ㅡ garoto, você sabe que eu fiz um transplante de coração, não é? Quer que esse coração também estrague?

ㅡ Quem é mingau? ㅡ papai Minie pergunta.

ㅡ É nosso gato, papai. ㅡ falo rindo. ㅡ desculpa, mas eu tinha que ver a cara de vocês achando que teríamos mesmo um bebê.

ㅡ Seu palhaço! ㅡ Papai Jungoo deixa um tapinha no meu ombro, me fazendo rir mais.

ㅡ Adotamos Mingau pela internet, uma ONG aqui de Seul nos trará ele. ㅡ falo olhando para Jongin, mas ele ainda tem os olhos arregalados para mim, sei que espera para que enfim eu fale o que ele tanto teme. ㅡ Eu e Jongin alugamos um apartamento para morarmos com ele aqui em Seul.

ㅡ Vocês não ficarão conosco? ㅡ Tio Yoon pergunta, Jongin nega olhando-o.

ㅡ É quinze minutos daqui, papai. Ele fica mais para o centro, escolhemos juntos. ㅡ Jongin responde-o.

Nossos pais ficam em silêncio, o que nos faz ficar um tanto receosos. Deveríamos ter pedido permissão? Mas somos adultos.

ㅡ Tudo bem, tudo bem... ㅡ tio Yoon diz, olhando para tio Tae e tio Hobi, que assentem junto a si. ㅡ mas poderemos ir visitá-los, não é?

ㅡ A hora que quiserem. ㅡ Jongin garante. ㅡ só queremos dar um passo a mais como casal, vocês entendem, não é?

Tio Yoon ainda parece bastante abalado, talvez só surpreso, mas assente outra vez, sorrindo no fim.

ㅡ E como é esse apartamento? ㅡ papai Hyun diz. ㅡ Por que não pediu um dos tantos que eu tenho? Você sabe que seu nome rege muitos prédios aqui em Seul.

ㅡ Exatamente por isso, papai. Queremos tentar ser adultos sozinhos, sem o dinheiro de vocês.

ㅡ Mas todos eles são seus! Você e Theo são meus herdeiros.

ㅡ eu sei. ㅡ sorri aproximando-me e abracei-o pela cintura. ㅡ mas achamos que assim seria melhor, entende? Nós queremos entender o que é ser adulto, trabalhar, pagar boletos, essas coisas chatas.

ㅡ Tudo bem. ㅡ ele sorriu deixando um beijo em minha testa.

ㅡ então não irá querer mais a nossa mesada? ㅡ papai Minie pergunta com os olhos sobre mim.

ㅡ Bem... não é totalmente assim. ㅡ rio junto a Jongin. ㅡ Ainda não temos um emprego aqui. Quer dizer, eu não tenho, já que Jongin vai começar a trabalhar com o tio Hobi. Mas queremos testar aqui o que vivemos em Paris. Mas precisarei da mesada no início.

ㅡ Não se preocupe com isso, ainda continuaremos a depositar todos os meses. ㅡ Papai Hyun garante.

ㅡ Vocês foram felizes em Paris? ㅡ Papai Minie perguntou. Assinto rapidamente, aproximando-me do meu namorado e sentindo sua mão buscar a minha de imediato. ㅡ Espero que aqui sejam tão felizes quanto, nós estaremos sempre apoiando vocês. E estaremos ajudando também, não se preocupe.

Vou até ele e abraço-o, me sentindo inteiramente em casa e cuidado. Logo sinto o abraço de todos se agruparem a nós. Jongin também nos abraça e é gostoso nos sentir assim, porque significa que estamos em casa outra vez.

[...]

O apartamento em que eu e Jongin alugamos não passava de um quarto, uma sala integrada a cozinha, um banheiro e uma janela enorme que podíamos imaginar ser nossa varanda e assim ver Seul.

Percebemos os olhares curiosos quando nossos pais foram lá, mal cabiam todos de uma só vez na sala, então sempre ficava um ou dois de pé e na cozinha.

ㅡ É aconchegante. ㅡ papai Minie olhando ao redor.

E de fato era. E ele foi o nosso lar por muitos meses, muitos mesmo.

Eu, Jongin e Mingau fomos muito felizes ali.

Mas como tudo pode mudar numa manhã, a nossa mudou bruscamente depois de um enjoo brusco que tive.

Poderia não ser nada. Talvez fosse para ser nada porque não planejávamos nada daquilo, mas após fazer um teste de gravidez, tive o positivo entre os dedos, e aquilo me deixou completamente amedrontado.

ㅡ Eu não vou contar, você quem vai. ㅡ logo falei olhando para os olhos assustados de Jongin.

Já estávamos juntos a cinco anos, Jongin continuava trabalhando com tio Hobi e eu estava começando a dar certo como escritor. Meus livros online faziam muito sucesso e a cada novo dia, mais leitores me conheciam.

E foi o convite de publicar meu primeiro livro físico que me fez ficar feliz. E com o convite, eu e Jongin comemoramos muito.

Talvez tenhamos bebido um pouco de vinho a mais do que sempre bebemos e talvez tenhamos feito amor no meio da sala, o que acarretou completamente sobre o esquecimento de usar proteção. E o resultado final daquele ato agora estava dentro de mim.

ㅡ tio Kook vai ser avô... ㅡ Jongin falou cobrindo a boca assustado, ainda me olhando. ㅡ ele vai me matar!

ㅡ Ele vai sim. ㅡ falei respirando fundo, tentando me acalmar. ㅡ Você está feliz com isso?

Jongin ajeitou a postura e me puxou para perto de si. Estávamos sentados no nosso único sofá em nossa sala minúscula com nosso gato deitado em nossos pés, mas ele respirou fundo antes de assentir, sorrindo doce e me fazendo sorrir também, ainda nervoso.

ㅡ Não estávamos planejando nada disso, mas é o nosso amor e ele agora está bem pequenino dentro de você.

Jongin repousou a mão sobre minha barriga que nem sequer mudou ainda. Meus olhos foram direcionados ao toque, então repousei minha mão sobre a dele e sorri mais.

ㅡ Então teremos um bebê, Jonginie... um bebê feito do nosso amor.

Jongin assentiu, me abraçando forte e me beijando com a euforia que, aos poucos, ia nos preenchendo.

Estávamos de fato felizes, mas isso não anulava o medo que nos assolava de como teria que contar aos nossos pais.

Decidimos reunir todos os nossos pais e eles resolveram que fariam uma pequena reunião na casa dos meus sogros. Estavam, tio Tae, tio Hobi, tio Yoon, papai Hyun, papai Jungoo e por fim, papai Minie. Todos agrupados no centro da sala e nos olhando.

ㅡ O que querem contar? ㅡ tio Hobi perguntou enquanto bebia um pouco de cerveja.

Papai Jungoo também bebia um pouco de vinho, assim como o papai Hyun, mas o restante, estavam apenas nos olhando.

Jongin e eu estávamos sentados de frente, então Jongin segurou forte minha mão e outra vez eu tive que reunir a coragem que tinha em mim para falar.

ㅡ Vamos ter um bebê. ㅡ eu disse por fim.

Todos ficaram quietos, apenas nos olhavam, e o tio Yoon e papai Jungoo até riram.

ㅡ Outro gato? ㅡ tio Tae perguntou.

Nós não respondemos de imediato, eu olhei para papai Jungoo que parava de rir ao mesmo tempo que se focava no meu rosto, e logo ele estava completamente sério.

ㅡ Você não está falando de outro gato, não é? ㅡ ele perguntou.

Neguei.

ㅡ Minha nossa! ㅡ papai Minie, Hyun e tio Hobi falaram em uníssono, cobrindo o rosto com as mãos

ㅡ Você... ㅡ papai Jungoo olhou para Jongin. ㅡ Você pôs de verdade um bebê no meu filho? ㅡ seu rosto começava a ficar vermelho.

ㅡ Você pôs um bebê no Jiwan? ㅡ tio Yoon ficou de pé, igualmente apontando um dedo para Jongin.

ㅡ Ele não fez isso sozinho... ㅡ reclamei, defendendo o meu amor e olhando para ambos.

ㅡ Eu vou dar um cascudo nesse moleque! ㅡ papai Jungoo avisou olhando para o papai Minie.

ㅡ Você não vai bater no meu filho. ㅡ tio Tae falou se pondo na frente. ㅡ mas eu vou. ㅡ e buscou a sandália que calçava e olhou em nossa direção. ㅡ Você fez um bebê? ㅡ gritou a pergunta.

Nós fizemos, tio Tae. ㅡ falei outra vez, encarando-o. ㅡ vocês querem, por favor, sentar e ficar calmo? ㅡ olhei para todos.

Papai Jungoo e tio Yoon, junto a tio Tae, ainda olhavam unicamente para Jongin. Papai Hyun, Minie e tio Hobi permaneciam petrificados, com o semblante mais assustado possível.

Eles sentaram enfim, voltando a nós encarar de frente e isso me faz rir baixo, com a lembrança da primeira bronca que eu e Jongin recebemos por fugir para uma festa ainda jovem demais.

ㅡ Papais, tios... nós estamos juntos a anos, Jongin está financeiramente estável e eu estou publicando meu primeiro livro... Talvez ainda não seja o suficiente para criar um bebê, eu sei, mas continuaremos tentando crescer na vida e dar o melhor para esse pedacinho que existe agora em mim.

Vejo papai Minie prender o choro, inclinando a cabeça para o lado enquanto deposita a mão sobre o coração.

ㅡ Nós estamos felizes. ㅡ contínuo. ㅡ Não foi algo que tenhamos planejado para agora, mas aconteceu, fizemos esse bebê juntos, então, por favor, fiquem felizes por nós dois... Jonginie e eu seremos pais, vocês serão avós... isso é motivo de alegria.

O silêncio de todos, se espalha pela casa. Estou aflito, ainda sinto medo, mas após se entreolharem, vejo tio Yoon assentir, voltando a nos olhar e sorrindo.

ㅡ Tudo bem... ㅡ ele falou, sua voz já começava a embargar.

Sorri e Jongin foi ao encontro de seu pai, abraçando-o e bastando apenas aquilo para fazê-lo chorar de vez.

Olhei para meus pais e papai Minie sorria ainda controlando o choro. Ele se ergueu e abriu os braços me chamando. Fui até ele de imediato, sendo abraçado forte.

ㅡ Você é o meu orgulho, meu amor. ㅡ ele disse baixo, fungando, e deixou um beijo em minha bochecha. ㅡ será um bom pai, tenho certeza disso.

Papai Minie deixou que suas lágrimas escapassem, então tratei de limpá-las, voltando a abraçá-lo forte, sentindo-me ainda mais feliz.

Papai Hyun também veio para o abraço, me beijando no topo da cabeça e dizendo que tudo ficaria bem e que estava feliz pela notícia.

Por último foi o papai Jungoo. Quando meus pais me soltaram e eu o olhei, percebi como ele olhava fixo para o nada e como seus olhos arregalados estavam repletos de lágrimas.

Temi que agora ele estivesse triste comigo, decepcionado ou algo assim, mas decidi me aproximar ainda incerto, tocando-o sobre o ombro e olhando-o nos olhos.

ㅡ Você está triste? ㅡ perguntei baixo. Papai Jungoo piscou, fazendo suas lágrimas rolarem. ㅡ Eu te decepcionei, papai?

Ele sorriu grande, negando devagar e me buscando para um abraço forte.

ㅡ Eu nunca me decepcionaria com você, meu amor. ㅡ o abraço é quente, me fazendo enfim chorar também, mas ele me afasta devagar e limpa minhas lágrimas, ainda sorrindo e me olhando. ㅡ Estou imensamente feliz, você não faz ideia. ㅡ dita beijando minha testa, então olha para minha barriguinha ainda sem volume, tocando-a de leva. ㅡ Com quanto tempo está?

ㅡ Ainda não sabemos... fizemos o teste hoje de manhã.

ㅡ Você me trará meu primeiro neto. ㅡ ele riu tocando minha bochecha. Eu sorri com a fala, mas os olhos dele desviam para Jongin e então ele o chama com um leve inclinar de cabeça. Jongin vem ainda com medo, mas papai Jungoo também o abraça, o que faz ele abrir os olhos e me olhar assustado. ㅡ Você terá duas responsabilidades agora, entendeu? ㅡ Ele o encara. ㅡ Cuide bem deles ou eu mesmo faço pedacinho de você.

Jongin riu, assentindo, mas papai Jungoo abraçou-o outra vez.

ㅡ Vocês enfim vão casar? ㅡ Tio Hobi pergunta.

Jongin me olha, o que me faz ficar rubro no mesmo instante. Não necessariamente precisamos nos casar para sermos uma família, mas Jongin já me pediu em casamento três vezes, todas sem muito preparo, mas sempre verdadeiras. E eu sempre dizia sim, mas não nos programamos para casar de fato, sequer tínhamos alianças, porque isso era um plano distante ainda.

ㅡ Acho que já está na hora. ㅡ falo vendo como os olhos de Jongin se abrem junto ao sorriso. ㅡ vamos nos casar, amor. ㅡ digo olhando-o.

Meu namorado ㅡ ou noivo agora ㅡ assente, respirando fundo e eu sei que ele está tão feliz quanto me sinto agora.

Nossa família e nossas vidas estavam tomando rumos completamente maiores agora.

[...]

Eu sempre pensei que após enfrentar meus pais, tudo ficaria mais calmo, mas não foi bem assim.

Os meses seguintes foram bastante difíceis, principalmente para mim.

Tivemos que nos mudar, e eu tive que aprender a lidar com os enjoos, os quilos extras e a barriga aumentando. As dores constantes em minhas costas e pés, ao novo apartamento, o que me atrasou um pouco na organização do meu segundo livro físico que seria publicado depois do nascimento do bebê, e que já começava a ter seus primeiros capítulos escritos.

ㅡ Estou exausto. ㅡ Jongin falou adentrando o quarto e retirando o terno que usava. Ele havia acabado de chegar do trabalho. ㅡ Comeu algo? ㅡ perguntou puxando a gravata para fora.

Neguei, estava sentado sobre a cama e fazia de minha barriga de oito meses, apoio para meu notebook enquanto escrevia.

ㅡ Precisa se alimentar bem, anjo. Você e nossa garotinha precisam ficar fortes.

Deixei o notebook de lado e toquei minha barriga. Nossa pequena Nari estava com cerca de três quilos e quase cinquenta centímetros. O final da gravidez era difícil para qualquer coisa que eu quisesse fazer, e até mesmo o papai Minie havia me avisado isso, mas não deduzi que seria tanto assim.

ㅡ Eu sei. ㅡ falei cansado, me erguendo com um pouco de dificuldade, apoiando a mão em minhas costas que de instantâneo doera e rumei para a cozinha. ㅡ Farei algo para nós.

ㅡ Nada disso. ㅡ Jongin me seguiu e me levou para dentro de seu abraço. Beijando minha bochecha enquanto Nari remexia dentro de mim, nos chutando em conjunto. ㅡ Vamos sair para jantar, o que me diz?

ㅡ Sair comigo assim? ㅡ perguntei com um bico. ㅡ Estou um trapo...

ㅡ Você está lindo, meu amor. Vamos sair um pouco, comer fora e depois fazemos um passeio, o que me diz? Eu sei que não tenho tido muito tempo aqui com vocês, mas sinto falta de cuidar de vocês um pouco, me permite passar esse tempinho com vocês, por favor.

ㅡ Tudo bem... ㅡ sorri e beijei-o.

Jongin aquela noite me levou para comer massa, o que foi muito bom porque eu estava com muita vontade de comer macarrão. Depois passeamos por Seul e ainda fomos a algumas lojas que se mantinham abertas e compramos algumas coisas para nossa filha.

Ele continuou tentando chegar um pouco mais cedo nos dias seguintes daquele também, e era bom tê-lo em casa, me fazia sentir-se bem, após horas de indisposição. E quando enfim o nono mês chegou, ele pediu para que tio Hobi deixasse-o ficar um pouco em casa, permitindo assim, que ele trabalhasse de casa.

É claro que tio Hobi permitiu, papai Minie e tio Tae vinham todos os dias cuidar de nós dois, mesmo eu dizendo que ainda conseguia cuidar da minha casa e do meu noivo.

Entretanto, numa certa manhã, enquanto estávamos eu, Jongin, Papai Minie, tio Tae e até mesmo tio Jin assistindo a algo bobo na TV, eu reparei com Nari estava quieta demais dentro de mim. Ela costumava ser bastante ativa e me chutava de todos os modos que conseguia, mas ela estava quieta e aquilo me deixou bem assustado.

ㅡ Seu avô disse que é normal. ㅡ tio Tae respondeu para Jongin, logo após perguntar para o vovô Kim, que, assim como foi para meus pais, estava sendo meu médico também. ㅡ Jiwanie está no final da gestação, Nari está prevista para chegar em alguns dias, então tudo bem ela ficar quietinha. Mas ele disse que continuemos a monitorar os batimentos, certo?

Meu coração se acalmou um pouco naquele instante, e logo voltamos a assistir a um filme bobo que passava. Papai Minie estava lavando a louça quando eu saí do quarto, eu mesmo havia dito que lavava, mas provavelmente ele não me deu ouvidos.

ㅡ Papai... ㅡ reclamei me aproximando. ㅡ eu disse que eu lavava.

ㅡ Está tudo bem, anjo. Vá sentar um pouco, deve estar cansado.

Bufei, mas não tinha como tirá-lo dali. Tio Tae e tio Jin arrumavam a sala, então eu estava voltando para o quarto. Porém, talvez só tenha conseguido dar três passos no máximo, até que senti minha bolsa rompendo.

Meu olhar foi guiado para baixo e logo vi a pequena poça de líquido bem abaixo de mim, enquanto que por minhas pernas descia ainda mais.

Todos pararam o que faziam e me olharam assustados. Era para ter calma, sequer sentia dor até ali, mas logo em seguida o desespero veio e tudo o que eu sabia fazer era rir dos meus tios e meu pai gritando para tentar me deixar calmo.

ㅡ Mas eu 'tô calmo. ㅡ falei quando me puseram no carro. Jongin vinha atrás com uma câmera enorme nas mãos e minha mala e a de nossa filha nos braços.

ㅡ Com licença. ㅡ ele pediu para papai Minie, retirando-o da minha frente e apontando a câmera para minha cara. Logo vi o flash, e mesmo que minha visão estivesse um pouco turva por causa daquilo, ainda vi o sorriso grande que ele tinha nos lábios. ㅡ para recordarmos o momento. ㅡ explicou guardando a câmera e me dando um beijinho nos lábios.

Assim que chegamos a maternidade, todos estavam lá. Absolutamente todos.

Talvez toda a sala de espera estivesse lotada com apenas a nossa família. Papai Jungoo já chorava, o que nem era mais surpresa, e tio Yoon tinha a pontinha do nariz vermelha. Eles nos abraçaram e me disseram palavras boas enquanto me afagavam sobre a bochecha e a barriga.

A primeira contração veio naquele mesmo momento, mas não foi nada forte demais. O vovô Kim logo veio para me levar para a sala onde esperaríamos a pequena Nari nascer, e foi bastante claro quando disse que apenas duas pessoas eram permitidas lá comigo.

Todos queriam entrar, isso era um fato. Mas logo segurei firme a mão do meu noivo, Jongin tinha que estar lá comigo, era filha dele e eu precisaria do seu apoio e de sua força, então entre nossos tios e pais a briga se sucedeu por longos minutos, até que eles permitiram que o papai Jungoo entrasse conosco.

Eu já estava na sala e fazia cerca de duas horas que vinha sentindo contrações constantes.

ㅡ Ainda falta dilatar, está apenas com cinco centímetros.

ㅡ Eu não vou aguentar! ㅡ falei olhando-os, mas Jongin segurou firme em minhas mãos.

ㅡ Você é forte, amor. ㅡ Foi papai Jungoo quem disse.

Ele estava mais pálido que o normal, mas estava me dando força.

Demorou outras cinco horas até que eu estivesse gritando a todos os pulmões com as dores que tinha intervalos de no máximo dois minutos.

Papai Jungoo tinha os dedos amassados por mim, eu apertava-o tanto quanto a dor que me fazia gritar. E ele e Jongin só tinham a aguentar aquilo comigo.

ㅡ Ela está encaixada, consigo senti-la. ㅡ Vovô Kim disse. Jongin estava ao lado do médico, com a mão esticada para que eu a segurasse e com os olhos arregalados, à espera da nossa filha. ㅡ quando vier a vontade de forçar, ponha toda a sua força e empurre. ㅡ o vovô pediu.

Eu assenti, Jongin gravava tudo, mesmo que torto e com certeza, trêmulo, mas o grito que eu dei fez com que se assustasse e no mesmo instante ele correu e ficou grudadinho ao meu lado, entregando a câmera a uma enfermeira que estava ali e me beijando na bochecha, colando o rosto ao meu.

ㅡ Você nunca mais vai colocar um bebê em mim! Nunca mais. ㅡ eu gritei fazendo força.

Ele assentiu rapidamente, intercalando o olhar de mim para o médico.

ㅡ Você consegue, amor. Você é forte, empurre. ㅡ ouvi sua voz me incentivando.

Fiz força por diversas vezes, sempre parecia difícil demais de chegar ao fim, mas quando enfim chegou, quando eu enfim pude ouvir o som do choro melodioso da minha Nari, toda a dor cessou e meu coração derreteu. Abri meus olhos para fitá-la com clareza e vi quando o vovô Kim assegurou-a sorrindo, deixando suas próprias lágrimas descerem. Ele a trouxe para mim com cuidado e colocou-a em meus braços. Papai Jungoo ao lado tinha ainda os olhos arregalados, mas seu sorriso também era grande.

Jongin chorava alto, apenas olhando para mim e Nari juntinhos e de perto, e naquele momento o meu amor pela nossa família só aumentou.

Vovô Kim continuava olhando para a bebê, ele estava se tornando bisavô naquele momento, e com certeza era um grande marco para a sua vida.

Depois que terminamos e que eu pude ir para o quarto já com minha filha nos braços, e um a um dos que estavam na sala de espera, veio até nós, fazendo um silêncio absurdo para não assustá-la.

Tio Yoon voltou a chorar baixinho, fazendo-me rir junto ao meu sogro, Hoseok.

ㅡ Ela é tão linda. ㅡ papai Minie falou baixo, olhando-a de perto e fungando. Seu rosto estava completamente lavado por lágrimas. ㅡ me lembra você quando nasceu, meu amor.

ㅡ Realmente parece muito. ㅡ papai Jungoo disse.

Todos demoraram olhando-a e falando os traços meus e de Jongin que se misturavam ali.

Meus irmãos e primos também estavam ali, e se aproximaram para vê-la. Noram abraçou forte Jongin, deixando tapinhas em suas costas e dando-lhe os parabéns, enquanto as minhas irmãs de derretiam em choro, junto ao papai Minie.

ㅡ Ela tem os seus olhos, oppa. ㅡ Jisoo falou, deslizando os dedos pelo cabelinho ralo e liso de Nari. ㅡ como se sente?

ㅡ Feliz. ㅡ Olhei-a, e vi Jennie se aproximar para ver Nari também. ㅡ acho que nunca senti felicidade comparada.

ㅡ Doeu muito? ㅡ Jennie perguntou.

ㅡ Como o inferno. ㅡ ri baixo.

ㅡ Mesmo? ㅡ Alisha também se aproximou.

ㅡ Uhum.

ㅡ De zero a dez?

ㅡ Dezenove. ㅡ ri outra vez, vendo-a olhar para Noram e arregalar os olhos.

ㅡ Mas é uma dor que vale a pena sentir, olhe só como a causadora é linda. ㅡ Jieun falou abraçando Taehyun.

ㅡ Agora é sua vez. ㅡ falei para ela, e olhamos juntos para o papai Jungoo, Taehyun riu, pois sabia que levaria uma bronca ainda maior se caso fizesse isso com minha irmã.

Mas no fim, o papai Jungoo amolecia. Ele sempre amolecia.

Vi quando Jongin entregou a câmera para o tio Hobi e ouvi-o pedir para que ele gravasse um vídeo nosso com nossa pequena bebê. Todos se afastaram, o ele sentou ao meu lado na cama. Tio Hobi gravou cada partezinha que Jongin mostrava da bebê, tão bobo quanto cada um que estavam ao redor.

E ouvi o suspiro de todos quando ele repousou a mão dela no centro da sua.

ㅡ Eu com certeza irei pintar isso. ㅡ papai Minie falou, sendo abraçado pelo Jungoo.

[...]

Já havia recebido alta junto a Nari e estávamos de volta a nossa casa. Papai Minie faltava babar sobre a netinha no berço, enquanto papai Jungoo e Jongin conversavam sobre os cuidados que ela precisaria ter.

ㅡ É tão pequena, papai. ㅡ parei ao lado de papai Minie. ㅡ eu ainda tenho medo, ela parece um cristal, é delicada.

ㅡ Não tenha medo, amor. Você está indo muito bem com ela.

Quando todos nos deixaram a sós, - a sós quer dizer que papai Minie e tio Yoon estavam na sala - Jongin sentou-se ao meu lado na cama, ainda olhando nossa filha que repousava no berço.

ㅡ Quem diria, não é? ㅡ falou me abraçando pelos ombros. Deitei minha cabeça e suspirei.

ㅡ Acho que todos diriam, amor. ㅡ falo sorrindo. ㅡ até mesmo quem está lendo a nossa história agora. Eles nos viram ser almas ligadas ainda bebês, era predestinado.

Jongin riu e assentiu.

ㅡ E bebês são algo que sempre existirá nessa história.

Ele riu alto com sua própria fala, mas cobriu a boca quando notou Nari resmungar no berço.

ㅡ Me desculpe, princesa. ㅡ sussurrou.

Jongin se ajeitou melhor ao meu lado, me abraçando com ainda mais força, e manteve-se em silêncio. Eu sentia as pontas dos dedos dele me afagarem sobre o ombro, enquanto ainda olhávamos para Nari. Nosso gato estava deitado na ponta de nossa cama, e parecia que até mesmo Mingau admirava a leveza do sono da bebê.

ㅡ Você quer casar comigo? ㅡ perguntei-lhe.

Jongin manteve-se quieto, mas riu no fim.

ㅡ Para sempre.

ㅡ Que tipo de resposta é essa? ㅡ olhei-o sorrindo.

ㅡ Quero para sempre me casar com você. Ser o seu par nessa e em todas as vidas que teremos pela frente.

Ri e assenti, voltando a olhar para nossa filha.

ㅡ Que seja para sempre então.

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