Capítulo 19
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O que eu precisar fazer para tê-lo finalmente, irei fazer, assim ele me permitir.
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Depois que Jungkook e Jimin se acertaram, as coisas se apaziguaram. Por parte do alfa, a única coisa que faltava era poder tomar os lábios do outro com vontade, mas o ômega ainda estava com aquele papo “ Nada de beijos, senhor Jeon.” Jungkook já estava arrancando os cabelos, não aguentava mais olhar no rosto do mais novo e não reparar como seus lábios eram carnudos e avermelhados, principalmente quando ele os mordia, inerte em seus pensamentos. Fazia uma semana hoje, que Jungkook tentava dar pelo menos um selinho em Jimin. Nesse exato momento, Jungkook dividia seu carro, acompanhado pelo secretário, indo em direção ao Estádio Coreano para treinarem.
Os jogadores do time coreano estavam a todo vapor, treinando seja em casa sozinho ou marcando encontros com alguns jogadores e fazendo um pequeno jogo entre eles mesmo. Hoje seria a primeira vez que iriam treinar no estádio juntos. Iriam por táticas e passes juntos.
– Jimin, terei horário livre de tarde ? – Jungkook perguntou suspirando fundo, já imaginando o cansaço que iria sentir após o treino.
– O senhor estará livre começando das 16:30 e às 19:15, se o senhor quiser comparecer aquela coletiva de imprensa, estará ocupado. – respondeu simpático, olhando fixamente para o Ipad.
– Gostaria que você marcasse nesse horário uma sessão de massagem. – pedi virando quase as últimas ruas para chegar no destino.
– Q-qual casa de massagem o senhor deseja? – ele perguntou finalmente me olhando, e eu segurei um sorriso ladino.
– Ah, aquela mesmo. Meus amigos dizem que ela é boa. – fingi pensar. – Qual o nome mesmo? Ah, Body Relax.
– Ok. – ele respondeu seriamente enquanto digitava. Parecia que aquele trabalho era árduo.
É óbvio que eu não vou nessa casa de massagem. E acalmem-se, só efetua o pagamento quando finaliza o tratamento, para não dizerem que eu desperdiço dinheiro. Esse lugar chamado Body Relax é uma casa normal de massagem, mas também é um lugar conhecido como um bordel embutido. E também bem visitado por várias pessoas com nomes grandes. Nunca fui naquela área, somente fiz a massoterapia e fui embora. Mas parece que ao ouvir isso dos meus lábios, Jimin ficou tenso.
– Chegamos. Olha se você quiser pode ficar lá em cima. – Me referi na área VIP onde ele teria mais conforto. E também eu já estava me precavendo de olhares de outros alfas em cima dele. – Ou fica na arquibancada me vendo treinar.
– Sim, senhor Jeon. – ele disse desligando o Ipad e tirando os cintos assim que desliguei o carro naquele extenso estacionamento.
Saímos do carro indo em direção aos outros jogadores, dando de cara com Hoseok, que também era jogador, Yoongi e um jovem da estatura do jogador que ele acompanhava.
– Bom dia, Coelho. – Yoongi falou dando seu sorriso ladino assustador quando ele semicerra os olhos. – Esse aqui é Kim Taehyung, o secretário do Hobi.
– Prazer, senhor Jeon. – o jovem amorenado se curvou minimamente.
– Jungkook você sabe que como é o capitão devia ser o primeiro estar aqui, não é? – Hoseok falou bem na hora em que eu iria cumprimentar o seu secretário.
– Prazer é todo meu, senhor Kim . – respondi simpático para o mesmo e em seguida olhei para meu amigo que estava perplexo por ter sido ignorado. – Hobi-ah, menos. Eu sou o capitão, não o porteiro.
– Bora, bora, bora. Todo mundo indo em direção ao vestiário, trocando de roupa e pulando pro campo. – apareceu o técnico do time gritando alto e em um bom tom, na verdade em perfeito tom. Então todos nós seguimos para onde fomos mandados.
Me despedi brevemente de Jimin, deixando ele e o tal Taehyung, que seguiram para algum lugar. Já estávamos todos nós vestido adequadamente para o treino, quando um colega chegou me abordando com um sorriso faceiro.
– Jeonzinho, que pedaço de mal caminho é aquele que você chama de secretário? – ele se apoiou no armário me olhando arteiro.
– O que quer dizer com isso? – fechei o armário e passei a olhar profundamente para ele.
– O secretário gostoso que você... – O empurrei fazendo com que as costas batessem com força e segurei a gola da sua camisa.
– Você dobre sua língua e meça suas palavras ao falar dele. Você é muito corajoso, não acha? – Falei entredentes deixando minha voz de lobo soar, deixando ele assustado.
Ele apenas assentiu engolindo em seco, então afrouxei o aperto que fiz em sua gola, o soltei e segui andando até o campo carregando o grande enorme saco de bolas para treinar. Fui o primeiro a chegar lá, jogando o saco no chão e desamarrei o mesmo e peguei uma bola. Me fazendo lembrar do meu passado.
Eu me lembro que uns anos antes, que não eram poucos, estimo ter quase doze anos, quando eu vi pela TV um anunciação de uma partida de futebol que iria acontecer em Seul. Eu ainda morava em Busan e como eu era digamos que humilde, fiquei apenas na vontade. Aquilo tinha me cativando bastante. Meu pai estava terminando a faculdade de medicina dele, já que quando ele era mais novo não teve essa oportunidade, quando soube que haveria uma prova que dependia de seus pontos para ingressar uma faculdade, ele não hesitou e a fez. Meus pais e eu não passávamos dificuldades, mas também não podíamos extravagar. Um menino de quase dezesseis anos querer ir para Seoul sozinho, passar dois dias lá, fora a alimentação e estadia, era de mais para os bolsos dos meus velhos. Mas ainda era só um pensamento que eu tinha.
Quando eu completei dezessete anos que eu pude ver o que eu realmente queria. Ser jogador de futebol. E com ajuda da minha mãe e de Yoongi, eu consegui. Meu pai quando soube dessa ideia não gostou nem um pingo. Primeiro que para ele não existia faculdade melhor para mim do quê medicina, já que minhas notas eram boas e eu era um aluno dedicado. Ele não me impediu, mas também não me tratava como antes, dizia que como eu era homem o suficiente para ir contra a palavra dele, eu também era homem para me virar sozinho. E assim foi até hoje. Estou aqui por méritos próprios, não tive muitos problemas financeiros já que não deixei de trabalhar durante minha juventude.
Saindo dos meus pensamentos, que já tinham ido muito além, pude ver Jimin se sentando na arquibancada, percebi que o mesmo me olhava, cruzou as pernas e o braço. E como um fleche de luz, minha mente teve uma ideia.
Se eu não pegar ele hoje, não pegarei nunca.
– Jeon, retornará como zagueiro. Então pelo amor, me diz que tomou todos os suplementos, fez exercícios, remédios e idas ao hospital. – meu técnico perguntou em meio de campo.
– Sim, Wonho. Fiz tudo que me foi designado. Sem preocupações. Posso garantir essa posição novamente. – O garanti.
– Ótimo, vocês já sabem as posições de vocês, então vamos treinar, cambada. – ele gritou para os outros jogadores e assim começamos a treinar.
De início, fizemos um exercício coletivo, fizemos polichinelos, agachamentos, pequenas corridas pelo campo. Após isso, tentávamos conseguir fazer nossos melhores passes. A chave final para os últimos minutos de jogo, dependia de todos, precisávamos ganhar, ou iríamos entregar a taça de mão beijada.
Paramos um pouco para beber água, mares de suor estavam sobre nossos corpos e nos rostos. Percebi o olhar de Jimin sobre mim, enquanto ele olhava fingidamente para o IPad. Tirei minha camisa, ficando apenas de short. Bebi minha água, dei uma última olhada para ele, piscando um dos meus olhos e voltamos a treinar.
A todo momento eu sentia o olhar dele sobre mim, coisa que aumentava meu ego. Hoseok me olhava semicerrado, tanto ele como alguns outros jogadores. Podíamos tirar a camisa, não tinha algum problema nisso durante o treino. A coisa era que eu raramente fazia isso.
– Jungkook, você tá bem? – Hoseok perguntou enquanto eu estava chutando diversas bolas no gol, enquanto ele as posicionava em uma fileira.
– Tô, por que?
– Ah, sei lá. Você tá todo... – pensou. – Confiante. – ele disse e eu parei de fazer o que fazia apenas para o olhar.
– Como assim? Eu não sou confiante normalmente? – cruzei os braços.
– Jungkook. – ele falou rindo. – Primeira coisa, você não é de ficar exibindo seu corpo. Segunda coisa, você está se alisando de mais e além disso tá toda com a língua na bochecha. Você tá tramando algo.
– Cara, você acabou de fazer uma análise? Não é possível. – ri desacreditado.
– Me diz o que está acontecendo. – eu olhei para ele, arqueando minha sobrancelha. – Agora. Isso tudo é pelo Jimin, não é?
– Cara, já tem uma semana. Uma, que ele me perdoou mas não me dá um sinal. – Lamentei.
– Jungkook, relaxa. Você pode continuar tentando algo, mas se valorize. Não falte com respeito e saiba seus limites. – falou voltando a reposicionar as bolas na fileira.
Eu apenas assenti, me sentindo um ridículo pelas minhas atitudes. Não devia ter feito isso. Com certeza agora Jimin devia estar sentindo repulsa ou sei lá. O que mais ele poderia sentir de mim agora a não ser desprezo? Me rebaixei a esse nível de graça.
Voltei a treinar até dar o horário de almoçarmos, ficamos um pouco conversando sobre o jogo, outrora sobre o time adversário. Depois bateu no relógio, a hora de irmos para casa. Eu já estava exausto, não aguenta mais ficar em pé, só queria minha cama. Nós despedimos do pessoal e passei a andar até o estacionamento com meu secretário atrás de mim. Entramos no carro em silêncio e assim que coloquei a chave na ignição, Jimin segurou minha mão, me parando.
– O que deu em você hoje? – ele perguntou me olhando.
– Como assim? – Falei olhando para fora da janela.
– Você está estranho, Jungkook, como está seu cio?
– Jimin, que pergunta é essa? – tirei sua mão de cima a minha, deixando nítido meu desconforto por causa da pergunta. – Então quer dizer que eu não posso fazer nada sexual ou sei lá que droga, que eu posso estar no cio?
– Não é questão de fazer algo sexual e estar no cio, é questão que estamos falando de você, poxa. – Ele parou de falar apenas para me olhar. – Se você estiver fazendo isso por minha causa, pare imediatamente. A não ser que isso seja porque você quer, não pra me agradar ou sei lá o que. – falou e eu ri sem ânimo.
– Você acha mesmo que eu estaria fazendo isso apenas por você? – ele ficou pasmo. – Pois, está certo. Me desculpe eu só preciso de um tempo pra raciocinar.
– Jungkook...
– Você por favor poderia passar lá em casa pra terminar rapidinho aquele contrato? O Yeonjun está lá em casa, pode pega-lo e poderá ir pra casa descansar. – Falei ligando o carro, encerrando nossa conversa.
Dirigi calmamente pelas ruas, e bem que Jimin falou, meu cio já era para ter vindo há quase uma semana. Mas entendo o motivo do atraso, tomei vários supressores, por isso a suspensão temporária. Eu devia parar de tomar, ou diminuir a quantidade. Se eu ficar abusando de mais desses remédios, posso comprometer minha saúde. Entrando dentro do condomínio e deixando o meu carro no estacionamento da minha casa, entrei na mesma sendo recebido por senhora Kang, Yeonjun e meu filho. Dei um beijinho nas testas do pequeno, cumprimentei a mais velha e segui para o andar de cima, sendo acompanhado por Jimin. O mais novo tinha entrado no meu escritório, enquanto eu ia para o meu quarto. Estava totalmente cansado, mas havia algo estranho em mim, bem lá no fundo. Dei de ombros, afinal nem sempre devemos nos descabelar por coisas básicas. Nem me preocupei em recolher uma roupa antes de tomar banho, já que não serei interrompido por esse meio período. Entrei no banheiro, me despi e entrei debaixo do chuveiro caindo água gelada sobre minha cabeça, que estava a ferver.
Ah, se eu pudesse pelo menos beijar ele. Nem que saiba um selinho. Queria tanto beijar aquele pedacinho de mal caminho que eu considero essa falta como abstinência. Com certeza eu sou um mero carinha que recebeu um ser com uma grande capacidade nas mãos de conseguir hipnotizar, laçar, amarrar, prender ou sei lá mais o que, qualquer pessoa despreparada.
Ah, eu estou excitado. O que eu faço agora? Choro de angústia? Estou com tanto medo. Eu quero amar ele, mas ele não me permite. Estou no abismo? Sem ele, certeza não sou nada.
– Jeon? O senhor está bem ? – Jimin perguntava atrás da porta enquanto batia levemente na mesma.
– E-estou. Só preciso f-ficar sozinho. – Falei com dificuldade enquanto tinha as duas mãos apoiadas na parede, respirando fundo.
– Ok, então eu já estou indo embora. – ele respondeu, mesmo que eu tenha ficado triste já que ele não insistiu, agradeci por me entender.
Continuei uns minutos tentando regular minha respiração que estava alterada até então e a ereção que tinha se formado em mim. Terminei meu banho me enrolando num roupão que peguei dentro de uma gaveta da pia, vesti e sai do banheiro. Assim que cruzei a porta, senti uma pontada no pé da minha barriga próximo a virilha me fazendo cair no chão. Enquanto eu abraçava meu torso, tentei me apoiar na cômoda ao lado, mas sem sucesso, acabei caindo novamente no chão e levando algumas coisas que estavam na superfície do móvel. Logo vi a porta ser aberta brutalmente, dando de cara com um Jimin raivoso.
– Eu sabia. Você está entrando no cio, Jungkook. Que irresponsabilidade. – falou se aproximando de mim.
– Não, saia por favor. – pedi mas ele negou me puxando para me levantar. – Jimin, é perigoso. Saia daqui.
– Cala a porra da boca e tenta andar. – ele falou me deixando sentado na cama.
Ele passou a apenas me olhar enquanto eu me contorcia de dor. Parecia pensar em algo, eu não estava conseguindo racionar direito para tentar adivinhar o que era.
– O que você vai fazer agora? – ele perguntou me olhando. – Com o cio?
– Esperar passar, né? Q-que pergunta. – Falei colocando a mão por cima da minha intimidade que doía e vi o outro engolir em seco. – Saia, Jimin.
– Você passa sozinho? – continuou perguntando e eu assenti morrendo de dor. – Desde quando?
– Ah. – meu eu e meu lobo gemeu quando eu espontaneamente apertei onde eu segurava. – Para de fazer perguntas. Você não ver que eu tô em um momento indelicado?
– Você quer uma ajuda? – Ele perguntou apontando para mim.
– Jimin, eu não quero... Ah, caralho. – gritei de dor. – Não quero usar você apenas pra me satisfazer. Eu vou te machucar.
– Você não estará me usando e não vai me machucar. – ele disse se aproximando.
– Realmente não precisa. – Falei sentindo mais uma pontada na minha barriga.
– Você não me quer ?
– Quero. – gritei. – É o que eu mais quero. Mas eu não quero te machucar, posso perder o controle.
– Jungkook, me possua. – pediu manhoso e senti o seu cheiro no ar. Ele estava soltando seus feromônios.
– Jimin... tem certeza? Não quero que se arrependa.
– Absoluta. – ele falou sorrindo ladino se aproximando mais de mim.
Querido Lobo meu, hoje quem está no controle sou eu.
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Atenção para o próximo capítulo ok? Será +18, para quem não gostar, é fácil. Só pular 💜olha, vou dizendo a vocês que irei me esforçar, não sei fazer um Lemon, hot sei lá, digno de fazer borboletinhas na barriga, mas tentarei deixar legalzinho Kklkkk não criem expetativas , sera minha primeira vez.
ah mais uma coisinha...
se vcs repararam, Jungkook está sentimental hoje, já que seu cio estava perto. Ele estava numa guerra entre excitação e depreciamento, por conta do Cio.
Tá que eles dois, Jungkook e Jimin, vivem se auto rebaixando, mas dessa vez foi com um pouco mais pesado.
Não estou romantizando a pessoa se desvalorizar, não.
Apenas transmiti o que ele sentia naquela hora.
Se vocês também não perceberam, os dois são tudo com traumas que não sabem usar algo tão legal chamado Diálogo e resolverem essa parada.
🤔 e você usa o diálogo pra resolver suas paradas, Lupus? 🤔
Não estamos falando de mim. 🙄
Lupus ama você. 💜