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Quando você me teve em suas mãos, eu juro que sentir o maior impacto de todos.
E você podia notar no meu rosto e na maneira em que eu me movia, a quantidade de sentimentos que eu estava sentindo.
Eu juro que meu corpo derretia enquanto você me observava.
Eu poderia ter dado meia volta, ter tido mais um dia normal, mas ao invés disso suas mãos e seu rosto ficaram impregnados em meu cérebro
Eu gostei da forma que você lia os livros dos mesmo gêneros sempre.
Sentia que quando você fosse morrer você só teria lido mangás de terror, e não leria nenhum futuro livro meu.
Lembro de você me puxando pela mesas do refeitório, e de suas mãos cruzando os meus dedos.
Da sua energia até quando era uma tarde quente de verão.
E você gostava da maneira que observava você, mas eu não tive ideia disso por vários meses.
Naqueles meses sentia que trocava de pele sempre que você me tocava de novo, porque parecia uma sensação nova quando seus braços se encontravam em volta de mim.
Você sempre falava sobre como tinha medo de ser como seu pai, e como tinha medo que eu percebesse isso e não fosse te contar.
E eu sempre te contava sobre meu medo de ter 16 pra sempre, e de você nunca me contar quando estivesse agindo como tivesse 16.
Você tinha medo que eu não fosse mais espontânea, tinha medo que eu e meus olhos nunca mais te vissem.
E eu tinha medo que você e sua memória esquecessem de quem eu era.
Tivemos medos de tudo.
Até de nós dois juntos.
Por isso que o começo e o final de tudo, foi tão dolorido.