I'll be there: uma segunda ch...

By jakesumoon

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O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de I... More

Dedicatória
Prólogo
1. O apelo de Yeon
2. A nova vida de Rang
3. O acordo
4. Da água para o vinho
5. Eu sei do que estou falando
6. Nem tão bem quanto parece
7. No meu rosto bonito, não.
9. Brincando com fogo
10. Certezas e Incertezas
11. Um dia bom para recordar
12. Ligando os pontos
13. A rush, a glance, a touch, a dance.
14. A verdade dói
15. Prazo de Validade
16. Apenas sentimentos humanos
17. Tic- Tac
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)
18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 02)
19. Brothers Reunited
20. Fique comigo (PARTE 01)
20. Fique comigo (PARTE 02)
21. A pequena grande Mi-rae
22. Of course, I laugh
23. A intrusa
24. Agindo como uma raposa.
25. Moonchild Ballad
27. Sad Fate
28.Parting at the River of Three Crossings
29. I'll be there
30. Atos e consequências
31. Tudo tem um preço
32. É tudo culpa do Rang
32. Dias Dourados
33. That was everthing for me
Epílogo
I'll be there em "UM CONTO DE NATAL"
Um conto de Natal- Parte 1: Com amor
Um conto de Natal - Parte 2: O Karma
Um conto de Natal - Parte 3: Meu caro amigo secreto
Um conto de Natal: Epílogo

26. Eu sou melhor que ele.

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By jakesumoon

Quando todos chegaram no edifício de Yeon foram notificados para irem de escada pois estava com oscilação de energia. Rang e Yeon se entreolharam, sabiam que era Mi-rae. Yeon deixou os dois no início da escada e chegou lá mais rápido.

Mi-rae estava no colo de Ji-ah e não parava de chorar, dentro do apartamento Yu-ri varria estilhaços de vidro espalhados onde antes havia a porta da varanda.

- O que aconteceu aqui? - Yeon pergunta a Yu-ri andando em direção a filha e a Ji-ah.

- Papai! - a meia raposinha estendeu os braços.

- Eu tô aqui, minha princesa, o papai está bem.

Quando Rang e Yu-na chegaram, Yeon acalmava a filha em seu colo, ela estava agarrada nele com a cabeça em seu peito.

- Já estava perto do horário dela acordar, eu estava na cozinha com Yu-ri preparando o mingau quando ouvimos ela gritar no quarto. - Ji-ah disse colocando as pernas em cima do sofá, estava há um dia sem sentir enjoo, mas se sentia cansada, ainda mais depois do que aconteceu com Mi-rae. Yu-ri imediatamente foi até ela e ajeitou as almofadas em suas costas.

- Você tinha um dodói bem grande aqui. - a garotinha colocou o dedo no ombro esquerdo de Yeon. - E outro bem aqui. - ela seguiu apontando para a sobrancelha direita do pai.

- Foi só um sonho meu bem, eu estou bem. Vamos tomar o seu mingau? O papai conta uma história bem legal enquanto isso, okay? - Yeon saiu da sala pegando a mamadeira com Yu-ri e indo para o quarto com a filha.

- O que está havendo? - Yu-na perguntou se aproximando de Rang.

- A pirralha é um meia raposa, como eu, mas ela é bastante sensitiva, então esse sonho que ela teve, tem uma grande probabilidade de não ser só um sonho.

- Você acha que tem a ver com as almas que ele anda coletando? - Ji-ah indaga sentindo um aperto dentro do peito ao imaginar Yeon correndo risco novamente.

- Talvez, mas ela disse que eu também estava, então pode ser outra coisa, eu sendo humano o Yeon nunca me levaria para ir atrás da quarta alma com ele.

- Ji- ah, não se preocupe, o Yeon é uma raposa, não vai acontecer nada errado. - Yu-na disse ao perceber que a pergunta dela só deixou a grávida ainda mais aflita. Yu-ri foi se sentar ao lado dela.

- Ela dormiu, quando acordar, não vai mais se lembrar do que aconteceu. - Yeon disse entrando na sala. Todos pensavam que ele fosse se reunir a eles, mas passou direto, pegou o sobretudo azul marinho e saiu com a chave do carro na mão.

- Hyung, onde você vai?

- Ver uma pessoa, não demoro. - ele respondeu batendo a porta atrás de si.

Yeon sentiu um bolo formando na garganta, ia sair sem falar com ninguém, principalmente com Ji-ah, porque se a olhasse nos olhos, perderia a coragem de fazer o que planejava. Enquanto dirigia pensava na promessa que tinha feito a sua humana de não mais se envolver em coisas perigosas. Não sabia as consequências que isso traria para si, mas, era a única coisa que pensava para resolver todas essa situação.

- Yeon! - Hyun Eui-ong exclamou alegra ao vê-lo. - Como você está? E a Ji-ah? Você parece sério, aconteceu alguma coisa?

- Está melhor, eu preciso falar com a vovó, como está o humor dela hoje?

- Melhor que da última vez que esteve aqui.

- Vai servir.

Yeon entrou na sala de Taluipa, que estava concentrada digitando no computador, e a raposa antes mesmo que ela levantasse a cabeça falou de supetão:

- Eu quero falar com Yeomra.

- Yeon.

- Eu sei que é perigoso. Sei de todos os riscos, mas eu preciso falar com ele.

- O preço pode ser alto demais! Você não poder ser mais tão irresponsável.

O telefone de Taluipa toca. A raposa não conseguiu ouvir quem era do outro lado da linha e Taluipa manteve a expressão séria.

- Entendi. - foi a única coisa que Yeon ouviu ela dizer antes de desligar o telefone. - Você pode ir.

Com uma das mãos, a anciã abriu uma porta em seu lado esquerdo, de lá, o antigo espírito das montanhas pode ver apenas uma luz azulada.

- Tenha cuidado com o que você vai propor, filho.

Lee Yeon quase desistiu quando ouviu o apelo de Taluipa, ela estava realmente preocupada, no entanto, ele já havia pensado muito, essa poderia realmente ser a única forma de tudo acabar bem no fim.

- Eu vou ter. - ele colocou a mão sob o ombro dela e atravessou a porta.

______֎______

Todos estavam bem aflitos após a saída de Yeon. Já haviam se passado três horas desde que ele tinha saído sem dar satisfação a ninguém.

- Yeon! - Ji-ah disse ao telefone. - Onde você está?

"- Precisei resolver uma coisa para Taluipa, o carro deu problema, então vou demorar um pouco para voltar. Eu liguei para o Shin-joo, ele está vindo aqui me fazer companhia, não se preocupe, eu chego para o jantar, está bem?"

- Você não está me escondendo nada, está?

"- Não amor, está tudo bem, eu pensei que seria rápido, então sai apressado, mas tive esse contratempo. Preciso desligar agora. Até mais tarde."

- Era ele? O que disse? - Rang perguntou.

- Ele foi fazer algo para Taluipa, e teve um problema com o carro.

- E você acreditou nisso? Tenha dó.

- Não. Mas ele disse que não era para eu me preocupar. Se fosse algo realmente sério ele me diria, eu tenho certeza absoluta disso.

Rang não quis mais provocar a cunhada, pela condição em que estava, mas tinha certeza absoluta que o irmão estava arrumando um jeito de resolver as coisas sozinhos, e que provavelmente seria outra ideia estúpida, e que sobraria para ele no final.

Não tiveram muito tempo para pensar sobre isso, pois assim como Yeon havia dito antes de sair, Mi-rae acordou sem lembrar do sonho e de tudo que tinha acontecido, e estava bem animada com a visita do tio.

- Tio, você me ensina outros golpes? - Ji-ah olhou da filha para Rang querendo que ele explicasse do que ela estava falando.

- Golpes? Que golpes? - ele desconversou. - Você disse que ia me mostrar o seu quarto da próxima vez que eu viesse, não foi?

- Ah! - os olhos de Mi-rae se iluminaram ao entender o que o tio estava querendo dizer. - Sim, vamos lá.

A tarde passou rápido e logo a noite chegou. Yu-ri havia saído para buscar Soo-ho na escola e deixou Yu-na tomando conta de Ji-ah, a humana ficou satisfeita por receber um voto de confiança da amiga de Rang, além de que pode se aproximar mais de Ji-ah, e entender mais sobre a relação dela com Yeon. Quando Yu-ri voltou, Mi-rae esqueceu o tio por completo e foi dar atenção ao único amigo que tinha. A diferença de idade entre os dois era relativamente grande, mas a meia raposinha era bastante esperta e o garoto não sentia tédio ao brincar com ela, pelo contrário, adorava passar a tarde com ela brincando de pega pega, ou esconde esconde. Ela era uma das melhores que ele conhecia.

Quando Yeon chegou com Shin-joo, estavam todos na sala se preparando para a assistir a estreia de um novo drama.

- Eu estou convidado para festa? - ele disse com uma sacola cheia de petiscos nas mãos. A filha correu para recebe-lo como sempre fazia, e sorriu ao ver o rosto de Ji-ah alegre olhando para ele.

Rang observava a cena de longe, buscava qualquer deslize para saber o que o irmão tinha feito e onde estava até agora. A aparência dele parecia igual, mas seu semblante estava cansado.

- Vamos assistir um drama de Gumiho que estreia hoje. - Yu-na disse empolgada.

- Eu vou tomar um banho e já volto, okay? - Yeon disse a Ji-ah, curvando-se para lhe dar um beijo na testa, fez uma cara desconfortável, que foi notada apenas pelo irmão.

- Enquanto isso vou fazer uma pipoca. ­- Shin-joo falou tentando atrair atenção apara si. - Ji-ah, você quer um suco? Está se sentindo bem?

Lee Yeon já havia tirado a camisa quando Rang entrou no quarto.

- Ya! Humanos batem na porta antes de entrar sabia?

Rang ficou de boca aberta ao ver o estado do irmão. Seu tórax, abdômen e costas estavam repletos de hematomas, e alguns cortes quase cicatrizados era possível ser vistos também.

- Onde você estava, o que aconteceu com você?

- Eu estava ocupado. Não foi nada demais.

- Hyung! Se você quer enganar a humana que seja, mas sem chance que suas desculpas vão funcionar comigo.

- Rang, você não precisa saber disso agora. No momento certo eu você saberá. Agora eu posso tomar um banho em paz ou vai entrar no banheiro também?

- Eu espero que você não tenha feito nada idiota.

Yeon voltou para sala e se aconchegou ao lado de Ji-ah, sentiu o olhar mal-humorado do irmão, que resolveu educadamente ignorar.

- Nossa, esse gumiho é bonito viu? - Yu-ri comentou, rindo logo em seguida da cara desapontada de Shin-joo por não poder discordar.

- Eu nunca dei muita importância a dramas de fantasia, mas agora eu sinto que preciso de uma maratona. São todos assim?

Ji-ah falou empolgada de vários dramas que ela poderia ver, e a convidou para uma maratona lá, já que estava proibida de ir trabalhar.

­"- Tente não desmaiar." - o gumiho falou antes de se transformar numa imensa raposa de nove caudas.

- Uau! Vocês podem mesmo fazer isso?

- Não, não é assim que ficamos quando nos transformamos.

- Ah, que chato. - Yu-na lamentou.

- Ya! Eu consigo ser muito mais forte e interessante do que ele. Você não concorda, amor? - Yeon perguntou olhando para Ji-ah que prendia o riso.

- Claro, meu bem, é claro.

- Vocês se teletransportam assim?

- Sim, mais rápido, inclusive. - Yeon disse indo num piscar de olhos para o lado de Yu-na no sofá.

A noite seguiu assim, todos se divertindo muito ao ver Yeon extremamente contrariado com a aparência e a forma como estavam retratando as raposas.

- As crianças estão dormindo, estão exaustas. - Shin-joo disse carregando Soo-ho no colo.

- O Rang está sem carro. Você pode deixar eles em casa?

- Claro. Vamos?

Todos se despediram, e foram alegres. Yu-na estava extremamente alegre com os planos que estava fazendo com Ji-ah e Yu-ri. Rang estava feliz por vê-la se adaptar rápido ao seu mundo.

- Está entregue, senhorita Yu-na. - Shin-joo disse.

- Muito obrigada, tenham uma boa noite. - Yu-na fez uma reverência com a cabeça agradecendo ao casal que ia na frente, e virou para Rang. - Te encontro amanhã na biblioteca, ok?

- Ei, não está esquecendo de nada? - ele disse segurando o seu pulso antes que ela saísse do carro.

- Não, boa noite Rang... - ele não soltou o seu braço, fazendo com que ela voltasse ao tentar levantar. Ele aproveitou seu embaraço e lhe roubou um beijo.

- Agora sim, pode ir.

Shin-joo e Yu-ri olhavam para a cena completamente pasmos, tais demonstrações de afeto vindo de Rang ainda era algo completamente novo para eles. A ex raposa percebeu os olhares.

- Nem pensem em dizer nada, me deixem em casa, preciso dormir.

______֎______

- Finalmente a sós. - Yeon disse trazendo Ji-ah para deitar em seu peito. - Esses dias tem sido cheios não é?

- Sim, mas a nossa filha adora. - a humana brincava distraidamente com os dedos de Yeon entrelaçados nos seus. - Você está bem?

- Sim, eu disse que não ia fazer nada demais. - Yeon disse a prendendo num abraço, estava aliviado de estar ali daquela forma.

Não tardou muito ele sentir a respiração dela ficar mais pesada, a ajeitou entre os travesseiros e ficou a observando dormir. Ele tinha dado um passo perigoso, mas só usaria essa jogada se absolutamente tudo desse errado dali para frente. E faria de tudo para que isso não fosse preciso.

Por enquanto ia se concentrar no perfume vindo de Ji-ah ao seu lado, cuidaria dela e aguardaria as próximas peças se mexerem, torcendo para que o destino fosse mais condescendente com eles.

O casal foi acordado pela filha, que deu um beijo delicado de bom dia na mãe, e sacudiu empolgada o pai, tirando os cabelos dele do olho.

- Acordem, acordem. - a garotinha disse levemente emburrada com a demora.

- O que foi filha, deita aqui com a mamãe.

- Eu quero ir para creche.

- O QUÊ? - Yeon acordou instantaneamente ao ouvir o que a filha disse.

- O Soo-ho vai para a escola, e ele disse que eu sou muito esperta, que eu podia ir para a creche.

- Mas você ainda não está na idade, amorzinho. - Ji-ah disse sentando-se na cama, tentava falar com todo jeito possível para não magoar a filha, mas ela já via lágrimas enchendo o olho da garotinha.

- Mas eu não sou como as outras crianças...

- Eu não acho uma boa ideia, crianças são seres difíceis de lidar, e se não gostarem dela? E se ela sofrer bullying por ser mais nova?

- Querido, são coisas que ela vai ter que lidar uma hora ou outra. Eu também acho que como ela não é uma criança totalmente humana, não pode ter o mesmo desenvolvimento que elas, e isso inclui a escola também. A nossa filha sabe contar, sabe uma infinidade de cores, e já fala todo o alfabeto. Fora isso, ela precisa socializar com outras crianças.

Yeon percebeu que aquela luta ele não podia vencer, as duas mulheres da sua vida eram experts em argumentar e nada do que ele disse as faria mudar de ideia. Ele suspirou e a humana percebeu que ele havia cedido e não tentaria rebater seus argumentos.

- Eu vou procurar uma creche e amanhã o papai te leva lá certo?

Os dois não podiam conter a felicidade da garota, que agora dava saltos felizes em cima da cama. Yeon estava extremamente preocupado, não contava que a filha daria esse passo tão rápido. Ele ainda não sabia lidar com o fato de que sua menina estava crescendo rápido e essa era apenas uma das muitas etapas que ela enfrentaria dali para frente.

______֎______

Rang acordou de bom humor, a energia de Mi-rae ainda fluía em seu corpo. Sua mãe postiça fez um café reforçado, e ele comeu de tudo um pouco, era uma excelente cozinheira, e fazia de tudo para agradar o filho

- Fico tão feliz quando você come o que eu preparo assim.

- Esse é o melhor gimbap que eu já comi em séculos.

Ele deu um pouco de atenção a senhora que agora chamava de mãe. Fazia uns dias que ele chegava tarde em casa e ela já estava ficando chateada pela falta de atenção do filho.

A caminho da universidade Rang perguntou se Yu-na queria uma carona, mas ela recusou, dizendo que um parente tinha vindo visitar a família e ia deixar ela.

Ele estacionou o carro na sombra de uma árvore, e esperava pela namorada encostado no capô, quando pegou o celular para avisar que já tinha chegado, reconheceu o carro dela entrando no estacionamento. Rang olhou por cima dos óculos escuros, surpreso. Quem dirigia o carro da sua humana era um rapaz, e um rapaz atrevido, que estava perto demais da sua namorada.

Rang levantou uma das sobrancelhas e foi andando calmamente até lá, a mão direita descansando no bolso da calça. Chegou no lado da janela de Yu-na, o rapaz estava com o braço no banco do carona, como ele mesmo já tinha feito muitas vezes. Ela ria de alguma coisa que o cara havia dito.

- Jihoon, quanto tempo. - o jovem disse. Sua voz tinha um tom presunçoso, mas se afastou de Yu-na.

- Ei! - a humana diz surpresa. - Eu disse que ele não se lembraria de você. Jihoon, esse aqui é o meu primo de segundo grau, Kim Jung Hwi.

- Realmente, esqueci que você estava desmemoriado. - o primo saiu do carro e deu a volta para ficar lado a lado de Rang, Yu-na ao perceber isso, também saiu do carro. - Prazer, Jihoon, sou o primo predileto da Yu-na.

Rang apertou a mão de Jung Hwi com força, o rapaz ficou levemente surpreso com o gesto.

- Prazer. - se Rang ainda pudesse machucar alguém com um piscar de olhos, com certeza ia adorar se divertir com ele.

- Bom, acho melhor você ir. Eu e ele temos que ir na biblioteca, já perdemos tempo demais com essa disputa de testosterona aqui. - Yu-na se colocou entre os dois.

- Eu pego você mais tarde Yu-na-ah. Até mais ver, Jihoon. - Rang não respondeu as provocações do rapaz apenas o cumprimento com um aceno de sobrancelhas.

Quando o carro saiu do estacionamento, ele se virou para Yu-na esperando uma explicação.

- Por que você está com essa cara? Ele é meu primo.

- Eles estava bem a vontade no carro.

- Rang, para com isso. É só uma brincadeira, ele gosta de irritar é só isso.

- Quando vocês tiveram alguma coisa?

Kim Yu-na olhou surpresa para o namorado pela segunda vez. Não fazia ideia que ele era tão observador dessa forma. Sabia que o primo havia passado um pouco dos limites, mas nada do que ele fez deixou claro que eles já tinham se envolvido.

- Já faz muito tempo, foi coisa de adolescente, Rang. Eu não dou a mínima para ele. Para de besteira, por favor. Vamos. - ela estendeu a mão para ele, que a pegou. Rang caminhou em silêncio ao lado dela até o caminho da biblioteca.

Ficaram uma boa parte da manhã na biblioteca, Yu-na explicou para ele sobre o trabalho de conclusão de curso que teriam que apresentar no final do ano, e se ele o faria. Não sabia bem como as coisas seriam após ele recuperar o corpo, mas ainda assim ele insistiu em continuar com a sua vida humana por enquanto.

Foram interrompidos pela ligação da mãe de Yu-na dizendo que o primo iria busca-la para irem almoçar. O convite não foi estendido a Rang e ela se perguntava como diria isso a ele depois da torta de climão que tiveram mais cedo.

- Rang...

- O que houve?

- O Jung Hwi está vindo me buscar, vamos almoçar.

Ele contraiu o maxilar, não entendia por que se incomodava tanto com isso, e sentia a vontade de arrancar as tripas daquele idiota com as próprias mãos crescer dentro de si.

- Tudo bem.

- Eu já falei que não tem nada entre a gente, não fica pensando nisso, por favor.

- Não vou, eu te levo até o carro.

Yu-na sabia o que ele pretendia fazer, mas não o impediu, se aquilo amaciaria seu ego, para ela estava tudo bem. Estavam na escadaria de entrada da biblioteca, e assim que viu o carro de Yu-na se aproximando, Rang a puxou para um caloroso e demorado beijo.

- Rang, por favor, não estamos sozinhos. - ela disse ao ver que ele estava exagerando. Ele respondeu a sua queixa com um abraço e um beijo no pescoço.

Assim que ela começou a descer as escadas, ele deu as costas, não ia suportar ver aquele cara sorrir maliciosamente para ela outra vez, fazia tempo que não sentia tanta falta dos seus poderes de raposa. Precisava se distrair, ligou para o irmão e foi conversar com ele no Noiva Caracol.

- Posso saber que cara emburrada é essa?

- Eu não estou emburrado. - Rang respondeu tentando sem sucesso uma expressão neutra. Yeon pegou o celular da mão do irmão e viu o motivo: Yu-na estava com a família e um rapaz a abraçava sorridente.

- Quem é o rapaz?

- Um primo de segundo grau.

- E você está com ciúmes desse humano aqui?

- Ciúmes? Eu? Rá! Isso é coisa para humanos que não se garantem.

- Aham... Sei. Rang você não vai com a cara da Ji-ah até hoje.

- É diferente, e isso não é ciúme. Aish, você veio aqui para encher o meu saco ou para conversar?

Lee Yeon não poderia deixar a oportunidade de zoar com a cara do irmão passar, ficou fazendo até ele ameaçar ir embora, a vibe divertida quase o fazia se sentir cem por cento tranquilo.

______֎______

- Amanhã? Já? - Yeon falou ao ouvir Ji-ah sobre a creche.

- Sim. A Mi-rae está super animada, estava esperando você chegar para ir com a Yu-ri comprar uma mochila e uma lancheira.

Yeon se sentiu nervoso novamente, sua filha ia sair de sua supervisão durante todas as tardes e por mais que Ji-ah dissesse que estava tudo bem, ele não se sentia pronto.

Tanto que no dia seguinte ao deixar a filha fez um milhão de perguntas a professora.

- Eu posso ficar aqui uns minutinhos.

- É o aconselhável, senhor Lee, mas a Mi-rae está tranquila, ela não vai chorar e nem dar trabalho, então creio que o senhor pode ir.

- É bom eu esperar mais um pouco não é? Só para ter certeza?

Yeon ficou do lado de fora da sala, onde observa a filha dividir a mesa com mais três coleguinhas. Ele ficou levemente desapontado pela filha não procurar por ele, mas no fundo estava orgulhoso por ela ser tão independente.

Foi preciso a supervisora praticamente o levar para fora da creche.

- Estarei aqui às cinco em ponto.

- Tudo bem, senhor Lee, não se preocupe, temos o seu telefone, qualquer coisa, ou mudança da Mi-rae nós o telefonamos.

A raposa teria ficado no carro esperando até o horário da saída se um telefonema não tivesse tirado do eixo.

- Sim, vovó.

"- Se organize, Yeon. A quarta alma vai aparecer entre hoje e amanhã."

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