TONS DE ROXO

By itsbrokenglass

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Vida e morte. Dois sentidos que andam lado a lado. Violett Cardinsk nunca foi o tipo de garota que gostou de... More

TONS DE ROXO
CADERNO DA VIOLETT
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CADERNO DA VIOLETT

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By itsbrokenglass

Violett Cardinsk


— Pai...

Violett escutou a voz de Sebastian, segundos antes do babaca loiro de olhos azuis e David invadirem o quarto dela. Os dois olharam para ela e ficaram em silêncio.

Sebastian viu aquela coisinha petulante e algo dentro dele se agitou. Aquela coisinha petulante poderia mandar nele com apenas um olhar e ele queria manter distância dela, antes que ela fizesse dele gato e sapato.

— Então... — Violett intercalou o olhar entre os dois.

David foi o primeiro a dizer alguma coisa:

— Eu preciso de um favor.

David era um cara legal e fazia Megan feliz. Violett gostava dele e não negaria algo a ele.

— Pode falar.

David olhou para Sebastian que indiscretamente, negava com a cabeça. Ele ignorou Sebastian e voltou a olhar para Violett.

— Você é uma garota esperta, inteligente e responsável — David fez questão de frisar a última palavra. — Eu sei que é um enorme esforço, mas... Você poderia ficar de olho no Sebastian?

Violett não negaria nada a David.

Até aquele momento.

— Você tem razão — ela respondeu. — É um enorme esforço.

— Por favor, querida, é muito importante — David praticamente implorou. — Sebastian é um garoto muito irresponsável.

— Concordo — ela disse, petulante. E ganhou de Sebastian uma careta de desagrado.

— E nem mesmo de castigo, ele tem responsabilidade.

— Ele está de castigo? — Violett perguntou, com uma falsa dúvida. Logo em seguida, abriu um sorriso. — Mas e a festa de ontem, Sebastian?

Sebastian xingou mentalmente. Ele queria arrancar o pescoço daquela coisinha petulante.

— Que festa, Sebastian? — David olhou para Sebastian. Ele não esperou a resposta do filho e voltou a olhar para Violett. — Eu quero que você ensine a ele como ser responsável, mostre a ele que existem coisas mais importantes do que o próprio nariz, entre outras coisas desagradáveis nele.

— O que você está me pedindo é completamente impossível, David — ela disse, indignada.

— Eu sei — David concordou. — É só por alguns dias.

— Ok...

David respirou aliviado.

— Onde você for, ele tem que estar com você. E em todos os lugares que ele for, quero que esteja com ele — Violett iria protestar, mas David foi mais rápido: — Se for uma festa, vocês ficarão pelo tempo que você quiser.

Sebastian suspirou indignado.

— Não fode, pai!

David ignorou o loiro e continuou olhando para Violett.

— Deixa eu ver se entendi... — ela começou. — Você quer que eu seja babá de um marmanjo, ensine coisas impossíveis para ele, mostre a ele que existem coisas mais importantes que o ego infinito dele e o torne um recatado do lar? E não podemos esquecer dos outros defeitos dele que descobrirei com o tempo.

— Não é bem isso — Sebastian resmungou.

— Exatamente — David expressou, animado.

Violett olhou para Sebastian por longos segundos.

Ela poderia facilmente recusar e continuar a sua vida: ignorando a existência de Sebastian. Mas ela não perderia a chance de fazê-lo enxergar como o mundo é. Mostrar a ele que existem coisas mais importantes que ego, garotas e um carro. Ela teria prazer em ensiná-lo a assumir que está errado e a pedir desculpas.

Por dentro, Sebastian estava torcendo para ela recusar. Ele não precisa de nenhuma babá. Ele sabe se cuidar muito bem.

— E quando eu começarei com esse negócio de ser babá de um marmanjo?

— Hoje mesmo, se você quiser, é claro.

— Pode ser — ela disse, desinteressada.

David saiu do quarto, feliz. Ele sabia que seu filho irresponsável estava em boas mãos. Sebastian aprenderia por bem ou por mal, ele tinha certeza disso.

No quarto, depois que David saiu, Violett voltou a ler o livro de fantasia e ignorou a presença de Sebastian. O livro era muito mais interessante que o loiro babaca de olhos azuis.

— Eu odeio você — Sebastian deixou claro, antes de se jogar na cama dela.

Naquele momento, Violett parou a leitura e olhou para o loiro de olhos azuis.

— Eu não sou doce para alguém gostar de mim, Sebastian.

— E se você fosse um doce, seria o pior de todos — ele respondeu, irônico.

Violett o ignorou.

Mas o loiro babaca estava disposto a irritar a garota de cabelos violeta.

— Tudo nesse quarto é tão roxo — ele disse, olhando os detalhes do quarto dela. — Cinquenta tons de roxo.

Absolutamente tudo naquele quarto era em tons de roxo.

Violett respirou fundo, tentando não ficar irritada.

— Sabe o que mais vai ganhar cinquenta tons de roxo?

— O quê?

— Essa sua cara, se você não calar a porra da boca.

Sebastian abriu um sorriso, ele conseguiu o que almejava: irritá-la.

— As gatas não dizem que sou feio.

— É porque elas não enxergam bem — Violett respondeu. — Vou dar a elas colírio para limpar os olhos.

— Eu sou o colírio dos olhos delas, princesa.

Ela rolou os olhos e suspirou fundo.

Eu não vou perder a paciência com esse idiota, Violett pensou.

Mas era tarde demais.

Sebastian não estava disposto a cooperar e muito menos deixar de irritá-la.

— Eu odeio roxo e você é muito chata.

— Sebastian, se você não sair daqui em dez segundos, eu vou te sufocar com esse travesseiro — ela apontou para o travesseiro ao lado dele.

Sebastian abriu um sorriso irônico.

Ela é inofensiva demais para cometer um assassinato, ele pensou.

Sebastian cruzou os braços debaixo da cabeça e lançou um olhar desafiador para ela.

Rapidamente ela pegou o travesseiro, subiu em cima de Sebastian e apertou o travesseiro contra o rosto dele. Violett usou toda a sua força para tentar ao menos sufocá-lo. Embaixo do travesseiro, Sebastian sorria.

Aquela coisinha petulante não tinha forças para nada.

Sebastian virou seus corpos, ficando por cima dela.

— Sai de cima de mim, eu vou te matar, babaca — Violett estava vermelha de raiva.

Sebastian estava achando divertido aquilo.

— Quase senti medo — ele abriu um sorriso. — Você me lembra um chihuahua raivoso.

Violett ficou indignada.

— Chihuahua é o seu... — ela não terminou de falar. Os lábios de Sebastian grudaram nos dela.

Era um beijo leve e bom. Violett estava gostando, ele sabia bem o que estava fazendo.

Mas ela caiu em si e cravou as unhas nas costelas dele. Sebastian caiu ao lado dela, sentindo dor.

— Você é venenosa — ele disse, erguendo a camisa para ver o estrago.

Violett sorriu quando viu as marcas de suas unhas na pele dele.

— Se você me beijar de novo, eu vou socar a sua cara.

— Isso é amor, princesa. — ele abriu um sorriso, era ótimo vê-la sem paciência. — Você só não sabe, ainda.

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