Amanda Maxwell
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1 mês depois.
Depois do meu término com o Graham eu realmente fiz o que tinha em mente, me entreguei a mim mesma. Estou vivendo para mim e para o vôlei, tenho pegado pesado nos treinos para esquecer tudo. Se passou um mês mas eu ainda sinto alguma coisa por ele, ainda mais porque ele está sempre ao meu redor por causa do trabalho com o Fábio. A gente ainda se fala, como colegas nada além disso, até rolou uma recaída há duas semanas quando nos encontramos no Sky, mas ficou só naquilo mesmo. O pai do Nathan veio a falecer e depois disso nós nos afastamos naturalmente, eu ainda fui ao enterro fiquei um tempo sendo bem próxima dele novamente mas sem segundas intenções e nem passando na minha cabeça uma recaída com ele. Agora ele voltou com a Pâmela, a garota com quem ele me chifrava e a Melissa dona da rádio corredor já veio correndo me contar que eles voltaram pois ela descobriu que está grávida. Fiquei feliz por ele e só desejo coisas boas.
— Amanda vai se alongar para entrar. — Valdir diz e eu corro pro alongamento super focada.
Estou treinando pesado, acordo bem cedinho corro pelo quarteirão, chego em casa me arrumo e venho pra cá treinar, depois vou pra academia e depois durmo pois estou no mínimo morta fisicamente. Valdir falou pra eu reduzir um pouco o esforço e não cumprir essa rotina louca todos os dias.
Me alongo antes de entrar no jogo e mais uma vez dou meu sangue no treino como se fosse uma final de Olimpíadas.
— Vocês estão perfeitas meninas. Eu esperei esse momento para comunicar a vocês, que nós fomos escolhidos para um jogo super importante que vai acontecer na Argentina. Nós somos o time vencedor para representar o Brasil na liga de vôlei. — Todas nós ficamos sem palavras e depois de nos entreolhar, começamos a gritar enlouquecidas. Nós não poderíamos ter recebido notícia melhor que essa, eu não me aguentava de felicidade.
— Vocês merecem meninas, agora vamos focar. Temos que ser os melhores, vamos dar nosso sangue nessa partida venham todas aqui. — Nós demos um grande abraço grupal em Valdir formando uma roda ao redor dele.
Me despeço das meninas e vou para o centro de treinamentos dos lutadores e assim que entro Roger o lutador que está treinando no octógono assobia e eu reviro os olhos.
— Não fode Roger.
— Quando nós vamos sair? Não quero compromisso. — Dou risada e me aproximo dele colocando as mãos na cintura.
— Eu aderi ao celibatário. Sou uma nova mulher. — Ele e o treinador caem na risada.
— Barbie não dê ouvidos para esses caras. — Fábio diz descendo as escadas que da para o segundo andar do local e logo atrás vem Graham com um calção de lutador somente, eu quase babo em cima dele mas lembro do meu celibatário.
— Fica quieto Fábio, estou trocando um papo com a sem sexo aqui. Conta pra nós aderiu essa prática há quanto tempo? Duas horas? — Roger pergunta, ele parecia realmente interessado no assunto porém ainda sarcástico.
— Um mês, Roger. Tem um mês estou intacta vivendo somente para mim mesma pois o que importa é a minha felicidade.
— Isso funciona mesmo? — João o treinador pergunta.
— Claro que funciona eu estou vivendo muito bem. Agora deixa eu ir fazer xixi, já volto. — Saio quase correndo pois estou quase me mijando. Faço aquele xixi relaxante que tira um enorme peso de você e vou lavar a mão.
— Mentir para os alunos sobre o celibatário é errado hein. — Graham diz encostado na porta fechada.
— Eu não menti, estou realmente nessa.
— Mentiu, não tem um mês que você está sem sexo. Não lembra de duas semanas atrás de quanto eu estava com a cabeça entre as suas pernas? — Só em imaginar aquela cena meu corpo esquenta. Eu faço um sinal da cruz com os dedos.
— Sai da frente Satanás, não vou cair em tentação. — Ele dá um gargalhada e se aproxima.
— Então quer dizer que eu sou uma tentação?
— Ao meu celibatário sim, lindinho. Agora preciso ir, beijos. — Volto para onde os caras estão juntos conversando e me junto a eles.
— Vamos Fábio, estou morrendo de fome. — Quando me viro vejo Dagny entrar na academia correndo vindo em minha direção.
— Amandaaaa. — Ela grita e eu me abaixo para poder abraçá-la e levanta-la comigo. Aperto a pequena em um super abraço.
Ludhmila vem logo atrás dela, acho que vieram da praia pois Lud está bem praiana.
— Dagny não para de encher o saco pra vir ver o pai e queria te ver também, ainda bem que você está aqui. — Diz para mim e me cumprimenta com beijos.
— Nossa seu pai perdeu o direito a ser o primeiro a ganhar beijo? — Graham pergunta se aproximando de mim e ficando muito perto.
Ele não pode se aproximar tanto assim, estou sem sexo há quase três semanas, isso é um inferno de tentação.
— É que eu estava com muitas saudades da Amanda, ela não vai mais na sua casa. — Dagny diz e Ludhmila prende a risada.
Ela gosta de ver o circo pegar fogo, está sempre dizendo para Graham e eu pararmos de palhaçada e voltarmos logo pois a tensão sexual ao nosso redor vai acabar com todos.
— Ludhmila não quer almoçar conosco? — Fábio pergunta e eu conheço meu irmão o suficiente para saber que esse pedido não é algo inocente.
Acho que a paixonite dele pela Melissa passou, já que a Mel foi para a Bahia visitar a família e decidiu não voltar mais pro Rio, disse que vai ficar lá com os pais e as irmãs. Agora Matheus e eu estamos arrumando um jeito de ir lá visita-la já que eu nunca fui a Bahia, mas isso só mais lá pra frente.
— Seria ótimo, não almocei ainda.
Eu saio com Dagny no colo enquanto ela conversa comigo como uma tagarela, eles vão para o restaurante que fica próximo ao ginásio mas eu prefiro ir pra casa logo pois estou cansada. Iria deixar para comemorar a minha ida para a Argentina pro jogo do meu time, depois pois agora eu só queria dormir.