Com o fim da madrugada chegando, o pessoal da boate foi se despedindo, Catrin e Nyx foram os primeiros a partirem, seguidos de Adyra, que naquele dia, voltou sozinha para casa. Ahryn acabou se enroscando com Jesper, indo provavelmente para a Casa dele, ele antes de partir com a illyriana recebeu uma série de ameaças de Bryan caso ele fizesse mal a sua irmã, além de o fazer prometer levar ela até a casa de Catrin sã e salva. Logo, Darhlan e Bryan também partiram para a Casa do Vento.
Ethan tinha dançado e conversado com Dyana a noite toda. A Illyriana parecia realmente ter se divertido com ele.
E ele se divertido com ela.
Dyana era muito simpática, tinha um sorriso fácil e sempre encontrava assunto. Entre esses inclusive, alguns flertes de ambos os lados.
Quando o último de seus companheiros se despediu, ele se aproximou de Dyana, perto do seu ouvido, para que ela pudesse ouvir por cima da música alta do Rita's.
— Se quiser ir a gente pode caminhar até a Casa de Catrin, a cidade é linda nesse horário.— Ele sugeriu.
— Tudo bem. — Ela concordou.
Os dois saíram da boate. Ethan casualmente passou um braço pelo ombro dela.
As ruas de Velaris iluminadas por luzes feericas estavam praticamente vazias, já era madrugada. Dyana parecia encantada com tudo, principalmente com céu estrelado que era o mais lindo de toda Prythian.
— Obrigada por essa noite. — Ele disse quando eles chegaram em frente a casa.
— Eu é que agradeço Ethan, foi tudo... perfeito. Você foi incrível comigo, obrigada.— Dyana respondeu. Ethan sorriu para ela.
— Sempre que quiser vir, é só falar, não precisa esperar convite, me procure, se não tiver ninguém para nos atravessar a gente pode vir voando, juro que não é tão ruim e garante vistas incríveis. — Ethan ofereceu.
— Certo. — Ela disse e encarou os olhos azuis acinzentados de Ethan. — Eu... acho melhor eu entrar.
— É, tudo bem. — Ele disse e se aproximou de Dyana.
Ethan teve que se conter em dar apenas um beijo na bochecha dela em despedida. Todo seu autocontrole focado naquilo.
Mas quando ele virou as costas para sair, ele a sentiu se aproximar.
— Ethan! — Ela chamou.
Quando ele se voltou para ela novamente, Dyana estava muito, muito próxima e a ele. Ela terminou a distância selando um beijo nos lábios de Ethan. Ele imediatamente levou as mãos a cintura dela. O beijo foi pouco mais que um selinho.
— Boa noite Ethan. — Ela disse ainda tão próxima que o Capitão pode sentir seu hálito fresco.
— Boa noite Dyana. — Ele respondeu.
Ethan observou enquanto ela entrava na casa de Catrin e Nyx, só depois que ele não conseguia mais ver nada dela, voou para casa.
Ao entrar na sala de jantar, viu seu irmão sentado sozinho a mesa com uma taça de vinho.
— Você chegando a essas horas é novidade. — Provocou Darhlan.
— E você bebendo aqui sozinho também. — Retrucou Ethan se sentando com o irmão.
— Eu dormi quase a tarde toda, estou sem sono, e vamos dizer que ficar três dias espionando com tio Az acaba me desregulando, não tô acostumado ainda. Talvez com 500 anos se torne normal igual é pra ele. — Darhlan disse.
— As vezes eu me esqueço como tem gente tão velha na nossa família. — Brincou Ethan.
— E ele nem é o mais velho, Amren deve ter uns 15 mil anos. — Darhlan disse fazendo Ethan rir.
— Não é atoa que ela é rabugenta daquele jeito, quem vive 15 mil anos e é legal? A cota de bondade já se esgotou. — Ethan observou.
— Mas falando sério, porque voltou pra casa tão cedo? — Dahrlan insistiu.
— Eu levei Dyana até a Casa de Catrin e depois vi para cá. Todo mundo foi embora, não tinha sentido ficar na festa. — Ethan respondeu.
— Você e a Dyana... rolou? — Dahrlan questinou.
— Não... quer dizer, ela me deu um beijo quando eu deixei ela na casa da Catrin mas nada muito grandioso. — Mentira, ele ainda sentia o sussurrou daquele beijo em seus lábios.
— E desde quando você sai de uma noitada apenas com um beijo Ethan? — Dahrlan debochou.
— Não seja patético Darhlan. Não posso dizer que eu não quis, lógico que sim. Mas não sei, a gente já tinha se visto algumas vezes no acampamento, mas foi realmente conversar hoje, então eu não quis forçar a barra. — Ethan disse.
— E você agora decidiu que vai fazer amizade com as fêmeas antes de as levar para a cama? — Darhlan questionou.
— Não. Eu decidi que não quis apenas levar Dyana para a cama por uma noite, pela primeira vez, acho que quero ir com calma. — Ethan Confessou.
......
Dyana tomava café da manhã com Catrin. Ahryn ainda dormia, tinha voltado com o dia amanhecendo e Nyx, pelo que foi dito por Catrin tinha ido resolver alguns problemas antes de atravessar com eles para o acampamento.
— Então — Começou Catrin. — Como foi com o Ethan ontem?
— Foi... foi incrível. Seu primo é uma macho maravilhoso. — Dyana disse.
— Mas e aí, rolou alguma coisa? — Catrin perguntou.
— Não, não ia, ele me deixou aqui na porta e já ia saindo, eu chamei ele e acabei dando um beijo em Ethan. — Ela disse corando. — Acha que... acha que ele não queria e eu me precipitei?
— Não, tenho certeza que ele não tinha feito nada para não te desrespeitar ou algo do tipo. Confia em mim, eu conheço Ethan a vida toda, ele com toda certeza esta a fim de você. E o fato de ele não querer re levar para a cama de cara, mostra que de alguma forma, ele quer alguma coisa diferente. — Catrin disse.
.....
Thalis estava em seu escritório pouco depois do sol nascer, esperando os relatórios dos seus espiões.
Ele ouvira claro, que os melhores espiões de Prythian eram os da Corte Noturna. Ele tinha conhecido Azriel, o Mestre deles e não era de se admirar o título que tinha, o homem parecia uma sombra silenciosa se movendo.
A rede de informações de Rhysand fazia com que o Grão-Senhor sempre estivesse um passo a frente para proteger sua Corte e toda a Prythian. Thalis se viu decidindo que poderia dividir esse fardo com o Grão-Senhor da Corte Noturna, montando uma rede de espiões ao sul, sendo útil em ajudar a proteger Prythian.
Orlon era o chefe dos espiões de Thalis, e acabara de voltar de uma expedição. Depois de contar tudo o que haviam descoberto ao Grão-Senhor, ele pareceu pensativo.
— Preciso conversar com alguém que saiba mais sobre essas pessoas, me ajudem a entender isso. — Ele disse a Ilitia.
— Já até sei quem. — Ela respondeu.
— Preciso escrever uma carta. — Thalis afirmou.
.....
— Pai, o senhor poderia me explicar o motivo de fazer eu e tio Az sairmos da cama tão cedo? — Nyx pergunta impaciente. Mesmo depois de Azriel se tornar seu sogro, ele ainda era seu tio, e não conseguia o chamar de outra forma.
— Catrin não vem? — Feyre perguntou ao filho.
— Não, Ahryn e Dyana estão lá em casa, ela não ia deixar as amigas sozinhas. — Nyx explicou.
— Vamos logo com isso. — Rhys disse. — Respondendo a sua pergunta filho, recebi uma carta hoje de manhã, de Thalis, Grão-Senhor da Primaveril.
Rhysand abriu a carta e leu o conteúdo.
— Caro Grão-Senhor, meus cumprimentos ao senhor e a toda sua família.
Escrevo essa carta como alerta e um pedido de ajuda. Meus espiões detectaram alguns movimentos estranhos. Estudei um pouco das histórias das guerras, mas não tudo, preciso de alguém que compreenda melhor o que está acontecendo. Não posso dizer por carta, sempre pode haver o risco, mas gostaria de dar uma palavra com o senhor ou ao menos com seu Mestre-Espião. Apenas avise se devo espera-los em minha casa em Floretta ou se devo me dirigir a Corte Noturna.
Thalis, Grão-Senhor da Corte Primaveril.
— Pela Mãe, 10 anos de paz é muita coisa? Da última vez tivemos quase 30 não foi? — Nyx indagou.
— Bem vindo a imortalidade querido. — Feyre disse. Palavras de alguém que já foi mortal, onde 30 anos era quase uma eternidade, agora, não mais.
— Tudo bem, o que você vai fazer sobre isso? — Nyx perguntou ao pai.
— Eu, nada, você e Az vão até lá, já enviei a resposta e ele. — Rhysand disse.
— Porque eu e não o senhor? — Nyx indagou.
— Porque primeiro, eu tenho uma reunião marcada, segundo, como eu já disse, quero que você mantenha boas relações com Thalis, terceiro, é seu trabalho. — Disse Rhysand.
— Vamos agora? — Azriel perguntou.
— Pelas minhas contas, já estão atrasados. — Rhysand disse sorrindo.
— Muito nobre de sua parte nos avisar com toda essa antecedência Grão-Senhor. — Nyx disse estalando o dedo, fazendo com que uma roupa formal e arrumada aparecesse no lugar das casuais. — Lembre-se de levar o pessoal de volta ao Acampamento, diga que me despedi deles.
Nyx segurou o ombro de Azriel e os dois atravessaram para Floretta.
.....
— Grão-Senhor! — Cumprimentou Nyx assim que Thalis, pessoalmente abriu a porta de sua casa.
— Nyx, Azriel. — Cumprimentou Thalis, Azriel fez um sutil acenocom a cabeça. — Entrem por favor, conversaremos em meu escritório.
Eles adentraram a casa do Grão-Senhor e foram até seu espaçoso escritório.
— Recebemos sua carta, diz ter informações para nós. — Disse Nyx.
— Sim, de fato. Eu montei uma boa rede de informações depois que assumi o cargo. Não quero ter surpresas desagradáveis contra meu povo. — Thalis começou. — No último relatório que Orlon me trouxe, foram detectados alguns movimentos... em Hybern.
Azriel ficou imóvel, totalmente e suas sombras ficaram agitadas, nervosas.
Nyx também não estava muito diferente, sabia das histórias da última guerra contra a ilha, e como Prythian ganhou, com muita dificuldade e sorte.
— Que tipo de movimento? — Nyx questionou.
— Não sabemos ao certo, mas antes durante os anos que eu estou no cargo pelo menos, nunca se ouviu nem um sussurro de Hybern, agora é como se estivessem acordando, se movendo, ficando agitados outra vez. — Thalis explicou. — Eu gostaria que o senhor — Ele disse se inclinando para Azriel. — Me explicasse melhor como funciona Hybern, gostaria que meus espiões pudessem entrar para entender melhor.
Então Az explicou. Algumas coisas sobre a guerra, sobre Hybern e a história toda.
— Qualquer informação nova, eu aviso. — Disse Thalis.
— Também colocaremos nossos homens em ação. Obrigada pelas informações Thalis, nos vemos. — Nyx disse apertando a mão do Grão-Senhor em despedida.
Ele e Az voltaram para Velaris, direto para a Casa de seu pai. Apenas Rhysand estava no escritório.
— Então? — Ele perguntou.
— Acho que temos problemas. — Nyx disse.
— Santa Mãe. — Rhysand se recostou na cadeira. — O que Thalis disse?
— Aparentemente Hybern está se levantando. Os espiões da Corte Primaveril detectaram isso. — Azriel respondeu.
— Acha que tem algo a ver com o que você descobriu? — Rhys perguntou.
— Pode ser que sim, pode ser que não. — Az afirmou.
— E o que você descobriu tio Az? — Nyx perguntou.
— O Rei de Rask era casado, e mulher dele foi quem assumiu o reino, aparentemente ela está reunindo o exército, só não sabemos o motivo. — Azriel respondeu.
— Eles podem ser aliados? — Nyx perguntou.
— Eu não descartaria a possibilidade, é coincidência demais que os dois comecem a se levantar bem agora. — Rhysand disse.
— Porque não contou a Thalis? — Nyx perguntou.
— Porque seu pai não tinha autorizado, depois porque precisamos verificar se as informações dele são verdadeiras. — Azriel respondeu.
— Achei que a gente confiava no Grão-Senhor. — Ponderou Nyx.
— Confiamos, mas em assuntos como esses, é sempre bom manter um pé atrás, verificar é uma opção mais segura, mas sim, acho que Thalis está dizendo a verdade e pode ser um bom aliado. — Rhys explicou.
— E então, o que faremos? — Nyx questionou.
— Azriel, reposicione os espiões, focando em Rask e Hybern, depois que descobrirmos algo, pensaremos no que fazer. — Rhysand disse e depois encarou as mãos sobre a mesa.
Azriel imediatamente se retirou e foi fazer o que lhe foi pedido.
Nyx olhou para o pai pensativo. Tinha que ser coincidência. Eles tinham que estar errados, porque, outra vez não.
Nem Rask nem Hybern entrariam em um novo confronto. Ele não aceitaria isso.
Oi gente! Tudo bem? Vocês não acharam que a paz refinaria por muito tempo né?
Espero que tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de deixar seu voto e seu comentário.
Um beijo, até mais! ❤