Insônia

By BrunaSteiin

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{Concluída} "Eu não sou mais o Chat Noir, sou o Chat Blanc!" O som da voz gélida ecoava na mente de Marinette... More

Pesadelo
Chá de Camomila
Olhos Verdes
Solidão
Irresponsável
Ciúmes
Night Out
A Teoria
Gratidão
Gatinho de Pelúcia
Protetor
Pé Esquerdo
Dependência
Aquilo que você precisa
Prioridade
Quebrando seu Coração
Noite das Garotas
Música e Luar
Outro Cara
Encontro
Noite Chuvosa
Conto de Fadas
Lovers
Incidente
Em Perigo
Visita Poente
Daddy Issues
Agrestes
Verdade
Abismo
Presente
Último Evento
Madrugada de Terrores
Sonhador 2.0
Him and I
Fique Comigo
Abrindo as rachaduras
Efeito Borboleta
Afogando
Dois Corações
Hidden Love
Pontas Soltas
Unstoppable
Lute por amor
This is War
Por favor
Pain
Gaining by losing
Quero você aqui
Nós contra o mundo
Me deixe ir
Insônia
Dano
Miraculous

Salvação e Ruína

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By BrunaSteiin

Notas Iniciais:

Gente, gente, que loucura kkkk


Minha família INTEIRA ta aqui em casa, minha e do meu marido, e eu to tipo "mds, tenho que postar capítulo, mas não quero que ninguém saiba kkkk"


Enfim, aqui está. Eu fiquei um pouco receosa com esse capítulo depois dos comentários de vocês, pois é algo que vocês não estão esperando. Mas enfim, vocês vão ver kkkk


Sem mais delongas... boa leitura! (Seja o que Deus quiser, amém! kkkkk)

********************************

— A-Adrien? Adrien Agreste? - Chat teve que perguntar, com medo de seus ouvidos terem pregado uma peça em sua mente. Uma peça de muito mal gosto. Mas qualquer dúvida se dissipou quando ela fez uma confirmação silenciosa com a cabeça.

Estava em choque. Não acreditava que, aquele tempo todo, estava competindo consigo mesmo. Todo esse tempo... o coração de Marinette era seu. E nunca percebeu isso, afinal, sempre que a confrontou sobre esse assunto, ela negava, dizendo que era apenas fã de moda, entre outras coisas. Se sentiu estúpido por nunca ter sacado que ela só estava se esquivando do assunto. Talvez não estivesse preparada para se declarar para ele.

Bom, ela ainda não havia se declarado para o "Adrien".

Chat riu, ainda desacreditado de toda aquela situação.

Mas Marinette tomou aquela risada com um outro sentido. Estava tão acostumada a ter seu amor por Adrien taxado como algo superficial e banal, tudo graças à fama dele e as tietes que o mesmo possuía, e que diziam amá-lo pelos mesmos motivos que, de alguma forma, invalidavam os sentimentos dela.

Odiava quando duvidavam da profundidade do seu amor. Ela inflou as bochechas antes de respondê-lo.

— Ei! Eu não sei o que você sabe sobre Adrien, mas eu conheço ele pessoalmente, e posso te garantir, quando digo que o amo é verdade! - Chat se calou, ainda não percebendo o mal entendido que havia criado. Só viu o quão séria e determinada Mari parecia nessa hora. - Diferente dessas meninas que só querem se aproximar dele porque acham ele lindo ou porque pensam que se conseguirem ele, poderão exibi-lo como um troféu para o resto de Paris, enquanto levam uma vida de luxo de brinde! - Ela mal respirava para falar e com isso as tentativas de Chat interrompê-la foram falhas. - Eu o amo porque vejo que além da beleza exterior, Adrien possui um interior mais lindo ainda, apesar de parecer impossível! - Mari sentiu as bochechas esquentarem, só não sabia se era vergonha por estar se abrindo tão facilmente ou se era raiva por se irritar tanto com esse assunto. Mexer com Adrien era mexer com ela. - Ele é muito diferente de qualquer outra pessoa que seria facilmente vendida com a vida que ele tem. Humilde apesar da riqueza, altruísta apesar do que a sociedade ensina, que quem tem poder tem direito, ele nunca usou isso em benefício próprio. O coração dele é bom, puro e é isso que eu mais amo nele. Alguém que não hesita em se molhar na chuva para que a outra pessoa possa estar seca e protegida!

Ela finalmente se calou quando percebeu que, finalmente, havia dito tudo que estava entalado em sua garganta quando o assunto era Adrien Agreste. Respirava fundo enquanto encarava o gato mudo à sua frente.

Chat estava extasiado, e ao mesmo tempo, sem graça por ver Mari se declarar para ele sem saber. Não era isso que estava pretendendo arrancar dela essa noite. Abriu e fechou a boca diversas vezes antes que conseguisse falar algo.

— Me perdoa princesa, mas eu não estava duvidando de você. - Ainda estava sem palavras depois do discurso que ouviu.

E se perguntando se alguém, algum dia, havia visto seu interior de forma tão clara como Marinette.

— Por que você riu então? - Ela cruzou os braços, permanecendo com o rosto em uma careta zangada.

— Por que eu.. - Ele não sabia terminar aquela frase. O que diria a ela? Precisava tirar mais algumas dúvidas em sua cabeça. - Você ama mesmo ele. - Ela se contentou em apenas acenar com a cabeça, já havia falado demais e não queria machucar mais os sentimentos dele. - Mas também está apaixonada por mim? - Novamente, o mesmo aceno, mas dessa vez, era pela pura vergonha dela, em ter um coração tão desleal. Não precisava de Chat julgando seu errôneo coração por ser tão indeciso.

— Acho que me apaixonei por você quase pelos mesmo motivos. - Ela se forçou em levantar a cabeça e mirar suas orbes verdes, que a olhavam com expectativa. - Por ter um coração tão puro, me ajudando sem esperar nada em troca, mesmo não sendo seu dever, mesmo sabendo dos riscos. - Ela sentiu a ardência conhecida há muito em seus olhos. A culpa era toda sua por ter os nervos de uma manteiga derretida. - Por me salvar incontáveis vezes, - "Mais vezes do que você imagina gatinho" - e fazer com que eu me sinta tão segura quando estou com você.

Era dessa confirmação que Chat Noir precisava para obter a coragem que precisava agora.

Saber que alguém amava seus dois lados: o menino bonzinho e perfeito, e também o seu alter ego falho e brincalhão. Alguém que, apesar de tantas camadas de máscaras sobre os dois, conseguiu chegar em seu interior único. Alguém que enxergou seu coração.

"Não posso mais esconder meu segredo dela."

Não de Marinette, aquela que o amava por completo. E ele sabia como era a dor de ter o coração dividido, sentiu na pele, e não queria que a garota que amava sentisse essa dor também.

— Então acho que já sei o que fazer. - Ele deu um passo adiante. Um passo para perto dela, não somente no físico. - Plagg, esconder garras.

— O que??? - Marinette gritou, instintivamente levando ambas as mãos para a frente dos olhos. - Chat Noir, ficou maluco? O que está fazendo? - Ela viu, por entre os dedos, o brilho verde de sua destransformação preencher seu quarto.

"Ele perdeu o juízo?"

— Princesa, olha para mim. - Adrien percebeu o quanto Mari estava nervosa, encolhida contra a parede e tampando o rosto. Esticou a mão para tocar seus braços, em um gesto de conforto, mas ela o afastou em um movimento de ombros, ainda sem largar o rosto.

Marinette já sentiu algo diferente, a voz de Chat estava diferente fora da transformação. Mais suave, mas melódica, e desesperadamente familiar.

— Olhe para mim Mari. - Adrien tornou a dizer. Vendo a respiração se intensificar depois que falou novamente.

"A-Adrien?" - Ela reconheceria sua voz em qualquer lugar.

Temerosa e agora, não sabendo se queria que seu palpite estivesse certo ou errado, ela abaixou a primeira mão.

A segunda simplesmente caiu ao redor de seu corpo quando constatou que ele realmente estava na sua frente. E o kwami preto, já conhecido por ela, flutuando ao seu lado.

Mari voltou o olhar para o garoto, e essa troca durou alguns minutos, nenhum dos dois querendo quebrar o silêncio.

Demorou para reagir, enquanto era invadida por momentos em que esteve com ele.

Ela e ele, que eram quatro pessoas diferentes para quem olhasse de fora. Mas agora, ela sabia de toda a verdade.

A verdade dolorida que esses quatro eram na verdade dois.

Ela era Ladybug, e Adrien era Chat Noir.

"Estávamos condenados desde o início."

— Princesa...? - Se arrepiou ao ouvi-lo chamar pelo apelido que saía apenas a boca de seu alter ego.

— P-por que? - Ela conseguiu encontrar sua voz no meio da avalanche de emoções, mas não o suficiente para terminar a pergunta.

"Por que se revelou?"

"Por que tinha que ser você Adrien?"

"Por que eu nunca percebi nas inúmeras vezes que lutei ao seu lado?"

"Por que a vida tem que ser tão cruel comigo?"

As lágrimas que conseguiu segurar mais cedo agora escorriam sem parar pelas bochechas. Bochechas essas que não esquentaram quando o loiro se aproximou, as secando com as costas da mão.

— Eu não ia conseguir vê-la sofrer por mim enquanto eu estava aqui do seu lado esse tempo todo. - Adrien revelou, na esperança de trazer conforto para, imaginando que essa era a pergunta que rondava sua mente. - Me perdoe, mas eu precisava que soubesse. - Lançou um sorriso enquanto se aproximava para tomá-la em seus braços. Ela sentiu o corpo dele sobre o seu, sem conseguir mexer um músculo. Seja para recebê-lo ou afastá-lo. Não conseguiu fazer nada. - Princesa, você está tremendo. - Adrien falou, se afastando lentamente. - Vamos voltar para a cama, ainda nem amanheceu.

Marinette queria corar ao ouvir Adrien Agreste chamá-la para deitar com ele na cama. Queria começar a gaguejar, como sempre fazia na presença dele, enquanto tentava encontrar uma desculpa para não segui-lo. Queria ativar seu modo desastrada que parecia se intensificar quando estava perto dele, para atrasar a subida que faziam para sua cama.

E por fim quando deitaram, um de frente pro outro, queria arrancar o medo avassalador que invadia seu peito ao saber que, apesar de seus esforços para impedir seu amor por Chat Noir de nascer, ele já estava instalado em seu coração esse tempo outro, mas em outro nome, como se fosse de propósito para enganá-la.

— Todo esse tempo. - Sua voz saiu como um fio, enquanto mais lágrimas escorriam. - Era você ao meu lado Adrien? - Ao seu lado nas lutas, ao seu lado em suas noites.

Ele sorriu. Ainda não conseguia caber de alegria por saber o quanto era amado pela garota em sua frente. Estava odiando vê-la chorar, e torcia para que não fosse de desapontamento por saber quem ele era, apesar das chances de ser isso serem quase nulas depois do discurso protetor que ela fez em seu nome momentos atrás. Ainda não sabia o motivo de suas lágrimas, mas estava ali para recolher todas de bom grado.

— Eu era o seu príncipe. - Ele disse, passando os dedos no rosto delicado dela, e tirando alguns fios úmidos pelo choro de sua bochecha. Ela percebeu que ele fazia menção de quando ele perguntou se ela, como princesa, já havia achado o príncipe encantado dela. Isso foi na primeira noite do "trato" deles.

"Meu príncipe"

Quando repetiu as palavras em sua cabeça, causou um alvoroço dentro de seu coração. Sendo tomada por um terror, como se houvesse uma fera à espreita, somente esperando a hora certa de atacar. Ela fechou os olhos com o sentimento ruim que se alastrou pelo seu corpo.

Foi somente a primeira vez que teve de fazer isso, não sabendo que esse gesto iria se repetir mais do que gostaria nas próximas semanas.

De olhos ainda fechados, sentindo os dedos dele acariciarem seu rosto de forma suave, ela teve um vislumbre de sua nova lista mental. Aquela sua lista de 4 itens, que acabara de se tornar 3, com apenas 2 itens sem serem riscados.

1- Adrien/Chat Noir nunca poderá descobrir que eu, Marinette, sou a Ladybug.

2- Hawk Moth não pode descobrir nossas identidades.

3- Chat Noir é o Adrien, e eu já o amava a muito tempo!

— Ainda não acredito que é você. - Ela falou, sem coragem de abrir seus olhos e encontrar os dele.

— Também ainda não acredito que aquele que você ama, sou eu. - Adrien não conseguia parar de observá-la. A forma como parecia mais relaxada com seu toque. Não sabendo ainda, se merecia tamanha alegria em seu coração.

A forma como ele falou despertou a curiosidade de Marinette, que abriu os olhos de forma lenta, apenas para sentir como se tivesse levado um soco na boca do estômago quando viu a alegria estampada no rosto de Adrien.

Nunca havia o visto tão... Feliz. Tão satisfeito, como se seu amor por ele o tivesse arrematado para um lugar apenas de paz e tranquilidade.

Enquanto ela parecia se afundar cada vez mais no desespero e agonia. Tentou se recompor antes que percebesse o tormento de sua mente, e que poderia facilmente estampar seu rosto se não agisse rápido.

— Sim, meu príncipe. - Sentiu os olhos marejarem enquanto os dele brilhavam em deleite e uma coisa a mais. Era amor.

Viu amor puro e resplandecente naqueles olhos esmeraldas. E para esconder a própria dor, Marinette afundou seus rosto no peito dele.

Já Adrien, quando a viu se aninhando em si, não demorou em apertá-la em seus braços. Sentindo o aroma de seu perfume e o cheio de seus cabelos preenchê-lo.

Estava tão grato por saber que finalmente, seu amor tinha um lugar onde podia ser bem recebido. E esse lugar, essa pessoa, estava segura em seus braços.

Marinette sentiu o aperto dele ao redor de si, dando tudo o que podia para acalmar suas lágrimas silenciosas que ainda escorriam. Ela escolheu fechar os olhos e tentar dormir aconchegada nele. Se empenhou para se confortar com o pensamento de que, se realmente fossem o príncipe e a princesa um do outro e se estivessem em um conto de fadas, talvez então, tudo ficaria bem no final.

Pois todo conto termina em "felizes para sempre".

*******************************************

No momento em que Marinette abriu os olhos, flashes da noite anterior lhe atingiram com a força de um atropelamento.

Ainda esperava que tudo fosse um sonho, ou no mínimo uma piada de mal gosto.

Sentiu um misto de emoções. Medo, felicidade, culpa, desespero, depois êxtase.

Afinal, saber que o menino que você ama te ama também é sempre uma coisa boa. Ou quase sempre, no caso.

— Ainda não acredito que ele fez isso. Que ele é Chat Noir. - Falou em voz alta, para poder internar essa verdade, mas só a menção dessa frase a fez se sentir enjoada.

Era possível estar extremamente feliz e se sentir tão miserável ao mesmo tempo?

Queria que tudo fosse mentira, mas o bilhete ao seu lado discordava de qualquer "teoria" que pudesse ter.

"Bom dia princesa!

Nem posso acreditar no que aconteceu essa noite. Fiquei tão feliz de saber que me ama que quase não dormi, haha.

Mas tudo bem, o importante é que você descansou. Mal posso esperar para te ver na escola.

Ass.: seu gatinho favorito, Adrien"

Esperava que ainda estivesse sonhando.

— Talvez seja uma coisa boa Marinette, talvez seja o destino. - A kwami vermelha apareceu ao seu lado enquanto deixava o bilhete escapar de suas mãos para passá-las nervosamente pelos cabelos bagunçados.

— Destino? - A palavra saiu amarga em sua boca. - O destino deve ter olhado para mim e rido da minha cara enquanto eu criava aquela lista! - Ela respirou fundo, não permitindo chorar logo pela manhã, enquanto se arrastava para fora da cama.

"O amor só me trouxe dor, Tikki"

Marinette lutava contra o pensamento de que lutar contra o futuro, além de ser uma luta injusta, era inútil. Lavou os rosto, deixando que a água gelada ajudasse a se recompor.

— Não vai contar a ele que é a Ladybug? - A kwami perguntou cautelosa enquanto ela se secava.

— Não posso Tikki, quanto menos coisas da minha lista acontecerem, melhor. - Não queria ter que explicar isso novamente, Tikki sabia bem o por que de ter feito aquela lista. Tikki era a única, além de Bunnix, que havia presenciado aquele futuro horroroso.

— Não acha injusto? - Marinette estava de costas, trocando seu pijama pelas roupas para ir à escola quando ouviu a kwami. Não conseguiu se controlar dessa vez.

— Injusto? - Virou para Tikki, não conseguindo conter a risada com escárnio escapar de seus lábios. - Injusto é amor da minha vida ser aquele que eu deveria evitar para salvar milhares de pessoas. Injusto é ser uma garota de 14 anos e já ter todo esse peso em minhas costas. INJUSTO É CONTER TUDO ISSO DENTRO DE MIM SEM PODER COLOCAR PARA FORA COM RISCO DE SER AKUMATIZADA POR UM SÁDICO! INJUSTO É EU SER A ÚNICA QUE PODE PARAR HAWK MOTH, E EU SER UMA DAS QUE MAIS PRECISAM SE CONTROLAR DAS EMOÇÕES NEGATIVAS!

— Marinette, se acalme, por favor! - Tikki gritou a interrompendo, fechando a janela mais próxima. Mesmo sabendo que Marinette realmente precisava de colocar tudo para fora. A kwami já olhava pelas janelas à procura de qualquer borboleta negra.

É, realmente, era tudo muito injusto com ela.

Marinette fez o que fazia de melhor nos últimos meses: escondeu todas suas emoções e as conteve dentro de si. Em três respiradas fundas, todo o caos dentro de si já estava sendo mascarado por uma calma contraditória.

— Vamos Tikki, não queremos nos atrasar para a aula. - Falou sem emoção, mas forçou para lançar um sorriso. Um sorriso muito triste, Tikki diria. A kwami sentiu um desespero em ver como ela podia encobrir as emoções tão rapidamente. Aparentemente, Ladybug não era a única máscara de Marinette.

Sua portadora era forte, sobre isso não havia dúvidas. Mas não deixava de ser doloroso saber que ela tinha que ser assim.

Ela era forte pois não havia outra alternativa.

— Sinto muito, eu não podia te contar a identidade dele. - A kwami revelou com pesar enquanto saíam de casa.

Marinette não respondeu na hora. Sim, era verdade que doeu quando percebeu isso, ainda mais quando Tikki esteve ao seu lado todo esse tempo, vendo sua dor de perto. Poderia ter sido poupada de muita coisa se soubesse a verdade antes. Não queria se ressentir com ela, mas ainda doía, bem lá no fundo.

— Sabemos que você não podia me contar, Tikki. Não seria justo ficar brava com você por isso. - Ela lançou outro sorriso, um verdadeiro dessa vez. A kwami não foi desleal com ela, ela foi leal aos Miraculous e suas leis. E isso era algo que Marinette não podia culpá-la.

Andou os poucos metros que tinha entre sua casa e a escola de cabeça baixa. Ao se aproximar da instituição, viu alguns poucos alunos na frente. Levantou a cabeça para que ninguém percebesse nada. Mas ao fazer isso, um aluno em específico lhe chama atenção.

Loiro, olhos verdes brilhantes...

Adrien, em pessoa, estava parado em frente a entrada, algo incomum para ele.

Mas enquanto ela se aproximava, incerta ainda de como esse encontro aconteceria depois da noite anterior, o olhar dele encontrou o seu

Adrien abriu um sorriso tão belo que iluminou seu rosto. E então, abriu os braços para que fosse até ele. Marinette estagnou um momento, ainda com muita timidez em relação ao loiro, afinal, hábitos não mudam da noite para o dia.

Mas vê-lo ali, literalmente de braços abertos para recebê-la, no meio da rua, para que qualquer pessoa visse, a desarmou. E como seus pés tivessem vida, ela logo estava correndo em direção ao seu abraço.

Era como se necessitasse daquilo para suportar todo o peso que sentia. Mesmo ele não sabendo, mesmo ele nunca podendo descobrir a verdade, era por ele que ela aguentava tudo aquilo.

Talvez não precisasse gritar no fim das contas, nem extravasar sua raiva de outra forma. Talvez, ela só precisasse dele.

Adrien

Chat Noir

Ele era sua salvação. E também a sua perdição.

Ele era a força que ela precisava para superar tudo, a impedindo de desmoronar nas ruínas do seu emocional.

Seu rosto se afundou no corpo dele assim que se encontraram. Ela o abraçou apertado , tentando demonstrar o quanto aquele gesto significou para ela, o quanto ELE significava.

— Não sabe o quão difícil foi para mim essa última hora em que estivemos separados, princesa. - Sussurrou em seu ouvido, fazendo um sorriso escapar os lábios.

Ainda era estranho ouvi-lo a chamar pelo apelido que Chat Noir deu a ela.

— Também senti sua falta, gatinho. - Devolveu, desfazendo o abraço e olhando para o rosto dele.

— Ridículo, isso é ridículo - Ouviu Chloé gritar na porta de entrada. Só não havia se dado conta que aqueles gritos eram direcionados a eles.

Se separou de Adrien, enquanto a via entrar a passos pesados na escola, com Sabrina em seu encalço.

— Ela só vai ficar chateada por alguns dias, mas depois vai superar. - Adrien chamou sua atenção, tomando sua mão com a sua e entrelaçando seus dedos.

Mari não soube, mas naquela hora, parecia ver a cena de longe. Ela e ele ali, os outros alunos, Chloé se afastando enquanto xingava em plenos pulmões a sua insatisfação.

Como um déjà vu, pela segunda vez, aquele sentimento ruim invadia seu peito como um mau agouro.

Ela afastou, o que quer que isso de sua mente e seu coração, focando na sua mão unida com a dele. Não podia lidar com mais negatividade agora. Não queria lidar com negatividade agora.

— Vamos entrar? - Ele a puxou, sorrindo de forma doce, que logo cedeu, seguindo-o escola adentro.

Enquanto caminhava, vendo seus dedos entrelaçados no dele de forma tão carinhosa, decidiu que deveria parar de temer. O que quer que tivessem que enfrentar de agora em diante, aguentaria por Adrien. Pelo seu amor, pela sua segurança e acima de tudo, para que esse sorriso nunca sumisse de seu rosto.

********************************************

Notas Finais:

Entãaaaaaaaaaaao, ele CONTOU!! AAAAAH, não me matem! kkkkkkkk


Eu sei que muita gente imaginou que agora, ele ia começar a se aproximar dela como Adrien, mas gente, pro andamento da história, eu PRECISAVA que ela soubesse. E eu tentei prolongar a revelação o máximo que eu pude, de verdade, e fiquei satisfeita em ser depois do cap 20. Quando eu escrevi esse cap, eu fiquei "que droga! eu não queria acabar com o MariChat agora...."


Mas uma coisa que eu peço é: CONFIEM EM MIM! KKKKKK


A história continuará boa, eu juro!!! Não desistam de mim! kkkkk


Beijos doces!! 

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