Hellen Mikaelson
Já era noite e não havia tido notícias de Hayley e Elijah. Estávamos, Kol e eu no apartamento de Bekah e Marcel esperando os outros chegarem.
—Okay, me diga!—Bekah puxou assunto enquanto Kol e Marcel se encaravam com certa ameaça um para o outro.—Já tem alguma ideia se vou ter um sobrinho ou uma sobrinha?
—Bem...—Abri um sorriso acariciando minha barriga.—Eu não me importo em saber agora. Prefiro descobrir quando nascer, afinal, o importante é que a criança esteja bem.
—Por mais que eu já tenha dito que é uma menina.—Kol se intrometeu nos fazendo revirar os olhos.
—O que te faz ter tanta certeza, irmão?—Rebekah questionou rindo e ele colocou a mão sobre minha barriga sorrindo convencido.
—Porque eu sei, Bekah!—Kol soltou prepotente e balancei a cabeça negativamente rindo enquanto colocava a mão sobre a dele.
—Alguém chegou.—Rebekah avisou se levantando e indo até a porta.
—Então...—Comecei meio sem graça, Kol e Marcel continuavam se encarando como se fossem voar um no outro a qualquer momento.—Como você e a Bekah estão?
—Estamos bem, ela não para de falar de você por um minuto e o quanto ela vai mimar seu filho.—Marcel abriu um sorriso me fazendo rir.—Eu já disse que no momento em que ela quiser procuramos uma bruxa.
—E eu já disse que temos muito tempo pra isso.—Rebekah voltou sendo acompanhada por Klaus e...
Por Deus, ele e Hayley realmente tiveram coragem de virem juntos?
—Boa noite!—Klaus disse a todos com um sorriso lateral.
—Oi.—Hayley murmurou sem graça e sorri para ela.—Parabéns Hellen, são...
—Duzentos e oitenta e oito anos.—Ri e Kol beijou minha bochecha com um sorrisinho nos lábios.
—Minha garota ainda é como vinho, quanto mais velha mais gata.—Ele disse virando o último gole de Bourbon que havia em seu copo.
—E onde está a Hope?—Questionei enquanto dava espaço para que ela se sentasse ao meu lado.
—Com a Freya, ela se ofereceu para ficar de babá.—Hay respondeu e todos nos viramos para Rebekah que trazia uma garrafa de tequila.
—Rapazes, por que não vão conversar um pouco enquanto nós garotas nos divertimos?—A loira sugeriu apontando para o bar do outro lado da sala e eles obedeceram.
—Então, nos diga...—Rebekah serviu o último gole de tequila para Hayley e entregou o copo para a híbrida.—Falou com Elijah?
—Não, sinceramente não vejo ele desde hoje de manhã.—Ela virou toda a bebida engolindo tudo tranquilamente.—Sabe, eu sei que tudo o que fiz foi errado, mas...Klaus e eu temos uma conexão.
—Então você está trocando de irmão?—Katherine apareceu de pé ao meu lado.—Sugiro que seja o Elijah, o Klaus não vale a ração que come.
—Kath!—Me levantei a abraçando e ela retribuiu com um sorriso.
—Parabéns, meu amor!—Ela me entregou um pacote e foi direto para o bar.—Quem não namora, bebe! E aí garotos?
Rimos enquanto Katherine pegava as bebidas como se estivesse na própria casa.
Abri o pacote que a vampira havia me entregado e tirei uma caixinha preta de dentro dele.
—Uhh, o que é isso?—Rebekah se inclinou para olhar e Hayley também olhou curiosa.
—Uau!—Abri a caixinha me deparando com um colar de brilhantes, mas também havia outra coisa no pacote.—Mas o que...—Parei de falar ao retirar um macacão branco de bebê todo cravejado de pedrinhas prateadas, meus olhos se encheram de lágrimas.
—Mas que safada! Te subornando!—Rebekah soltou indignada arrancando uma risada minha.—É melhor que eu seja a madrinha...não importa de quem seja o filho!
—É claro, Beks!—Falei como se fosse óbvio.—Como pode pensar que você não seria minha primeira opção??
—Huum, é bom mesmo.—Ela se fingiu de séria, mas estava consumindo álcool demais para se manter.—Onde será que Elijah está? Meu irmão detesta atrasos!
—Acho que não precisa mais se perguntar...—Murmurei olhando para a porta onde Marcel abria para Elijah.
—Espero que não se importem, trouxe uma acompanhante já que recentemente perdi a minha.—Elih disse com um sorriso simples enquanto desabotoava sua...jaqueta?
Que mundo paralelo é esse onde Elijah não usa apenas ternos?
Rebekah nos olhou confusa e encaramos Hayley que estava tensa no sofá.
—O que? Cami, entra aí!—Marcel soltou surpreso e abraçou a amiga.
Hayley estava de queixo caído, ela não esperava que ele encontrasse alguém tão rápido.
Elijah Mikaelson
Flashback,
algumas horas atrás
Após trocar meu terno por um limpo fui decidido até o Rousseau's, não era costumeiro, mas o bar me parecia a escolha perfeita no momento.
Me aproximei do balcão e me sentei ali mesmo desabotoando meu paletó.
—Posso ajudar?—Camille disse e ao me olhar mudou a postura.—Ah, oi Elijah! Tudo bem?
—Se "bem" quer dizer pelo menos vivo, ou quase isso...—Brinquei e ela sorriu.—Vou querer uma dose de Whisky...ou melhor, uma garrafa.
Camille arregalou os olhos, mas o fez mesmo assim. Me serviu colocando a bebida no copo e se apoiou no balcão me encarando intrigada.
—Pergunte.—Falei bebericando o Bourbon e ela desviou o olhar sem jeito.
—Eu não quero parecer intrometida, mas...por que está bebendo tão cedo? Não é como se fosse comum te ver por aqui nesse horário.
—Está bem...—Suspirei ficando sério e servi mais um pouco de bebida em meu copo.—Hayley e eu rompemos.
—Oi?—A loira soltou chocada.
—Tive a infelicidade de saber que ela e meu irmão dormiram juntos.—Falei olhando para o nada e bebi tudo de uma vez enquanto Camille saía de trás do balcão vindo se sentar ao meu lado.
—Eu sinto muito, Elijah.—Ela tocou meu braço me olhando com pena.—Eu não vou vir com papo de psicanálise, mas se quiser conversar com alguém estou aqui.
—Obrigado.—Soltei um riso anasalado.—Eu não acredito que mesmo depois do que fizeram comigo eu ainda estou me sentindo mal por tê-la ofendido.
—Qual o nível da ofensa? Assim, só pra saber se você merece ser defendido...—Camille disse com humor.
—Eu a chamei de prostituta.—Soltei envergonhado e ela fez uma careta.—Forte, eu sei.
—Okay, Elijah. Você estava nervoso, as pessoas tendem a falar coisas idiotas quando estão estressadas.—Ela abriu um sorriso que pareceu acalmar algo dentro de mim.—Se quer um conselho, acho que deveria se desculpar, mas veja bem, apenas pela ofensa! Não se rebaixe por alguém que não te deu valor.
Camille realmente tem um olhar doce, parece tão diferente de qualquer outro da cidade. Ela esbanja...uma certa inocência.
—Obrigado, Camille.—Sorri de volta e recebi um aceno sem graça da mulher.
—Pode me chamar de Cami, e fique tranquilo, nada do que falamos vai sair daqui.—Ela se levantou olhando para a porta do bar, por onde vários clientes entravam.—Bem, o dever me chama.
Rimos e uma ideia louca passou por minha cabeça.
—Camille!—A chamei e ela se virou novamente para mim.—Cami.—Me corrigi sorrindo.—Hoje a noite Rebekah insistiu em fazer uma comemoração ao aniversário de Hellen, você gostaria de me acompanhar?
—A-ah...—Ela soltou sem graça e com muita dificuldade pude perceber um leve rubor em seu rosto.—É claro, claro que sim Elijah!
Ela saiu rapidamente para atender uma mesa enquanto um sorriso animado surgia em meus lábios.
Gosto do jeito dela.