ALEXITIMIA - Tamaki Amajiki

By ve_libra

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ALEXITIMIA (sf); inabilidade ou dificuldade em verbalizar e expressar sentimentos. . Onde Tamaki descobre a s... More

Um - ALEXITIMIA
Dois - KAIRÓS
Quatro - LENITIVO
Cinco - BASOREXIA
Seis - INEFÁVEL
Sete - JAANEMAN
Final - ALEXITIMIA

Três - KOI NO YOKAN

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By ve_libra

Koi no Yokan:

Corresponde a sensação de que será inevitável se apaixonar por uma pessoa que você acabou de conhecer.

Ele acreditava que estar apaixonado por alguém era ver essa outra pessoa como um ser perfeito sem limitações ou defeitos, mas percebeu estar redondamente enganado quando percebeu que a perfeição não é a inexistência de defeitos, mas sim muitas vezes a existência deles.

Tamaki levou meses em uma observação silenciosa e distante para perceber que Lilith era uma garota gentil, simpática, e não tão comunicativa quando comparadas às demais. Era o tipo de pessoa que não gosta de conversar com grandes grupos, mas que não para de falar na presença de duas ou três pessoas com que ela tenha intimidade.

Notou que ela também assustava quando irritada e que poderia ser bastante maldosa se alguém por alguma razão tentasse-a diminuir ou algo dessa natureza, bem, talvez isso nem seja um defeito no fim das contas.

Ah, ela também se distrai com facilidade. O que se tornava um grande problema já que Lilith não conseguia manter atenção fixa em assuntos que não a interessavam e consequentemente ela não tinha um bom rendimento, que resultava em raiva e frustração, e às vezes a deixava em altos graus de nervosismo.

Como foi o caso daquele dia quando o professor anunciou um teste surpresa exatamente sobre a matéria que a garota tinha dificuldade. Tamaki notou sua inquietação assim que o teste foi anunciado, notou os ombros tensos e os dedos inquietos.

Ainda era terça-feira, eles haviam se reunido há quatro dias e ele percebeu que ela realmente não era tão boa na matéria, mas nada que a prejudicasse já que era impecável nas demais e não precisaria de tanto para melhorar nessa também, mas o teste surpresa foi um grande banho de água fria.

A maioria das pessoas já havia entregado o teste e devido o horário o professor as liberava conforme o material era entregue, Tamaki estava entre eles, boa parte dos alunos se dirigia ao refeitório para o horário do almoço, mas ele ainda tinha dúvidas sobre o que fazer agora.

- Você está me escutando?

Ele sentiu alguém o cutucar, Nejire estava ao seu lado e o encarava com bastante curiosidade.

- Você anda muito distraído ultimamente. – avaliou assim que conseguiu a atenção do rapaz.

- Na, é... Você sabe, é o festival. – Tamaki lhe dirigiu a mesma desculpa que deu um tempo atrás, mas desta fez Nejire não parecia tão convencida assim.

- Sei. – respondeu de forma arrastada. – Tudo bem, vamos almoçar?

Ele voltou a encarar a porta da turma esperando que Lilith saísse naquele instante, mas ela permaneceu fechada.

- Ahn, eu...

- Acho que seria bom um de nós esperar Lilith sair. – Mirio, que até o momento estava quieto, sugeriu. – Você pode esperar, Tamaki?

O garoto levou um tempo até entender o que estava acontecendo ali, e por um momento ele sentiu uma imensa vontade de agradecer ao melhor amigo ao mesmo tempo em que se sentiu apavorado porque claramente Mirio já havia notado o que estava acontecendo.

Mas Tamaki continuaria se enganando pelo máximo de tempo possível.

- Gostei da ideia. – disse Nejire poupando-o de dar uma resposta. – Então estamos indo, te esperamos lá, até depois Tamaki.

Nejire se despediu brevemente enquanto começava a caminhar pelo corredor, Tamaki esperou Mirio fazer o mesmo, mas quando seu amigo passou ao seu lado sentiu a mão dele apertar-lhe o ombro.

- Tamaki, ela vai embora em breve. – murmurou rente ao seu ouvido. – Se você não fizer nada a respeito, perderá uma grande oportunidade.

Mirio deu um tapinha de leve em seu ombro a fim de encorajá-lo, mas mal sabia ele que havia deixado Tamaki ainda mais em pânico.

Era oficial, seu segredo não era mais um segredo.

Ele observou seus amigos se afastarem enquanto ele encarava as suas costas cada vez mais distantes, Mirio disse algo a Nejire e ela riu. Será que Nejire também já sabia? Será que ela havia dito algo a Lilith. As duas estavam muito próximas, passavam um tempo considerável conversando, boa parte em murmúrios.

Tamaki desviou seus olhos agora para a porta da sala, desta vez temendo que ela fosse aberta. Seu coração a cada momento batia cada vez mais rápido enquanto o corpo gelava e as mãos suavam, o ar parecia ficar cada vez mais rarefeito obrigando-o a esforçar-se mais para puxá-lo até os pulmões.

Aquilo seria uma tragédia sem precedentes. Sim, ele sabia que realmente nutria sentimentos pela garota e já havia deixado de se enganar sobre isso a bastante tempo, mas ele estava conformado com o fato de ter esse sentimento somente para si, queria pelo menos ficar o mais próximo dela para que quando ela fosse embora restassem pelo menos algumas poucas lembranças de como era estar em sua companhia.

Lilith jamais se interessaria por alguém como ele. Ela era fantástica, tinha uma personalidade incrível assim como todo o resto, vinha de uma família que a gerações servia a sociedade com heróis renomados, fortes e respeitáveis, seu sobrenome tinha um peso considerável mesmo ali onde era literalmente o outro lado do mundo onde ela nasceu.

Estava em um patamar completamente diferente, o que ela pensaria se descobrisse que ele nutria aquele tipo de sentimento por ela? Certamente se afastaria e o ignoraria completamente, talvez por nojo ou por julgar tal atitude ultrajante, ela poderia até mesmo dizer "Não é porque sou simpática com você que lhe dei o direito de se apaixonar por mim".

Talvez ela não dissesse, ela não era maldosa a esse ponto, mas certamente pensaria isso.

Um bolo incômodo se alojou em sua garganta dificultando ainda mais a sua respiração, as imagens mentais que sua mente fervilhante geravam a cada segundo fez seu corpo ser tomado por um torpor e Tamaki sentia os olhos arderem, a qualquer segundo ele poderia chorar e isso piorava ainda mais a situação.

Além de patético ele iria chorar? Não se admirava por ela realmente pensar tão mal dele assim.

Puxando o máximo de oxigênio que podia ele tentou sair dali, mas não estava tão distante quando escutou a porta da sala abrir.

- Tamaki? – a voz dela ecoou pelo corredor o cortando como uma faca.

Ele continuou caminhando, agora tentou apressar o passo e virou o primeiro corredor que encontrou. Seus ouvidos zumbiam o deixando um tanto desorientado, a ponto dele sequer saber para que lado estava indo, ao menos os corredores estavam vazios.

Ele sentiu o braço ser agarrado e seu corpo ser puxado em outra direção, quando se virou deu de cara com os olhos dela. Lilith o encarava preocupada, ele podia sentir isso mesmo sem perguntar.

Tamaki gostava dos olhos dela, lembravam ouro líquido e fins de tarde no verão.

- Tamaki, o que aconteceu? - ela perguntou, sua voz denotava clara preocupação. – Seu coração... Cristo, você está bem?

Puxando o ar novamente com um pouco de dificuldade ele conseguiu livrar o braço do aperto dela e desviou o olhar para a parede ao seu lado.

- Vá e-embora. – suspirou audivelmente mais uma vez. – quero ir para casa.

- Não vou embora, vem, vamos para a enfermaria. – escutou a voz dela novamente a suas costas. – Tamaki? Olha... eu não sei o que aconteceu, mas você só pode estar ficando maluco se acha que vou te abandonar aqui, vamos?

Ele continuou em silêncio. Pior do que passar aquele vexame era ser socorrido exatamente por ela.

- Tamaki?

- Vá embora, por favor. – pediu novamente, desta vez sentindo o rosto ficar quente, mas não era por estar corado, mas sim pela primeira lágrima que teimou em descer.

Ele sabia o que estava acontecendo, nasceu naquele corpo e entendia todas as falhas dele. E Tamaki sabia mais do que ninguém que sempre depois de uma crise ele se sentia pior ainda, principalmente quando havia uma plateia.

Porque a plateia sempre julgaria suas atitudes, a maioria nunca entenderia o que era viver em sua própria pele, ser quem ele é e sentir as coisas da forma que ele sente. Tudo infinitamente mais nocivo e potencializado pela ansiedade.

- Se não quiser ir à enfermaria, tudo bem. – Tamaki sentiu o pulso ser envolvido e logo seu corpo foi puxado para longe da parede que usava para ocultar seu rosto. – Mas não posso te deixar aqui, o sinal tocará em alguns minutos e esse corredor vai ficar lotado.

Ele tentou protestar uma vez, mas seu corpo estava começando a dar sinais de exaustão o deixando incapaz até mesmo de pensar. Tamaki não sabia para onde estava sendo levado até ela cruzar uma porta e ele sentiu uma lufada de ar fresco atingir-lhe o rosto levando seus cabelos para trás.

Estavam em um terraço.

- Sente-se aqui. – ela disse deixando-o em um canto do terraço. – Não vou te encher a paciência. Prometo. Mas não me peça para te deixar sozinho, porque eu não vou.

Cinza era uma cor sem graça.

Tamaki chegou a essa conclusão depois de passar quinze minutos encarando o concreto desgastado do chão do terraço. Era uma cor sem atrativos, não era chamativa nem havia nada que a deixasse especial como o amarelo, azul, verde, vermelho, roxo... literalmente todas as outras cores, exceto cinza.

Talvez ele fosse cinza.

Levou um tempo até seu corpo voltar a normalidade, a brisa constante e o som do vento contra seus ouvidos serviram como um mantra ajudando-o a acalmar os próprios sentidos e o farfalhar das folhas das árvores próximas era reconfortante.

Ela não sabia ao certo há quanto tempo estava ali, ainda sentia o rastro seco em seu rosto por onde as lágrimas haviam percorrido um tempo atrás. Sua mente estava um tanto exausta naquele momento a ponto dele sequer pensar no quão desconfortável era a situação em que ele estava naquele instante.

Tamaki levou os olhos até o outro canto do terraço onde Lilith estava sentada no chão, as pernas dela estavam esticadas e os tornozelos cruzados enquanto ela avaliava as pontas do cabelo aparentando estar bastante concentrada. Ele nunca entendeu o que havia de tão interessante nelas e nem o motivo dela fazer aquilo com frequência. Tamaki observou o rosto dela e percebeu que Lilith parecia chateada, logo concluindo que seu estado atual se devia a situação em que ele os colocou.

- D-desculpa. – ele murmurou apertando os punhos e desviando o olhar dela para a copa das árvores.

- Não tem motivos para se desculpar. – ela disse ainda sem olhá-lo, vez ou outra ela puxava algo da ponta de seus cabelos.

- O-oque você está f-fazendo? – perguntou rendendo-se a curiosidade.

- Arrancando pontas duplas. – respondeu dispensando a mecha de cabelo para o lado e desviando sua atenção para seu rosto.

Tamaki desviou os olhos novamente, desta vez para as mãos em seu colo.

- Você perdeu o intervalo aqui comigo, desculpa. – voltou a falar conseguindo não gaguejar dessa vez. – Não precisava.

Ele escutou um suspiro longo vindo da garota e a encarou pelo canto a ponto de vê-la tombar a cabeça para trás cansada.

- Não diga coisas assim. – ela disse enquanto fechava os olhos. – Eu precisava vir sim, eu sei o que é uma crise de ansiedade quando vejo uma, não te deixaria sozinho.

Ele não disse nada, voltou a encarar as mãos sem saber o que fazer agora.

- Meu pai e meus irmãos mais velhos são heróis. – continuou chamando sua atenção novamente. – E nem sempre voltar para casa fisicamente bem significa que eles estão bem de fato. Eu nunca tive problemas com ansiedade ou depressão, mas sei como é ter algum familiar próximo com esse problema, então não precisa me pedir desculpas por algo que não é culpa sua e que você sequer consegue controlar.

- Seu pai e seus irmãos?

Lilith nem precisaria abrir os olhos para imaginar o tamanho da descrença de Tamaki naquele instante, sua voz denotava tudo isso. Para muitos a família Likayos era sinônimo de força maciça, afinal, era a família de heróis mais forte de seu país que possuíam uma peculiaridade bastante forte e selvagem. As pessoas geralmente esqueciam de que se tratavam de seres humanos como qualquer outro.

- Há três anos Itzal quase morreu, Azrael estava com ele e saiu quase sem nenhum ferimento. – ela suspirou com a lembrança dolorosa daquela época. – Azrael é o mais velho e até hoje ele acredita que precisa nos proteger de tudo e todos, não foi fácil para ele ver o caçula dos meninos quase morto, ele se culpou demais, se cobrou demais e quase se perdeu dentro de si mesmo.

Lilith voltou a abrir os olhos e desta vez encarou Tamaki, ela se levantou e começou a caminhar na direção dele.

- Quando Nix estreou como heroína meu pai estava lá, no primeiro mês dela ela viu o peito do pai, o grande herói Anúbis, ser atravessado por uma barra de ferro maciço e até hoje ela tem pesadelos com isso. – contou agora mais próxima dele sentando-se ao seu lado. – Laila passou por algo parecido com Azrael. Ninguém é imune a esse tipo de coisa, e eu sei que um dia será a minha vez, mas é o preço a ser pago quando se decide virar herói, mas isso não significa sofrer sozinho. Não importa o quão forte ou destemido você possa ser, todo mundo precisa de alguém e todo mundo tem momentos ruins.

Tamaki ficou em silêncio absorvendo tudo o que ela havia dito. Ele havia dedicado um tempo considerável pesquisando sobre a família Likayos na tentativa de tentar conhecê-la melhor sem o contato social que geralmente é o recomendado para esse tipo de interação. Foi realmente surpreendente descobrir que aquelas pessoas dos noticiários e matérias poderiam ter os mesmos problemas triviais que uma pessoa como ele enfrentava já que todos eles pareciam verdadeiras muralhas.

Até mesmo Lilith parecia impenetrável.

E isso de alguma forma o acalmou, porque da forma como Lilith falava, ela não parecia ser o tipo de pessoa que o julgaria por encontrá-lo em um momento embaraçoso como aquele.

Involuntariamente um sorriso tímido brotou em seu rosto.

- Sua família parece ser legal. – ele murmurou a fim de quebrar o silêncio que havia se instaurado. – Você sente saudades?

- Eles são sim, sinto muita falta deles, mas... Sei lá, não queria voltar. – disse pegando-o de surpresa. – Minha mãe enviou uma solicitação de transferência para cá, mas não é tão fácil assim entrar na U.A. – riu. – Mas você já deve saber disso, afinal fez o teste para entrar aqui.

A informação solta o pegou desprevenido fazendo as tão conhecidas borboletas se agitarem com a possibilidade dela passar não mais somente os seis meses, mas sim o resto do curso.

- Vo-vo-você quer ficar? – ele perguntou ainda alarmado. – M-mas e seus amigos?

- Não tenho – ela deu de ombros. – As pessoas da minha escola são exaustivamente competitivas, então quando cheguei aqui fiquei realmente surpresa e feliz. Nejire é ótima e eu consigo conversar com ela por horas, Mirio é... bem, você sabe, é o tipo de pessoa que faz sentir vontade de estar sempre melhorando. – ela suspirou. – E tem você também, sinceramente eu achava que você não gostava muito de mim no início, mas Nejire me explicou que você é tímido, mas uma ótima pessoa e bem, ela estava certa afinal.

- Porque você achou que eu não gostaria de você? – perguntou espantado, sem gaguejar, estava surpreso demais com aquilo e apavorado por ter passado aquela impressão.

- Eu não sei. – respondeu rindo um pouco. – As pessoas podem simplesmente não gostar de outras mesmo sem ter um motivo especial para isso.

Tamaki encarou Lilith ainda descrente, a impressão inicial dela não poderia estar mais longe da verdade.

- Eu gosto de você. – ele soltou sem pensar.

Por um instante ele pensou ter dito demais, mas logo percebeu que ela havia interpretado aquilo como uma simples declaração entre amigos.

- Eu também gosto de você, Tamaki.

A resposta o aliviou um pouco, mas ao mesmo tempo ele gostaria de ter dito mais, mesmo que todas as suas inseguranças gritassem NÃO incansavelmente.

Por que no fundo, mas bem no fundo.

Mesmo com todo o medo de rejeição.

Ele queria falar.

INFORMAÇÕES BÁSICAS:

Nome: Lilith Likayos;

Pseudônimo: Lilith;

Idade: 16;

Gênero: Fem;

Altura: 1,57 m;

Cor dos olhos: amarelos;

Cor do cabelo: preto;

Estilo de luta: furtivo, combate corpo a corpo;

Quirk: Lobo das sombras:

Permite que o usuário tenha as mesmas habilidades sensoriais que um lobo. Quando desenvolvida ao máximo, concede ao usuário a habilidade de transformação completa em um lobo de grandes proporções capaz de se ocultar nas sombras e movimentar-se entre elas.

Devido à capacidade de transformação, a estrutura óssea e todos os tecidos do corpo têm resistência acima da média, o que concede também maior força e rigidez.

Lutar a noite ou em locais com pouca iluminação concede vantagem.

Curiosidades:

Lilith ainda não desenvolveu completamente sua quirk;

Ela tem uma ótima relação com os irmãos, mas Azrael é o seu favorito;

Como todos da sua família possuem a mesma individualidade, ficaria cada vez mais cansativo e repetitivo escolher nomes para heróis, então eles simplesmente adotam o primeiro nome;

Lilith não gosta de café;

Ela realmente ama doces, poderia viver somente disso se seu corpo não cobrasse por algo mais nutritivo;

Sua personalidade é ENFP-A.

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