Finalizo meu visual colocando o colar com pingente de coroa que meu namorado havia me dado.
Me olho no espelho e passo a mão por todo o meu vestido conferindo cada detalhe, me certificando que tudo estivesse perfeito.
— Meu amor — escuto Tom dar leves batidas na porta do quarto — Posso entrar?
Assim que Maddy e eu chegamos na casa dela, ela me enfiou no quarto de hóspedes que ficava no final do corredor dos quartos.
— Sim, entre — dou a permissão.
Tom aparece vestido com um smoking. Tem como ele ficar mais sexy do que isso? Acho que não.
— Sou suspeito para dizer isso, mas... — ele se posiciona atrás de mim e nos entreolhamos pelo espelho — Você está incrivelmente perfeita.
— Não mais do que você — murmuro com um sorriso e ficamos um tempo assim.
— Meus pais decidiram ir para um restaurante mesmo. Eles disseram que é uma ocasião especial — Tom coloca a mão no bolso — E para completar seu visual e deixá-lo ainda mais perfeito, eu trouxe isso.
Percebo Tom tirar uma caixinha preta de dentro do bolso da calça. Meu coração dispara novamente e eu me viro para ele com os olhos arregalados.
— Outro presente? — digo ofegante — Thomas, você já me deu esse colar, não precisa me encher de mais coisas.
— Esse tem um outro significado — ele ri e abre a caixinha.
Minha boca abre em um "o" perfeito quando vejo o lindo e pequeno par de diamantes. Tom pega delicadamente a minha mão e coloca a caixinha preta sobre ela.
— Feliz dois meses de namoro — Tom diz após ver que eu estava chocada demais para falar alguma coisa.
— Ah não, é hoje? — olho triste para ele e o mesmo assente com a cabeça — Eu sou uma péssima namorada!
— Não é, não! — Tom puxa meu rosto para a direção dele — Já tem tanta coisa acontecendo nesses últimos dias, entendo completamente. Por pouco, eu não esqueci também.
— Mas era 'pra eu lembrar! — digo constrangida e desvio o olhar — Eu sinto muito mesmo, Tom. Nem sei o que fazer para você me perdoar.
— Ei — Tom me abraça — Está tudo bem, é sério. Não quero que se incomode com isso.
— Eu sei que você é rico mas não precisa me mostrar isso toda hora — brinco ainda olhando o par de diamantes na minha mão — Você me chama de pobre de várias formas.
— Toda mulher deveria ter um par de diamantes — ele diz olhando para a minha mão também.
— Você é louco — digo sem saber exatamente como me expressar — Você é... Eu não sei se tem uma palavra 'pra isso.
— Que tal... — Tom finge pensar — Perfeito? Sem defeitos? Maravilhoso?
— Eu já entendi — o corto fazendo-o rir.
Me afasto do abraço para olhá-lo nos olhos. Sua risada cessa quando começo a passar a ponta dos meus dedos em seu rosto. Ele era muito perfeito. Seu maxilar, suas bochechas, seus olhos, seus lábios.
Tom engole seco quando passo meu dedo indicador em seu lábio inferior.
Eu já havia beijado Tom várias vezes. Mas, de alguma forma, abraçá-lo e depois reparar em seus traços parecia ser algo muito mais íntimo.
— O que você está fazendo? — sua voz estava mais grossa que o normal e parecia tenso.
Só então reparo que minha mão, a que não estava com os diamantes, se encontrava no botão de sua camisa.
— Eu te amo — murmuro ainda sem olhar em seus olhos.
Sinto sua mão no meu queixo e logo seus lábios nos meus.
Solto o par de brincos para colocar minhas mãos na sua nuca e cabelo ao mesmo tempo em que eu aprofundava o beijo.
— O seu batom... — Tom interrompe o beijo mas eu o puxo de volta.
Dessa vez, ele não interfere em nada. Sinto suas mãos irem para minhas costas, uma um pouco mais embaixo do que estávamos habituados. Minha respiração já estava a mil por hora e meus sentidos perdidos.
Mal havia percebido que estávamos indo em direção a cama sem quebrar o beijo. Foi algo automático.
Empurro Tom, que cai sentado na cama, e subo em seu colo colocando uma perna de cada lado. Tom volta a me beijar, uma mão na minha bunda e a outra no meu cabelo. Ele interrompe o beijo e começa a beijar meu pescoço até o meio dos meus seios.
Em um ato involuntário, desfaço sua gravata borboleta e tiro seu paletó.
— (S/N) — sua voz sai parecendo um gemido.
Minhas mãos trabalhavam desabotoando a sua camisa e logo abro-a por inteira, revelando o corpo perfeito e esculpido de Tom. Passo minhas mãos em em seu peitoral, apreciando aquela beleza. Era a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida.
Volto a beijá-lo ainda mais com pressa. Eu necessitava dele. E nem sabia o que estava fazendo direito, só estava indo.
As mãos quentes de Tom vão para as minhas coxas, me fazendo arfar.
— Thomas — minha voz sai abafada.
— Eu te amo — ele responde.
Sorrio entre o beijo e tento tirar meu vestido do corpo. Meu corpo queimando. Agora de calcinha e sutiã, os olhos de Tom vão direto para os meus seios.
Quando minhas mãos vão para o cinto na calça de Tom, ele parece despertar-se de algo e segura minhas mãos.
Sem entender, o olho em confusão, não entendendo sua atitude. Tom parece estar em uma batalha interna.
— Thomas? — pergunto ainda com o coração acelerado.
— Nós deveríamos ir — ele diz sem me olhar.
— O que? — pergunto sem entender, tentando confirmar se era exatamente aquilo que eu havia ouvido.
— Nós deveríamos ir — ele engole seco e tenta se levantar, jogando meu corpo para o lado.
Com isso, sou obrigada a sair de seu colo com cara de tacho.
— Qual o seu problema? — tento não soar como maluca.
Mas fala sério! Estávamos em um momento tão bom e ele simplesmente para? Era óbvio que nós dois queríamos aquilo.
— Nenhum — ele tenta sorrir mas desvia o olhar facilmente — Meus pais já foram para o restaurante com a Maddy, precisamos ir também — Tom diz abotoando sua camisa novamente.
— Isso é sério? — pergunto indignada.
— Se vista, saímos em vinte minutos — dito isto, ele sai do quarto com a gravata e paletó nas mãos.
O que eu fiz de errado? Achei que estava tudo bem!
Como eu vou participar desse jantar agora, fingindo estar tudo bem, sabendo que meu namorado me rejeitou completamente?
Foi mal pela demora, estou no meio de uma viagem.
Desculpe se ficou uma bosta, sou péssima para descrever esses tipos de cena :/
Por favor, votem bastante ❤