Condenada Pelo Mafioso - Livr...

By GBarbozaa

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• DISPONÍVEL COMPLETO NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED SINOPSE Hellouise Neri acreditava que já estava no inferno... More

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Hellouise Neri

Eu queria gritar!

Olhava as maquiadoras se organizando para sair e queria pedir para ir na maleta com elas. Eu não estava preparada para essa noite, um noivado inesperado e insano não era o tipo de situação que eu queria estar.

O vestido que Dona Alice escolheu estava posto na cama, chamando minha atenção a toda hora. Eu poderia simplesmente rasga-lo e fingir que não vi para fugir dessa desagradável lembrança. Ella entra no quarto vestida com seu vestido de alça rosa bebê, estilo delicado. Me levanto seguindo os comandos dela para terminar de me arrumar.

Apertado.
Exposto até.
Eu não questionei quando foi comprado e não faria isso agora. O vestido verde forte rendado era muito bonito, por ser longo simulava a elegância e pela abertura em suas laterais mostrava a ousadia. Talvez tivesse sido esse o objetivo de Dona Alice ao escolher.

A vestimenta marcava bem minhas curvas, meus seios quase saltavam para fora e mesmo assim, era normal. Ella gostou de primeira.

- Você é a mulher mais linda dessa noite.

- Obrigada! - sorrio pequeno.

Abaixo um pouco a cabeça para Antonella colocar a presilha de brilhantes no meu cabelo, seus elogios ao meu cabelo e a todo detalhe que ela gosta em mim é maravilhoso de se ouvir. Meus elogios eram feitos normalmente pelo Conrado e para mim, ele só fazia para me fazer sorrir.

- Já estão prontas? O senhor Enrico está ficando meio nervoso pela demora. - Lara, a empregada responsável por tudo que Antonella e eu precisamos, diz um pouco receosa.

Antonella concorda e termina de me arrumar em um segundo. Ando devagar sobre os saltos finos de uns 15 cm e respiro fundo acalmando meus ânimos. Um noivado.

Ella fica no topo da escada e me avisa para descer primeiro. Faço o que ela diz tomando cuidado em cada degrau, eu não podia cair.

Enrico está no início da escada devidamente arrumado, seu corpo inteiro exala poder.
A sala está cheia de pessoas, um frio se instala na minha barriga, fecho os olhos por um instante e quando chego ao inicio da escada, encaro Enrico Rizzi rudemente.

- Está linda, coelhinha! - diz me estendendo a mão. - Depois desta noite faltará muito pouco para você ser completamente minha.

Pego sua mão contragosto seguindo seus passos até o meio do salão. Todos estavam bem arrumados e com sorrisos extravagantes nos rostos como se aquela situação fosse feliz, um noivado abençoado e com amor. Ridículo.

- Você estava cega quando escolheu esse vestido ou fazia parte do plano mostrar seu corpo? - pergunta chegando perto do meu ouvido.

- Não fui eu que escolhi. - me limito a dizer.

- Minha mãe sabe bem provocar um homem quando quer. Deveria ser cuidadosa com isso, Hellouise. Não sou do tipo romântico, nosso casamento é um negócio que não vou perder na hora de lucrar.

- Como se eu quisesse... - ele me olha intimidante.
A casa está a mesma, não tinha decoração ou algo diferente, era um simples jantar.

Algumas pessoas nos cumprimentam durante o percurso. Uma mulher de meia idade e um homem mais novo param a nossa frente fazendo uma pequena reverência.

- Senhor Rizzi! - o rapaz aperta a mão de Enrico com firmeza. - Foi um prazer ser convidado para o seu noivado, me sinto honrado.

- Oliver, seu agradecimento virá por meio dos seus resultados.

- Farei o meu melhor, senhor.

Não encaro muito o rapaz já que a sua acompanhante foca em mim.

- Você é muito bonita, menina. - a mulher diz pegando minha mão e a segurando com carinho. - Tem muita sorte de ter encontrado esta bela moça, Enrico.

Oliver tenta me dar a mão em sinal de cumprimento, porém, Enrico o detém.

- Sem contato com minha noiva. - fala sério. - Isso serve para todos que tem um pau entre as pernas.

- Que escroto. - sussurro.

A senhora me olha espantada alternando entre mim e Enrico. Que se foda, já estou aqui sem poder escolher, posso pelo menos mostrar o que eu penso. Talvez assim, esse infeliz procure outra para engravidar. O homem arrogante se livra dos dois em poucos segundos e me puxa para perto do seu corpo, apertando minha cintura com força.

Forço eu corpo a sair do seu aperto e quando consigo, Enrico praticamente pula em cima de mim com raiva.

- Se ousar fazer isso novamente, lhe darei umas bofetadas aqui na frente de todos mesmo. - rosna e fecho os olhos esperando a agressão que não vem. - Comporte-se como deve ou terá problemas quando essa festa acabar.

- Sim, senhor.

Concordo com ele para evitar uma discussão agora. Todos aqui assistiriam com alegria ele me bater se for o caso, o olhar daquela mulher me provou que eu só posso fazer o que ele fala.

Várias mulheres passam por nós com expressões de descontentamento, finjo não ver para não me irritar mais com essa noite. Enrico parece tão calmo e confortável com a situação, não tem nada que o abale aqui, ele está entre os seus.

Um casal elegante nos para quando chegamos perto da mesa e a mulher de me abraça sorrindo. Seus traços únicos e delicados me dão a entender sua juventude e sorrio a ela retribuindo. Cabelos pretos amarrados e seu vestido era simples de uma cor só, o amarelo.

O homem era o contrário, extravagante e seu rosto denotava sua riqueza. Era velho e tinha traços parecidos com o Theodoro.

- Então foi essa menina que te conquistou repentinamente?! - o homem pergunta analisando meu corpo. - Muito mais bonita do que a anterior, saberá doma-la?

- Não se preocupe quanto a isso, Harris! - Enrico responde, frio.

- Boa sorte, menina! Estão contando muito com você. - sorri saindo e levando sua esposa junto.

Antonella havia me dito que teria um tio inconveniente muito parecido com seu pai no evento. Já sei até quem é.

O jantar é tranquilo, nada novo. Descobrir que Antonella é a futura esposa de Franco foi um pouco chocante, não sabia a forma que escolhiam os casamentos, mas a satisfação no rosto de Franco era o suficiente para provar que ele adorava a ideia.

Me mexo desconfortável e Enrico com toda sua aura poderosa se levanta e todos ao redor prestam atenção nele.

- Hoje é o dia que firmo um compromisso com a famiglia e com a minha casa. Hellouise será a provedora e minha dama em todos os lugares que eu tiver. Anuncio perante a todos a minha noiva e futura esposa. - todos aplaudem seu pronunciamento e fico frustrada.

Esperava um pedido de casamento como a maioria dos noivados acontecem, mas já deveria adivinhar que eu não teria essa chance.

- Que esse casamento seja muito fértil e essa garota lhe dê uma porção enorme de meninos. - Harris começa levantando a taça.

- Um brinde ao futuro casal Rizzi. - Theodoro sorri para nós.

Bêbados!
Já estava cansada de tantos comentários iguais sobre fertilidade e como Enrico deveria fazer no casamento. Conselhos de pessoas que nem sabem da própria vida. Me perguntava se eles sabiam de como parei aqui nessa bagunça.

Levanto da cadeira querendo ir urgentemente no banheiro, todos da mesa me dão atenção com essa minha atitude.

- Onde pensa que vai? - Enrico pergunta segurando meu pulso.

- Preciso ir no banheiro. - estreita os olhos e pensa na possibilidade.

- Não demore.

Me solta e Ella me indica onde é o banheiro na parte inferior da casa. Caminho quase desfilando entre as pessoas, não intencionalmente, porém sinto seus olhares julgadores. Entro no banheiro e fecho a porta, faço minhas necessidades com rapidez e arrumo o vestido com precisão.

Ouço a porta ser aberta e vejo pelo espelho duas moças metidas entrando e fechando a porta atrás de si.

- Olá! - falo.

- Olá, usurpadora! - a mais alta diz.

- Para, Jane! Pode magoar e ela começar a chorar aqui. - a outra brinca.

- Já estou de saída. - elas sorriem como se tivesse algo engraçado para isso.

- De onde você veio? - Jane indaga.

- Do inferno. - a baixinha diz.

- Provavelmente, para roubar o homem dos outros, só pode mesmo.

- Não quero discutir meninas, já estou saindo. - mexo na torneira meia atrapalhada.

- Eu era a próxima a casar com ele. - esbraveja.

- Pode pegar ele para você, eu não me importo, sinceramente. - Lavo as mãos e as seco com a toalha de mão.

- Ainda é debochada. - a baixinha diz com raiva. - Não sabe com quem está se metendo!

Me viro para sair do banheiro e voltar para a mesa com as pessoas da família de Enrico quando meu braço é puxado para trás com brusquidão. Jane segura meu cabelo com seu rosto seco rente ao meu e me controlo para não perder a cabeça com ela.

- Se você morresse um acidente de carro, hipoteticamente falando, serei eu a nova senhora Rizzi! - diz. - Você me irritou, garota.

Mexo os ombros sem me importar com as consequências. A mulher me coloca na frente do grande espelho e repete que é muito mais bonita que eu, sua amiga concorda em tudo igual um cachorro com fome.

- Já pode me soltar, prostituta. - tento segurar seus braços e paraliso por um instante quando Jane bate minha cabeça na pia.

Não contente ainda, bate mais duas vezes me deixando fraca e tonta. Caio no chão sentada e vejo as duas saírem apressadas do cômodo. O líquido quente desce por meu rosto e o sono vem querendo me levar. Não posso fechar os olhos. Ouço passos e mais passos, meu corpo quer cair.

Alguns minutos se passam e minha visão melhora, tento me levantar só que a dificuldade de subir o vestido e pisar no chão sem cair é grande. Pessoas passam pela porta que está entreaberta e logo uma para olhando o que tem dentro.

- Merda, Hellouise! - Eduard chega alarmado e me ajuda a levantar, estou tonta.

O loiro passa uns minutos servindo de apoio enquanto recupero a força. Quando tento andar, Eduard segura minhas coxas e me senta na pia do banheiro. Enrico chega acompanhado de sua mãe e Antonella, as duas me olham preocupadas e correm até mim fazendo perguntas.

- Vai permitir isso? - Dona Alice pergunta ao filho. Enrico ignora a mãe e sai do banheiro sem falar nada.

Lara aparece com uma maleta de primeiros socorros e auxilia as meninas a limpar o sangue que escorreu no meu rosto. Dona Alice explica que terei um médico a minha disposição amanhã e passa a gaze encharcada de soro na ferida recitando um poema italiano para acalmar. Depois de colocar o remédio, ela sai do banheiro permitindo que Enrico ocupe seu lugar e me deixando totalmente envergonhada.

- Provocou alguém? - ele pergunta depois de um tempo.

Balanço a cabeça negando e Enrico se aproxima observando o corte.

- Essa pergunta chega a ser irrelevante, você será minha mulher e mesmo sendo em condições incomuns terá o respeito dos outros. Ninguém vai bater em você e vai permanecer vivo. - sua ameaça velada estremece meu corpo.

Ele seria capaz de matar aquela mulher por isso?
Enrico se vira para sair, ele só veio avisar.

- Somente você. - afirmo em um sussurro.

- Somente eu. - diz saindo do banheiro.

××××

Modelo do vestido de Hellouise na mídia.

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