Harry Potter: Basilisk Eye

Par EternalDragonOfTime

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Um novo ano começou. Harry e Duda estão voltando a Hogwarts com novos planos para conseguirem durar o ano, e... Plus

Prologue: Memories of the Past ...
Chapter I: An Invitation and A Vision ...
Chapter II: The Malfoys, Plans and Past ...
Chapter III: A Peacock and a Mess ...
Chapter IV: In Shadows of the Past ...
Chapter V: A Liberating Anniversary ...
Special! Call for a new tv show.
Chapter VI: Flying News ...
Chapter VII: Twins from a future past ...
Chapter VIII: Screams, Fame and a Flaming Peacock ...
Dark Ilumina Show
Chapter IX: Opening Eyes, Voices, and an Alert ...
Chapter X: Crazy Bludgers and Rewards ...
Chapter XI: Duels, Disguise and Flying Books ...
Chapter XII: Conversations with Books and Walls ...
Chapter XIII: Tables, Agreements and Minister of Carnival...
Chapter XIV: Protections, Advance and Aragog ...
Extra: Capitulo que não é capitulo
Chapter XVI: Our New Beginning ...
Epilogue: I prefer to suffer alone...
Livro III

Chapter XV: Freaked Peacock, the Chamber of Secrets and the Journal Lord...

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Par EternalDragonOfTime


e ai pessoas! tudo bom?

agora sim é o cpaitulo! kkkk

perdão a demora kkkk é que não queria acabar tudo tão cedo, e queria deixar linha para o proximo e ultimo capitulo antes do prologo... é outro nome, eu sei, mas me esqueci foi mal...

enfim... espero que gostem do capitulo! (e me perdoem os erros, principalmente com o nome no Nev. prometo mudar no proximo livro para o certo)

ok, sem mais enrolação! fiquem com o capitulo!


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Capitulo XV: Pavão Surtado, a Câmara Secreta e o Lorde Diário...


"tão longa a jornada!

E a gente cai, de repente,

No abismo do nada"

-Helena Kolody

Harry POV's on

Depois da realização, parecia que havia ficado um campo de estase ao nosso redor. Como foi que nunca pensamos nisso? Murta era jovem demais para ser um fantasma, e na ultima vez ouve a morte de uma aluna. Mas que droga, era só juntar um mais um.

Para tentar me acalmar, eu fiquei a procura de uma possível entrada para o Cynder jogar a comida para a Basilisco. Mas estava complicado.

$Vidar, encontrou uma entrada?$

Perguntei quando o senti retornar para mim, e ele balançou a cabeça.

$tem diversas entradas, mas nenhuma que vá parar direto na câmara$.

$droga... Plano B então... Poderíamos encolher os animais, mas... Para isso teríamos que matar e...$.

$mestre, acho que você anda com a cabeça estranhamente cheia ultimamente, principalmente desde daquele encontro com o Lufano nos duelos$

Eu corei um pouco. Realmente aquilo era o que mais ocupava minha mente recentemente. Quero entender o que é que estou sentindo, por que é tudo tão estranho, mas ao mesmo tempo familiar ao redor de Cedric. Bem, tenho que tirar isso da mente por enquanto...

$tem razão... Mas sabe de um modo?$

$você poderia deixar um quadro lá em baixo, e buscar os animais de dentro dele...$.

E nesse instante percebo que meu familiar tem razão e eu me sentia um idiota por não pensar nisso antes. Decidi procurar pelo meu irmão, e o encontrei já no grande salão conversando com Damon e Gabriel em sua mesa. Ambos pareciam discutir bastante, e meu irmão os acalmando fazendo os dois corarem.

Sinceramente, quase não os vi esse ano... E toda vez que eu os via, começavam a brigar antes mesmo de chegarem ao meu irmão. Duda diz que às vezes conversava com Gabriel em sua comunal, mas com tudo que vem ocorrendo, e os deveres de monitor de Gabriel aumentando, eles quase não se viam.

Me aproximei, olhando feio para os dois, que engoliram em seco, e encarei meu irmão, que me fitou de volta.

Algum problema Hazz?

Nenhum, é que eu descobri uma forma bem simples de levar a comida...

Pelos quadros?

Eu... Como... Affs estava bem na cara?

Sim ele diz rindo mentalmente e sorrindo. Mas imagino que nosso querido apanhador tenha sido sua distração correto?

E eu decido que é uma boa ideia virar um tomate.

Ca... cale a boca!

Tehe!

Decido me afastar bufando, e muito corado. Logo me sentei em minha mesa começando a comer. Meus colegas conversavam, mas não liguei muito, processando tudo o que ocorreu esse ano.

Mas todos os meus pensamentos se perderiam com algo que ocorreu logo na primeira aula, Transfiguração, que varreu Cedric, a Câmara e Tom para longe de meus pensamentos pela primeira vez em semanas. Minutos depois de entrarmos na sala, a Prof.ª McGonagall avisou que os exames começariam no dia primeiro de Junho, daqui a uma semana.

-Exames? –Gritou Simas Finnigan da Grifinória. –E vamos ter exames?

-A razão de se manter a escola aberta nesse momento é vocês receberem educação. –ela diz severamente. –Portanto, os exames vão se realizar normalmente, e confio que vocês estejam estudando a sério.

Era possível ouvir as reclamações de toda a escola. Com certeza os outros professores estavam contando as novidades aos outros alunos. Apesar de concordar com a Professora em parte, ainda acho uma grande irresponsabilidade e idiotice esse tipo de ação.

-As instruções que recebi do Prof. Dumbledore foram ao sentido de manter a escola funcionando o mais normalmente possível. E isto, não preciso dizer, significa descobrir o quanto os senhores aprenderam neste ano.

Suspirei, olhando os dois coelhos que deveria transformar em chinelos, e com um aceno foi o que ocorreu. Meus colegas pareciam tão indignados quanto os grifinórios, mas eles sabiam manter a postura.

A semana seguiu normal, estudando e seguindo conforme as coisas ocorriam. Logo Tom fará alguma coisa para chamar a atenção eu creio.

Três dias antes do primeiro exame, a Prof.ª McGonagall deu outro aviso no café da manhã.

-Tenho boas notícias. –disse, e os alunos no Salão, ao invés de se calarem, desataram a falar.

-Dumbledore vai voltar! –exclamaram os grifinórios e Corvinais. Os Sonserinos e Lufanos fizeram careta para isso. Parece que Duda vem contando algumas coisas sobre o diretor em sua própria casa.

-Apanharam o herdeiro de Slytherin! –gritou, esganiçada, uma Corvinal.

-Os jogos de Quadribol vão recomeçar! –berrou Oliver excitado, e corando ao ver o sorriso malicioso de Marcus. Esses dois...

-A Prof.ª Sprout me informou que finalmente as mandrágoras estão prontas para serem colhidas. Hoje à noite, poderemos ressuscitar os alunos que foram petrificados. Não será preciso lembrar a todos que um deles talvez possa nos dizer quem ou o que os atacou. Tenho esperanças que este ano tenebroso terminará com a captura do culpado.

Houve uma explosão de vivas, e eu sorri. Significa que até a noite Tom terá feito seu movimento. Eu olhei pro Draco e minha frente, que fitava a mesa vermelha preocupado.

-o que foi?

-os gêmeos... Estão preocupados com a irmã...

-eu imaginei... Mas já disse a eles que não precisam se preocupar que ela ficará bem no final.

-mas eles ainda se preocupam...

-é normal entre família, mesmo os mais desagradáveis.

Ele suspirou e concordou, voltando a comer. Olhei para a mesa vermelha e percebi a ruiva mais nova totalmente nervosa como se quisesse falar algo pro Ronald, mas foi interrompida por Percy.




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Durante o meio da manhã, quando a turma da Grifinória e Sonserina eram escoltados para a aula de História da Magia, Gilderoy Lockhart tagarelava sem parar, tentando mais uma vez nos tranquilizar, mesmo que nas outras vezes sempre se provara o contrario depois, mas agora estava inteiramente convencido de que nem valia a pena leva-los em segurança pelos corredores. Seus cabelos não estavam tão sedosos quanto de costume; parecia que estivera acordado a maior parte da noite, vigiando o quarto andar.

-Marquem minhas palavras. –disse, contornando um canto com os alunos. –As primeiras palavras que aqueles coitados petrificados vãos dizer será "Foi Hagrid". Francamente, estou pasmo que a Prof. McGonagall continue achando que todas essas medidas de segurança são necessárias.

-Concordo professor. –disse Ronald, fazendo Nerville derrubar os livros de surpresa.

-Obrigado, Rony. –disse Lockhart, gentilmente, enquanto esperavam uma longa fila de alunos da Lufa-Lufa passar, com Duda me fitando com a sobrancelha erguida, e eu fazer sinal para ele, que retribuiu. –Quero dizer, nós, professores, já temos muito que fazer sem ter que acompanhar alunos às aulas e ficar de guarda a noite inteira...

-tem razão. –eu digo, finalmente entendendo o que Weasley quer fazer. –Por que o senhor não nos deixa aqui, só temos mais um corredor pela frente...

-Sabe Potter, acho que vou fazer isso. Preciso mesmo preparar a minha próxima aula...

E se afastou depressa.

-Prepara a aula. –Draco caçoou quando o professor se foi. –É mais provável que vá é enrolar os cabelos.

Vi Ronald se afastar silenciosamente, e pedi pro Draco me dar cobertura, ele pareceu entender e me deixou ir, já que ele percebeu Duda atrás da ultima parede, escondido por uma tapeçaria. Meu irmão se revelou apenas por tempo o suficiente para ele perceber.

Não sei para onde o Ronald foi, mas pela voz alta de McGonagall, quando passamos por um corredor em direção a minha comunal, deu para perceber que ele foi pego. Chegamos lá, fui direto ao meu quarto, pegar um dos quadros que deixei separado, e encolhe-lo para leva-lo no bolço.

Depois disso, começamos a ir em direção ao banheiro de Murta, quando me lembrei de algo, parando e fazendo meu irmão parar também.

-o que ouve Hazz?

-é melhor avisarmos tio Sev. Prevenção nunca é demais.

-concordo, vamos.

Nós corremos até a sala, tentando não sermos encontrados perambulando por outro corredor, fomos diretamente à sala dos professores. Chegando lá percebi que Ronald também se dirigia até lá também.

-Rony! O que faz aqui?

-Harry! Duda! Eu vim tentar contar o que descobri para a professora McGonagall. E vocês?

-avisar o Professor Snape. Mas o que descobriu Ronald?

-descobri o que é o monstro de Slytherin...

-e o que seria? –perguntei com cautela.

-uma serpente. É um Basilisco. Seu olhar é mortal, mas se não olhar diretamente, te transforma em pedra. As aranhas fogem dele, e o canto dos galos é mortal. Os galos de Hagrid vinham morrendo.

-e a vitima foi Murta, em seu banheiro. –completei e ele me encarou surpreso. –já sabia o que era o monstro há meses, mas como se locomovia e onde fica a câmara eram um mistério até recentemente. –expliquei e ele pareceu entender.

-então, basicamente tivemos a mesma ideia.

-contar aos nossos monitores chefes...

Depois ficamos esperando ansiosos o sinal, para que algum professor viesse. Mas o sinal nunca veio, em vez disso, ecoando pelos corredores, ouvimos a voz da Prof. McGonagall, magicamente amplificada.

"Todos os alunos voltem imediatamente aos dormitórios de suas casas."

"Todos os professores voltem à sala de professores. Imediatamente, por favor."

Apesar de tentar ser calma, podia se sentir o pânico em sua voz. Ronald se virou para mim alarmado, eu simplesmente peguei minha capa, que trouxe comigo por prevenção, e nos escondi debaixo dela, sentindo Ronald ficar tenso quando foi puxado por meu irmão, junto a mim, para ficarmos encostados na parede.

Duda nos puxou até um armário de vassouras que ficava ao lado da sala, e entendi suas intenções. Assim que entramos, Ronald parecia querer questionar, mas depois que fechei a porta, e tirei a capa de cima de nós, Duda e eu erguemos nossas varinhas em direção à parede que dividia com a sala dos professores, murmurando um feitiço baixo.

De ambas as varinhas saiu uma esfera meio translucida e enevoada que atingiu a parede. Aos poucos, como um removedor de tinta, a textura e aparência da parede foram sumindo, como a superfície de um lago, ficando transparente, e nos dando uma visão perfeita da sala dos professores, com direito a sons como numa tela de TV.

Logo pudemos ouvir o barulho de centenas de pessoas andando no andar de cima, e a porta da sala de professores se abrir e bater. Através da parede, pudemos ver os professores chegarem um a um. Alguns pareciam intrigados, outros completamente apavorados. Então chegou a Prof.ª McGonagall.

-Aconteceu. –disse ela na sala silenciosa. –Uma aluna foi levada pelo monstro. Para a Câmara.

O Prof. Flitwick deixou escapar um grito fino. A Prof. Sprout tampou a boca com as mãos. Tio Sev agarrou com muita força o espaldar de uma cadeira e perguntou:

-como você pode ter certeza?

-O herdeiro de Slytherin. –disse a professora muito pálida. –deixou outra mensagem. Logo abaixo da primeira.

"O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre."

O Prof. Flitwick rompeu em lágrimas.

-quem foi? =perguntou Madame Hooch, que afundara, com os joelhos bambos, numa cadeira. –Que aluna?

-Gina Weasley. –respondeu McGonagall.

Pude sentir Ronald escorregar silenciosamente para o chão do armário, ao meu lado, e Duda colocando as mãos em seu ombro tentando confortá-lo.

-Teremos que mandar todos os alunos para casa amanhã. –continuou ela. –Isto é o fim de Hogwarts. Dumbledore sempre disse...

A porta da sala bateu outra vez, e o pavão surgiu, enquanto sorria.

-Lamento muito, cochilei, o que foi que perdi?

Ele nem percebeu os professores o encararem com ódio. Acho que é muito infeliz magia ocular não se estender a mortes... Seria interessantes os fins que ele teria nesse momento. Tio Sev se adiantou sorrindo maligno.

-O homem de que precisávamos! Em pessoa! Uma menina foi sequestrada pelo monstro, Lockhart. Levada para a Câmara Secreta. Chegou finalmente a sua vez.

O pavão ficou Lívido.

-Isto mesmo, Gilderoy. –disse a Prof.ª Sprout, era possível ouvir o desprezo na voz. –Você não estava dizendo ainda ontem à noite que sempre soube onde era à entrada da Câmara Secreta?

-eu... Bem, eu... –ele começou a gaguejar.

-É você não me disse que tinha certeza do que havia dentro dela? –Falou o Prof. Flitwick.

-D-disse? Não me lembro...

-pois eu me lembro de você dizendo que lamentava não ter tido uma chance de enfrentar o monstro antes de Hagrid ser preso. –Continuou Tio Sev, destilando veneno, fazendo Duda e eu ficarmos orgulhosos dele. –Você não disse que o caso todo foi mal conduzido e que deviam ter-lhe dado carta branca desde o começo?

Lockhart contemplou os rostos duros dos colegas à sua volta.

-eu... Eu realmente nunca... Vocês devem ter entendido mal.

-Vamos deixar o problema em suas mãos, então, Gilderoy. –disse a Prof. McGonagall. –Hoje à noite será uma ocasião excelente para resolvê-lo. Vamos providenciar para que todos estejam fora do seu caminho. Você terá oportunidade de cuidar do monstro sozinho. Enfim, terá carta branca.

O pavão olhou desesperado para os lados, como se o socorro fosse brotar das paredes, o que claro, não ocorreu. Ele não parecia mais bonitão, nem de longe. Seu lábio tremia e na ausência do sorriso costumeiro, cheio de dentes, seu queixo parecia pequeno e fraco.

-M-muito bem. Estarei em minha sala me... Me preparando.

E então ele saiu, fazendo McGonagall suspirar aliviada.

-Muito bem. Com isso o tiramos do caminho. Os diretores das casas devem ir informar os alunos do que aconteceu. Digam que o Expresso de Hogwarts os levará para casa logo de manhã. Os demais, por favor, certifiquem-se de que nenhum aluno fique fora dos dormitórios.

Os professores se levantaram e saíram, um por um.

Encarei Ronald, e percebi que tinha algo errado. Era como se entrasse em crise de pânico. Ele segurava a lateral esquerda com um braço, e seu ombro com o outro, como se tentasse evitar que algo o atingisse, com uma expressão de medo.

Eu olhei pro meu irmão preocupado. Conhecíamos aquela expressão bem demais. A víamos desenhada na face um do outro, por todos os anos morando com os Dursleys, e não era um bom sinal.

Tentei tocar em suas costas para tentar acalma-lo, e ele se afastou bruscamente. Ele fechou os olhos respirando profundamente, como se ouvisse alguém falando com si, e se levantou, respirando fundo.

-des... desculpem por isso... Mas preciso ir...

E ele saiu apressado dali, indo em direção a sua comunal. Desfizemos o feitiço, recolhi minha capa e seguimos em direção a nossas próprias comunais, para evitar mais problemas.




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Depois do ocorrido, comentamos sobre com a corte. Nerville contou que os gêmeos ficaram com Ronald, dando apoio mutuo. Apesar de serem um pouco protetores com a irmã, nenhum deles estava no mesmo nível de Ronald, que chegava a uma obsessão desesperada. O que aumentava minhas suspeitas do que poderia ocorrer com ele em sua casa.

Nerville decidiu retornar, usando o quadro da sala, e ficamos lá pensativos. E me decidi, olhando pro meu irmão que assentiu, e na hora que nos levantamos, Nerville retorna.

-Hazz, Duda, Rony está saindo do grande salão.

-como?

-não sei, mas os gêmeos estão com medo do que possa ocorrer. Eles não podem sair, já que com a fama que tem é capaz de serem barrados, com todo mundo achando que eles vão agir de forma idiota.

-certo, vocês fiquem aqui, Duda e eu vamos atrás dele.

Eles concordam, e saímos da comunal, com Duda guiando, já localizando o cheiro dele. Decidi não perguntar como ele decorou o cheiro de Ronald, e corremos até ele.

Já estava anoitecendo quando o encontramos em frente à sala de Lockhart. Ele parecia franzir a testa, quando nos viu e arregalou os olhos.

-o que fazem aqui?

-viemos atrás de você! O que está pensando?

-eu... Ia ver se esse pavão ajudava com minha irmã... Um imã para fama como ele não recusaria...

-olha você não precisa dele, tem a nós!

-desculpe interromper, mas... Não acha que está meio barulhento ali dentro? –eu digo olhando para a porta e eles percebem os sons. Havia bastante movimento ali dentro, com o som de coisas sendo arrastadas, baques surdos, e passos apressados.

Decidi bater na porta, que se seguiu de um repentino silencio, e então uma frestinha abriu-se na porta e pudemos ver o olho de Lockhart espreitando.

-Ah... Sr. Potter... Sr. Olivertree... Sr. Weasley... –ele diz abrindo um pouco maias a porta. –estou muito ocupado no momento, se puderem ser rápidos...

-professo, temos umas informações para o senhor. –disse Ronald. –Achamos que podem ajuda-lo...

-hum... Bem... Não é tão... –A metade do rosto de Lockhart que podíamos ver, parecia muito constrangida. –Quero dizer... Bem... Muito bem...

Ele abriu a porta e nós entramos. Eu olhei pro meu irmão que me olhou de volta.

Sua sala tinha sido quase completamente desmontada. Havia dois malões abertos no chão. Vestes verde-jade, lilás, azul-meia-noite, tinham sido apressadamente dobradas e guardadas em um deles; livros tinham sido enfiados de qualquer jeito no outro. As fotografias que cobriam as paredes agora estavam comprimidas em caixas sobre a escrivaninha.

-o senhor vai a algum lugar? –perguntei o fitando de canto.

-hum, bem, vou. –ele diz, arrancando um pôster com a sua foto em tamanho natural das costas da porta, enquanto falava, e começando a enrolá-lo. –chamado urgente... Inevitável... Tenho que partir...

-e a minha irmã? –Ronald perguntou de supetão.

-bem, sobre isso... Foi muito azar... –respondeu Lockhart, evitando nos encarar, enquanto puxava uma gaveta com força e começava a esvaziar o seu conteúdo em uma mochila.

-ninguém lamenta mais do que eu...

-O senhor é o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas! –Ronald exclama o encarando. –Não pode ir embora agora! Não com todas essas artes das trevas em ação!

-bem... Devo dizer... Quando aceitei o emprego... –ele resmungou, agora amontoando meias por cima das vestes. –nada na descrição da função... Não era de esperar...

-O senhor quer dizer que está fugindo? –Ronald perguntou incrédulo. –depois de tudo que fez nos seus livros...

-ele nunca fez. –Duda diz, e Lockhart o fitou pasmo, e Ronald sem entender. –eu andei pesquisando, e posso afirmar que tudo o que ele fez é falso. Ele vem assumindo a glória de outros bruxos para si, e apagando a memória deles no processo... E isso faz muito sentindo, já que as aulas dele servem apenas como prova de quão inútil ele é, sabendo apenas feitiços de memória. Ele seria um grande medi bruxo da mente, se não fosse um bastardo louco por fama.

-co... como você...

-é incrível como feitiços da mente tendem a se deteriorar com o tempo, ao ponto de uma simples compulsão através de uma carta ao um velho bruxo da Armênia, que pasmem! Foi o verdadeiro salvador da cidade, impedindo os lobisomens...

-realmente me pegaram... –ele diz fechando a maleta. –e pronto com isso só me resta uma coisa... –ele tirou sua varinha e apontou para nós.

-Lamento muito, rapazes, mas tenho que lançar um Feitiço da Memória em vocês agora. Não posso permitir que saiam espalhando os meus segredos por aí. Eu jamais...

Nesse momento Vidar avança, se enroscando nele, prendendo seus braços ao corpo, utilizando a si próprio como amarra, o fazendo derrubar a varinha, que Duda calmamente a pega. Ronald nem mesmo se espanta.

-bem professor, acho que hoje é o seu dia de sorte... –Duda diz indo até a janela e jogando a varinha por ela. –poderá enfim ter uma conquista própria!

-o... o que quer dizer? Eu... Nem sei onde fica a Câmara Secreta. Não há nada que eu possa fazer.

-então você tem sorte dupla meu querido professor... Nós sabemos onde fica. –digo com um sorrisinho de canto, e joguei um feitiço de desilusão no Vidar, para evitar perguntas. Ronald o empurrou para fora da sala, e então nós três saímos da sala, descendo as escadas mais próximas, e seguimos pelo corredor escuro em que as mensagens brilhavam na parede até a porta do banheiro da Murta Que Geme.

Ronald com todo o cuidado do mundo empurra Lockhart na frente, quase o fazendo dar de bico no chão, enquanto meu irmão e eu nos deleitávamos com o medo estampado no rosto do professor. Ronald apesar de satisfeito parecia ligeiramente incomodado com isso.

Murta Que Geme estava sentada na caixa de água do último boxe, e sorriu quando nos viu.

-ah! Harry, Duda! O que fazem aqui?

-queríamos lhe perguntar uma coisa Murta. –eu digo e ela me olha confusa.

-o que seria?

-queríamos saber como foi que você morreu. –Duda diz e ela parece surpresa e animada.

Provavelmente ninguém nunca lhe fizera uma pergunta tão elogiosa.

-aaaah, foi pavoroso. –disse com satisfação. –Aconteceu bem aqui. Morri aqui mesmo neste boxe. Me lembro tão bem! Eu tinha me escondido porque Olivia Homby estava caçoando de mim por causa dos meus óculos. Tranquei a porta e fiquei chorando e então ouvi alguém entrar. Disseram uma coisa engraçada. Deve ter sido numa língua diferente, acho. Em todo o caso, o que me incomodou foi que era a voz de um garoto. Então destranquei a porta do boxe para mandá-lo sair e usar o banheiro dos garotos e então... –Murta inchou fazendo-se de importante, o rosto brilhante. –Morri...

-Como? –Ronald pergunta.

-Não faço ideia. –ela diz sussurrando. –Só me lembro de ter visto dois olhos grandes e amarelos. Meu corpo inteiro foi engolfado e então me afastei flutuando... –ela nos olhou sonhadora. –E então voltei. Estava decidida a assombrar Olivia Homby, sabe. AH, como ela lamentou ter-se rido dos meus óculos.

-onde foi exatamente que você viu os olhos?

-por ali. –ela respondeu apontando vagamente na direção da pia em frente ao boxe que estava.

Fomos até a pia, com Lockhart logo atrás com uma expressão de horror, mas sabendo que não podia fugir.

Parecia uma pia comum. Fomos examinando cada centímetro, por dentro e por fora, inclusive os canos embaixo. E então eu vi: gravada ao lado de uma das torneiras de cobre havia uma cobrinha mínima, e sorri.

-se afastem.

-achou?

-sim... $abra$ - ao falar em parseltongue, a torneira brilhou com uma luz branca e começou a girar.

No segundo seguinte, a pia começou a se deslocar; a pia na realidade sumiu de vista, deixando um grande cano exposto, um cano largo o suficiente para um homem escorregar por dentro dele.

Ronald soltou uma exclamação, e Duda fez o pavão se aproximar.

-vou descer.

-eu também...

-não Ronald, acho...

-minha irmã está em perigo e não posso nem pensar em deixa-la se tenho como ajudar... –parecia que ele não queria ir, e só o fazia por alguma obrigação, mas assenti.

-bem, parece que vocês não precisam de mim. –disse Lockhart com uma sombra do seu antigo sorriso, apesar do aperto de vidar.

Estendi o braço, e meu familiar retornou a mim, fazendo o professor suspirar aliviado.

Mas apenas para que Duda o empurrasse com força, o derrubando no cano, com um sorriso cruel no rosto. Ronald estava com uma mistura de horror, divertimento e impressionado com meu irmão. Mas não tem como culpa-lo, meu irmão age mais como um sonserino do que um lufano às vezes.

-ops, dedinhos de manteiga...

Eu sorri, e revirei os olhos, e esperamos um pouco tentando ouvir algo. Como não ouvimos o som de ossos quebramos, acho que ele sobreviveu.

-então... Agora nós escorregamos? –Ronald pergunta e eu nego.

-para quer correr riscos? –então me viro para a passagem. $escadas$

Logo o cano se alarga, fazendo uma escada espiral surgir. Mas como era parte do encanamento, estava bem escorregadia.

Começamos a descer com cuidado, percebendo que estávamos indo extremamente fundo naquele lugar, bem abaixo das masmorras, e logo senti as enfermarias serem ultrapassadas, quando finalmente chegamos ao fundo.

Lockhart estava ali, de pé, tentando não cair de novo, coberto de limo e branco como um fantasma.

-devemos estar a quilômetros abaixo da escola... –eu digo, ouvindo o eco de minha voz.

-provavelmente debaixo do lago. –Ronald sugere, apertando os olhos para enxergar as paredes escuras e limosas.

-mas como não demoramos mais para descer?

-havia bastante magia nas escadas, provavelmente têm alguma que afete o tempo...

Logo nos viramos para a escuridão à frente, e tanto eu, quanto Duda, dissemos juntos:

-Lumus! –e nossas varinhas se acenderam.

-Vamos. –eu chamo os três, e começamos a seguir o caminho, com nossos passos chapinhando ruidosamente no chão molhado.

O túnel era tão escuro que so conseguíamos ver uma pequena distância à frente. Nossas sombras nas paredes molhadas pareciam monstruosas à luz da varinha. –ah! Lembrem-se, a qualquer sinal de movimento, fechem os olhos imediatamente...

Mas o túnel estava silencioso como um túmulo, e o primeiro som inesperado que ouvíamos foi o ruído de alguma coisa sendo esmagada quando Ronald pisou em alguma coisa, que logo descobrimos ser o crânio de um rato.

O chão estava espalhado com ossos de animais diversos. Ronald respira fundo, se acalmando, e continuamos a andar.

-Harry, Duda... Tem alguma coisa ali... –ele diz meio espantado, apontando para um ponto. Eu e meu irmão ficamos a encarar um contorno de uma coisa enorme e curvilínea, deitada atravessada no túnel. A coisa não se mexia.

-talvez esteja dormindo... –Ronald sussurra, e Duda dá uma leve risadinha.

-não... É apenas a pele... Pelo tamanho devia ter no mínimo uns seis metros quando fez a troca...

Percebi que Lockhart ia fazer algo, mas logo ouvi um farfalhar nos ossos e me espantei, puxando aqueles dois comigo.

-fechem os olhos!

Eles fizeram como pedi, e logo fechei os meus, vendo por pouco algo se aproximar por trás do pavão, seguido de seus gritos desesperados, enquanto algo enorme passava a toda velocidade por nós, seguindo por um túnel acima. Quando abri os olhos, só deu tempo de ver a ponta da cauda enorme sumindo na escuridão.

-uou... Perdemos o pavão cedo...

-venham, talvez possamos o alcançar...

Digo seguindo o caminho com os dois em meu encalço, passando pela pele de cobra, e seguindo o túnel. Foi uma boa caminhada, até que a minha frente havia uma parede sólida, onde havia duas cobras entrelaçadas, talhadas em pedra, os olhos engastados com duas enormes esmeraldas brilhantes.

Logo Duda e Ronald se aproximam de mim, vendo a parede, cujos olhos de esmeraldas pareciam vivos e analisavam nossas almas. Respirei fundo e falei na língua mãe.

$abra$

As cobras se moveram, se separando e as paredes se afastaram as duas metades deslizando suavemente para os lados, desaparecendo de vista. Olhei para os dois, e com um consentimento mútuo, adentramos.

Harry POV's off

Duda POV's on

Nos encontramos parados no fim de uma câmara muito comprida e mal iluminada. Altas colunas de pedra entrelaçadas com cobras em relevo sustentavam um teto que se perdia na escuridão, projetando longas sombras negras na luz esverdeada que iluminava o lugar.

Passando pelas colunas, eu paro no meio do caminho, segurando o Rony pelo ombro. Ele me olha confuso e Harry também. Percebo que logo chegaríamos ao fim, pela iluminação.

-o que foi Duda?

-irmão?

-Rony... Acho melhor ficar preparado...

-o que quer dizer?

-sabemos quem liberou a criatura da câmara, e atacou os alunos...

-espera... Como assim já sabem?

-já sabemos a um bom tempo...

-e por que não falaram? –ele perguntou completamente desconfiado e eu suspiro.

-por que ia impactar em você e nos gêmeos...

-espera... O que você... –nisso um brilho de compreensão passou pelos seus olhos por um segundo, antes de ser substituído por uma feição de confusão sem entender. Mas não parecia uma reação natural. –não estou entendendo, por que seriamos afetados?

-por que a responsável é sua irmã, Ginevra. –Harry diz, e ele arregala os olhos de maneira cômica e exagerada.

-não... Ela não tem como... Isso...

-ela estava controlada...

-como assim?

-ela acabou entrando em contato com certo objeto...

-objeto?

-sim... –Harry diz me fitando, entendendo o que desejava. –um diário. Esse objeto foi criado como um experimento para ser algo parecido com os quadros, mas em palavras. É algo bem complexo. Mas algo saiu errado em sua criação... Parece que ele estava sendo feito na mesma época que a câmara foi aberta pela ultima vez. Seu dono era o herdeiro, ou alguém bem próximo a ele.

-mas como...

-como Harry disse algo saiu errado. Os sentimentos negativos acumulados foram misturados à magia e com isso o que deveria ser inofensivo virou uma armadilha. Sua irmã de alguma forma encontrou, e parece que descarregou suas frustações nele. E os sentimentos negativos fizeram as memorias virem à tona com a personalidade do dono, mas de forma distorcida. Sua criação acabou por danificar a sanidade dele, e com isso começou a incitar os ataques novamente.

-da ultima vez foi um acidente o envolvimento da câmara... Mas dessa vez...

-é para valer... –Rony diz temeroso. –e a minha irmã...

-nos havíamos conseguido o diário, como você já havia visto. Tínhamos passado um tempo tentando concertá-lo. Apesar de incompleto, estamos confiantes que sua irmã estará viva ao menos...

-mas talvez não ilesa... –eu completo a fala de meu irmão, fazendo o Rony ficar tenso. –desculpa dizer isso... Mas mesmo de forma involuntária o diário ainda suga a magia de quem o utiliza, e tende a criar um vicio... Conseguimos corrigir isso, mas sua irmã o utilizava antes de nós, acho que foi por isso que ela deu um jeito de pegar de volta...

-então o que devemos fazer?

-Harry e eu iremos resolver com o diário, já você cuidará de Lockhart. Descobrimos que utilizar a língua das cobras evita termos algum problema com o diário, então o Harry vai cuidar dessa parte. Eu ficarei para dar suporte a qualquer um dos dois...

-já que além do monstro, temos aquele pavão inútil para atrapalhar... –Rony comenta, nos fazendo sorrir. Aquele professor consegue fazer qualquer um desgostar dele, se duvidar nem a cabra velha o suporta mais.

-então faremos como meu irmão disse, fique atento Ronald.

-ok Harry...

Continuamos a seguir pelo caminho, entre as pilastras decoradas com estátuas de serpentes enroscadas. Realmente, Salazar tinha uma boa fissuração nelas, mas deve ser por causa de suas habilidades de parseltongue, algo provavelmente comum com quem possui afinidade magica com alguma criatura, como eu tenho com dragões.

Quando passamos pelo ultimo par de colunas, uma estátua alta como a própria Câmara apareceu contra a parede do fundo.

Tivemos que esticar o pescoço para ver o rosto gigantesco lá no alto. Era antigo e simiesco, com uma barba longa e rala que caía quase até a barra das vestes esvoaçantes de um bruxo de pedra, onde havia dois pés cinzentos enormes apoiados no chão liso da câmara. E entre os pés, de bruços, jazia um pequeno vulto de cabelos flamejantes vestido de negro.

-Gina! –Rony diz, mas o seguro e ele entende, olhando para os lados, e vimos o professor Lockhart amarrado em uma coluna, que parecia aterrorizado olhando para os lados, até que nos viu.

-até que enfim meninos! Rápido, me tirem daqui!

-achei que nunca viriam até aqui... –disse uma voz indulgente.

Nós nos espantamos e olhamos para o lado, onde um garoto alto, de cabelos negros, nos observava encostado à coluna mais próxima. Tinha os contornos estranhamente borrados, como se estivéssemos vendo-o através de uma janela embaçada. Mas não havia como se enganar...

-Tom, Tom Riddle? –Harry pergunta e Riddle confirmou com a cabeça, sem tirar os olhos de nós.

Olhei pro meu irmão que assentiu e se aproximou de Riddle, começando a sibilar para ele, que ergueu uma sobrancelha respondendo na mesma língua. Deixei isso com ele, e fui com Rony até o professor, que parecia desesperado.

-o que ele está fazendo? O que irão fazer?

-do que falas?

-acha que sou idiota? Isso foi causado por vocês! Agora irão...

-é o seguinte professor, não fomos nós que causamos isso. Até pouco tempo nem fazíamos ideia de onde se encontrava a câmara secreta, e muito menos qual era o monstro. E agora você se encontra em uma terrível escolha querido professor...

-do que está falando?

-lembrasse-se da visão do futuro que papai disse? Bem, se te deixarmos aqui, você vira lanchinho. Se lhe soltarmos você perderá muito... Então o que será?

-eu... –ele pareceu ver alguma coisa, e então engoliu em seco. –me solte.

-certeza?

-sim... Eu prezo por minha vida.

Eu uso um feitiço em Dovahzul, e ele foi solto caindo com um baque no chão. Estávamos próximos a Gina, que agora estava nos braços cuidadosos do irmão. Nisso Lockhart se levantou rapidamente, apontando a varinha de Rony para mim. Olhei pro ruivo que tinha um leve subir de lábios, em um pequeno sorriso.

-agora acabaram meninos. Irei apagar suas memórias e sair daqui. Irei levar aquela pele e contar a todos que vocês foram os responsáveis pelo que ocorreu, mas o tiro saiu pela culatra e vocês perderam o controle do monstro.

-nossa, que bela história para boi dormir. –digo com escarnio, e ele parece furioso, e movimenta com rapidez e precisão a varinha.

-Obliviate!

Mas como esperado, o tiro saiu pela culatra para ele. A varinha do Rony explodiu, o lançando longe, o fazendo bater as costas com força contra o pilar no qual estava preso antes, caindo feito um saco de batatas desengonçado.

-bem, parece que Harry ganhou a aposta... –então olhei pro ruivo e sorri de canto. –você foi cuidar de sua irmã e largou a varinha de proposito não é?

-quem sabe? –ele diz escondendo um sorriso pequeno.

-bem sonserino da sua parte. –eu digo com uma leve risada, e ele faz uma cara horrorizada.

-por favor, nunca diga isso em voz alta! –ele diz colocando as mãos nos ouvidos da irmã, com bem mais desespero do que uma brincadeira deveria ter o que me faz franzir a testa.

-Rony... O que ocorre em sua casa?

-o que quer dizer?

-Rony, pode me contar...

-eu... –ele começa, mas então suspira e me dá um sorriso. –apenas uma vida normal, com uma mãe maravilhosa e um pai carinhoso. Apesar de eles serem um pouco rígidos às vezes, mas são muito amorosos, e tem meus irmãos, um monte de chatos, mas que não viveria sem.

A forma como ele diz... Não parecia muito convincente. Ao falar dos irmãos parecia ser sincero, mas o restante... Lembrava muito como eu e meu irmão atuávamos para as visitas e autoridades que iam jantar nos Dursley. Percebi que Ginevra começava acordar, e fiquei sério. Ele deve ter dito para que ela ouvisse apenas o que queria ouvir...

Olhei para o lado e percebi que Harry se aproximava pegando o diário caído, e nenhum sinal de Riddle.

-como foi?

-quase tudo resolvido... Só precisamos selar o monstro outra vez.

-certo...

-hum? Onde... –a ruiva desperta, fechando a cara ao se ver nos braços do irmão, e então vendo Harry, e se levantando rápido, quase dando uma cabeçada no Rony.

Não foi a melhor escolha, pois ela quase cai antes de conseguir tocar em meu irmão, mas de alguma forma ela se joga nele, que a segura. Mas pela careta dele, sua vontade era de deixa-la cair mesmo.

-oh Arry! Fui eu! Foi tudo minha culpa... O diário ele... E eu... –ela queria chorar, mas meu irmão a consola, e logo vemos Fawkes descendo até nós com o chapéu seletor nas patas, deixando-o cair aos nossos pés, e pousando em meu ombro me fazendo um carinho nos cabelos.

Eu e meu irmão nos entreolhamos confusos.

Ainda não entendi por que essa ave magnifica daria sua lealdade a Dumbledore...

Vai saber... Existe muito que não sabemos ainda...

Mas se ela está aqui...

Ele deve saber onde está a entrada principal...

Devemos fazer algo...

Não se preocupe Duda, já sei o que faremos.

-Gina. –meu irmão parecia querer vomitar e quase ri disso. –vá com seu irmão...

-mas e você?

-Duda e eu temos algo a fazer agora...

-o que?

-selar a criatura aqui embaixo. Achamos um feitiço que irá fazê-lo, mas eu não consigo sozinho. Você está fraca e Ronald está sem a varinha, sem contar que nossa magia é mais forte junta.

-e por que não podemos...

-por que vocês correm o risco de morrer se algo der errado. Eu e meu irmão temos um meio de nos proteger, mas vocês não. Agora, vão!

Rony olhou de relance para o professor e depois para mim, e apenas balancei a cabeça lentamente dando de ombros. Ele arregalou o olho e pareceu entender. Logo saindo com Gina.

-Fawkes, ajude eles, se algo der errado, queremos que pelo menos eles consigam sair da Câmara...

As escadas já devem ter sumido, pelos sons que ouvimos no caminho, estando apenas o caminho do Basilisco livre. A fênix assentiu e foi com eles até a saída, e quando sumiram de vista, fiz uma enfermaria de privacidade.

-bem, o que faremos agora?

-trazemos os animais. Eu libero o Basilisco, e depois que ela comer, irá usar o feitiço de despertar, para trazer sua consciência de volta. Depois podemos colocar ela no sono novamente, mas dessa vez da forma correta.

-certo...

Digo pegando o quadro que foi encolhido de meu bolço e o desencolho, o colocando na pilastra perto da estátua. Era um quadro bem grande que mostrava os jardins da casa. Pequei a varinha depois de encaixar meu anel no lacre da moldura a ativando, aponto minha varinha dizendo o feitiço que aprendi na biblioteca da casa.

-attrahunt quod non habet vitam, transire quae requirit ut homo...

O quadro reluziu e então através dele alguns animais começaram a cruzar como se hipnotizados. Havia oito no total, sendo um cavalo, uma vaca, um lagarto, uma Acromântula, e um quarteto de coelhos morcegos. Não sei onde Cynder os conseguiu, mas já é de grande ajuda.

-acha que é o suficiente?

-nada que um feitiço não ajude... Engordio! –e os bichos dobraram de tamanho. Acho que agora eles irão saciar a nossa bela rainha. Os prendi com cordas na pilastra mais próxima, e olhei pro professor.

-o que faremos com ele? –perguntei pro meu irmão que sorria maligno.

-por que não consideremos um empate em nossa aposta? Tenho certeza que amarão ouvir as verdades dos pavões não é?

Ele tinha um sorriso sádico que era refletido por mim. Meu irmãozinho tinha sempre as melhores ideias, e trocamos leves risadinhas sádicas que ecoaram pela câmara e despertou os animais de meu feitiço os fazendo recuarem com medo.

Trouxemos o professor junto a nós o levitando até um ponto afastado. Harry me deixou cuidando de sua memória, revertendo o obliviate dele. Sorte que foi recente, se não eu nunca que seria capaz. Mesmo estando acostumado a reverter às brincadeiras de meu irmãozinho, um obliviate de muito tempo seria demais para mim.

Ouvi Harry sibilar algo para a estátua e a mesma abrir a boca, com alguma coisa saindo de dentro. Harry sibilou mais alguma coisa antes de se afastar e se juntar a nós me ajudando a reverter o feitiço.

Ouvimos o baque da algo grande atingindo o solo, e o som de animais sendo atacados. Ignoramos e nos viramos para o professor com um leve sorriso. Isso seria muito bom, e ensinaria uma bela lição a ele.

-Duda, por via das duvidas, possui algum livro dele?

-não, mas acho que ele deve ter... –digo procurando nos bolsos dele e tirando uma miniatura de um de seus livros, e não qualquer um, mas o seu mais vendido e que está cheios de propagandas, e amostras abertas em livrarias ao redor do mundo. –bingo. Quer fazer as honras meu caro irmão?

-mas é claro meu amado irmão!

Ele começa o feitiço envolvendo o professor e seu livro, e enquanto ele fazia o encantamento me viro para o professor semi acordado agora.

-bem professor Lockhart, apesar de conseguirmos neutralizar seu feitiço você teria de ir murmurando tudo que puder se lembrar de sua vida, e conforme for falando sua mente irá se estabilizando.

Ele meio confuso, concorda e começa a falar sobre sua infância, os anos em Hogwarts, seus estudos da mente na casa da Corvinal, e toda a sua carreira, falsidades, feitiços ilegais, e apoios recebidos de pessoas famosas, entre elas, Albus Dumbledore. Isso nos deixou, de certa forma, surpresos, pois Dumbledore mandava ele ir atrás de certos alvos com o qual ele ficava com os créditos apagando suas mentes.

-isso é algo curioso, deveras curioso... –escuto essa voz atrás de nós e por sorte Harry conseguiu se manter focado no feitiço, apesar de tão surpreso quanto eu.

Lockhart continuava a murmurar sua vida, e que vida longa eu hein... Estávamos há quase vinte minutos nisso. Olhei para trás e vi papai parado ali... Ou quase, ele parecia translucido, mas era ele.

-Papai! O que faz aqui? Como?

-não estou aqui de fato... É uma projeção astral apenas. Estou em minha cama repousando, mas senti que deveria ver vocês... Então como isso foi uma forma de conseguir lhes contatar e deixar meu corpo repousando.

-nossa... Mas o que o senhor queria falar?

-acho que tem haver com o relato que ele está fazendo dos encontros com Dumbledore... Duda pegue sua varinha e uns frascos...

Sem entender fiz o que ele pediu. Harry sempre andava com uns frascos para coletar amostras para poções, e ele trouxe uns cinco. Depois que os peguei, papai pegou em minha mão, e era estranho. Parecia mais uma brisa, mas transmitia um calor confortante.

Ele a guiou ate a cabeça do pavão, me explicando um encantamento de concentração, e tocando a têmpora de Lockhart com a varinha, fiz o tal feitiço e logo uma pequena esfera com uma calda esfumaçada sai de sua cabeça, e papai diz para colocar no frasco.

-isso são as memorias dele do evento. Repita sempre que conseguir mais alguma.

-ok...

Foram mais quatro vezes que Dumbledore esteva envolvido. Na quinta vez foi apenas a convocação dele para ser professor por que o pavão precisava de um meio de fazer propaganda e o diretor estava sem candidatos para o cargo.

Quando acabou, o pavão parecia ainda meio grogue como se despertasse de um sono. Papai conversou com Harry, o ajudando a tirar as partes sobre Dumbledore do livro, antes do feitiço finalizar. Quando o fizemos o mesmo brilhou fortemente, com um novo titulo chamado a Verdade dos Pavões, e parecia nos atrair para lê-lo, o que mostrava que funcionou.

-on... Onde estou?

-ainda dentro da câmara caro professor. –papai diz e ele olha para cima surpreso.

-quem é você?

-Sou Adrien Olivertree, é um prazer conhece-lo!

-você... VOCÊ é o lorde Olivertree?

-exatamente! Bom meninos tenho de ir... Descansar a mente agora... Boa sorte professor... –ele diz a ultima parte com uma forma fria que deu arrepios, e sorriso de lado sumindo na nossa frente.

Escutamos um sibilar alto e satisfeito e sorrimos, fazendo Lockhart se desesperar.

-o que foi isso?

-bem, apenas um Basilisco satisfeito. –meu irmão diz dando de ombros e ele o olha horrorizado.

-o que...

-bem, acho que para você não faz muita diferença não é? –eu digo sorrindo, e ele vai para trás, saindo de trás da pilastra.

-o que... O que quer dizer com isso?

-bem a essa altura metade do mundo deve ter lido seu ultimo e mais vendido livro não acha...

-o que isso...

-simples... Enquanto concertávamos seu obliviate, fizemos todos os seus relatos irem para todas as copias de seus livros. Como era você os editando, os feitiços de proteções não fizeram nada. E com uma pequena ajudinha nossa, todo mundo quer comprar uma copia e descobrir a verdade sobre você...

-não pode ser...

Duda POV's off

Harry POV's on

Meu irmão sabia como aterrorizar alguém, era incrível o jogo psicológico que ele conseguia realizar. Escuto um sibilar atrás de mim, e Duda fecha os olhos enquanto Lockhart paralisava amedrontado com a grande sombra sobre nós.

$Ellenu, por favor, poderia cobrir com a segunda pálpebra seus olhos?$

$quem é você?$

$majestade! Por favor, se acalme!$

$pequeno o que faz com eles? Eles não são o mestre, devem morrer... Matar... Devo...$

Suspirei e com a varinha comecei a murmurar o feitiço do despertar, e então virei para ela de olhos fechados, a enxergando através de Vidar.

$ser nascido para a proteção de Hogwarts, familiar do grande Salazar, o maior dos quatro, desperte de seu sono, ouça a voz de seu herdeiro e traga sua força e sabedoria em nosso auxilio$.

De minha varinha uma luz verde saiu, cobrindo Ellenu por completo, e tirando o olhar nublado dela, que pareceu se acalmar e ela piscava várias vezes abrindo a boca em um grande bocejo.

$que sonho estranho... E nossa, parece que não parei quieta por uns 50 anos... Meu corpo está dolorido$

Ela então olha para mim e parece confusa.

$você estava em meu sonho... Os quatro...$

$Ellenu, poderia manter a segunda pálpebra fechada?$

$um falante! Mas é claro pequeno filhote$

$obrigado$

Digo abrindo os meus olhos e admirando o tamanho majestoso dela. Era uma bela serpente, digna do titulo de rainha.

$bem filhote, poderia me explicar quem é você? És bem diferente do meu ultimo mestre$

$sou Harry Potter. E infelizmente seu ultimo mestre não conseguiu coloca-la em hibernação da forma correta devido à pressa. Desde então você tem andado sonambula, e agindo por instinto quase nos atacando.$.

$por Salazar... Perdoe-me pequeno filhote.$.

$tudo bem, agora conseguimos arrumar tudo. A senhora conhece todas as passagens de Hogwarts?$

$conheço sim meu pequeno filhote.$.

$acha que consegue vagar sem ser vista?$

$mas é claro, irei proteger a escola de meu mestre como me foi incumbido, assim como os humanos nela$.

$que bom! Então não iremos coloca-la para dormir. Só pedimos que tome cuidado. Infelizmente devido a muitos fatores, você foi incitada a uma serie de ataques que quase fecharam a escola...$.

$por Salazar... Outra vez... pelo menos você é mais sensato que os outros descendentes...$

$só tem eu e o último na verdade... Espero poder lhe contar mais sobre próximo ano$

$aguardarei ansiosa. E quem são esses?$

$meu irmão, que consegue falar a língua dos dragões e... Um lanchinho para ti... Um que esperamos que seja um bom brinquedo...$.

$entendo... Farei bom uso dele...$.

Ela deve ter percebido meu desgosto na voz, pois tinha um tom ameaçador para o professor, o qual apenas sorri.

$iremos agora... Vidar quer ficar e brincar também?$

$com prazer mestre$

Ele diz se desenroscando de mim. Ele estava muito quieto todo esse tempo, até me esqueci de que estava com ele. Ele subiu ao redor de Lockhart o prendendo apertado. O mesmo só sabia tremer nos olhando desesperado.

-é uma pena professor... Mas parece que teremos de contar a todos que o senhor não sobreviveu... Que pena não é?

-nã... não me deixem!

-ora, que isso... Você é o grande Gilderoy Lockhart Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa contra as Forças do Mal e vencedor do Prêmio Sorriso mais Atraente da revista Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas, lidar com nossa bela Ellenu aqui será fichinha não?

Meu irmão diz com um olhar sádico, e eu dou uma risadinha, piscando para ele.

Nos retiramos dali, ouvindo os gritos aterrorizados dele. Esse som, por mais que devesse ser sinistro, me arrepiou de uma forma boa, queria ouvir mais. Cheguei a ter uma certa pressão entre a pernas e pelo visto meu irmão estava igual. Em minha mente eu ouvia a voz de outras pessoas...

É irmão... Acho que papai não conseguiu ajudar em todos nossos aspectos psicológicos...

Eu que o diga... Imaginei-me de formas muito erradas agora...

Deixa-me adivinhar... Certo Lufano?

Cala a boca Duda!

Eu fico vermelho e ele ri muito, apesar de ter notado um leve rubor. Imagino quem que ele imaginou consegue...

Retornamos até a saída, com eu mando a porta fechar, e na entrada pedi pelas escadas, e seguimos caminho subindo até sair no banheiro de Murta, com Ginevra e Ronald nos esperando. Ambos bem preocupados, apesar de que apenas Ronald parecia preocupado conosco.

Harry...

Sim?

Devemos tentar descobrir mais sobre o Rony... Estou mais certo do que nunca que tem algo ao redor dele em sua casa...

A preocupação nele foi o suficiente para imaginar os piores cenários que se podia ter.

-Arry!

E lá vem essa megera pular em mim outra vez... Fala sério, desgruda carrapato irritante!

-vocês estão vivos!

-não devia ficar tão aliviada Murta... –Duda diz rindo dela ficando corada, e resmungando algo sobre sermos vizinhos de Box ou dividir o mesmo, o que me faz rir também.

A passagem se fecha atrás de nós, e logo ouvimos passos e a porta do banheiro se abrindo com Minerva aparecendo, seguido de Tio Sev e Sprout.

-o que vocês...

-Minerva, acho que não é a hora... Depois podemos resolver isso, agora o diretor quer conversar com eles... –A professora Sprout diz, e com exceção de Ginevra nós três suspiramos cansados...

E lá vamos nós...


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e então o que acharam?

gostaram?

o próximo cap será o final desse livro, espero que gostem!

até o próximo cap!

Bye Bye!

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