NEVASCA | Steve Rogers (Repos...

By armysoftbts

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Aos 22 anos, Hellena Doppler se juntou ao grupo hacktivista Maré Crescente. Depois de um trabalho feito para... More

Introdução
Capítulo 1 • Ao lado do inimigo
Capítulo 2 • Maldito Dispositivo
Capítulo 3 • Uma dupla agente?
Capítulo 4 • Hydra saindo das sombras.
Capítulo 5 • A queda da Shield.
Capítulo 6 • Cybertek.
Capítulo 7 • Fim ou começo?
Capítulo 8 • Na Torre dos Vingadores.
Capítulo 9 • Poderes de uma Nevasca.
Capítulo 10 • Não é um encontro.
Capítulo 11 • Vault D.
Capítulo 12 • Uma única equipe.
Capítulo 13 • Tentativa falha.
Capítulo 14 • As Duas Cabeças da Hydra.
Capítulo 15 • Era dos milagres.
Capítulo 17 • Queda de Sokovia.

Capítulo 16 • Não era para ser uma festa?

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By armysoftbts

Assim que o quinjet pousou na torre formos recebidos por Maria Hill e a Doutora Cho.

— Laboratório pronto, chefe. — Hill disse ao entrar no quinjet.

— Na verdade, ele é o chefe. — Stark apontou para o Capitão. — Eu só pago por tudo, projeto tudo e faço parecer mais legal.

— Um gênio. — debochei. — Hill, senti saudade.

— Não pensei que falaria isso, mas eu também. — me levantei recebendo ajuda do Cap.

— Ta tudo bem, Steve. — tentei afastar o maior que não moveu um centímetro de perto de mim.

— Não tá. Você estava com a Hydra. Não sabemos que tipos de experimentos que fizeram em você. Banner vai fazer exames novamente.

— Acabei de sair de um lugar que faziam testes todos os dias em mim. Tá me dizendo que eu vou ter que ser submetida a isso novamente? — Hill e Steve ficaram em silêncio.

— Ah, vai. — Stark disse. — Não digo testes. Mas sim exames!

— É para o seu bem, Hellena.

— Não tenho escolha né? Afinal, o que aconteceu com o Strucker e o List?

— Estão com OTAN.

— E os aprimorados? — Steve perguntou.

— Wanda e Pietro Maximoff. Ficaram órfãos aos 10 anos, quando um projétil destruiu o prédios deles. Sokovia tem uma história complicada. O lugar não tem nada de especial, mas os países que estão em volta tem.

— Quais as habilidades deles?

— Um tem o metabolismo acelerado e homeostase térmica aprimorada. Já o lance da garota é interfase neuroelétrica, telecinese e manipulação mental.

— Uau, isso dever legal! — eles me olharam. — Digo, eles são estranhos.

— Eles vão voltar.

— Vão sim. Eles se voluntariam para os experimentos do Strucker. Loucura.

— É... que monstro deixaria um cientista alemão fazer experimentos em si pra proteger o seu próprio país? — disse Rogers.

— Em minha defesa, eu só concordei porque não queria ficar desmemoriada. E no seu tempo, Steve, estava rolando uma guerra.

— É, Capitão. Não estamos em guerra.

— Mas eles estão. — Steve seguiu para o elevador junto ao Stark, deixando apenas eu e Hill.

— E a minha equipe? Como eles estão? — perguntei assim que vi as portas do elevador fecharem.

— Sua equipe passou esse tempo apenas procurando por você, e se não fosse por eles, nem você e nem o cetro teriam sido resgatados.

— O quão idiota eles foram?

Coulson e a equipe se colocam em risco como se fosse a coisa mais normal do mundo. Incrível.

— Destruíram uma base da Hydra no Ártico com uma equipe pequena. Coulson conseguiu a informação sobre Sokovia lá.

— Eles são loucos. Uma equipe pequena? Numa base da Hydra?

— Tiveram ajuda de dois sujeitos, mas o importante é que conseguiram sua localização.

— Quem era os "dois" sujeitos? — perguntei curiosa.

— Isso aí eu deixo para Coulson te contar. Vamos, vou leva-la para o quarto. Tente descansar.

— Quando posso voltar para o playground?

Eu só queria voltar para minha família, é isso que o time de Coulson é para mim. Cercada de pessoas com opniões diferentes, porém que se apoiam. Amigos que tem suas diferenças, mas que se entendem. Eu tava com saudades deles, mds.

— Não pode fugir dos exames, Hellena.

— Não vou fugir, sério! Mas eu quero ver minha equipe.

— Irá vê-los. Assim que Stark e Bruce liberarem você.

— Espera. Como assim liberarem?

— Me acompanha. — ela não fala mas nada e apenas a sigo até o elevador.

Assim que o elevador chegou no andar desejado, continuei seguindo a mulher pelo corredor gigante daquela torre. Mesmo tendo passado alguns dias ali, aquela parte ainda era desconhecida por mim. Afinal, eu só frequentava o laboratório do Banner, cozinha e sala principal.

— Esse será seu quarto. — a mulher disse abrindo uma das várias portas que tinha no corredor.

Uma suíte com uma cama enorme, o lugar era grande e possuia uma vista incrível de Nova York, esse quartinho aqui humilhou meu apartamento no Brooklyn.

— Uh tenho quarto na torre dos vingadores. Stark sabe disso?

— Sabe. Sua estadia será por alguns dias. Por causa dos exames. Prometo leva-la de volta ao playground assim que tudo terminar.

— Por favor. Estou com saudades daqueles agentes caoticos. — ela sorriu concordando.

— Tem roupas no closet. Deve haver algo que dê em você. Tome banho e descanse. Acho que você precisa.

— Preciso mesmo! Que falta faz um banho quente e uma cama macia.

— Se precisar de algo estarei lá em cima. — A morena disse já na porta pronta para sair. — Jarvis pode te ajudar caso tenha alguma dúvida. — concordei e a morena saiu fechando a porta.

Olhei para cama doida para me jogar e apagar de vez, mas um banho antes seria bem melhor. E assim fiz, não sei quanto tempo fiquei debaixo do chuveiro aproveitando a água quente. Apenas saí quando senti que minhas mãos estavam engelhadas. Fiz minha higiene pessoal e fui para o closet escolher alguma roupa. Peguei o mais confortável que achei um blusão preto e um short.

Me joguei na cama.

OMG

Que cama confortável.

Na verdade, qualquer cama seria mais confortável que aquelas que tinha em sokovia. 

— Jarvis? Tá me ouvindo ou eu tô igual loca falando sozinha?

— Estou ouvindo, princesinha do gelo.

— Como?

— Desculpa. Sr Stark pediu para chamá-la assim.

— Sr. Stark é muito engraçadinho. — digo irônica. — Hm, Jarvis, conte-me o que aconteceu pelo mundo nesses últimos dois meses. Preciso me atualizar.

— A Senhorita gostaria de saber sobre o que exatamente? Notícias relevantes como guerras e alianças entre países, ou notícia irrelevante como o lançamento do novo álbum de Lana Del Rey?

— Ei! Lana Del Rey não é nada irrelevante. — falo indignada, que inteligência artificial abusada! — Só me atualize por favor.

Não sei quanto tempo fiquei deitada ouvindo Jarvis, só levantei quando ouvi alguém bater na porta.

— Oi, Capitão. — digo assim que abro a porta.

Rogers estava com uma calça jeans e uma blusa manga longa preta.

Como pode tudo ficar lindo nesse homem?

— Estava dormindo? Espero não ter atrapalhado.

— Até tentei, mas não consegui.

— Vim chamá-la para comer algo. Não está com fome?

— Pra caramba!

— Capitão Rogers não gosta desse tipo de linguajar, Elsa. — diz Jarvis.

— Qual foi Jarvis? — Steve disse indignado e eu apenas rir.

— Acabamos de ser zoados por uma inteligência artificial.

— Coisa do Stark. Vamos? — concordei e fomos para o elevador. — Afinal, quem é Elsa? — o homem perguntou curioso e me fez sorrir.

— Uma princesa que tem poderes mágicos de gelo. Sabe, eu gosto desse filme. Mas, é louco pensar que eu consigo fazer igual ela.

— Depois de tudo que vivi desde que acordei nesse tempo, nada para mim é normal.

— Existe alienígena. Olha que loucura. — Steve soltou uma risadinha.

O elevador abriu já na sala principal. Onde estavam Clint, Natasha, Hill, Thor, e Dr. Cho. Todos reunidos no sofá e na mesa do centro várias caixas de pizza.

— Pediram pizza... aproveita que Tony que tá bancando. — Steve disse baixinho sorrindo de lado.

Ato que achei fofo.

Sentei no canto do sofá ao lado de Hill, que era quem eu mais conhecia dali. A morena me entregou a pizza e aceitei.

— Cadê Stark e Bruce? — perguntou Steve e Natasha respondeu.

— Laboratório.

— Desde que chegamos. Como conseguem? — comentou Clint enquanto mordia um pedaço pizza.

— Cientistas são malucos. — disse Thor.

— Me senti ofendida. — Cho resmungou tirando risada do grupo.

— É você Hellena? Como está essa cabecinha aí? — Hill perguntou.

— Aqui está tudo certo. Inclusive, pronta pra outra. — Eles olharam me julgando. — To brincando galera.

— Eu tô curiosa sobre o que vou encontrar nos seus exames amanhã. — Cho comentou e eu apenas olhei para Hill.

— Cho vai ficar responsável por você amanhã. Dr. Banner está ocupado com algo. — A morena respondeu dando de ombros

— Não se preocupe. Sou boazinha com os meus pacientes.

— Ah não é não. Jogou na minha cara que não tenho uma namorada. — Clint comentou e todos riram.

A noite na torre foi cheia de conversa. Tony e Bruce deram uma passada rápida na sala apenas para comer e voltar ao que eles estavam trabalhando.

Na manhã seguinte, foi Jarvis quem me acordou. Na verdade, a pedido de Maria Hill.

Sigo para laboratório da Doutora Cho, mas acabo encontrando Steve no caminho. E pela roupa do homem, parecia que ele havia acabado de voltar de uma corrida matinal.

— Bom dia, Capitão.

— Não vai parar com o Capitão né? — o sorriso de lado dele sempre me pega. — Trouxe para você. — disse me entregando uma embalagem.

— Que isso? — perguntei curiosa.

— Para você comer depois do exame. Hm, você disse uma vez que gosta de café gelado e donuts.

— Você lembra? É eu gosto. Obrigado Steve.

— Agora vá antes que a Doutora reclame que está atrasada.

— Ok. Hm, obrigado de novo.

A dia passou rápido, Cho coletou a quantidade necessária do meu sangue para os exames. Passei o dia inteiro com ela e equipe. De vez em quando aparecia alguns dos vingadores curiosos com os resultados.

Acho que eles estavam mas curiosos do que eu.

Devido a tecnologia avançada com que a Doutora trabalhava, foi possível ter o resultando antes de anoitecer.

E falando em anoitecer, daqui a pouco vai rolar a festa do Stark.

E dessa vez eu fui convidada...

— Pedi para o Dr. Banner os resultados dos exames que vocês fizeram antes pra poder comparar com os atuais. E olha isso, a hydra nunca desiste. — disse Cho.

— Desculpa, como? — perguntei sem entender.

— Analisando o seu sangue. Podemos observar que tentaram reproduzir o soro do supersoldado.

— Pensei que isso tinha acabado ano passado. — Steve disse ao entrar na sala junto de Natasha.

— Não tínhamos botado fim naquela consciência maluca do Arnim Zola? Era ele quem recriava os soros. Não? — Nath questionou mas ninguém ali saberia responder.

— Corte uma cabeça e duas nascerão... e bla bla bla. — digo me levantando da cadeira. — Sempre tem gente nova tentando recriar esse soro. E não é só a hydra.

— Sabe de algo, Hell?

— Sei que o soro que está em mim foi feito pelo Dr. List, o responsável por mim em sokovia. Eu ouvi conversas entre ele e Strucker.

— Quantos soros será que existem por aí?

— Vários. — comentei. — Ficaram sabendo do Centopeia?

— Que isso? — eles não sabiam...

Hill certeza que sabia!

— É um soro. Descobri pela Maré Crescente antes de trabalhar para Shield.

— Esse soro é tudo que há de ruim. — comenta Hill.

— É literalmente uma bomba. Ele combina elementos do soro do supersoldado, radiação gama, extremis, sangue de um pirocinético, e DNA inumano.

— Extremis? Isso aí já me causou problemas no passado. — dessa vez foi Stark quem entrou no laboratório junto de Bruce.

— Todas as fontes conhecidas de super potência jogada em um liquidificador. — digo relembrando do que Jemma falou quando analisou o soro. — Isso não tá em mim né? — perguntei para Cho arregalando os olhos.

Mds.

— Não. O que achamos no seu sangue não chega nem perto desse Centopeia. — suspirei aliviada.

Já pensou? Com o soro centopeia eu correria o risco de explodir a qualquer momento.

— O soro do Dr List não precisa de uma combinação com a radiação vita para ser seguro e estável.

— Isso é ótimo. Talvez ela não sobreviveria sendo exposta a esse tipo de radiação. — comentou Bruce.

— Steve sobreviveu... não foi picolé?

— Stark. — Steve suspirou negando levemente com a cabeça.

— Esse soro não altera fisicamente a aparência do corpo. No entanto, é capaz de realçar a personalidade fundamental de uma pessoa.

— Então essa coisa não altera minha saúde física, mas sim a mental?

E vamos de terapia.

— Ainda é incerto. Temos que esperar para ver. Pois pode ser um efeito físico ou uma resposta psicológica por ter repentinamente tanto poder.

— Acontece que eu já tinha poder antes do soro...

— Por isso é incerto. Não é como se eu conseguisse ver o que passa na sua cabeça através de alguns ml de sangue.

— Incerteza em ciências? Isso nem combina.

— Pois é.

— Marcar um exame neurológico para Frozen. Anotado. — diz Stark.

— Eu tô aceitando uma terapia também.

— Você tem o Steve, ele é bom com palavras.

"Você tem o Steve..."

Tony é terrível!

Mas queria eu que tivesse mesmo...

— Vamos galera, a festa começa daqui a pouco. Quero todos no mínimo hm.. apresentavel.

•••

Evitei pensar no lance do soro, aquilo já estava acabando com minha sanidade mental. E decidi focar na festa. E para a ocasião de hoje a noite, eu trajava um vestido preto de seda curto e colado, porém confortável. Uma pena que Hill não tinha um all star, pois eu preferia usar sapatos confortáveis do que saltos.

Quando o elevador abriu no último andar da torre dos vingadores, pude compreender a dimensão de um evento organizado pelo Stark.

O que era pra ser uma festa de despedida somente para os mais próximos, acabou que virou uma festa com bastante convidados. Afinal, aquilo era uma festa Stark. Várias pessoas importantes, com seus trajes elegantes, finos e caros.

Aquilo definitivamente não era o meu mundo.

Flashback on.

— Não vamos poder entrar, Skye. — digo assim que vejo a confusão na entrada da torre.

— Vamos dar um jeito. — ela estava querendo realmente invadir a festa do maior bilionário de Nova York?

A alguns metros de distâncias da entrada, observamos as pessoas elegantes entrarem na torre. Alguns indo embora, depois da tentativa de adentrar no local falhar.

— Nosso nome está na lista por acaso? Não, né?! Vamos só ficar por aqui mesmo, daí você finalmente pode ver o playboy.

— Não quero só ver o Stark. Quero conhecer o mundo dele. Deve ser legal, cara. Pense numa hipótese. Invadir o sistema do computador pessoal de Pepper Potts e colocar nossos nomes na lista de convidados.

— Espera, isso não é uma hipótese né?

— Não. Eu realmente fiz. — sorriu largamente.

— Vamos sair dessa festa direto pra uma delegacia. — sussurrei.

— Daí poderemos finalmente dizer que a festa virou um enterro. — disse indo rumo a entrada da torre.

Como esperado, depois de saber que nossos nomes estavam na lista, conseguimos entrar. A festa era chique demais e a gente nem sequer estava com roupa adequada para ocasião. O que chamou atenção da Potts. Não ficamos nem meia hora na festa, pois fomos convidadas a nos retirar, ou realmente levariam a gente para delegacia. Se alguém ficou decepcionada pelo plano que deu errado foi Skye, que nem conseguiu ver o Senhor Stark.

Flashback off.

— Um chiclete pelo seu pensamento. — Sam sentou-se ao meu lado no sofá.

— Um chiclete?

— É tudo que eu tenho no momento. — diz sorrindo. — É estranho ser convidado para um evento desse nível. Stark sabe como dar uma festa.

— Sim. Pelo menos dessa vez fui convidada. Mas, nem sei o que to fazendo aqui.

— Quer que eu te lembre? A Hydra estava com você e os vingadores apar...

— Sam! — ele riu. — Não fale mais nada.

— Ah, vou falar sim. Me explica isso, como assim dessa vez você foi convidada? — expliquei pra ele o que eu e Skye tínhamos aprontado para conseguir entrar na festa do bilionário. — Você aprontava demais, Hellena. Queria ter visto a sua cara quando a Potts descobriu vocês.

— Eu pensei que seria levada presa por invadir a festa do Tony Stark. — rimos.

— O que vocês estão conversando? Posso fazer parte dessa conversa também? — Steve surgiu.

Rogers vestia algo simples. Uma calça jeans, uma blusa azul tão apertada que deixava os músculos do braço visíveis. Ele está absurdamente incrível.

— Alguns anos atrás a Senhorita aqui era alguém terrível. — Sam zombou.

— O capitão certinho iria odiar ter me conhecido no tempo que eu trabalhava para maré crescente.

— Isso é um grupo de hacker não é? Já ouvi falar. Eles davam bastante trabalho para shield.

— Quem diria que alguém mudaria de lado. — Sam disse me cutucando apenas para irritar.

— Pois é, quem diria. — digo rindo.

— Vamos jogar? — Rogers perguntou apontando para mesa de sinuca. — Vamos!

— Vou dar uma surra em vocês. — Sam se gabou antes mesmo de começar a partida.

— Só se eu deixar, passarinho.

— Falcão.

— Eu gosto mais de passarinho. Vou pegar algo para beber, daqui a pouco me junto a vocês. — deixei os dois e segui rumo a bancada de bebidas.

Preparei uma bebida tentando não abusar de líquidos com teor alcoólico elevados.

— Você e o Steve estão tendo alguma coisa? — Natasha sentou-se no banco alto.

— Como teríamos? Acabei de sair de uma base da Hydra. — bebi um gole de bebida que desceu queimando pela garganta.

— Aaah... mas vocês já foram para um encontro não? Não adianta negar, pois ele me contou.

— Não foi um encontro do jeito que você está pensando. Somos amigos do mesmo jeito que vocês dois.

— Não do mesmo jeito. Ele já flertou com você?

— Ele fez isso com você? — perguntei surpresa. Steve não parecia alguém que tomava iniciativa com uma mulher. Bem, era o que parecia né...

— Eu que flertei. — a ruiva sorriu. — Quem resiste aquele loiro dos olhos azuis, não? Eu gosto de deixar o Steve com vergonha, então não fique com ciúmes.

— Por que eu teria ciúmes?

— Você gosta dele, apenas admita!

— Gosto. Ele é meu amigo! Você está bebendo demais, viúva negra.

— Ok. Amigo... hm. Então chame seu amigo para passeios. Steve é um chato que só quer treinar e ficar lendo livros.

— Um homem fora de seu tempo que precisa conhecer o tempo atual. Mas ele já conhece! Você quer que eu o chame para um encontro, não é?

— Sim. To ajudando um amigo. Ele é tão lerdo.

— Não acho que Steve sejam realmente lerdo. Afinal, os quietinhos são os piores. — ela concordou sorrindo.

Ficamos conversando por alguns minutos até lembrar que fiquei de jogar sinuca com Steve e Sam.

— Ah, olha quem voltou. Ficou com medo de perder para mim?

— Não, Wilson. Só poupei você de perder mesmo.

— Tá bom, já que sabe jogar. Vamos uma partida?

— Não to afim.

— Você não sabe jogar não é? — Steve perguntou me desmascarado, eu rir.

— É, você me pegou soldado. Eu não sei.

— Vem, você vai ser minha dupla. — Rogers retirou o copo de bebida da minha mão que já havia acabado e colocou na mesa, em seguida me entregou o taco.

— Isso não é justo. Dois contra um. Tomem vergonha na cara.

— Basicamente será Steve contra você, porque eu não sei.

Jogamos algumas partidas até cansarmos, e como esperado eu e o capitão vencemos a maioria.

— Não valeu. Hellena, você é uma trapaceira. — gargalhei da careta de indignação do Falcão.

— Então você sabia jogar? — Steve perguntou rindo.

— Obvio que sim. — digo encolhendo os ombros convencida.

Depois de aguentar os pequenos surtos de Samuel. Nos preocupamos por um lugar mais reservado para conversar.

— Como eles não mexeram nessa sua cabecinha oca aí? — Sam perguntou bagunçando o meu cabelo, ato que me fez querer espancar o passarinho.

— Se mexer no meu cabelo de novo, juro que vou congelar aquelas suas asas.

— Não ouse tocar na minha filha, Hellena. Como sobreviveu a Hydra?

— Nem eu sei. Só fiz o que eles mandaram. Não tentei nada que ferra-se com minha vida. Apenas obedeci os miseráveis como se eu estivesse disposta a ajudar eles.

— Eles acreditaram? Você não tem cara de ser confiável.

— Obrigado, Samuel. — ele riu. — Não sei se acreditaram. Eles sabiam que eu fiz parte da shield. Mas, pelo menos isso foi um dos fatores para não me deixarem sempre trancada numa cela imunda.

— Quando encontrei com Strucker, Hell estava com ele. Por um momento, pensei que tivesse perdido uma amiga para Hydra.

— Você vai ter que me aturar muito ainda, capitão. — ele deu um sorriso que quase -quase- me fez derreter. — O que aconteceu quando o Strucker me apagou? Eu odeio aquela arma!

— Depois que derrubei o líder deles, alguns seguidores de Strucker se renderam, outros fugiram. Menos uma base da Hydra pelo mundo.

— Parece que foi uma luta incrível. Pena que eu perdi. — disse Sam.

— Se eu soubesse que seria uma luta aérea, sem dúvida eu teria chamado você. — diz Steve.

— Não, eu disse da boca pra fora. Só quero parecer durão.

— Ok, vou me segurar para não fazer uma piadinha. — digo tentando não rir da fala de Wilson. — O que o falcão tem feito nesse tempo?

— Seguindo pistas frias naquele caso de pessoas desaparecidas. — provavelmente ele estava falando do amigo do Steve, o soldado invernal.

— Ah, isso parece ser tão difícil.

— Você nem imagina o quanto!

— Não é impossível. Espero encontrá-lo para podermos acabar com Hydra de uma vez!

— Você fala isso porque é um vingador. — digo dando de ombros.

— Vingar é o mundo dele. E o seu mundo é louco, Steve.

— Me sinto em casa aqui. — Rogers percorria os olhos pelo lugar admirado.

Ele tinha os vingadores como família. O homem parecia ter tudo. Mas, não tinha! O capitão sentia que faltava algo na sua vida. Steve queria não ter sido congelado. Queria apenas viver um vida ao lado de sua garota, Peggy, e do amigo Bucky. Afinal, ele ainda é o homem fora de seu tempo.

— Ok, vingador. Você já achou um lugar pra morar no Brooklyn? — Wilson perguntou.

— Não consigo pagar por uma casa no Brooklyn.

— Eu não acredito que Hellena ainda não convidou você para morar na casa dela!

— Eu até convidaria se eu não morasse com uma amiga. — digo brincando.

— Eu não recusaria a proposta. — rir do comentário sem vergonha do Steve.

— Então você mora com uma amiga, é? — Sam perguntou interessado.

Passamos o restante da festa conversando. Steve revezava entre conversar com a gente e com amigos vingadores. Já Sam, esse não saiu do meu pé. Nossas conversas sem o Steve era tão aleatórias que iam desde comentar sobre as roupas dos convidados até discutir sobre música, ele insistia em dizer que Marvin Gaye é melhor que Billy Joel, tentei não discordar pois ainda não havia escutado as músicas do Gaye.

No final da festa, haviam sobrado apenas os vingadores, Hill, Rhodes, Cho e Eu. Até mesmo Wilson havia ido embora.

Sentada no chão da sala, sentia Steve mexer no meu cabelo, não era carinho ou era? O loiro apenas tentava fazer tranças com algumas mechas. Eu estava quase dormindo mesmo com o falatórios dos heróis.

— É um truque. — diz Clint.

— Não, é muito mais do que isso. — Thor rebateu.

— Ata. Então, aquele que for digno possuirá o poder. Ah, qual é? É um truque. — afirma Clint.

— Quando se tem o corpo igual do Thor, nem precisa de truque. Olha o tamanho dos braços dele. — digo apontando para o loiro. — Não me importaria de botar minhas mãos humanas no Thor. Ele é tão lindo. — digo fazendo todos rirem.

— O quanto você bebeu, Hellena? — Tony perguntou e eu apenas dei de ombros, eu estava com sono.

— Ela só está dizendo a verdade. — diz Thor se gabando com o meu comentário.

— Eu não preciso de músculos igual do Thor pra carregar esse martelo. — diz Barton convicto.

— Por favor, fique a vontade. — diz Thor incentivando Clint a carregar o Mjolnir.

— Ah, sério? Tá.

— Isso vai ser lindo.

— Clint, você teve uma semana difícil. Ninguém vai te zoar se não conseguir levantar. — diz Stark fazendo todos rirem.

— Sabe que eu já vi isso, né. — Clint tentou, mas obviamente não conseguiu. — E eu ainda não sei como se faz. — rimos da tentativa arqueiro.

— Sentiu o cheiro da zoação?

— Por favor, Stark faça as honras.

— Eu nunca fugi de um desafio justo. — o homem levantou do sofá indo até a mesa onde o mjolnir estava. — É física. Tá, então se eu levantar, poderei governar Asgard?

— Sim. Claro. — que não né.

— Minhas leis serão muito divertidas.

Foi engraçado de ver Tony tentar levantar o mjolnir. Nem mesmo com a mão de ferro e a ajuda de Rhodes ele conseguiu. Bruce também tentou, e nada.

— Vai lá Steve. Sem pressão. — Steve parou de mexer no meu cabelo e se levantou, reclamei silenciosamente.

Confesso que estava gostando dos toques do loiro em meu cabelo.

— Força, Capitão.

Rogers se preparou ajeitando a manga da blusa, deixando os músculos visíveis. Eu não tava acostumada a conviver com tanto homem bonito. Pelo amor.

Steve tentou, mas também não conseguiu. O que foi motivo de mais falatório.

— Nada. — diz Thor rindo. — Garotas...?

— Ah, não quero fazer parte dessa brincadeira. — diz Romanoff.

— Naaah, vou me sentir humilhada se não conseguir levantar esse negócio. — digo rindo porém sonolenta.

— Como conseguiria se ao menos consegue ficar de olhos abertos? — diz Hill me fazendo rir. — Acho que alguém bebeu demais.

— Com todo respeito ao homem que não queria ser rei, mas rola um truque.

— Do caramba.

— Oh, Steve. Ele quase falou um palavrão. — disse Hill.

— Contou sobre aquilo?

— É, ele contou. — Steve negou com a cabeça me fazendo rir.

— O cabo tem um sensor. Tipo uma trava de segurança? — explica Stark. — Só funciona pra quem tiver as impressões digitais de Thor.

— É uma teoria interessante. Mas tenho uma mais simples. — Thor ergueu o mjolnir sem esforço. — Vocês não são dignos. — bastou isso para que todos começassem a reclamar.

Um barulho agudo irritante ecoou pelo local chamando a atenção de todos nós.

— Dignos...

Um robô, na verdade, resto de robô surgiu na sala. Era uma das armaduras da legião de ferro do Stark.

— Não. Como seriam dignos? Vocês são assassinos.

— Stark. — Rogers queria uma resposta para o que via.

— Jarvis.

— Perdão, eu estava dormindo. Ou sonhando acordado.

— Reinicie o sistema legionário. Temos um traje com defeito.

— Houve um barulho terrível e eu estava preso por fios. Tive que matar o outro cara. Ele era legal.

— Matou alguém?

— Não era minha primeira escolha. Mas, no mundo real, temos que tomar decisões desagradáveis.

— Quem o enviou?

"Eu vejo uma armadura em volta do mundo." a voz do Tony

— Ultron.

— Em carne e osso. Ou ainda não... Não nesta crisálida. Mas estou pronto. Estou numa missão.

O que diabos é Ultron? Levantei do chão tentando ser mas discreta possível. O sono que eu sentia antes até havia passado. Fiquei atenta a qualquer movimento de ataque do robô esquisito.

— Que missão?

— Paz para o nosso tempo.

Duas armaduras da legião surgiram atacando a equipe. Estilhaços de vidro foram lançados em nossa direção. Steve chutou a mesa nos robôs para tentar pará-los. Porém, outros robôs apareceram. Quando vi um vindo na minha direção esperei para que ele me pegasse. Assim que minha mão entrou em contato com a superfície gelada da armadura o congelei. Outro robô me pegou pelo braço me lançando para longe. Todos tentavam destruir os robôs.

Vidros e os móveis destruídos... a sala estava uma zona agora. No fim, conseguimos destruí-los. Porém, havia sobrado um.

— Isso foi dramático. Desculpem. Vocês tem boas intenções. Mas não pensaram direito. Vocês querem proteger o mundo, mas não querem que ele mude. Como a humanidade será salva se não for permitido evoluir? Como elas? Essas marionetes. Só existe um caminho para paz. A extinção dos vingadores. — Thor lançou o martelo no robô o destruindo.

— Você deve ter uma explicação né? — Stark não respondeu apenas deixou a sala indo para o laboratório.

Todos seguiram Tony, queríamos uma explicação. Quem é Ultron? Porque a legião de ferro atacou quem não devia?

Thor foi o único a sair da torre para procurar rastros do Ultron.

— Todo o nosso trabalho já era. Ultron foi embora. Ele usou a internet como uma porta de fulga.

— Ultron...

— Esteve em contato com tudo. Arquivos, câmeras. Provavelmente sabe mais sobre nós do que nos sabemos um do outro. — diz Natasha.

— Ele entrou nos arquivos, estava na internet. E se ele decidir acessar algo mais interessante? — Hill pergunta enquanto retira alguns cacos de vidros do pé.

— Código nucleares.

— Armas nucleares? Ele nos queria ver mortos.

— Não foi o que ele disse. Ele disse extintos. — ué não é a mesma coisa?

— Ele também disse que matou alguém.

— Mas não havia mais ninguém no prédio.

— Havia sim. — Tony mostrou o estado que Ultron deixou a IA da torre.

— Isso é loucura.

— Jarvis era primeira linha de defesa. Tentou desativar Ultron, faz sentido.

— Ultron poderia ter assimilado Jarvis. Isso não é estratégia, é raiva.

Thor entrou furioso no laboratório, foi rumo ao Tony e o agarrou pelo pescoço. Parece que não era somente Ultron que está com raiva.

— E está se espalhando... — comenta Clint.

— Thor, o legionário? — Steve quem afasta Tony e Thor.

— O rastro esfriou a 150 km indo para o norte. E ele tem o cetro. De novo teremos que recupera-lo. — diz o asgardiano.

O restante da madrugada foi exaustiva. Tentávamos encontrar Ultron. Mas, tudo que tínhamos era que ele estava por toda parte. Laboratórios de robótica, propulsores de jatos, depósito de armas. Relatos de um ou mais homens de metal, entrando e esvaziando local. Sabíamos que havia chances dos gêmeos Maximoff está com ele.

Ao amanhecer, fomos informados que o Strucker estava morto.

— Ultron matou o Strucker.

— E ainda deixou um recadinho na cena do crime para nós.

— É uma cortina de fumaça. Por que enviar uma mensagem quando acabou de discursar?

— Strucker sabia de alguma coisa que Ultron não quer que vejamos. Sabe de alguma coisa? — Steve me olhou.

— Não. Mas se realmente for isso vamos ir atrás de relatórios do Strucker. Tentar descobrir o que Ultron não quer deixar escapar.

— Não vai dá. Tudo relacionado ao Strucker acaba de ser apagado. — diz Natasha olhando para tela do computador.

— Nem tudo. Temos arquivos impressos.

— Não pensei que encontraria isso por aqui. — comento relembrando que na shield é assim.

A sala agora estava cheia de caixas espalhadas pelo ambiente. Fazia algumas horas que tentávamos encontrar algo relacionado ou associado ao. Barão Von Strucker.

— Strucker deveria ter muitos amigos.

— Devem ser amigos cruéis. — digo ao ver as fotos de criminosos nos arquivos.

— Eu conheço essa cara. — informou Stark ao pegar a pasta de arquivos do Banner. — Faz tempo. Ele negocia na costa africana. Tráfico de armas. Ele queria encontrar alguma coisa nova que virasse o jogo. Tava numa vibe muito louca.

— E isso? — perguntou Thor.

— É uma tatuagem. Acho que ele não tinha.

— Não é tatuagem. Isso é uma marca. — Banner pegou o arquivo para pesquisar sobre a marca.

— É uma palavra que significa ladrão em dialeto africano. De uma forma muito menos amigável.

— Que dialeto?

— Wakanada... Wakanda.

— Se esse cara saiu de Wakanda com o produto local...

— Seu pai não disse que ficou com último? —Steve perguntou ao Tony.

— Não tem como ser o último. — digo ganhando atenção do Steve. — Não quando Wakanda é literalmente cercado pelo vibranium. Há construções feita de vibranium por lá sabiam?

— Como você sabe disso?

— Maré crescente. — digo obvia dando de ombros.

— Não entendi ainda. Do que estão falando?

— Do metal mais resistente da terra... — Stark apontou para o escudo.

— Tá bom. O carinha da marca no pescoço já é uma bela pista.

Ainda no mesmo dia os vingadores seguiram para África atrás do contrabandista. Já eu fiquei na Torre com Maria Hill, a mesma informou que me levaria de volta para o playground no dia seguinte.

Pelo menos uma notícia boa.

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