Condenada Pelo Mafioso - Séri...

By GBarbozaa

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• DISPONÍVEL COMPLETO NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED SINOPSE Hellouise Neri acreditava que já estava no inferno... More

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Hellouise Neri.


A confusão na minha cabeça ultrapassava toda a minha linha de raciocínio. Era como se quanto mais eu tentasse entender, mais eu me perdia.

— Espero que estejam bem acomodadas. — o homem diz cinicamente. — Meu nome é Enrico e eu farei pessoalmente o interrogatório.

— O pateta. — minha irmã sorri.

Enrico direciona seu olhar para ela e sorri também com deboche.

—Ora, se não é a loira que não é burra e que teve a ousadia de me passar perna. — coloca a mão no queixo pensativo. — Ou seria burra demais ao se meter comigo?!

— Você se acha muito fodão e não é nem a metade.

Tento me mexer querendo a atenção de Elisa em mim. Ela provocar o cara que ela deve não vai ajudar ninguém. Minha irmã não tira seus olhos de Enrico, ele por sua vez, demonstra muita confiança e poder da situação.

— Não perca meu tempo procurando palavras para me insultar, sabe o motivo de estar aqui e é só me contar o que quero e resolvido. — diz e pega uma prancheta na mesa. — Elisa e Hellouise Neri. Gêmeas idênticas. Nomes bonitos para duas ladras. Aliás, eu nem sabia que você tinha uma irmã até ontem.

— Elisa, fala logo para ele. — peço.

O homem olha para mim no mesmo momento.

— Vamos, Elisa! Sua irmã que pediu. — se aproxima de onde estou e passa a mão nos meus cabelos. — Ou terei que perguntar a ela?

Um frio passa pela minha barriga quando a mão dele segura minha nuca fazendo pressão. Fecho os olhos tentando controlar minha vontade pedir para que ele desculpasse a minha irmã e que nos deixasse ir. Eu farei tudo diferente, tentarei mudar nossas desavenças e viver ao lado dela como uma família. Como nunca deveríamos ter deixado. Apesar de Elisa ter afastado a mim dela, eu não tentei nem ao menos me aproximar e me deixei levar pela raiva.

— Eu não tenho nada para falar para você. — Elisa profere irritada. — Você e seus homens não passam de foras da lei que merecem a morte pelo mal que distribuem.

— Não sou diferente de você, ladra mirim.

O homem solta minha nuca e se afasta indo até a mesa, presto atenção em cada um dos seus movimentos. Ele pega uma barra de madeira grossa, sua mão grande alisa e averigua o objeto com animação.

— Não tem ideia do que eu queria fazer com você quando soube que me roubou. Porém, vamos devagar, estou disposto a te poupar de certas dores. Isso se me ajudar. — pisca para ela. — Farei uma pergunta e a cada vez que me negar a verdade, levará uma leve punição.

Arregalo os olhos quando ele atinge a coxa esquerda de Elisa e a mesma grita alto pela dor.

— Onde está o pen-drive? — pergunta sério.

— Vai pro inferno.

— Resposta errada.

Mais uma vez, ele desfere em sua outra coxa. De onde estou consigo ver as marcas que se formam no local, minha irmã chora. Meus olhos já estão ardidos e descem lágrimas a vontade.

— Mais uma vez, onde está o caralho do pen-drive?

— Enfiado no seu rabo! — mais uma pancada.

— Senhor… — o chamo sem olhar diretamente para ele.

— Cala a boca, Hellouise! — minha irmã grita.

— Hellouise, me diga onde está o pen-drive e eu paro de mexer com ela. — negocia.

Eu falaria. Se eu soubesse, eu não guardaria para mim, nem permitiria que tocassem um dedo nela. Mas eu não sei do que ele fala.

— Eu não sei nada sobre um pen-drive. — fungo apertando os olhos.

Enrico rosna irritando-se.

— Franco! — aponta para a mesa fazendo um movimento estranho.

Um loiro vem segurando um alicate estilo medieval e entrega ao homem de cabelos castanhos.

— O pen-drive, Elisa! — diz e encaixa o alicate em uma das unhas dela.

Eu sentia o medo dela, o orgulho e a coragem. Só não queria que os dois últimos levassem suas escolhas ao máximo. Bato os pés no chão e consigo fazer a cadeira ir para frente impulsionando o corpo. Não tenho tempo de chegar até eles, Enrico faz sinal para seus homens me segurarem e o mesmo ruivo de antes se alegra ao me dar mais um soco tirando minha consciência.

Não sei por quanto tempo fico desacordada, quando abro os olhos, Enrico está limpando as mãos em um pano,sem o blazer e sua camisa está ensanguentada. Viro o rosto buscando encontrar o rosto de Elisa e me frusto quando a vejo de costas para e mim e de frente para Enrico. Ao seu redor a retalhos de sua roupa e sangue.

— Que bom que acordou, Hellouise. — bate na minha coxa e a aperta. — Pronta para me dizer o que sabe?

— Eu não sei de nada, senhor.

— Não minta. Não quero te machucar. — fala se agachando próximo a mim. — Contudo, terei que fazer se não colaborar.

Minha visão ainda estava turva e meu corpo cansado, não consegui lhe dar uma resposta.

(…)

No dia seguinte, ele fez a mesma coisa. As mesmas perguntas e puniu todas as vezes que não respondia. Ele não veio muito para perto de mim, descontava sua raiva em Elisa. E eu não podia fazer nada para impedir. Minha irmã sangrava e gemia de dor a cada segundo no chão imundo.

Estava sem forças e eu não podia mover um dedo para ajudá-la.

— Não entendo como vocês gostam de sofrer. — Enrico diz.

— Vamos para fase três,senhor. — pede o ruivo.

— Não!

— Filho da puta! — xingo baixo.

Não era intenção fazer-lo ouvir,no entanto, sua aproximação repentina me provou o contrário.

— Abusada demais, coelhinha! — diz e levanta a mão na minha direção.

Faço careta pelo apelido.

Para minha surpresa ele não me bate, somente segura meu rosto com força. Agora de perto, percebo o brilho dos seus olhos, azuis perfeitos, bem parecidos com os meus.

— Ela está sofrendo… — digo sentindo seu olhar na minha boca. — Pare com o sofrimento dela,por favor!

Tento puxar meu rosto e sua mão aperta ainda mais. Ele não me ajudaria, eu não via bondade em suas íris. Eu precisava tentar mudar a situação da minha irmã.

— Faça o que quiser comigo.

Enrico me solta e olha para o corpo de Elisa com desdém. Antes que eu perceba algo, saca a arma e dá dois tiros secos no seu abdômen. Meu corpo fica estático, sem reação. Ele faz sinal para seus homens e logo estão próximo a mim desatando as amarras.

Corro para perto do corpo da minha irmã e noto que ainda respira, bem fraco mas ainda tem pulsação. Quando olho pros lados, não há ninguém na sala. Eu grito, grito tudo que queria ter falado quando a via sentir dor. Não estava aguentando.

— He-lô! — olho para minha irmã assim que ouço sua voz fraca.

— Shi, não força. Vai ficar bem.

— Me des-culpa! — pede tossindo.

— Não, agora não. Vou te desculpar quando estivermos em casa e seguras.

Passo a mão no seu rosto,suado.

— Ele não tem culpa do que eu fiz. Só protegeu os interesses dele. — tosse. — Eu fiz besteira e estou pagando por isso. Me desculpa, irmã.

— Pare de defender quem te maltratou. — choro abraçando-a.

— Ele me machucou muito menos do que pensa. Eu já estava quebrada, eu precisava disso.

— Não fale isso!

— Brilha, brilha estrelinha
Lá no céu pequenininha
Solitária se conduz
Pelo céu com tua luz. — canta devagar e me desespero ao lembrar da música.

— Brilha, brilha, estrelinha
Lá no céu pequenininha
Brilha, brilha, estrelinha
Lá no céu pequenininha — canto a outra parte sentindo meu coração aquecer.

— E o seu coração numa caixinha vou guardar. — diz por fim, fechando os olhos.

— Não fecha os olhos, Elisa. — mexo seu rosto. — Elisa!

Testo sua pulsação e aquela dor que um dia experimentei volta para mostrar o quão eu tinha a perder.

Meus irmãos. Minha família.

××××

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