No capítulo anterior...
– Não sei como dar essa noticia. – Ron disse se aproximando de nós.
– Deu positivo ou negativo? – Perguntou Josh.
– Positivo, Any está grávida e é bem provável que já tenha umas 3 ou 4 semanas. – Ron disse e minhas pernas falharam.
Caí de joelhos no chão chorando sem parar. Eu iria ser mãe, eu iria ser mãe!
Agora...
JOSH BEAUCHAMP
Any estava no quarto chorando como uma louca e fui para sala. Eu odiava ver como ela odiava estar grávida.
Um filho é esperança, é o amor de duas pessoas transbordando para mais uma, é um sonho meu se tornando realidade e eu nem podendo curtir.
Tomei um copo cheio de whisky e segurei o choro, eu só queria que ela sentisse um pouco da felicidade que guardo no meu peito na descoberta dessa criança.
Minha vontade era de desistir de Any, mas meu amor era tanto que eu não conseguia, por mais que suas decisões me fizessem sofrer meu amor só aumentava. Eu me odeio por amar tanto alguém que não leva meus sentimentos em consideração para nada.
Joguei o copo de whisky na parede e comecei a chorar como criança.
– Josh. – Ouvi sua voz e a olhei, Any estava encostada na parede com o rosto todo inchado pelo choro.
– Any, agora não por favor. Eu não aguento mais ouvir você falar que não quer! Resolve isso logo, aborta essa criança, porque você está agindo igual Yonta agiu, você está odiando um inocente. Se você não gosta de se sentir odiada, não faça isso também. Não repita sua história!! Yonta te odiava porque você lembrava algo ruim para ela, essa criança é seu filho e se isso é algo ruim para você...Aborte. – Desabafei e ela voltou a chorar de cabeça baixa. –... Aborte e viva com essa culpa nas costas, porque se fizer isso não vai matar só essa criança, vai matar a mim também. Não deixe que outra criança sofra por ter uma família desequilibrada!!
Eu me sentia mais leve, soltei tudo que estava preso na minha garganta, Any chorava alto e não senti remorso ao ter trazido ela para realidade. Eu terminaria com ela caso decidisse fazer um aborto, mesmo que isso estrassalhasse meu coração.
Entrei no meu escritório e me tranquei. Não iria falar com ela antes de me acalmar.
Me joguei na minha cadeira e suspirei. A noite tinha caído e eu nem tinha me alimentado, esse foi o pior sábado da minha vida. Eu estava cansado e meu corpo pedia por uma bebida alcoólica. Peguei uma garrafa de vodka que estava em baixo da minha mesa e virei na boca.
Eu odiava como meu pai bebia para fugir dos problemas, e eu estava fazendo a mesma coisa. Any chegou em minha vida e me mudou da agua para o vinho.
Quando esvaziei a garrafa de vodka me debrucei sobre a mesa.
ANY GABRIELLY
Me virei na cama mais uma vez e suspirei. Já eram quase 3 da manhã e Josh ainda estava no escritório, suas palavras não saiam da minha cabeça.
Passei a mão sobre minha barriga e fechei os olhos.
– Eu não quero que você sofra o que estou sofrendo, você não vai ser uma Any. – Falei e me levantei.
Saí do quarto e me aproximei da porta do escritório de Josh. Estava tudo muito silencioso, abri a porta bem devagar e o vi debruçado sobre a mesa ao lado de uma garrafa de vodka vazia.
Ele havia bebido por minha causa, toquei seus cabelos e ele não se mexeu, estava em um sono pesado demais. Me abaixei e o sacudi de leve.
– Acorda, vamos deitar. – Falei e ele abriu os olhos.
– Any, que horas são? – Perguntou enrolando a língua.
– Muito tarde, vem. – Ele se levantou e se apoiou em mim.
Josh cambaleava e quando chegamos ao quarto o coloquei na cama e comecei a desabotoar seu cinto.
– Não quero transar, estou bravo com você. – Disse quase em coma alcoólico e continuei tirando sua calça.
Tirei sua blusa calada e o cobri, me deitando ao seu lado.
Ele fechou os olhos e dormiu. Se essa criança parecesse com ele, iria ser a criança mais linda do mundo.
Depois de muito pensar e refletir, dormi o observando.
JOSH BEAUCHAMP
Ouvi um barulho alto e acordei, eu estava deitado na cama sozinho.
Any provavelmente estava vomitando. Depois de minutos ela saiu do banheiro pálida e se assustou quando me viu acordado.
– Enjoo de novo? – Perguntei e ela assentiu se deitando ao meu lado.
– To escovando tanto os dentes que daqui a pouco fico banguela. – Disse e me olhou.
– Você me trouxe para cá mesmo depois do que te disse? – Perguntei e ela suspirou.
– Pensei muito ontem Josh, eu não quero esse filho. – Me senti frustrado e respirei fundo. – Mas você pode me ajudar, quero que me ensine a amar ele como amo você, me ajude Josh, não quero que esse bebê tenha o mesmo destino que eu!
Seus olhos encheram de lágrimas e sorri.
– Eu te ajudo meu amor, eu sei que você vai conseguir ser a melhor mãe do mundo e eu quero estar com você sempre. – Falei e a beijei rápido. – Amo vocês!
Passei a mão em sua barriga e ela se arrepiou.
– Fizemos ele na nossa reconciliação, embaixo do chuveiro. – Disse e sorri olhando seu rosto bonito.
– Quando o amor falou mais alto que tudo, que a razão. – Falei e ela me deu um selinho.
– Eu te amo tanto, mesmo sendo tão diferente de mim. – Disse acariciando meu rosto. – Não desiste de mim, por favor!
– Não vou desistir!
🏝️🌅🛳️
– Ta bom mãe, eu sei. – Any falava com a mãe ao telefone enquanto preparava nosso jantar. – Eu estou dormido muito, só hoje dormi umas 5 horas... Josh está agindo fofamente. – Piscou para mim. – ...Você o que? É muito cedo mãe, não sabemos o sexo ainda!
Provavelmente dona Priscila já tinha comprado presente para o bebê, não posso a julgar, se mamãe tivesse viva faria exatamente a mesma coisa ou pior.
Ursula Beauachamp estaria aqui nesse momento, ditando tudo que Any poderia ou não fazer. Ela enlouqueceria minha morena rápido.
Quando ela desligou o celular voltou a cozinhar e fiquei a observando. Eu queria uma filha, de preferência igual a ela.
Iria ser a criança mais linda do mundo.
Me levantei e a abracei por trás acariciando sua barriga. Peguei sua mão e a levei para seu ventre.
– Consegue sentir ele? – Perguntei e ela negou. – Ele está aqui, o fruto do nosso amor, Any. Tem uma vida dentro de você!
Ela ficou calada e beijei seu pescoço.
– Não se culpe por não sentir nada ainda. Você vai conseguir amar esse serzinho de olhos castanhos e cabelos cacheados, de gênio forte como a mãe e ciumento como pai. – Falei e ela sorriu.
– Porque ele não pode ter olhos azuis e cabelos loiros, ser amoroso como o pai e ambientalista como a mãe? – Perguntou e ri.
– Porque vou adorar lidar com uma Anyzinha ou Anyzinho. Pelo menos nesses eu posso dar uns tapas na bunda quando teimar comigo. – Falei e ela mexeu a carne no fogo.
– Você não vai bater no meu filho. – Disse rindo.
– Vou sim, se ele começar com Anyzisse. – Falei e apertei sua bunda.
– Tem tantos derivados do meu nome desse jeito? – Perguntou rindo e assenti.
– Tem tantas que você nem imagina. – Falei e rimos.
[....]
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ESSE CAPÍTULO FOI TENSO MAS, EXTREMAMENTE IMPORTANTE E MUITO FOFO.
VOCÊ FICARAM COM DÓ DO JOSH?
VOTEM E COMENTEM.
BEIJOS DA ANA 😘