Entre Damas e Espadas

By LilyLinx

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Feéricos governam o reino de Awen, mas esse poder vem a custa de muito sangue, tramas e mentiras. Talvez o ma... More

Glossário
Prólogo
Capítulo 1: Lance perigoso
Capítulo 2 Faca cega
Capítulo 3: Corvos das montanhas
Capítulo 4 Limiar da Morte
Capítulo 5 : Urzais (Parte 1)
Capítulo 6: Urzais (Parte 2)
Capítulo 7: Pântano
Capítulo 8 : Correntes e Serpentes
Capítulo 9 - Quase jantar Caterida
Capítulo 10 - Tinto de Sangue
Capítulo 11 - Fora do Baralho
Capítulo 12: Ás de Espadas
Capítulo 14 - Animais feridos
Capítulo 15 - Mortalha Pálida
Capítulo 15 - Mortalha (Parte 2)
Capítulo 16 - A morte inebria seus sentidos
Capítulo 17: Castelos e ruinas
Segunda Rodada: O Carvalho e a Daninha
Capítulo 18: Nas Montanhas
Capítulo 19: Picanço
Capítulo 20: Limiar do Outono
Capítulo 21: Lâmina Sutil

Capítulo 13 - Jogos de Azar

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By LilyLinx

      Nota

A partir deste ponto a narrativa volta a ser linear e...

Boa sorte!


      Elawan, seus pensamentos rugiam por ela. Forte o bastante para alcançá-la no andar superior. O encontrou na escura sala de chá do térreo.

– Já ouviu falar de pó negro – iniciou o feérico. Sorel negou. – Chamado de inferno gris no sul. Quero que supervisione a retirada daqueles malditos barris da minha adega. Depois dê ordens que cada alcova dessa casa e cidade seja revistada em busca dos cúmplices e da substância, mas mantenha archotes longe... – Ele prosseguiu, sem que que a branah lhe desse atenção. Ira estava enraizada em sua fala, mas a feérica tinha a dela, era fria. Na saleta do primeiro andar, uma vela de cera de abelha havia sido acesa no canto. Absorveu a composição do cenário com a surpresa lhe tomando a face. Avançou na direção da mulher largada na cadeira.

– Aparecendo sem convite? A idade minou sua cortesia, milady.

     Lidney derramou nojo por sobre a dor. A mão direita estava deformada num ângulo incômodo.

– Discordo, o cabelo escuro e a maturidade caíram bem a ela. Empresta. – Elawan não esperou permissão para tirar o prendedor dos cabelos da feérica. Os olhos escuros da humana o desafiaram. – O que pedi, Lidney, isso acaba. – Silêncio. – Devia ter ficado longe.

      A ponta de metal atravessou a mão humana e se alojou no braço da cadeira de amieiro. Sorel lamentou, ainda que madeira e tecido fossem carmim, teriam de se livrar do conjunto inteiro. O grito de dor ficou entalado na garganta humana.

– Eu podia ter tentado – resmungou Sorel.

       O feérico lhe indicou que prosseguisse, massageando a têmpora. A branah se debruçou sobre a mulher que se agarrava a sua dor, um olhar tão selvagem como não via em humanos. Que quer anuviasse os pensamentos se fazia um obstáculo para a branah, mas reconheceu a situação. Elawan riu conforme ela se esforçava em sua tentativa.

– Como o marido – Elawan não estava desconfortável como devia. – Kervan sempre foi bom executando planos, nunca concebendo. Pode me contar? – Com a calma de um artesão, ele moveu a seta por entre os ossos da mulher.

    Espasmos de dor a percorreram.

– Elath – Ela gritou. – Apoio... meu primo. Não ficamos parados nos últimos anos. Eu... – Lidney tentou conter as próprias palavras ao morder os lábios. O lorde continuou, mais devagar. – Nos separamos, não era esse o plano. Ele não seguiu. Não seguiu. – O rosto de Elawan estava esculpido em pedra. Deus ou monstro, dependia do ponto de vista. A mulher arfava copiosamente. – Kervan ia a Hillon! Ela vai te deixar uma cabeça mais baixo.

    Ficaria da altura de Sorel. Não era um pensamento que lhe agradava.

– O príncipe foi o preço de Kara por nossas cabeças, ela tem o trono. – Mas os realistas de Awen não precisam saber disso. As palavras da feérica não abalaram a mulher. Será que ela não entende? Kara escolheu Elawan como Mestre da Guerra por muitos motivos. 

– Foi ideia sua que ele me chantageasse com a história de Cardiff; mas a bem da verdade, não ordenei a morte dos seus filhos. – Ele estava sendo sincero. Tanto quanto podia. – Me creditar o Banquete Cinza só aumenta o medo que têm, no reino e além. Não quer me opinião, mas feéricos controlando onis? Exagero até para minhas habilidades. 

    Sorel enterrou a mão no cabelo dele, puxando sua cabeça para trás.

– Já sabia?

      E não me contou.

       Daquele ângulo, a visão dele era gutural. Um protesto veio do fundo de sua garganta, os lábios cheios se contorcendo em protesto. A feérica liberou seus dedos com um movimento brusco.

– Escrevi a Moria esta tarde, indicando como proceder. Pretendia ignorar o quanto fosse possível, talvez o julgamento se desse antes do previsto. A duplicada que cantará nossa música aos senhores ainda está na cela.

      Lidney gargalhou. Um som terroso e amargo. 

    Ela se ergueu como um animal arisco, arrancando o prendedor sem delicadeza e investindo contra Sorel. A feérica não teve o tempo de um piscar. Elawan se colocou entre elas empurrando a branah para trás. As mãos do lorde se fecharam contra o punho da mulher, um aperto de aço.

– Não pode me destruir, Lidney. Podia ignorar as ameaças contra mim. – A voz era um rouco rosnar. – Mas veio até minha casa e atacou os meus, apenas por isso – ronronou em seu ouvido, o prendedor pressionando o pescoço da mortal. – Vou caçar seus filhos, pegar o que roubaram de mim e juro, entregá-los a Cernudos com bastante agonia. – O Lorde do Fogo Encarnado não hesitou. Um estalo e a fuste de metal se enterrou no pescoço da humana. Tomar o ar era inútil. – Ainda assim sua morte será mais branda que a dele.

      Eu sei...

       Uma lágrima salgada brindou o último pensamento de Lady Lidney Khant, nascida em Elath, filha da casa Woody.

Sorel ofegava. Olhos castanhos tão arregalados quanto podia.

      A batida na porta interrompeu a ira de Elawan. A branah desprendeu os olhos do corpo da humana. São tão frágeis. E ainda assim ela havia tentado matá-la. Por que, sua maldita? O Banquete Cinza foi um acidente, não era para ter acabado daquele modo. Elawan não teve culpa daquele monstro não ter controle. O que você queria?

– Tenno – Sorel avisou ao lorde. Ele ainda torcia os lábios, como se para conter a si mesmo. – Os cães mataram o wyvern dele.

      Antes da terceira batida trovejar na madeira, Elawan saiu com um sorriso solidário para apaziguar os ânimos do aliado.

– Explicarei o que sei junto aos outros lordes para fazê-lo de uma só vez. Adianto que lorde Khant está por trás disto. Ele estava aliando interesses a Vineheim ao que parece, mas receio não ter provas no momento. Lamento, amigo, Kervan ter chegado tão longe.

     Ele teria uma pantomima completa quando chegassem à câmara de audiências, onde os lordes o estavam esperando, beberiam vinho e uma épica rapsódia composta por Elawan. Sorel esperou que se afastassem para então apagar a vela. Mais uma vez lamentou Gal'win não estar ali, para se livrar do corpo.

      De todo modo, tinha uma obrigação mais urgente. Deixou bem trancada a sala.

      Todos sabem que a vida é um jogo de azar para viciados, mesmo perdendo, se continua a jogar, contra todas as possibilidades. Nidaly, estava jogando contra si mesma ao lutar para retomar a consciência e desaparecer nas sombras da casa. Passou despercebida pela branah e alguns empregados de libre. E saiu noite afora. 

      A porta do jardim aberta, o óleo na escada, fora ela. Pelos deuses, era culpa dela, Elawan lhes ter encontrado.

      Não era a sensação de cair que lhe ocorria, mas a de encontrar o chão.

      Cerrou os punhos, sentindo a mesma brasa que a colocou contra o rei. Cada bater de asas se assimilando ao estalar de um chicote em suas costas. Elawan levara Lidney e agora Nidaly caçava aquele odor indistinto que ele exalava. Teria Lidney sido levada a sala de interrogatório onde a tengu deveria estar, ou outra próxima? A ala sul da casa estava acesa de movimento e o rastro do lorde feérico estava presente.

        Brisas de sangue envolviam o ar.

       Abaixo de si, o wyvern cinzento lhe encarava de olhos baços em seu tapete morte. Mais além, um dourado dançante a mitigar os tons negro-azulado da noite. As fogueiras ainda se erguiam, lançando estrelas efêmeras ao céu conforme a madeira estalava, retorcida pelas chamas e os sons de uma balbúrdia vermelha se alastrava. Quando soltou os cães, não era esse tipo de caos que esperava. A cidade cheirava a medo. E morte.

     Mordeu os lábios e pela primeira vez, se viu sem reação.

      Seu olhar titubeou entre a casa e as ruas.

       Uma nuvem sólida se ergueu acima dela. Viu sua sombra antes de a criatura rapinar sobre si. O wyvern cor de areia e prata a segurou pela perna com suas garras grandes demais para uma criatura de quatro metros. A cavaleira a encarou com os olhos verdes, uma boca grande em satisfação sombria. Mais bela e mortífera que ela, sua alabarda exibia um brilho polido que dizia: "Cabeças contam ótimas histórias"; ou ainda: "Minha melodia é de matar" Eram armas traiçoeiras, ao mesmo tempo lança e machado. Refletia muita arrogância de quem usava. O animal rosnou, a arrastando pelo ar como se soubesse do seu envolvimento na morte do companheiro de espécie. Nidaly, que não estava interessada em relações carnais com aquela arma tampouco em virar um glorioso jantar de lagartixa alada, levou a mão em busca da espada.

    Mas Encontro com Destino não estava ali.

– Não é um passarinho dessa região, tengu – A cavaleira não parecia uma feérica.

     No bolso encontrou apenas o dardo que roubara mais cedo e um graveto da estrada. O sangue se acumulando na cabeça agitada conteve as ideias, mas não as loucuras. Torceu seu corpo a ponto de escurecer a vista e enterrou fundo o dardo nas escamas do réptil, onde pensou ser o tendão do bicho. A alabarda cantou ao seu ouvido.

    Nem feérica nem humana, isso é um espírito demoníaco!

     Não muito diferente de sua escalada na ponte, cravou as unhas negras na criatura e subiu. O wyvern guinchou e sua amazona rosnou. Nidaly tentou usar a mesma artimanha que derrubara o lanceiro aquela manhã, mas dessa vez, a fêmea estocou antes que pudesse chutá-la. A tengu saltou sobre o aço e caiu desajeitada, levando a outra consigo.

    Bateram contra uma cipreste.

    Gritou.

     Madeira estalou em suas costas, ouviu algo se partir, reverberando em sua carne. E a queda foi tudo o que lhe restou. O chão era um abraço duro e seco.

– Você não tem muita sorte – arquejou a amazona, com as mãos nas costelas.

      A tengu apanhou a alabarda vermelha do chão, usando como apoio. Soava estranha em suas mãos.

      Abriu as asas. Não quebrou, por favor, não quebrou. Dor lavou seu corpo e soube que a asa estava inteira. Em parte. Um galho empalava seu membro direito no ponto alto do arco. Sem voo, entendi. 

– D'luryen – gritou a amazona parda. – Ciprestes ao meio-dia!

       Antes mesmo de se mover um metro, uma lança zumbiu, atirada por um macho feérico a mando da branah, a porta do jardim. A comoção havia trazido todos que ouviram para fora. Alguns guardas e pajens a acompanhavam, largando os barris que levavam.

– Wyverns e agora a lagartixa pálida – resmungou Nidaly. – Que Cernudos leve todos vocês.

   Sua asa havia dado voltas no galho antes de quebra-lo. A tengu estava zonza de dor. 

     A voz do rei ecoou em seus ouvidos: É importante reconhecer a derrota. Não há lugar para sonhos neste mundo, só há o céu e a terra. Tente alcançar o primeiro e o segundo lhe arrebatará. Estava cansada até para discordar de Sõjobõ. Isso não acontecia há décadas. Mas Lidney...

     O jardim oferecia pouca cobertura. 

     A sua direita, entre arbustos, um contorno inumano se moveu na direção do canil. O gato preto parou ante o umbral, olhos de um azul incandescente lhe sorriram antes de desaparecer no interior da construção deserta. Estamos sem tempo, ele havia dito a Lidney.

    Pooka desgraçada.  

      O mais certo seria que ela havia mancado até o interior do canil, o porquê, Sorel ainda não sabia. Mas a tengu era traiçoeira e estava certa disso.

      Chegou ao segundo nível da construção fechada, só então agraciada pelo brilho de archotes que não tinha em mãos. Seus guardas a flanqueavam, mãos postas em armas, alertas como se esperassem um demônio ou fantasma. O Maybh era a noite certa para isso.

     Esses quatro idiotas e nada, dá no mesmo. A fada silvestre tremia mais que junco verde. E Justino parecia prestes a correr canil a fora.

– Uma sombra – afirmou ele, indicando uma baia. – Tengus podem se misturar às sombras para depois ficarem sólidos e lhe matarem engasgado no próprio sangue.

     Carter teria rido do amante "secreto". Mas Sorel resistiu ao desejo de chutá-lo, não apenas do canil, mas da cidade. Não gostava de quem não conhecia seu lugar.

– Não são os cães, eles seguiram Klang ou enlouqueceram – objetou outro.

    Ou os dois, Sorel pensou, sombria.

     A porta que dava para as celas estava aberta. A alabarda de Inari estava pousada no fim do corredor, onde havia forçado as barras da porta para o andar inferior. A cela a esquerda estava aberta, mas nem sinal da tengu. A inclinação dela para roubar está se tornando inadmissível.

     O crepitar do fogo e a respiração entrecortada dos guardas eram os únicos sons. Então, palha seca se moveu. Os homens olharam para o lado, pálidos como cadáveres.

– Já que "pedra, papel e tesoura" não é um jogo muito popular, que tal jogarmos "lebre e tartaruga" – propôs a tengu quando se viu encurralada.

     Sorel deu distância e deixou dois dos guardas entrarem na cela. Os homens avançaram cautelosos. A feérica contraiu os lábios, tinha visto o bastante. A tengu aprontava alguma. Ainda não havia entendido bem o que houve quando a fugitiva derrubou Inari do wyvern, nem como fugira da sala onde fora posta. Mas, se sua ridícula habilidade de escapismo não lhe havia impressionado até então, ver a moça jogar os homens no chão enquanto os usava de apoio para seu salto, lhe tirou um estalo com a língua. Nidaly chutou a cara de um terceiro, se colocando para fora da cela e batendo a grade atrás de si. Trancou a fechadura com um estrondo.

    Feérica e tengu se entreolharam.

    Então ambas encaram a alabarda.

    Um rosnado mordaz percorreu o espaço. Não era a tengu. O guarda que ficava à porta não teve tempo de gritar e o som seguinte era de sua carne abrindo.

     O cão negro era quase tão grande quanto Klag, os olhos anil mostrando um divertimento sombrio ao avançar contra as fêmeas. A tengu correu na direção da alabarda e a feérica escorregou tentando chegar a cela aberta no fim do corredor. Colocou o archote entre si e o bicho que lhe arrancou da mão com uma patada. A fugitiva entrou primeiro e já estava a fechar a porta quando Sorel se enfiou lá dentro. Nidaly sibilou. A chama refletida naqueles olhos fez a branah se perguntar se fora sábio escolher esta fera ao invés daquela de Elawan.

     Antes que pudesse deliberar mais, o chão tremeu.

     Sorel correu até o gradil da janela a nível da grama. Foi como se um gigantesco monstro despertasse sob a terra.  Seu brado irrompeu do solo com um alto o bastante para reverberar nos ouvidos feéricos muito depois de passado, erguendo consigo uma torre de pedras e poeira equiparada ao grande Carvalho, brotando sob Coilemori. A nuvem que se seguiu engoliu a mansão e o mundo à sua volta.

    Sorel foi ao chão, atingida por uma força invisível que fazia dançar as pedras.

    Tombou contra uma massa quente e úmida. Antes que absorvesse o sangue naquele corpo, foram as pérolas escuras na face magra de Kervan que encontrou. A boca entreaberta a mostrar os dentes no que encarou como um sorriso vitorioso. A fetch morta era um espelho do homem, por um instante Sorel esqueceu que era uma farsa, uma fada que roubara a face do humano e outrora amigo.

    Não! "Do pó as cinzas" Ele jurou...

     O estampido havia silenciado seus ouvidos, mas ainda pode sentir a própria voz rasgar a garganta, quebrada e desleal. Elawan! Ele está na casa! Não pode. Não pode virar pó! ELAWAN! Mas as palavras não saíram, apenas um rasgo desafinado enquanto rastejava para longe.

    Não! NÃO!

     Um puxão a deitou contra o piso de pedra. Seus cabelos se emaranharam nas patas caninas que tentavam alcançá-la através das barras de ferro, uma salivante língua rosa à mostra. A feérica ciscou o chão, procurando algo para se ater, os dedos deslizando, sem alcançar, a dura barra da calça tengu.

     Nidaly encarou lívida a destruição além da janela, sem se deixar aproximar. Seus dedos se torceram contra o cabo de madeira vermelha, as unhas negras se enterrando nas feridas da mão. Ela respirava entre rosnados. Prestes a rasgar alguma coisa. Sorel sentia o sangue minar em seu couro cabeludo, se esforçando para não ser arrastada pelo cão que puxava sem cessar.

   As garras dele lhe tocaram a pele.

    O canto da banshee.

    Sorel arfou baixinho, os lábios trêmulos.

     Pupilas completamente dilatadas contra o chama derretida a fizeram congelar. Ira dançavam nos olhos da tengu quando ela ergueu a alabarda, o fio do machado se fazendo dourado contra a luz dos archotes. A feérica praguejou, um som que apenas ranhou sua garganta.

     Nidaly golpeou com o aço no acorde da morte.

     Sorel não fechou os olhos para a lâmina caindo contra sua cabeça. 

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