Irremediavelmente fisgado, como um peixe preso ao anzol sendo arrastado até a superfície para ser segurado, sem qualquer alternativa de escape. Sentado na areia quente, Jungkook sucumbiu mais uma vez, arrastado para o paraíso particular que era estar à mercê de Jimin e de seus encantos irrevogáveis.
Meses atrás quando seu pai havia anunciado que deveriam se mudar para Porto Rico, Jungkook não havia cogitado nem em um segundo sequer, que estaria em uma praia vestindo uma sunga por baixo da roupa, e principalmente, que estaria tão entregue há alguém como estava, não só agora, mas desde a primeira vez em que se encontraram.
Sendo franco, se ele pudesse descrever a si mesmo em uma palavra esta seria aficionado, ele era definitivamente um coração venerador, marcado por uma intensidade incorrigível. Não é como se suas afeições fossem levianas, longe disso, toda a sua atenção costumava se voltar para centros específicos, ele era tão leal ao seu objeto de afeição, como um cachorro era ao seu dono.
Entretanto, muita intensidade às vezes podia ser um problema a se lidar quando não muito bem direcionada. Felizmente, naquele lugar, contemplando Jimin em toda sua integridade, com o mar refletindo mil e um tons de azul e verde, lhe pareceu que toda sua energia estava guiada na direção certa, e ele apenas podia deixá-la ganhar mais e mais vivacidade.
Jungkook sentia-se submerso em antecipação, sensações diversas se espalhando sob sua pele apenas por encontrar o olhar de Jimin, era fácil transbordar com um olhar como aquele pesando sobre si, com tamanha impetuosidade e cobiça. Era certamente estranho sentir-se assim por outro garoto, mas estava longe de ser algo ruim.
De início sustentar o pensamento de gostar de outro homem havia sido difícil, talvez até mesmo um pouco agonizante, era algo que por alguns dias havia o enchido de medos e receios. Ainda que tão certo, podia parecer tão errado. Conversar com Jin sobre isso havia sido um escape certeiro, uma quebra de má consciência que o havia libertado de seus temores.
E então, todas as coisas que aconteceram nos seus sonhos haviam deixado de não parecerem corretas, afinal o que podia haver de errado em deixar-se sentir o que melhor se tinha no coração humano. Nunca me senti desse jeito, como se eu precisasse tanto de alguém na minha vida. Então o que poderia estar errado? Afinal, como dizem por aí, é preciso apenas um segundo para se mostrar o que significa amar. E ele queria todo o tempo do mundo para desvendar o amor.
E quanto mais ele pensava sobre isso, mais ele sentia essa atração magnética orbitando ao seu redor, uma força que se podia ser explicada, trabalhando em cada momento de contato, levando-o cada vez mais próximo, fazendo-o mergulhar de cabeça sem regresso, sem arrependimentos. Ele só queria se entregar a essa enxurrada de sentimentos, se deixar levar por essa conexão.
Ele encarou Jimin de baixo para cima, sentindo que poderia perder todo o juízo em um piscar de olhos. Mas não havia outra saída, ela só podia mergulhar naquele oceano e flutuar sobre as ondas dançantes, sejam elas impetuosas ou sejam elas de mais profunda calmaria. Não importava. Ele só correria em direção às águas, sem pensar em olhar para trás.
Jimin sorriu cativo, o sol brilhando atrás de sua cabeça dando-lhe um ar angelical, ainda que seus olhos queimassem como as profundezas do inferno. Jungkook sabia que estava sendo intimado a momentos inimagináveis no momento em que aquele olhar o havia perfurado apenas alguns segundos atrás, e seu coração fraco mais uma vez estava perdendo o compasso.
Mas ele estava nisso, ele totalmente estava nisso, e não iria perder uma oportunidade sequer. Em um impulso de coragem e certeza ele se ajoelhou na areia e arrancou a camisa, sua respiração falhando por um instante pelo nervosismo inconveniente. Levantando-se com destreza, ele lançou a camisa em cima da toalha de praia, sua bermuda seguindo o mesmo caminho logo em seguida, apenas a sunga preta contrastando com a pele alva e os cabelos vermelhos.
Ele inspirou sentindo o calor em suas bochechas, e levantou um olhar que deveria ser tímido em direção a Jimin, mas parecia uma concessão para ser levado ao proibido, um passe livre que envolvia entrega e resignação. Instigado pela ação, Jimin fechou a distância que havia entre eles, enlaçando um dos braços ao redor da cintura, agora exposta, de Jungkook.
- ¡Mierda! Eres tan caliente bebé, que calor. – Jimin deixou um beijo molhado no pescoço de Jungkook, o arrepio sendo visto por todo o corpo do mais novo. Ele sabia o poder que tinha sobre Jungkook e não se segurava em usá-lo. – Vamos refrescar.
Jungkook assentiu sentindo-se desconcertado, a vontade de se cobrir lutando dentro de si. Ele podia sentir a pele quente de Jimin tocando diretamente na sua, o calor emanando entre seus corpos como o vapor que emana da água fervente. Ele deixou-se levar pela areia, o braço de Jimin ainda o envolvendo com um aperto suave.
A faixa de areia era bastante limitada, se a maré subisse demais boa parte dela provavelmente ficaria oculta pela água. O céu brilhava em um azul intenso, poucas nuvens ousavam compor o quadro gracioso, ao fundo do pequeno projeto de enseada as ondas batiam revoltas sobre a barreira rochosa, deixando a água entrar na enorme poça com pequenas correntezas.
Jungkook podia ver o fundo através da água cristalina, os seixos e rochas espalhados por todo o espaço, que certamente demandam maior atenção e cuidado para não se machucar quando adentrassem no mar. Na lateral oeste ao fim da praia ele podia ver os limites da muralha de proteção do Castillo de San Cristóbal acima da vegetação, um lembrete de como a cidade se emoldurava à natureza em pequenos detalhes.
Eles pararam na beira da água, sentindo a areia úmida entre os dedos. Jungkook dobrou os dedos na areia fina sorrindo com a sensação engraçada. Jimin o observava atento aos detalhes que transpareciam na expressão divertida, sentindo-se tão envolvido, arrebatado. Jungkook estava sendo como a paz em meio à guerra.
Quando a água atingiu os pés de Jungkook ele gargalhou, a água estava tão quente como o dia, tão convidativa e deleitosa que chegava a ser irresistível. A sensação era completamente diferente da que ele havia sentido da última vez que havia ido à Cannon Beach, que tinha águas tão geladas que ele podia jurar que seu pé havia congelado.
- Está tudo bem neno? – Jimin estudou o perfil bonito com contentamento.
Jungkook o olhou com olhos que pareciam fontes de estrelas, tão brilhantes e doces como os de uma criança que descobria algo novo e animador, que faziam Jimin desejar lhe entregar o mundo inteiro em mãos.
- Sim, a água é muito boa aqui. – O sorriso de Jungkook parecia crescer cada vez mais, e assistir aquilo fez com que Jimin sentisse sua alma sendo curada. A mão de Jimin deslizou pela cintura de Jungkook, arrastando-se por cima do braço em um toque singelo até que entrelaçou seus dedos juntos.
- Eu lembro de ter dito que era um homem fraco neno... ¿Por qué sigues haciendo que mi corazón lata tan fuerte? – Jimin sorriu levando a mão livre aos cabelos de Jungkook, empurrando com os dedos a bagunça causada pelo vento.
Jungkook mordeu o lábio inferior sentindo-se estremecer, seus dedos apertando forte a mão de Jimin na sua. Se você soubesse que o efeito que tem em mim é pior não estaria me dizendo isso. Antes que caísse mais uma vez nas profundezas de seus pensamentos, Jungkook foi levantado do chão tão repentinamente fazendo berrar em sobressalto.
Jimin gargalhou com a reação do mais novo apertando os braços ao redor de Jungkook e correndo para dentro da água. O barulho das ondas se misturando aos ruídos divertidos que trocavam entre si. Jimin se jogou no mar levando Jungkook consigo, a água do mar os envolvendo em um turbilhão de bolhas salgadas. Jungkook pegou impulso para emergir quando foi interrompido por um agarro.
As mãos de Jimin pousaram em ambos os lados de seu rosto fazendo com que Jungkook abrisse os olhos embaixo da água. Os lábios de Jimin chocaram-se contra os seus e sua língua nadou até dentro de sua boca. O beijo foi muito estranho, e também muito bom, o gosto salgado difundindo-se em sua boca juntamente com a saliva quente.
Quando o ar que restava em seus pulmões parecia prestes a se esgotar, ele foi puxado para superfície, inspirando com um ruído alto e em seguida tossindo por ter engolido um pouco de água. Seus olhos ardiam pelo sal, mas a sensação em seu peito era quente e gostosa. Jungkook riu enquanto empurrava os cabelos encharcados para trás.
- Eu acho que esse foi o beijo mais estranho que já dei na vida. – Comentou ainda ofegante.
- Sí? Podemos tentar muitas coisas diferentes. – Sugeriu, sua voz repleta de segundas intenções.
Jungkook assentiu com um ruído tímido, sem olhar ansioso, analisando a sinceridade naquelas palavras. – Eu gostaria disso.
- Gostaria? – Jimin sorriu sacana, alguns fios de cabelo grudando em seu rosto.
- Sim. – Jungkook confirmou sustentando um olhar trêmulo e um coração saltitante.
- Dios mio! Ven aqui cariño. – Jimin puxou Jungkook em sua direção, fazendo-o sentar em seu colo. – Eres tan lindo!
Jimin acariciou a bochecha de Jungkook com os nós dos dedos fazendo-o fechar os olhos com o carinho suave. Jungkook cruzou as pernas na cintura de Jimin sentindo o corpo flutuar dentro da água. O barulho das ondas agora parecia tão distante e tudo que ele podia ouvir com clareza era o som de suas respirações se misturando.
As mãos de Jimin deslizaram pelas costas de Jungkook, o toque se misturando à resistência da água fazendo com que um arrepio se dissipasse pela espinha de Jungkook. Quando suas mãos pousaram na bunda macia, ele impulsionou o quadril para frente deixando os corpos grudados um no outro.
Jungkook entrelaçou os braços no pescoço de Jimin em um aperto terno, seus olhos dançando pelas feições doces. Ele podia sentir o aperto firme em sua bunda e isso fez seu sangue ebulir como lava. Dessa vez, o beijo foi calmo, profundo e quente, tão gostoso que sua sanidade escorreu com as ondas.
As águas dançavam ao redor de seus corpos fazendo-os balançar junto com a maré em um ritmo inebriante. Pele contra pele fazendo as mentes se dissiparem e a temperatura aumentar cada vez mais. Jungkook deslizou os dedos pela nuca de Jimin, subindo até emaranhar-se nos cabelos molhados.
Com um puxão suave, ele soltou os cabelos de Jimin, que caíram pesados sobre os ombros. Jungkook parecia ter perdido toda e qualquer noção de tempo e espaço, tudo o que ele conseguia sentir era a língua de Jimin resvalando na sua, rítmica e tranquila, arrancando fora todos os seus pudores.
Quando respirar tornou-se difícil pela segunda vez naquele dia, Jungkook descolou os lábios dos de Jimin, mantendo os rostos ainda próximos o suficiente para lutarem pelas mesmas partículas de oxigênio. Socorro, eu acho que vou pegar fogo. Abrindo os olhos lentamente, Jungkook viu as chamas nos mirantes de Jimin se misturarem às suas próprias.
Com um gemido baixo ele deixou sua cabeça cair no ombro molhado, respirando o cheiro de mar que agora se misturava ao cheiro almiscarado de pele bronzeada. Ele suspirou tentando descer das nuvens que Jimin o havia colocado, mas parecia tão difícil.
Ele se moveu buscando por uma posição mais confortável, fazendo seu quadril roçar no colo de Jimin, sentindo a pressão em sua bunda aumentar, assim como algo mais. A risada baixa e melódica ecoou em seu ouvido, fazendo os cabelos em sua nuca se eriçarem. Foi então que ele se deu conta.
- O que? – Jungkook se afastou olhando para o vão que se formou entre eles. Seu pênis duro sob a sunga empurrando-se altivo contra a barriga de Jimin.
Ele arregalou os olhos alternando o olhar entre seu pênis e o rosto de Jimin. Jimin passou a língua entre os lábios deixando um sorriso largo crescer. Jungkook soltou as pernas deixando o corpo cair para trás na água. A vergonha consumindo suas entranhas ferozmente.
- Calma bebé, no hay necesidad de huir. – Jimin riu observando Jungkook submergir diante de si, e emergir um pouco mais dentro do mar, tão vermelho quanto uma anêmona-do-mar.
Quando Jungkook havia passado pela puberdade ele havia sofrido algumas situações vergonhosas, como por exemplo acordar com a cueca sujo de sêmen sem motivo algum, ou quando ele havia tido sua primeira ereção em plena aula de história por apenas estar gostando muito do assunto.
Depois disso, algumas situações embaraçosas aconteceram que envolviam sua maturidade sexual, como por exemplo, a vez que ele foi pego por Jin enquanto assistia vídeo pornô, ou recentemente quando seu pai o pegou em um momento íntimo há semanas atrás.
Mas nenhuma dessas experiências o haviam preparado para ficar com uma ereção na praia e ainda por cima no meio da manhã. Parecia que o universo estava mais uma vez contra si, fazendo uma brincadeira de mau gosto, e ainda por cima na frente de Jimin.
Jimin nadou até alcançar Jungkook, que agora estava em pé na água virado de costas para a areia encarando com pesar a glande de seu pênis que insistia em aparecer pelo cós da sunga. Jimin mergulhou e surgiu em frente à Jungkook fazendo-o se abaixar dentro da água.
- Não olhe por favor. – Jungkook escondeu o rosto entre as mãos gemendo desgostoso.
- Calma te neno, um pau duro não é nada demais. – Jimin se inclinou sobre Jungkook, agarrando-o pelos pulsos suavemente e livrando o rosto alheio das mãos que o ocultavam.
Jungkook franziu os lábios desviando o olhar para a água, ele conseguia ver os próprios pés pressionando contra o substrato da praia. Jimin segurou o queixo de Jungkook fazendo-o erguer a cabeça em sua direção. Ele levantou uma das sobrancelhas, o sorriso no canto de sua boca e os cabelos pingando por sobre seus ombros formando um conjunto provocativo perfeito.
- Qual o problema corazón? – Ele se aproximou ainda mais, deixando um selinho doce nos lábios de Jungkook. – Você acha que me deixou menos pior?
- Como assim? – Jungkook franziu o cenho em confusão, seu rosto ainda queimando com a vergonha.
Jimin lambeu os lábios de um jeito tentador, ele então apontou para baixo entre suas pernas. Jungkook deixou o olhar cair pelo peito molhado, passando pela barriga macia onde ele podia ver metade do piercing para fora da água e a outra metade para dentro. E então ele finalmente notou, a glande exposta através do tecido branco, assim como a sua.
Seus olhos se arregalaram e sua mandíbula caiu o deixando boquiaberto. Jimin estava tão duro quanto ele, talvez tão duro quanto as rochas que compunham a barreira de coral em sua frente. Finalmente se sentindo mais calmo ele deixou um suspiro relaxado escapar.
- Acho que foi um beijo muito gostoso então. – Como um sinal de quietação ambos gargalharam da situação.
- O que posso fazer bebé? – Jimin aproximou o rosto do ouvido de Jungkook e sussurrou por sobre o barulho das ondas. - Me haces arder.
– Assim você não ajuda a melhorar a situação Jimin. - Jungkook deixou um tapa no braço de Jimin fazendo-o rir. O bico crescendo em seus lábios pela provocação.
- Aí, que patito más hermoso. – Jimin segurou os ombros de Jungkook prendendo-o no lugar, prendendo o bico entre os dentes em uma mordida leve.
Jungkook riu e abraçou Jimin pela cintura, seu nariz afundando mais uma vez no pescoço alheio, enquanto ele respirava mais uma vez o cheiro inebriante de água do mar e Jimin. Ele podia sentir a carícia quente em suas costas, e podia facilmente delirar.
- Jimin? – Jungkook falou contra a pele bronzeada.
- ¿Sí bebé?
- Acho melhor irmos nadar, ou nosso problema não vai ser resolvido. – Jimin gargalhou se afastando relutante.
- Sí, você tem razão. – Jungkook assistiu Jimin mergulhar e nadar para longe, com cada vez mais certeza que seria impossível sobreviver aquele homem.
As próximas horas pareciam ter passado tão rápido como um raio. Eles haviam nadado, se beijado, brincado na areia, se beijado novamente, haviam conversado e contado piadas, se beijado apenas mais um pouco, comido os lanches que Jungkook havia trazido, e compartilhado um pouco mais de saliva. A manhã inteira havia sido uma montanha russa de emoções, e completamente cheia de diversão.
O sol estava a pino e a praia um pouco mais movimentada do que antes. Jungkook havia caminhado pela beira d'água catando vidros do mar pela areia. Ele havia juntado uma porção muito bem selecionada, tentando pegar os mais achatados e lapidados, havia sido um trabalho árduo, mas que foi muito bem recompensado no final.
Ele usou seus achados para montar uma pilha de vidros do mar em cima de uma rocha na beira do oceano. Sentando na areia, ele apreciou sua escultura recém erguida, sorrindo ao ver o quão bonita era a visão do mar ao fundo da pequena pilha colorida que brilhava ao refletir a luz do sol. O sentimento foi de aconchego e alegria, tão bom que ele não conseguia parar de sorrir.
Ele se levantou batendo a areia para fora da sunga e das pernas, correndo até onde Jimin estava. Jungkook se jogou sobre a toalha, deitando-se de costas ao lado de Jimin. Ele podia sentir a areia quente sob a toalha, mas não havia incômodo algum naquele calor. O céu continuava tão belo e azul como a primeira vista da manhã, e a brisa do mar anunciava a mudança de maré.
Jungkook se remexeu até se apoiar em um dos cotovelos, seu tronco, voltado para Jimin, que estava sorrindo de olhos fechados. Jungkook traçou um caminho com o dedo indicador no meio do tronco de Jimin, iniciando do centro do peito, atravessando as divisões sutis na barriga macia e pousando por fim no aço quente que atravessava o umbigo bonito.
Jimin abriu os olhos sorrindo largo, o olhar de Jungkook estava tão atrevido quanto seu dedo curioso que circundava o piercing de Jimin. - Que pasa neno? Quieres otro beso?
Jungkook sorriu faceiro e se inclinou prendendo o lábio inferior de Jimin entre os dentes, puxando suavemente. Jimin gemeu ao sentir sua carne deslizar por entre a mordida. Em um movimento furtivo, Jimin empurrou Jungkook pelo ombro fazendo deitar de costas novamente, e então montou sobre ele. Apoiando os cotovelos ao lado da cabeça de Jungkook ele mergulhou mais uma vez em perdição.
Jimin havia prometido no início do dia que devoraria Jungkook, e durante os beijos veementes que trocaram, a sua promessa havia sido cumprida com êxito. Jimin colou o peito ao de Jungkook, deixando as mãos se perderem nos fios vermelhos.
Jungkook gemeu embaixo de Jimin, seu corpo esquentando cada vez mais. Tomado por um pulso de adrenalina, ele se sentou ajeitando Jimin em seu colo, suas mãos apertando as coxas desnudas com lascívia. Ele podia sentir os cabelos de Jimin roçando seu rosto, e sua língua acometendo fundo em sua boca.
Jimin podia sentir os polegares firmes de Jungkook afundando em sua carne, e em seu ventre a sensação do sangue se acumulando era vivida. Antes que se incendiasse mais uma vez, Jimin se afastou, deixando Jungkook respirar e soltar um ruído de reprovação.
Jimin passou as mãos em ambos os lados da cabeça de Jungkook, fazendo-o erguer o rosto em sua direção, suas testas coladas uma na outra enquanto ele roçava seu nariz no dele, um gesto tão íntimo e calmo como tentativa de fazê-los relaxar. Eles ficaram assim por um momento, até que Jimin desceu do colo de Jungkook e se sentou novamente sobre a toalha.
Girando a cabeça em direção a Jimin, Jungkook sorriu animado, sentindo-se grato por tantos momentos bons. – Obrigado pelo convite Jimin, eu gostei muito de ter vindo aqui com você.
- E eu gostei mais ainda. – Jimin falou em retorno, a voz rouca pelo vestígio da excitação de apenas minutos atrás.
Eles deitaram admirando o céu, as mãos se encontrando mais uma vez em busca do toque um do outro. Era como estar preso em um mundo próprio, onde tudo que não constitui a proximidade de ambos, ou a necessidade crescente por tal conexão, não fosse nada além de irrelevante e indiferente. Um mundo apenas de Jungkook e Jimin. Mas que durou apenas até o estômago de Jungkook roncar alto.